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Queda expressiva da popularidade de Lula alimenta dúvidas sobre 2026

Uma sequência de números preocupantes acendeu um sinal de alerta no Palácio do Planalto. A crescente insatisfação dos eleitores com o desempenho de Luiz Inácio Lula da Silva ficou evidente em diversas pesquisas recentes, que apontam uma tendência inédita: pela primeira vez, a reprovação do governo supera a aprovação. O levantamento mais recente, divulgado pelo Paraná Pesquisas na quarta-feira (19), revela que 55% dos brasileiros rejeitam Lula, enquanto 42% o aprovam. Quanto ao desempenho, 45% dos entrevistados classificam sua gestão como “ruim” ou “péssima”, enquanto 28,8% a consideram “boa” ou “ótima”, e 25% a avaliam como “regular”. A reportagem é da Veja.

Oscilações na popularidade são comuns ao longo de um mandato presidencial, especialmente em períodos de crise econômica. Desde a redemocratização, todos os presidentes enfrentaram momentos de baixa aprovação. José Sarney (MDB), por exemplo, concluiu seu governo, marcado por hiperinflação, com apenas 9% de aprovação. Já Fernando Henrique Cardoso (PSDB), no primeiro ano de seu segundo mandato, viu sua popularidade cair para 13%. O desafio atual de Lula, contudo, é agravado pela ausência de marcas fortes em sua gestão e pelo cenário econômico instável, com a inflação ameaçando sair do controle, fatores que dificultam a recuperação de sua imagem.

Leia a reportagem completa aqui.

Incêndio em casa de luxo na Bahia deixa duas pessoas e dois cães mortos


Uma residência de alto padrão na praia de Guarajuba, em Camaçari, foi destruída por um incêndio na madrugada deste sábado (22), resultando na morte de duas pessoas e dois cachorros. Uma terceira vítima conseguiu escapar ao pular do segundo andar do imóvel. A informação é do G1.

O fogo consumiu a casa localizada no condomínio Paraíso, diante da praça de Guarajuba. Moradores registraram em vídeo as chamas intensas que tomaram a propriedade.

Segundo informações preliminares da TV Bahia, as vítimas fatais são um homem de 65 anos e uma mulher de 48. O Corpo de Bombeiros prestou socorro à pessoa que conseguiu fugir, mas seu estado de saúde não foi divulgado.

O incêndio foi controlado por volta das 3h30, e as causas ainda estão sendo investigadas.

‘Não há crise sobre o Plano Safra’, diz ministro da Casa Civil

O ministro-chefe a Casa Civil, Rui Costa, disse neste sábado (22) que não existe uma nova crise relacionada à suspensão das linhas subsidiadas do Plano Safra 2024/2025, anunciada pelo Tesouro na última quinta-feira, 20, e parcialmente equacionada pelo anúncio de um crédito extraordinário.

Costa reconheceu, no entanto, que há “dificuldades” relacionadas à não aprovação do orçamento, mas que será encontrada uma solução para dar continuidade às liberações.

“Não acho que tem crise, não. Temos uma dificuldade formal em relação a não aprovação o orçamento. Mas vai ser encontrada uma solução técnico-jurídica que garanta a continuidade (do Plano Safra)”, disse Costa. Ele falou a jornalistas durante o aniversário de 45 anos do PT, no Rio de Janeiro.

No sábado, após reclamações vindas do agronegócio, o presidente Lula pediu “solução imediata para o problema”, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo vai editar uma medida provisória para liberar R$ 4 bilhões em crédito extraordinário. A solução definitiva, porém, depende da solução do orçamento.

Gabriel Vasconcelos/Estadão Conteúdo

Policiais do Bope libertam refém de sequestro em agência bancária no Leblon; criminoso é baleado

Uma mulher foi feita refém por um homem em situação de rua. Ela foi abordada assim que entrou na agência do Itaú localizada na Av. Ataulfo de Paiva, 245, na Zona Sul do Rio. Durante as negociações, a mulher entrou em luta corporal com o criminoso. PMs invadiram o local e balearam o sequestrador. Ela não teve ferimentos.

Po liciais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) libertaram uma refém que estava sequestrada em uma agência bancária na Av. Ataulfo de Paiva, no Leblon, na Zona Sul do Rio, na manhã deste sábado (22).
Durante as negociações para a rendição do criminoso, a mulher entrou em luta corporal com o ele. Os policiais invadiram o local e balearam o sequestrador. A mulher não teve ferimentos.

Os agentes foram chamados por volta das 7h10. O homem usou um pedaço de caco de vidro para manter a mulher como refém. Ela foi abordada assim que entrou na agência para sacar dinheiro.O criminoso pediu a presença da imprensa no local para negociar a rendição. Além dos agentes do Bope, que contam com atiradores sniper posicionados, policiais do 23º batalhão e bombeiros do quartel da Gávea foram acionados.

O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou que a Avenida Ataulfo de Paiva foi interditada, na altura da rua Almirante Guilherme, em função de uma ocorrência policial.

Agentes da CET-Rio no local orientam os motoristas. O desvio do trânsito está sendo realizado pelas ruas:

Rua General San Martin x Rua Almirante Guilhem;
Rua General San Martin x Avenida Bartolomeu Mitre;
Avenida Bartolomeu Mitre x Rua Humberto de Campos.

Por Rafael Nascimento, Felipe Freire, g1 Rio

Papa Francisco tem estado de saúde atualizado e não rezará tradicional oração no Vaticano

Pontífice está internado em Roma desde a última sexta-feira (14) e “não está fora de perigo”, segundo equipe médica.

O Papa Francisco não rezará a tradicional oração, Angelus, segundo o comunicado do Vaticano, publicado durante a manhã deste sábado (22). Angelus é uma oração no qual Francisco conduz, recordando o momento da Anunciação, quando o Anjo Gabriel visitou a Virgem Maria. O Angelus é transmitido ao vivo para todo o mundo e pela internet, aos domingos. 

Diagnosticado com infecção polimicrobiana das vias respiratórias, o pontífice não está fora de perigo, segundo sua equipe médica.“Quando falamos que as condições são estáveis, queremos dizer que ele está sem febre, que está um pouquinho melhor. A pergunta é: ‘O Papa está fora de perigo?’. Não, ele não está fora de perigo”, explicou o médico Sergio Alfieri, durante a tarde dessa sexta-feira (21).

