Extrema direita alemã obtém melhor resultado nas urnas desde fim da Segunda Guerra

Pesquisas de boca de urna apontam que o partido de extrema direita AfD (Alternativa para a Alemanha) foi o segundo mais votado nas eleições alemãs deste domingo (23), obtendo cerca de 20% dos votos —o melhor resultado para uma sigla deste campo político desde o fim do nazismo há 80 anos.

Trata-se de um acontecimento histórico, capaz até mesmo de ofuscar a vitória da CDU (União Democrata-Cristã), de centro-direita. Liderados por Friedrich Merz, provável futuro primeiro-ministro, a sigla obteve 28% dos votos, segundo levantamentos, se tornando o partido mais votado e obtendo, assim, preferência na formação de um futuro governo.

O SPD do atual premiê, Olaf Scholz, amargou seu pior resultado da história da Alemanha pós-guerra, caindo a 16%. Ainda não está claro se o social-democrata renunciará à Presidência de seu partido, como é comum em casos assim. Os Verdes obtiveram 12% dos votos e A Esquerda, 8%.

O SPD do atual premiê, Olaf Scholz, amargou seu pior resultado da história da Alemanha pós-guerra. Ainda não está claro se o social-democrata renunciará à Presidência de seu partido, como é comum em casos assim.

Em 2013, primeiro ano no qual concorreu ao Parlamento federal, a AfD obteve pouco menos de 5% dos votos. Em 2017, nas eleições seguintes, mais do que dobrou o desempenho anterior e alcançou 12%, resultado que não conseguiu repetir nas últimas eleições, marcadas por uma vitória expressiva do SPD de Scholz e nas quais a AfD obteve pouco mais de 10%. Agora, atinge um patamar inédito, com 20%.

Com o resultado, a AfD não apenas se consolida como força política relevante no país, mas também deve ganhar protagonismo na oposição: graças à estratégia dos partidos democráticos de se recusar a formar governo com os extremistas, a AfD quase certamente será a maior sigla no Parlamento fora do poder.

Após os resultados apontarem a vitória de seu partido, Merz repetiu a promessa de que não formará governo com a extrema direita. Ainda assim, a depender do grau de instabilidade do próximo governo alemão, é provável que a AfD angarie ainda mais apoio eleitoral até as próximas eleições, que podem ser antecipadas se houver crise na coalizão de turno.

Além disso, quanto maior a parcela do voto, mais difícil será para o campo democrático encontrar configurações que excluam a sigla. O resultado desse domingo, por exemplo, já abre à AfD a possibilidade de oferecer à CDU, como Weidel fez neste domingo, um acordo tácito de tolerar um governo de minoria caso os conservadores não consigam acordo com o SPD ou os Verdes. Isso daria aos extremistas grande poder de ditar os rumos do país mesmo tecnicamente fora das rédeas do Estado.

Esse cenário é improvável, visto que a CDU já governou com o SPD muitas vezes e poderia facilmente fazê-lo de novo, inclusive com apoio dos Verdes. Mas há complicações: alas da CDU se recusam a governar com o partido ambientalista, a quem consideram inimigos da indústria e do carro. E o próprio Scholz, neste domingo, aumentou o grau de incerteza ao dizer que não liderará seu partido e deixará a política se o SPD entrar em um governo liderado por Merz.

“Primeiro, é preciso dizer que esse é um sucesso histórico para nós”, disse Weidel à imprensa alemã no domingo. “Dobramos nosso resultado, mesmo quando queriam nos cortar pela metade. Nossa mão está estendida para compor o novo governo e fazer valer a vontade do povo, da Alemanha.”

Para acumular ganhos eleitorais tão expressivos ao longo dos anos, a AfD, que nasceu como um movimento contrário à União Europeia, investiu pesado na hostilidade a imigrantes como principal bandeira. A AfD explodiu em popularidade surfando em sentimentos anti-imigração após a crise migratória de 2015, quando 1 milhão de refugiados foram aceitos no país pelo governo Angela Merkel no contexto da guerra na Síria.

Entre eleições para o Parlamento federal em Berlim, a AfD passou a última década construindo uma fortaleza política nos estados que compunham a antiga Alemanha Oriental, chegando em 2024 a partido mais votado em um deles, a Turíngia. Especialistas apresentam diferentes explicações para o fenômeno, como a maior pobreza nesses estados, o menor contato das pessoas com imigrantes em seu dia a dia e até mesmo diferenças na reflexão sobre o passado nazista.

A AfD é monitorada nacionalmente pelo serviço de inteligência interno da Alemanha por conta de seu caráter radical, e seus diretórios na Turíngia, na Saxônia e na Saxônia-Anhalt são oficialmente considerados extremistas —ou seja, as autoridades alemãs consideram que seus objetivos políticos são incompatíveis com a democracia, o que pode abrir a porta para o banimento do partido.

Também por isso, até aqui, o tabu de ser o partido que permitiria a volta da extrema direita ao poder pela primeira vez desde o fim da Segunda Guerra Mundial parece manter o Brandmauer, ou firewall, contra a AfD de pé por enquanto —ainda mais em um momento no qual comparações entre 2025 e 1933, ano no qual Adolf Hitler chegou ao poder, ganham força.

Isso se deve principalmente ao candidato da CDU, Friedrich Merz. Semanas antes da votação, ele orientou seu partido no Parlamento a aprovar uma lei, com o apoio da AfD, restringindo a imigração na Alemanha —na votação seguinte, graças à oposição de alguns poucos parlamentares da CDU, a proposta foi derrotada, mas foi a primeira vez na história moderna da Alemanha que a centro-direita colaborou com a extrema direita.

O caso que acendeu alertas (ou, no caso dos extremistas, alimentou esperanças) para a possibilidade de um governo formado pela CDU e pela AfD, que teria, com os resultados do domingo, ampla maioria no Parlamento.

Victor Lacombe/Folhapress

Israel expulsa 40 mil na Cisjordânia em maior operação em 20 anos

O exército israelense conduziu uma ampla operação militar em campos de refugiados palestinos no Norte da Cisjordânia ocupada neste domingo (23), dando continuidade à ação que já expulsou cerca de 40 mil palestinos de campos de refugiados em Jenin, Tul Karem e Nur al-Shams.

Essa é a maior operação militar de Israel na Cisjordânia em cerca de 20 anos, desde 2005, quando ocorreu a segunda Intifada, que foi uma grande revolta da população palestina contra a ocupação israelense dos seus territórios.

O governo de Tel Aviv informou que ocupará essas áreas pelo próximo ano, impedindo o retorno dos moradores. “Não permitiremos o retorno dos moradores e não permitiremos que o terror retorne e floresça”, disse, neste domingo (23), o ministro da Defesa, Israel Katz. O governo de Tel-Aviv alega que as ações são para combater o terrorismo.

Em nota, o ministério das relações exteriores da Autoridade Palestina, que controla parte da Cisjordânia, afirmou que as ações de Israel é a continuação do genocídio do povo palestino e da anexação de seus territórios.

“O Ministério vê esses acontecimentos — incluindo as declarações de Katz, o envio de tanques e a intimidação deliberada de civis indefesos — como uma grave escalada na Cisjordânia e uma tentativa flagrante de consolidar o genocídio e o deslocamento forçado contra nosso povo desarmado”, diz a representação palestina da Cisjordânia, que ainda pede que a comunidade internacional intervenha.

O professor de relações internacionais, cientista político e jornalista Bruno Lima Rocha avalia que o uso de blindados, helicópteros e de cercos aos campos de refugiados palestinos – inédito em, ao menos, 20 anos – é parte da estratégia de transferir a guerra da Faixa de Gaza para Cisjordânia.

“Ao estabelecer o cessar-fogo em Gaza, o estado sionista aperta as condições na Cisjordânia, para transferir a frente de guerra interna para lá. O governo Netanyahu necessita do estado de guerra porque, sem esse estado de guerra e essa situação de comoção nacional da troca dos presos políticos palestinos pelos reféns, a tendência que seu governo caia e ele seja julgado”, analisou.