Ainda de acordo com o boletim médico, o pontífice teve uma “noite de sono tranquila”. Como não haverá o Angelus dominical, “terá somente a publicação do texto do Santo Padre”, finalizou o Vaticano.

Francisco foi internado em um hospital de Roma na última sexta-feira (14) devido a uma bronquite. O pontífice argentino apresentou dificuldades para respirar nos últimos dias e delegou aos seus assistentes a leitura de alguns discursos. Por isso, apesar da melhora no quadro, o papa continuará internado por, pelo menos, mais uma semana. Esta foi a primeira coletiva de imprensa dada por sua equipe para atualizar o quadro de saúde.

“Se a pergunta é ‘ele está fora de perigo?’: não. Se depois vocês nos perguntam se, neste momento, ele está em perigo de vida, a resposta, de qualquer forma, é não. Agora ele passou 20 minutos, foi do seu quarto até a capela para rezar. Porém, a situação realisticamente é esta: ele é o Papa, mas também é um homem”, apontou Alfieri.

Devido ao estado de saúde, o papa precisou desmarcar todos os seus compromissos, porém, segundo a emissora italiana Mediaset, mesmo hospitalizado, no fim de semana, ele continuou sua prática recente de fazer ligações para falar com membros de uma paróquia católica em Gaza.
O que é infecção polimicrobiana?

Em entrevista à Itatiaia, a médica pneumologista e paliativista da Saúde no Lar, Michele Andreata, explicou que a infecção é comum em pacientes com doenças pulmonares, exemplo do caso de pontífice.


“Infecção polimicrobiana é aquela causada por dois ou mais microrganismos simultaneamente, podendo envolver bactérias, vírus e fungos. Esse tipo de infecção é comum em contextos hospitalares, imunossupressão e em pacientes com doenças pulmonares estruturais, como DPOC, bronquiectasias e sequelas pulmonares”, explicou ela.

https://www.itatiaia.com.br/mundo

PL quer ofensiva junto aos mais pobres para aproveitar desgaste de Lula


Discursos no 1º Seminário de Comunicação do PL, na quinta (20) e sexta-feira (21) deixaram claro que o partido vai tentar capturar o eleitor de baixa renda que está descontente com o governo Lula (PT), apostando em temas que são mais sentidos no dia a dia dessas pessoas, como a inflação.

Como mostrou a última pesquisa Datafolha, a aprovação do petista caiu 20 pontos entre seus próprios eleitores. O levantamento indicou que a maior queda ocorreu entre os mais pobres, que ganham até dois salários mínimos por família (R$ 3.036) —eles correspondem a 51% da amostra e a 60% dos eleitores de Lula.

O seminário do PL, que reuniu influenciadores do partido, contou com palestras de representantes de empresas como X, Meta, Google, Kwai e Tiktok. Para lideranças do partido, parte do conhecimento dos influencers deveria ser aplicado na comunicação com os mais pobres, como argumentou o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ).

“Aqui só tem professores nessa área”, disse, na quinta-feira (20). “Tem muito ensinamento. Mas lamentavelmente o outro lado [esquerda], eles são muito bons, não em redes sociais, mas para se comunicar, em especial, com a parte pobre da sociedade”, continuou.

“Eles são especialistas em enganar, em mascarar, em especial, os mais pobres e os mais humildes. Nós, da direita, temos que aprender, em alguns momentos, a fazer autocrítica, coisa que eles não fazem. Nós precisamos melhorar a nossa comunicação com este mundo”, disse.

Foi uma avaliação parecida com a que o vereador Pablo Almeida, o mais votado de Belo Horizonte, fez no painel anterior. Ele citou a necessidade de estar presente em comunidades mais pobres e de abordar temas que são importantes para essa parcela da população.

“São bandeiras que, de fato, vão atingir a pessoa que está ali no dia a dia. ‘Estou pagando muito imposto’, e tal”, disse, defendendo que os influenciadores de direita procurem essa identificação via redes sociais. “Porque senão a esquerda vai lá e acaba cooptando todo mundo”, disse.

Em sua fala, Almeida fez referência ao vereador fluminense Rafael Satiê, criado na favela do Jacarezinho, zona norte do Rio de Janeiro.

“A favela já é conservadora. Uma das razões são as células religiosas, os espíritas, os católicos e os evangélicos”, diz Satiê ao Painel. “Segundo, a favela é capitalista. Tudo o que o favelado tem é fruto do pouco do capitalismo, a saber o carro, a casa, o telefone, o celular, o Wi-Fi, a Smart TV.”

“Então, veja, o favelado está muito mais próximo do conservadorismo, da direita e do capitalismo”, afirma. Ele diz que é preciso usar a linguagem certa para atrair esse público. “Por que hoje você tem uma rejeição entre os pobres ao Lula? Porque está falando da taxa do gás, está falando do Pix, da inflação, do aumento dos alimentos, do café”, continua.

“Então, talvez a linguagem do conservadorismo e do capitalismo é uma linguagem mais inacessível para o favelado. Mas quando se fala do café, quando se fala da falta de recurso e a falta de poder de compra, eles entendem muito mais. Essa é a nossa estratégia para a comunicação.”

O senador Rogério Marinho (RN), que coordena um curso de formação de ideais conservadores dentro do partido, defendeu que os influenciadores repassem, de uma forma mais simples, o impacto das medidas do governo sobre os mais pobres.

“O governo está com dificuldade de função da sua política fiscal. Então são dados que são necessários serem passados de uma forma mais simples a essa grande massa de apoiadores espalhados pelo país, para que eles possam buscar essa informação, uma informação real, e passar uma mensagem mais adequada ao seu grupo de opinião, às pessoas que estão no seu entorno”, disse.

Danielle Brant/Folhapress

Congresso tem responsabilidade por interrupção no Plano Safra, diz ministro

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse que o Congresso tem parcela de culpa pela suspensão do Plano Safra, anunciada pelo governo na quinta-feira (20).

Em entrevista concedida à CNN Brasil, Fávaro acusou a FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) de fazer oposição ao governo, quando deveria fazer articulações em favor do agronegócio.

Disse, ainda, que a Frente deveria cobrar da Câmara dos Deputados a aprovação do orçamento para assegurar a continuidade das linhas subsidiadas do programa.