LUCAS PORDEUS LEÓN/Agência Brasil

Boca de urna na Alemanha aponta vitória do conservador CDU e crescimento recorde da extrema direita


Friedrich Merz, do CDU, precisará fazer alianças para formar governo, o que pode levar meses. AfD deu à extrema direita melhor desempenho desde a 2ª Guerra Mundial. Premiê Olaf Scholz reconheceu derrota.

https://g1.globo.com/globonews/jornal-globonews/video/boca-de-urna-indica-que-cdu-foi-partido-mais-votado-na-alemanha-13366499.ghtm

A Alemanha encerrou na tarde deste domingo (23) a votação para a escolha de um novo governo. Pesquisas de bocas de urna indicam uma vitória do CDU, partido conservador, e o segundo lugar para o AfD, sigla da extrema direita que foi a mais cresceu no pleito.

Caso confirmado, o número de votos para a extrema direita também será recorde na história da Alemanha desde a Segunda Guerra Mundial.

A boca de urna do pleito, convocado antecipadamente após o governo de coalisão colapsar (leia mais abaixo), reflete os resultados previstos pelas pesquisas de intenção de voto:

Friedrich Merz, do partido conservador União Democrática Cristã, de oposição ao atual governo, teve 29% dos votos.

Em segundo lugar, o AfD levou cerca de 19% dos votos, percentual previsto anteriormente.
Já o Partido Social-Democrata, do atual governo de Olaf Scholz, apareceu na terceira posição, com 16%.

O Partido Verde teve 13,5% dos votos e ficou em quarto lugar, também conforme previsto.
Em quinto lugar, o bloco de siglas da esquerda obteve 8,6% dos votos.

O índice de participação foi de 83%, índice considerado alto para a média da Alemanha, ainda de acordo com a projeção. Um total de 61 milhões de pessoas estavam aptas a ir às urnas no país, onde voto não é obrigatório.

Formação de governo
O resultado, se confirmado na apuração dos votos, não significa que Merz se torna automaticamente o próximo chefe do governo alemão.

Como o país tem um modelo parlamentarista, o partido vencedor tem de obter o número de votos correspondente à quantidade mínima de assentos no Parlamento para formar governo.

A porcentagem do CDU apontada na boca de urna não é suficiente para isso, e será necessário que o partido forme aliança com outras siglas para governar. A negociação entre o CDU e outras siglas por uma aliança que permite a formação de um novo governo pode levar meses e, caso não haja acordo, novas eleições são convocadas.

Friedrich Merz já disse que não pactará com o AfD, mas falas suas durante a campanha, principalmente relativas à imigração, levantaram a suspeita de que ele poderia mudar de ideia.

Em discurso após o resultado da boca de urna, Merz disse achar importante formar um governo "o quanto antes". O líder da CDU disse ainda que o resultado significa que "a Alemanha está presente na Europa novamente".

Já o atual premiê, Olaf Scholz, reconheceu derrota de seu partido, o PSD, no pleito, em discurso também após o fechamento das urnas.

A contagem dos votos deve durar até o fim da noite do horário local (início da noite pelo horário de Brasília).

As eleições realizadas neste domingo na Alemanha foram convocadas em dezembro do ano passado de forma antecipada por conta de uma crise que colapsou o governo anterior.

O chanceler Olaf Scholz, está no poder desde 2021 e tinha um governo que unia três correntes distintas: social-democratas, ecologistas e liberais.

Em novembro, ele demitiu seu ministro das Finanças, que é liberal, após discordâncias sobre a política econômica. Em protesto, os outros ministros liberais do governo anunciaram renúncia ao governo, deixando o gabinete de Scholz sem maioria no Parlamento Federal, o Bundestag, o que, na prática, tornou seu governo inviável.

O chanceler — cargo que, na Alemanha, chefia o governo — foi submetido a uma moção de censura no Parlamento e reprovado, e o presidente do país — chefe de Estado — convocou novas eleições.

O momento é extramamente incomum para a Alemanha: esta foi apenas a quarta eleição antecipada nos 75 anos desde a fundação do estado moderno alemão.

A queda governo na maior economia da União Europeia ocorre também em um momento de tensões elevadas com a Rússia por conta da guerra na Ucrânia e segue a tendência de outros países do bloco, como a França.

Como funcionam as eleições na Alemanha
Em linhas gerais, os eleitores escolhem um candidato, mas também votam em um partido. Quanto mais votos a legenda receber, mais cadeiras terá no Bundestag

Com o crescimento da extrema direita, representada pelo partido AfD, especialistas apontam que a formação de uma coalizão governamental será difícil, o que pode ameaçar a estabilidade política do país.

Nos últimos anos, todos os partidos que compõem o Bundestag se recusaram a trabalhar ou formar alianças com a AfD, já que a legenda é investigada por extremismo e acusada de abrigar movimentos neonazistas.

Além disso, a eleição na Alemanha, a maior economia da União Europeia, também pode definir os rumos do bloco e as respostas da Europa a provocações recentes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump sobre a Ucrânia e as tarifas.

Como é a eleição na Alemanha

Nas eleições alemãs, o eleitor precisa preencher duas cédulas, conhecidas como Erststimme (primeiro voto) e Zweitstimme (segundo voto).

No primeiro voto, o eleitor escolhe um candidato do distrito em que mora para ser eleito deputado.
No segundo voto, o eleitor vota em um dos partidos que concorrem às eleições.

Vale ressaltar que o eleitor não é obrigado a votar no mesmo partido nas duas cédulas. Ou seja, é possível escolher um candidato de um partido no primeiro voto e, no segundo, apoiar outra legenda.

Das 630 cadeiras do Bundestag, 299 são ocupadas pelos deputados eleitos diretamente em seus respectivos distritos. As outras 331 são distribuídas proporcionalmente ao número de votos que cada partido recebeu. Ou seja, quanto mais votos um partido obtiver, mais assentos ele terá no Parlamento.

Na distribuição proporcional, os partidos preenchem suas cadeiras com base em uma lista estaduais pré-definidas e registrada junto às autoridades eleitorais antes da votação. Geralmente, essa lista é liderada pelo principal nome do partido, que costuma ser o candidato a chanceler.

Com o Parlamento formado, cada partido irá indicar um nome para a escolha do próximo chanceler e cabe ao presidente alemão escolher um dos candidatos.

Após a escolha do presidente, os parlamentares realizam uma votação interna e secreta para decidir se o nome será aprovado ou não. Se eleito, o chanceler começa a formar o governo.

23/02/2025 14h00 Atualizado há 56 minutos

Eleições na Alemanha: quem são os candidatos favoritos e como o chanceler é definido


O próximo chanceler da Alemanha começa a ser definido neste domingo (23), quando os alemães vão às urnas para escolher, em eleições gerais antecipadas, os representantes do Bundestag, o Parlamento alemão. A votação iniciou às 4h no horário de Brasília e deve encerrar às 14h. As informações são do g1.

Cerca de 61 milhões de alemães deverão dar dois votos: um para um candidato que represente seu distrito eleitoral e o segundo em um dos partidos que concorrem às eleições. Em linhas gerais, os eleitores escolhem um candidato, mas também votam em um partido. Quanto mais votos a legenda receber, mais cadeiras terá no Bundestag.

Das 630 cadeiras do Bundestag, 299 são ocupadas pelos deputados eleitos diretamente em seus respectivos distritos. As outras 331 são distribuídas proporcionalmente ao número de votos que cada partido recebeu. Ou seja, quanto mais votos um partido obtiver, mais assentos ele terá no Parlamento.

Com o Parlamento formado, cada partido irá indicar um nome para a escolha do próximo chanceler e cabe ao presidente alemão escolher um dos candidatos. Após a escolha do presidente, os parlamentares realizam uma votação interna e secreta para decidir se o nome será aprovado ou não. Se eleito, o chanceler começa a formar o governo.

Quem são os favoritos nas eleições da Alemanha

Nesta eleição antecipada de 2025, os quatro principais candidatos são Friedrich Merz, do partido conservador União Democrata Cristã (CDU), Alice Weidel, do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), Olaf Scholz, do Partido Social-Democrata (SPD), de centro-esquerda, e Robert Habeck, atual vice-chanceler e líder dos Verdes.