“Nós estamos desde o final do ano com o orçamento sem ser votado e estamos tocando com 1/12 avos do que é necessário. O governo, por determinação do presidente Lula (PT), não vai parar o Plano Safra. A gente hoje vive uma intolerância por parte do Congresso, principalmente da bancada do agro, que se tivesse pressionando pela votação do orçamento, não estaríamos passando por isso hoje”, reclamou o ministro.

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva decidiu suspender as linhas subsidiadas do Plano Safra 2024/2025 por falta de recursos no Orçamento para bancar a equalização das taxas de juros em um momento de alta da Selic.

A suspensão atinge todas as linhas, exceto aquela destinada a ações de custeio no âmbito do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar).

O custo aumentou porque, desde setembro, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central vem elevando a taxa básica, que já está em 13,25% ao ano e deve subir a pelo menos 14,25% ao ano.

Durante a entrevista, o ministro assegurou que nenhum produtor será atingido, e sinalizou que conta com uma votação rápida do orçamento para continuar a liberação do crédito.

Disse ainda que o governo esperava pela interrupção do programa, mas que não avisou ao setor pois o governo estava pronto para reagir. O ministro criticou a reação do agronegócio à notícia.

Conforme mostrou a Folha, o governo criou uma força-tarefa para evitar que uma possível crise resultasse eu uma nova crise, similar ai episódio do Pix.

“Qual foi o prejuízo ao produtor? Nenhum. Não vi uma reação [da FPA], em 2022, quando nós ficamos três meses sem Plano Safra. Você viu a Frente do Agro reconhecer quando lançamos um dos maiores Plano Safra da história? Isso serve de alerta para a sociedade cobrar o Congresso”, finalizou.

Prosseguir com as operações num momento de esgotamento dos recursos disponíveis para os subsídios seria o mesmo que autorizar despesas sem ter Orçamento, o que fere a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). Seria uma violação equivalente à cometida pelo governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), na época das pedaladas fiscais.

Folhapress

Lula deve chamar Nísia para conversa na terça e dar início à reforma ministerial

O presidente Lula (PT) deverá se reunir na terça-feira (25) com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, desencadeando a reforma ministerial pela chamada “cozinha” do governo.

Lula já avisou a aliados que pretende substituir a ministra, como antecipou a Folha.

O titular da SRI (Secretaria das Relações Institucionais), Alexandre Padilha (PT), é favorito para a vaga, desde que concorde em não concorrer à Câmara em 2026, permanecendo no governo durante as eleições presidenciais. Padilha já deu sinais de que aceitaria a tarefa.

Nas conversas em que discutiu a sucessão de Nísia, com pessoas próximas, Lula manifestou preferência pessoal pelo nome do também ex-ministro da Saúde Arthur Chioro. Mas, segundo esses relatos, o presidente admite que deverá escolher Padilha por questões políticas e pela relação do ministro com a equipe que já está na pasta.

Um argumento adicional a favor de Padilha é o fato de que, atualmente, Chioro faz uma gestão bem avaliada pelo governo à frente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares e mantê-lo nesse posto seria uma decisão segura.

Confirmada a opção por Padilha, Lula definirá o novo titular da SRI. Segundo aliados do presidente, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e os ministros dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), e de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), são cotados para o cargo.

Nesta sexta-feira (21), Lula fez elogios a Silvio Costa Filho, que, para Lula, “tem dado um show”. “É um menino, um pernambucano, que não tem preconceito, que não tem discórdia com ninguém, e é um companheiro que só trabalha para fazer as coisas acontecerem”, afirmou o petista.

Às véspera de dar início reforma ministerial, Lula acrescentou ainda que “de vez em quando a gente erra”.

“De vez em quando, a gente erra, mas na maioria das vezes a gente acerta, quando a gente escolhe um ministro de qualidade”, disse o presidente, sem citar nomes.

A declaração ocorreu em evento em Itaguaí (RJ).

“Eu já era amigo do pai do Silvinho, e agora eu sou amigo do pai do filho, e logo, logo, talvez eu seja amigo do neto dele, do filho dele, porque eu quero viver 120 anos. É importante vocês saberem que eu tenho uma conversa todo dia com Deus. Eu não quero ir para o céu. Eu quero ficar aqui na terra porque tem muita coisa para a gente fazer”, afirmou Lula.

Aliados de Silvio Costa Filho descartam por ora o deslocamento do ministro para a SRI. Apesar de estar incluído na banca de apostas, o próprio Lula havia declarado no início deste mês que Silveira permaneceria nas Minas e Energia. A fala se deu no momento em que outros partidos cobiçavam a pasta.

Ainda entre os cogitados, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), chegou a ser sondado para a função, mas, segundo relatos, teria alegado que a maior fonte de tensão para o governo está na Câmara. Daí, a importância de se ter um deputado federal no comando da SRI.

Também dentro dessa lógica, dirigentes do centrão defendem o líder do MDB, Isnaldo Bulhões (AL), para o ministério.

Em conversas, Lula manifestou simpatia pelo nome da presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), para o cargo como uma forma de provar sua capacidade de articulação, sempre posta em dúvida pela classe política.

Mas Lula tem sido desaconselhado pela dificuldade de trânsito que ela enfrenta junto a parlamentares de oposição, após exercer a presidência do PT. Por isso, ela deverá assumir a Secretaria-Geral da Presidência

Ainda segundo aliados, o presidente deverá decidir na semana o destino dos ministros do Desenvolvimento Social, Wellington Dias; do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira; e das Mulheres, Cida Gonçalves, todos do PT. Interlocutores do presidente apostam na saída de pelo menos dois deles.

A gestão de Nísia tem sido alvo de queixas de integrantes do Congresso, de membros do Palácio do Planalto e do próprio Lula, que fez cobranças pela falta de uma marca forte na área.

Por isso, como a Folha revelou, Lula afirmou a interlocutores do meio político e da área da saúde que pretende trocar a ministra. Padilha já ocupou o cargo na gestão de Dilma Rousseff (PT).

Aliados relatam que o presidente já não esconde sua frustração com o desempenho de Nísia. Nos últimos dois anos, a gestão da ministra ficou marcada por críticas, crises sanitárias e a pressão do centrão para ampliar o controle sobre o orçamento da pasta.

Mas Lula chegou a fazer defesa pública dela, que entrou no cargo com perfil de técnica. Ainda segundo aliados de Lula, o número de casos de dengue no Brasil pesou para a insatisfação do presidente.

Catia Seabra/Folhapress

Justiça Eleitoral condena Pablo Marçal a 8 anos de inelegibilidade


A Justiça Eleitoral de São Paulo condenou o influenciador Pablo Marçal (PRTB) por abuso de poder político e econômico durante a campanha para a Prefeitura de São Paulo. A decisão do juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da primeira Zona Eleitoral, declarou o ex-coach inelegível por oito anos. Marçal ainda pode recorrer da decisão.

Marçal foi condenado em razão de ação baseada em representações do PSB e do PSOL nas quais é acusado de divulgar suas redes sociais um vídeo no qual venderia seu apoio a candidatos a vereador de “perfil de direita” em troca de doação para sua campanha. No Instagram ele ofereceu Pix de R$ 5.000,00 em troca dos vídeos.

“Entendo que o discurso do requerido Pablo Marçal de oferta de gravação de vídeo de apoio para impulsionar campanha eleitoral de candidato a vereador de partido que ‘(…) não seja de esquerda(…)’ em troca de doação no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) divulgada em meio de comunicação social (“instagram”) do próprio candidato encerra em si mesmo conduta ilícita que ostenta a potencialidade de lesar o bem jurídico protegido (legitimidade das eleições) para fins de manutenção do equilíbrio nas eleições ao divulgar referida publicação”, disse o magistrado.

Patiño Zors concluiu, então, que “está configurado abuso de poder midiático pela relevância e aptidão para influenciar e distorcer a formação da vontade política dos eleitores em benefício do candidato ao efetuar publicação em sua página de rede social”.

Adriana Victorino/Estadão

Trump diz que presença de Zelensky em negociações pelo fim da guerra na Ucrânia não é 'muito importante'

Presidente americano disse nesta sexta-feira (21) que Zelensky dificulta o fechamento de acordos. EUA e Rússia se aproximaram e chegaram a discutir a guerra sem a Ucrânia.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta sexta-feira (21) que não considera essencial que o ucraniano Volodymyr Zelensky esteja presente nas negociações para tratar do fim da guerra entre Rússia e Ucrânia.

"Não acho que seja muito importante que ele esteja nas reuniões", disse Trump em uma entrevista à Fox Radio. "Está lá há três anos. Ele faz com que seja muito difícil fechar acordos", acrescentou.

 https://g1.globo.com/jornal-nacional/video/trump-sobe-o-tom-das-criticas-e-chama-presidente-da-ucrania-de-ditador-13357296.ghtml

No início desta semana, autoridades dos Estados Unidos e da Rússia se reuniram na Arábia Saudita para discutir o fim da guerra. A Ucrânia afirmou ter sido excluída do encontro.

A crise entre Estados Unidos e Ucrânia piorou nos últimos dias, com Trump e Zelensky trocando acusações. Especialistas em relações internacionais afirmam que o presidente americano tem adotado um discurso pró-Rússia.

Na quarta-feira (19), Trump chamou o presidente ucraniano de "ditador sem eleições" e sugeriu que Zelensky se apressasse para um acordo ou ficaria "sem um país".

No mesmo dia, Zelensky acusou Trump de exigir US$ 500 bilhões em riquezas da Ucrânia em troca de apoio dos Estados Unidos. O presidente ucraniano afirmou ainda que não poderia vender o próprio país.

A mudança no comportamento dos Estados Unidos — que durante o governo de Joe Biden eram os maiores aliados da Ucrânia — colocaram a Europa em alerta. Só nesta semana, duas reuniões de emergência foram feitas para discutir a guerra e a segurança do continente.

Na visão dos líderes europeus, a aproximação dos Estados Unidos com a Rússia poderia permitir que Moscou conseguisse um acordo favorável, incluindo a conquista definitiva de territórios ucranianos. Isso, segundo eles, criaria um precedente para futuras agressões por parte dos russos.

Diante deste cenário, autoridades da Europa passaram a defender que o bloco tem mais autonomia em termos de segurança e dependa menos dos Estados Unidos.

Quais os interesses de cada parte?

Essas regiões ucranianas possuem minerais valiosos, essenciais para a indústria eletrônica. Entre eles estão manganês, urânio, titânio, lítio, minérios de zircônio, além de carvão, gás e petróleo.

Inicialmente, Zelensky havia elaborado um "plano da vitória" que permitia a exploração desses minerais por aliados em solo ucraniano.
Diante da aproximação entre Trump e Putin, Zelensky recusou um acordo proposto pelos EUA sobre as terras raras, já que o governo Trump não forneceu as garantias de segurança necessárias.
Trump também sugeriu que a Ucrânia realize eleições presidenciais. Atualmente, no entanto, o país não pode realizar pleitos devido à Lei Marcial em vigor. Especialistas avaliam que, mesmo sem essa restrição, seria difícil organizar uma eleição em meio à guerra.

Interesses da Ucrânia: Zelensky busca garantias de que terá de volta todo o território invadido pela Rússia e quer uma paz duradoura.

A Ucrânia exige a devolução da Crimeia, anexada ilegalmente em 2014, e a retirada de todas as tropas russas do leste do país.
O governo ucraniano também quer ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar composta pelos EUA e países europeus.
No curto prazo, a Ucrânia continua pedindo financiamento e ajuda militar para combater as tropas russas e defender seu território.
Em um cenário pós-guerra, é avaliada a presença de tropas europeias para garantir a segurança do país.
A Ucrânia também está em processo de adesão à União Europeia.

Interesses da Rússia: Desde o início da guerra, Putin chamou o conflito de "operação militar" e afirmou que seu objetivo era "desnazificar" a Ucrânia.

Na prática, porém, Moscou teme a entrada da Ucrânia na Otan. A Rússia acusa os EUA de não terem cumprido uma promessa feita na década de 1990 de que não expandiriam a aliança militar.
Além disso, o Kremlin deseja manter sua influência histórica sobre a Ucrânia, que fez parte da União Soviética.
A Crimeia é vista como um território estratégico para a Rússia, pois tem uma posição privilegiada no Mar Negro e contribui para a defesa do país.
Em um eventual acordo de paz, a Rússia também quer manter o controle sobre as regiões de Donetsk, Kherson, Luhansk e Zaporizhzhia, áreas ricas em recursos naturais e minerais.