Todos vão concorrer em suas regiões ao cargo de congressista, com funções similares às de um deputado federal. São considerados líderes da disputa eleitoral por serem os nomeados dos partidos com a maior fatia das intenções de voto nas pesquisas.

FICCO/MG prende grupo que aplicava golpes com cartões e falsa central de atendimento


Governador Valadares/MG. A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/MG) prendeu, neste sábado (22/2), dois homens e uma mulher suspeitos de aplicar golpes envolvendo apropriação de cartões e uma falsa central de atendimento da CAIXA.

As investigações indicam que o grupo criminoso operava em pelo menos cinco cidades de Minas Gerais: Belo Horizonte, Coronel Fabriciano, Timóteo, Ipatinga e Governador Valadares. Os suspeitos instalavam dispositivos nos caixas eletrônicos para impedir que os clientes retirassem seus cartões, forçando-os a ligar para uma falsa central de atendimento, cujo número havia sido alterado nas etiquetas dos terminais bancários. Durante a ligação, os criminosos obtinham senhas e dados pessoais das vítimas, possibilitando saques fraudulentos.

Os suspeitos foram localizados em um hotel no centro de Governador Valadares, onde foram apreendidos máquinas de cartões de crédito, equipamentos para a fabricação dos dispositivos fraudulentos, cartões bancários em nome de terceiros e dinheiro em espécie.

Os detidos poderão responder pelos crimes de associação criminosa, fraude eletrônica e dano qualificado.

A FICCO/MG, coordenada pela Polícia Federal e composta pelas polícias Civil, Militar e Penal, atua de forma integrada no combate à criminalidade organizada e violenta em Minas Gerais, em parceria com os órgãos de Segurança Pública estaduais.

Comunicação Social da Polícia Federal em Minas Gerais

“O PP está mais maduro”, afirma Zé Cocá, ao pregar cautela na reaproximação do partido com a base de Jerônimo


Depois de o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, ter sinalizado que não vai se intrometer nas negociações locais para a eventual recomposição da legenda com o PT na Bahia, e consequente ingresso integral na base do governador Jerônimo Rodrigues (PT), o prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), disse considerar que o partido está “mais maduro” e vai saber conduzir as tratativas sem açodamento.

Segundo ele, ainda não houve convite oficial do governo e, por ora, as movimentações orbitam apenas os deputados federais Mário Negromonte Júnior, que preside a sigla no estado, e Cláudio Cajado, aos quais Jerônimo acenou entregar, respectivamente, o Detran, de porteira fechada, e o comando da Secretaria de Planejamento (Seplan), conforme já mostrou o Política Livre [veja aqui].

“Hoje não tem discussão de partido, hoje teve discussão de deputados. A sigla PP não ficou com o governador. Quando vier para o partido, tem que ser uma discussão moderada, organizada, uma reunião com o governador, chamar os prefeitos, fazer um negócio mais arrumado”, ponderou Zé Cocá em entrevista ao site.

Semanas atrás, após um encontro com Jerônimo para discutir investimentos em Jequié, Cocá chegou a soltar uma nota à imprensa reiterando que o tom do encontro foi unicamente institucional.

Na próxima terça, Zé Cocá deve se reunir com Cacá Leão, presidente do PP em Salvador, que também resiste à tese de voltar ao governo e já declarou apoio a ACM Neto (União Brasil) em 2026.

“O PP está mais maduro. Está discutindo mais condições, pensando nos municípios, os deputados federais têm vários prefeitos, os deputados estaduais também. Então está todo mundo pensando muito na política dos seus pares, pensando no futuro, não está pensando só nessa questão das estruturas. Até porque a estrutura não é tão grande. Só é uma secretaria, que não tem assim muita influência de execução”, analisou Zé Cocá.

“A gente ficou dois anos sem estar na base, para que vai pra base agoniado? Se der certo, vamos, agora com o pezinho no chão, organizando, conversando, estruturando, fazendo negócio bem arrumado”, completou o prefeito, cujo nome já foi citado pelo próprio ACM Neto para compor a chapa majoritária ao governo do Estado.

Política Livre

Zelensky admite deixar o cargo em troca do fim da guerra e da entrada da Ucrânia na Otan

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou neste domingo (23) que está disposto a renunciar ao cargo caso isso leve ao fim da guerra em seu país. Ele também condicionou uma eventual saída à adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar ocidental que se opõe à Rússia. A informação é do G1.

Zelensky declarou que aceitaria deixar o governo imediatamente, enfatizando que “não planejo permanecer no poder por décadas”.

“Se for pela paz na Ucrânia e se realmente quiserem, que eu deixe meu cargo, estou pronto para isso. Em segundo lugar, posso trocar isso (a presidência) pela (entrada da Ucrânia na) Otan se houver essa oportunidade”, disse Zelensky em entrevista coletiva à imprensa em Kiev. “Farei isso imediatamente. Não planejo estar no poder por décadas”.

Lula e Rui Costa selam acordo para as eleições de 2026


O presidente Lula e o chefe da Casa Civil, Rui Costa, acertaram um acordo sobre as eleições de 2026. O ministro colocou seu nome à disposição para concorrer ao Senado pela Bahia, e Lula deu sinal verde, mas determinou que a decisão final só será tomada no início de 2026.

Em entrevista à coluna de Igor Gadelha, do “Metrópoles”, Rui afirmou que Lula autorizou a movimentação, mas orientou que o debate sobre a candidatura ocorra apenas no próximo ano.

“A princípio, eu coloquei meu nome disponível ao PT da Bahia para concorrer a uma vaga ao Senado. E eu conversei com o presidente, ele disse: ‘Pode colocar o número de discussão, mas nós vamos conversar no início do ano que vem sobre isso’. E eu assim fiz, coloquei meu nome em discussão e, ano que vem, antes de abril, irei conversar com o presidente sobre o momento, naquele momento qual é a posição que nós vamos tomar”, declarou o ministro.

Rui Costa, que integra o núcleo central do governo, também foi questionado sobre as eleições presidenciais de 2030. Ele reafirmou que Lula continua sendo o principal nome do PT para 2026 e destacou o trabalho do presidente na reconstrução do país.

Rússia lança maior ofensiva de drones contra Ucrânia em quase três anos de guerra

267 drones russos foram lançados em um único ataque coordenado, informou Yuriy Ignat, porta-voz do Comando da Força Aérea da Ucrânia.
A Rússia lançou o seu maior ataque único com drones contra a Ucrânia na noite deste sábado (22), segundo informações das autoridades ucranianas.Yuriy Ignat, porta-voz do Comando da Força Aérea da Ucrânia, afirmou neste domingo (23) que um "recorde" de 267 drones russos foram lançados em um único ataque coordenado.

Desses, 138 foram interceptados pela defesa aérea, enquanto 119 desapareceram dos radares após serem bloqueados e não causaram danos.

Não está claro quantas pessoas morreram, mas números iniciais dos serviços de emergência sugerem que há pelo menos três mortos - duas delas na cidade de Kherson e outra em Kryvyi Rih.

Os drones causaram danos em cinco regiões: Dnipro, Odessa, Poltava, Kiev e Zaporizhzhia.
O ataque ocorre na véspera do terceiro aniversário da guerra, na segunda-feira (24).

O ministério da Defesa da Rússia também afirmou neste domingo que destruiu 20 drones ucranianos lançados em direção ao país no sábado.

Na sexta-feira (21), 12 civis ucranianos foram mortos em dia de ataques russos, nos quais residências e instalações de infraestrutura foram atingidas

Após o ataque deste sábado, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu ajuda aos países estrangeiros.

"Precisamos da força de toda a Europa, dos EUA e de todos que buscam uma paz duradoura", disse Zelensky neste domingo.
"Todos os dias, nosso povo enfrenta o terror aéreo. Na véspera do terceiro aniversário da guerra em grande escala, a Rússia lançou 267 drones de ataque contra a Ucrânia - o maior ataque desde que os drones iranianos começaram a atacar cidades e vilarejos ucranianos", escreveu o presidente.