 Interesses da Europa: Para a Europa, a Ucrânia é fundamental para a estabilidade do continente.
  • O temor europeu é que a Rússia possa realizar novos ataques no futuro, caso não seja contida agora.
  • Por isso, uma solução para a guerra é vista como determinante para a segurança do bloco.
  • Diante desse cenário, líderes europeus exigem participação ativa nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia.
  • A postura dos EUA no conflito também levantou debates sobre a necessidade de uma Europa mais autônoma em questões de segurança, já que o continente historicamente depende dos norte-americanos nessa área.
  • Ao mesmo tempo, a Europa tem uma dependência energética da Rússia, principalmente de gás. No início de 2025, a Ucrânia encerrou o trânsito de gás russo pelo seu território, afetando o fornecimento ao continente.


Ipiaú: Feira de Saúde do Fevereiro Roxo leva serviços e informações sobre fibromialgia à Praça Rui Barbosa

A Praça Rui Barbosa recebeu, nesta quinta-feira (20), uma ação especial voltada à conscientização sobre a fibromialgia. Realizada pela Secretaria de Saúde, a Feira de Saúde do Fevereiro Roxo reuniu profissionais de diversas áreas para oferecer atendimentos gratuitos e compartilhar informações essenciais sobre a condição, que afeta milhões de pessoas no Brasil.
A programação começou cedo, com palestras da psicóloga Jhessica Lopes e em seguida da fisioterapeuta Arine Araújo, trazendo detalhes sobre a fibromialgia em suas respectivas áreas.
Além das palestras, os participantes tiveram acesso a diversos serviços, como triagem, ventosaterapia, auriculoterapia, orientações nutricionais, atendimento odontológico e até corte de cabelo. A Central de Marcação também esteve presente, facilitando o acesso a exames e consultas. Para completar, sorteios de brindes animaram o público e cards informativos foram distribuídos para conscientizar ainda mais a população.
As pacientes do Grupo de Fibromialgia também estiveram presentes na ação, reforçando a importância do suporte mútuo e do acompanhamento contínuo. O coordenador do Complexo Municipal de Saúde, Anthoni Farias, explicou que quem for diagnosticado com fibromialgia e quiser participar do grupo deve comparecer ao Complexo Municipal de Saúde Adilson Duarte com o laudo médico, cartão do SUS, RG e Cartão Família para fazer o cadastro. Após isso, o paciente é direcionado para integrar o grupo.

Com uma proposta que vai além da informação, o evento reforçou a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado da fibromialgia, incentivando hábitos saudáveis e promovendo bem-estar. Mais do que uma ação de saúde, o Fevereiro Roxo foi um espaço de acolhimento e cuidado para quem convive com a doença.

Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú
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INSS confirma interferência no pagamento para aposentados em 28/02


O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciou que realizará ajustes no cronograma de pagamentos dos benefícios referentes aos meses de fevereiro e março de 2025. Essas mudanças são motivadas pelo feriado de Carnaval, que ocorrerá nos dias 3 e 4 de março, impactando o funcionamento das agências do INSS.

O calendário de pagamentos do INSS é elaborado anualmente, levando em consideração feriados e datas comemorativas que podem influenciar o funcionamento das agências. Ajustes são feitos para garantir que os beneficiários recebam seus pagamentos de forma pontual, evitando transtornos financeiros.

Como é definido o calendário de pagamentos do INSS?

Os pagamentos do INSS são organizados de acordo com o último dígito do Número de Benefício (NB), que varia de 1 a 0. Em 2025, os depósitos para benefícios de até um salário mínimo começarão em 24 de fevereiro, com uma pausa para o Carnaval no dia 28 de fevereiro, e serão retomados em 6 de março.NB com final 1 e 6: pagamento em 24 de fevereiro.
NB com final 2 e 7: pagamento em 25 de fevereiro.
NB com final 3 e 8: pagamento em 26 de fevereiro.
NB com final 4 e 9: pagamento em 27 de fevereiro.
NB com final 5 e 0: pagamento em 28 de fevereiro.

Os pagamentos que seriam realizados durante o Carnaval serão retomados a partir de 6 de março.

Por que os ajustes no calendário são importantes?

Esses ajustes são essenciais para assegurar que os beneficiários do INSS não enfrentem dificuldades financeiras durante feriados prolongados. Para muitos, o benefício representa a principal fonte de renda, e qualquer atraso pode comprometer o orçamento familiar.

Funcionamento das agências do INSS durante o Carnaval

Durante o período de Carnaval, a maioria das agências do INSS estará fechada, seguindo o calendário de feriados nacionais. Isso significa que, além da suspensão temporária dos pagamentos, outros serviços presenciais também não estarão disponíveis. É importante que os beneficiários estejam cientes dessa interrupção para evitar deslocamentos desnecessários.

Para facilitar o acesso aos serviços, o INSS recomenda o uso de plataformas digitais, como o site oficial e o aplicativo Meu INSS, que continuam operando durante os feriados. Essas ferramentas permitem que os beneficiários acompanhem seus pagamentos e realizem outras consultas de forma prática e segura.

Com essas medidas, o INSS busca garantir que os beneficiários continuem recebendo seus pagamentos de maneira eficiente, minimizando os impactos de feriados prolongados no cronograma de benefícios.

https://www.em.com.br/emfoco

STF confirma competência de guardas municipais para fazer policiamento


O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou que as guardas municipais podem realizar policiamento ostensivo nas vias públicas.

A Corte julgou nesta quinta-feira (20) um recurso protocolado pela Câmara Municipal de São Paulo para derrubar a decisão do Tribunal de Justiça que julgou inconstitucional o trecho da Lei Municipal 13.866/2004, que fixou a competência da Guarda Civil Metropolitana para realizar o trabalho de policiamento.

A controvérsia da questão estava em torno da interpretação do Artigo 144, da Constituição. O dispositivo definiu que os municípios podem criar guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações.

De acordo com entendimento da maioria dos ministros, a guarda municipal pode atuar em ações de segurança pública, além da função de vigilância patrimonial, mas deve respeitar as atribuições das polícias Civil e Militar, como não atuar como polícia judiciária, por exemplo.

Ao final do julgamento, foi definida a seguinte tese, que valerá para todo o país:

“É constitucional, no âmbito dos municípios, o exercício de ações de segurança urbana pelas guardas municipais, inclusive o policiamento ostensivo comunitário, respeitadas as atribuições dos demais órgãos de segurança pública previstas no artigo 144 da Constituição Federal e excluída qualquer atividade de polícia judiciária, sendo submetidas ao controle externo da atividade policial pelo Ministério Público, nos termos do artigo 129, inciso 7º, da Constituição Federal”, definiu o STF.

Na manhã de hoje, após a decisão do Supremo, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, disse que o nome da Guarda Civil Metropolitana (GCM) será alterado para Polícia Metropolitana. Para o prefeito, a decisão da Corte vai garantir a atuação dos guardas municipais.

Agência Brasil

Em liminar, Dias Toffoli impede Jerônimo Rodrigues de fazer indicação política para a vaga de Pedro Lino no TCE

Os auditores obtiveram mais uma vitória na guerra judicial contra o governo da Bahia para tentar impedir que o morador do Palácio de Ondina, Jerônimo Rodrigues (PT), indique um político para a vaga do ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Pedro Lino, falecido em setembro do ano passado. Desta vez, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, em liminar, qualquer indicação ou nomeação para a Corte de contas. A decisão foi proferida nesta quinta-feira (20).

A decisão atendeu a um pedido da Associação Nacional dos Ministros e Conselheiros Substitutos dos Tribunais de Contas (Audicon), que já havia obtido uma vitória sobre a mesma questão no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), como revelou o Política Livre, que tem acompanhado o assunto de perto (clique aqui par ler). A categoria defende o respeito à regra constitucional que assegura que o governador deve nomear um auditor para a vaga.

Fontes do governo e aliados do Executivo estadual na Assembleia Legislativa, no entanto, alegam que apenas um auditor substituto, figura que ainda não existe no TCE, poderia ser indicado para a vaga. Na ausência deste, Jerônimo teria a possibilidade de indicar livremente o substituto de Pedro Lino. Como revelou o site recentemente, o governador escolheu para a cadeira o atual chefe da Casa Civil, o deputado federal licenciado Afonso Florense (PT).

Entenda o caso

Dias Toffoli lembrou que, em abril de 2021, o Supremo decidiu, na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4541, que os auditores jurídicos e de controle externo do TCE não podem exercer funções típicas do cargo de auditor previsto na Constituição brasileira. Entre as funções vedadas estão a substituição eventual dos conselheiros do TCE. Na ocasião, o STF fixou prazo de 12 meses para a efetivação do novo cargo.

Na ADO movida no STF, a Audicon alegou omissão do governo da Bahia pela falta de criação do cargo de auditor substituto, único que poderia substituir Pedro Lino, que era auditor de carreira, para atuar na corte estadual de contas. Segundo a entidade, o prazo fixado pelo STF para implementar a carreira e fazer o concurso público foi extrapolado.

Em sua decisão, Dias Toffoli justificou a necessidade da liminar a partir dos fatos narrados pela Adicon. Segundo a entidade, há uma “pressão política exercida pelo governador” sobre o TJ-BA. Na ADO 87, a associação afirmou que há uma omissão inconstitucional da Assembleia Legislativa da Bahia ao não aprovar dois projetos de lei que tratam da criação do novo cargo para o TCE.

Ato público

O Sindidato dos Servidores do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (Sintce) fará, na próxima terça-feira (25), às 14h, em frente à sede da Corte, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), um ato público em defesa da Constituição e da garantia de que a vaga de Pedro Lino seja ocupada por um auditor.

Presidente da entidade, Amilson Carneiro de Araújo já defendeu, em conversa com o site, que, na ausência de auditores substitutos, a cadeira vaga seja ocupada por qualquer outro auditor que tenha experiência acumulada no TCE (clique aqui para ler).

Política Livre

Educação, diversidade e muito aprendizado: Ipiaú fortalece ensino das relações étnico-raciais

Nesta semana, coordenadores pedagógicos de Ipiaú se reuniram para dar um passo importante rumo a uma educação mais inclusiva e representativa. O encontro foi para apresentar o projeto da ERER – Educação das Relações Étnico-Raciais, um tema fundamental para construir um ensino que valoriza a diversidade e fortalece o respeito às diferenças.
A reunião, conduzida pela professora Juliana Lino, que também é Coordenadora Técnica da ERER no município, abordou a implementação da Lei 10.639/03. Essa legislação determina a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas do ensino fundamental e médio. "Não se trata de uma nova disciplina ou matéria. A ideia é que o tema esteja presente em todas as áreas do conhecimento, sendo trabalhado ao longo do ano letivo de forma integrada", ressaltou a coordenadora.

A Coordenação Técnica Pedagógica da ERER e Educação Afrocentrada tem um papel essencial nessa missão, desenvolvendo estratégias para que a educação antirracista aconteça de fato nas salas de aula. O objetivo é ampliar o protagonismo negro, promover o respeito às diferenças e reforçar a importância da identidade cultural de cada aluno.

"A implementação desse projeto vai somar na educação dos ipiauenses, trazendo ações e projetos voltados a essa temática tão importante. O compromisso da nossa gestão é garantir uma educação mais inclusiva e que valorize a diversidade”, destacou a secretária de Educação, Erlândia Souza.

A Prefeitura de Ipiaú segue investindo na construção de uma educação transformadora, que prepara os estudantes não só para o futuro, mas também para um presente mais justo e igualitário. Porque aprender sobre diversidade e respeito é mais do que necessário – é essencial!

Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú

Marcel Hohlenwerger, embarca na sugestão de Ivete Sangalo para início da campanha RIOMAR - Preservação e Vivências no Rio das Contas

Eclode mais um movimento pela preservação e recuperação do Rio das Contas, o principal manancial da maior bacia hidrográfica totalmente baiana que engloba 86 municípios numa área que equivale a 10,2 por cento do território estadual.
Desta vez a proposta chega por sugestão da cantora Ivete Sangalo e será capitaneada pelo publicitário e compositor Marcel Hohlenwerger , diretor da Agencia Maré, Conselheiro do Sinapro Bahia, com apoio de entidades ambientalistas, comunidades ribeirinhas, canoístas, artistas e até órgãos governamentais.

Quando esteve em Ipiaú, em julho do ano passado, para realizar uma apresentação na Festa de São Pedro, Ivete Sangalo ficou hospedada na casa do casal Marcel e Carol Maria.

O aconchegante lugar à beira do Rio das Contas mereceu elogios da famosa cantora pela harmonia com a natureza e bons tratos que o manancial ali recebia.

Diante do que via e a encantava, a talentosa vocalista sugeriu que o publicitário anfitrião desenvolvesse uma campanha pela preservação do rio que nasce na Serra da Tromba, Chapada Diamantina, e se estende por 620 Km até desaguar no Oceano Atlântico, em Itacaré.

Ao longo desse percurso banha diversas localidades, dentre elas as cidades de Jussiape, Jequié, Jitaúna, Itagibá, Ubatã, Ubaitaba e Aurelino Leal.

A bacia do Rio das Contas abriga uma rica biodiversidade, com várias espécies de flora e fauna endêmicas, incluindo áreas de Mata Atlântica e Cerrado.

Apesar dessa grandeza ambiental o rio e seus afluentes, inclusive áreas ribeirinhas, tem sofrido uma série de degradações que precisam ser combatidas cotidianamente.

Essa luta tem antecedentes por meio de diversas ONGs cujas atuações foram interrompidas por entraves burocráticos , incompreensões e falta de incentivos.

A proposta atual é pela unificação de todos que estejam imbuídos no nobre propósito da preservação, recuperação e vivências no Rio das Contas.
Segundo Marcel, “a voz de Ivete Sangalo foi a mola propulsora do novo movimento, cujo primeiro passo foi dado no último sábado, 15 de fevereiro, no Sítio Palmares, ao som da banda Carretel e Samba do Bom, com a presença de pessoas de boa vontade pela causa.

Dentre outras, estavam presentes a bicampeã de paracanoagem, Martinha Ferreira, que pretende desenvolver um projeto de incentivo a este esporte náutico em Ipiaú, a diretora de Cultura do município de Ubatã, Analú Tavares, a psicóloga Simone Cafezeiro, a poeta Vânia Fagundes, além de membros da imprensa, músicos e ambientalistas que defendem a recomposição de trechos da mata ciliar do rio.

A campanha ainda em fase embrionária, deu seu primeiro passo rumo a um grande desafio que deve envolver poderes públicos e empresas em torno da causa que visa preservar e criar vivências neste que é um dos mais importantes corredores de água doce do estado.

Agência de Noticias Maré

Bolsonaro terá privilégios de ex-chefe de Estado em eventual prisão no Exército

Diante da denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra Jair Bolsonaro (PL) pela trama golpista de 2022, generais do Exército passaram a discutir a possibilidade de que o ex-presidente, eventualmente condenado, cumpra prisão em uma unidade militar.

Bolsonaro teria direito de ficar preso em uma prisão do Exército por ser capitão reformado. A avaliação de interlocutores do comandante da Força, general Tomás Paiva, é que, nesse cenário, o ex-presidente deve ficar detido em condições menos desfavoráveis, considerando as prerrogativas de ex-chefe de Estado.

Uma das possibilidades é improvisar um espaço para prisão especial no Comando Militar do Planalto, sediado em Brasília. Generais, contudo, ressaltam que as avaliações são conjecturas ainda distantes e que o assunto só entrará em pauta se Bolsonaro for condenado.

Quatro generais ouvidos pela Folha avaliam que, em eventual condenação, o STF (Supremo Tribunal Federal) deveria conceder a Bolsonaro uma prisão especial.

Eles citam os casos do presidente Lula (PT) e do ex-presidente Michel Temer (MDB). O petista ficou 580 dias preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, em um dormitório com cama, duas mesas, banheiro adaptado e televisão.

Já o emedebista ficou em uma cela especial na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. A sala foi improvisada para atender ao ex-presidente, com cama, banheiro e mesa.

O espaço destinado a ex-presidentes presos é chamado de sala de Estado-Maior —em referência ao grupo de oficiais das Forças Armadas que assessoram o comandante militar. Deve ser, portanto, um ambiente na unidade militar compatível com o local em que são exercidas as funções do Estado-Maior.

O direito é previsto no Código Penal Militar para uma série de autoridades, como ministros de Estado, parlamentares e oficiais das Forças Armadas. A legislação, porém, prevê que a prisão especial será possível “antes de condenação irrecorrível”.

Por mais que a legislação não cite ex-presidentes, a regra geralmente é aplicada a eles por serem considerados comandantes-em-chefe das Forças Armadas durante seus mandatos. A expectativa na caserna é que o benefício da prisão especial também valha para eventuais condenações definitivas de Bolsonaro.

Um motivo levantado por oficiais-generais para sinalizar que o quartel seria inviável é a possibilidade de o ex-presidente manter contato com militares, com possível incentivo à desordem.

Na visão de dois dos generais consultados, sob reserva, a melhor saída seria evitar a prisão de Bolsonaro em uma unidade militar e designar uma das sedes da Polícia Federal para a eventual detenção.

Durante evento organizado pelo PL na quinta-feira (20), Bolsonaro disse que não estava preocupado com uma eventual condenação. “Para mim, seria muito mais fácil estar do outro lado junto, com a dona Michelle, aproveitando a vida. Mas não poderia continuar vendo meu país se deteriorar, se acabar, se afundar. Um país onde se rouba esperança do seu povo. O tempo todo [é] ‘vamos prender o Bolsonaro’. Caguei para a prisão”, disse, sob aplausos.

A situação de Bolsonaro é diferente da posição de oficiais-generais denunciados pela PGR, como Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Estevam Theophilo. Para eles, a eventual prisão seguirá os mesmos protocolos da detenção do general Braga Netto, com separação de uma sala de Estado-Maior para os possíveis condenados.

Os militares ainda poderão perder o direito da prisão em unidade militar caso tenham cassados seus postos e patentes pelo STM (Superior Tribunal Militar). Nesse cenário, os militares são considerados indignos do oficialato e perdem os benefícios típicos da carreira.

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi denunciado pela PGR acusado de liderar uma organização criminosa que planejou um golpe de Estado após a vitória de Lula nas eleições presidenciais de 2022.

Bolsonaro nega tanto a articulação por um golpe como o conhecimento do plano de assassinato de autoridades. A defesa dele afirmou que recebeu com “estarrecimento e indignação” a denúncia e que não há elementos na peça da PGR que o conecte à “narrativa construída” no documento.

A denúncia usou como base a delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-chefe da Ajudância de Ordens da Presidência, e provas obtidas ao longo de um ano e meio de investigações da Polícia Federal.

As principais provas contra Bolsonaro são a confecção e edição de minutas de decreto golpistas e a tentativa de conseguir apoio dos chefes das Forças Armadas para as conspirações em dezembro de 2022.

A PF ainda conclui, mas com elementos frágeis, que Bolsonaro anuiu com um plano para matar autoridades —entre elas Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes— e o aponta como um dos responsáveis pelos ataques de 8 de janeiro de 2023.

Cézar Feitoza/Folhapress
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Expansão de crédito via mercado de capitais reacende debate sobre regulação do BC

O aumento do volume de crédito via mercado de capitais, que vem ganhando importância como fonte de financiamento, reacendeu o debate sobre o poder de regulação do Banco Central e o plano de reconfigurar atribuições e redistribuir forças dos órgãos envolvidos.

O crescimento expressivo desse canal de crédito, principalmente no financiamento de grandes empresas, vem sendo observado com atenção pelo Comef (Comitê de Estabilidade Financeira) desde meados do ano passado.

Na reunião desta quarta-feira (19), o colegiado do BC alertou em comunicado que o crédito obtido via mercado de capitais não apresenta sinais de desaceleração apesar “das alterações nas condições financeiras” do país.

O cenário hoje está mais adverso, com a elevação da taxa básica de juros –a Selic está em 13,25% ao ano– e a perspectiva de desaceleração da economia, o que pode piorar os níveis atuais (ainda altos) de inadimplência, comprometimento de renda e endividamento das famílias, bem como pelo endividamento das empresas.

Uma análise mais detalhada deve aparecer na ata do encontro, que será divulgada na próxima semana.

Em novembro, na última reunião de 2024, o Comef ressaltou que a importância do crédito obtido via mercado de capitais era substancial e continuava aumentando.

Dados do Banco Central mostram que, no ano passado, houve um salto de 24,1% no saldo de crédito de títulos de dívidas emitidos por empresas no mercado doméstico (debêntures e notas comerciais). Em dezembro, o estoque atingiu R$ 1,2 trilhão, ante R$ 976 bilhões no mesmo mês de 2023.

Na ocasião, o colegiado disse que as emissões de debêntures –títulos de dívida emitidos por empresas com o objetivo de captar recursos– estavam ocorrendo com spreads menores e prazos mais longos. Spread é definido pela diferença entre a taxa paga pelas instituições para captar recursos e a taxa efetivamente cobrada do cliente.

O comitê afirmou também na ata que os fundos de crédito privado “são importantes financiadores dessas debêntures”, acrescentando que “marcam suas carteiras a mercado”, ou seja, ajustam os preços dos ativos diariamente e que seguem a precificação da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

“Elevação significativa dos spreads reduziria a rentabilidade dos fundos e poderia levar alguns investidores a solicitar resgates, mas testes de estresse indicam que o risco de liquidez é baixo”, disse o Comef no documento.

Os fundos de crédito privado são cestas de investimento que aplicam mais de 50% dos recursos totais em títulos de dívida emitidos por empresas privadas.

Esses fundos ficam hoje sob responsabilidade da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Como algumas instituições financeiras acabam sendo cotistas deles e o BC não tem acesso a informações completas das carteiras que compõem esses fundos, o trabalho da área de fiscalização se torna mais difícil.

O Comef apontou também em novembro que a política macroprudencial se mantinha em posição neutra, “consistente com períodos sem acúmulo significativo de riscos financeiros.” No comunicado da reunião desta semana, o trecho foi excluído.

Na autoridade monetária, há preocupação com eventuais riscos para a estabilidade financeira do país em caso de uma crise imprevista do mercado de capitais.

Esse cenário trouxe novamente à tona o debate sobre um plano de longo prazo em estudo pelo Ministério da Fazenda para reconfigurar o modelo de regulação e supervisão do sistema financeiro.

A ideia —inspirada no modelo “twin peaks”, que surgiu na Austrália, foi copiado pela Inglaterra e se espalhou por diversos países— consiste em regular o sistema financeiro por função e não por produto (seguro, depósito bancário, empréstimo, títulos, previdência), como é hoje no Brasil.

A implementação seria feita em etapas, começando pela absorção da Susep (Superintendência de Seguros Privados) pela autoridade monetária. Isso porque ela está hoje mais fragilizada em comparação aos demais órgãos, na avaliação do governo.

O segundo passo seria reforçar o quadro de funcionários e a estrutura da CVM, que depois de fortalecida assumiria competências de regulação hoje sob responsabilidade do BC, como proteção ao consumidor de produtos financeiros (seguro e bancário, por exemplo).

Nesse reequilíbrio de funções, o BC assumiria a atribuição de regulamentação prudencial (proteção da solidez das instituições) de fundos de investimentos, hoje a cargo da CVM.

A última etapa seria incorporar a Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) aos dois “super-reguladores” –BC e CVM. O processo completo seria concluído em cerca de cinco anos.

Pessoas a par da discussão consideram que, se houver vontade política, a proposta pode avançar, mas que isso depende de forças de poder. O tema está sendo discutido desde o ano passado por representantes do BC e do Ministério da Fazenda.

Em 13 de fevereiro, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) se reuniu com o diretor de Fiscalização do BC, Ailton Aquino, “para tratar de assuntos institucionais”. Também participou do encontro o secretário de Reformas Econômicas, Marcos Barbosa Pinto.

Em 21 de janeiro, o secretário da Fazenda teve uma reunião virtual com o presidente do BC, Gabriel Galípolo. O novo chefe da autoridade monetária também se encontrou com o presidente da CVM, João Pedro do Nascimento, no dia 11 de fevereiro, no Rio de Janeiro, e tem um compromisso agendado para esta quinta (20) com Alessandro Octaviani, superintendente da Susep.

Nathalia Garcia/Folhapress

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