Segundo Zelensky, apenas na última semana, 1.150 drones, 1,4 mil bombas aéreas guiadas e 35 mísseis foram lançados.
Os recentes ataques aconteceram após dias de forte turbulência política, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidir iniciar negociações de paz com a Rússia sem a participação da Europa, nem sequer da própria Ucrânia.

A abordagem gerou mal-estar com líderes europeus e desavenças com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que chegou a ser chamado de "ditador" por Trump no início da semana.
Por BBC
Unlabelled

Lula diz em festa do PT que nem seu ministério sabe o que governo faz


O presidente Lula (PT) afirmou neste sábado (22), em festa de aniversário de seu partido no Rio de Janeiro, que nem seus ministros sabem aquilo que é feito por seu governo.

A declaração foi dada as vésperas de uma reforma ministerial e após pesquisas que apontam a queda de popularidade de sua gestão.

Lula relatou sua insatisfação com a atual composição da Esplanada ao citar uma reunião ministerial do mês passado.

“Descobri na reunião que o ministério do meu governo não sabe o que estamos fazendo. Se o ministério não sabe, o povo muito menos”, afirmou.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, compareceu ao evento do PT. Como mostrou a Folha de S.Paulo, Lula decidiu demiti-la da pasta.

Leonardo Vieceli e Victória Cócolo/Folhapress

Turbinado pelo governo Trump e rejeitado por forças políticas tradicionais, partido de extrema direita ganha impulso na Alemanha

Ainda sem apoio suficiente para liderar futuro governo, o AfD se escora na desilusão de um quinto do eleitorado e empurra o país para uma guinada à direita nas eleições deste domingo
Com apenas 12 anos e recém-turbinado pelo atual governo americano, o partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) se posiciona em segundo lugar, somando 21% das intenções de votos, na maioria das pesquisas de opinião para as eleições legislativas deste domingo. Isso representa o dobro do desempenho alcançado há quatro anos, mas ainda insuficiente para liderar o futuro governo alemão.

 https://g1.globo.com/globonews/video/alemaes-vao-as-urnas-para-renovar-parlamento-13366319.ghtml

A ascensão populista se escora na desilusão dos alemães com a economia, a migração e os gastos com a guerra na Ucrânia. Inevitavelmente empurrará o país, governado nos últimos quatro anos pelo social-democrata Olaf Scholz, para uma guinada à direita.

Trata-se de uma virada no jogo político. Até agora, todos os partidos se comprometeram solenemente a descartar uma coalizão com o AfD, por meio da iniciativa apelidada de firewall, que funciona como um muro de contenção contra a legenda com raízes na ideologia nazista e na retórica do ódio contra imigrantes.
Este desprezo da classe política pela AfD ficou evidente no último debate eleitoral: a candidata Alice Wiedel tornou-se o alvo principal do favorito no pleito de hoje, o conservador Friedrich Merz, líder dos democratas-cristãos; do chanceler Scholz, que amarga o terceiro lugar nas pesquisas; e do líder dos Verdes, Robert Habeck.

“Temos uma boa tradição na Alemanha, que consiste em aprender lições com as experiências do nacional-socialismo”, atacou Scholz. Wiedel não se deu por vencida e disse que esta comparação era escandalosa. “Olha, você pode me insultar aqui esta noite como quiser. Você está insultando milhões de eleitores”, retrucou.

Wiedel se vale do colapso do modelo apresentado pelos partidos tradicionais e da atmosfera de mudança no país, para tentar reformular a imagem de pária do AfD. Ela foi cacifada, na semana anterior ao debate eleitoral, pelo vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, que em visita à Alemanha pediu o fim dos firewalls e esnobou o impopular chanceler federal, para encontrar-se com a candidata da extrema direita.

O bilionário Elon Musk também a reverencia como a salvação para o país. Ele abriu a plataforma X para uma entrevista com Wiedel em janeiro, e decretou: “Wiedel é a candidata líder para governar a Alemanha.”

Os novos aliados alemães da Casa Branca são investigados pela BfV, a agência interna de Inteligência, por suspeita de extremismo, confirmada por tribunais regionais. Comungam bandeiras como deportação em massa de imigrantes, segurança nas fronteiras, corte de impostos, encolhimento da máquina estatal e o desprezo pela ciência climática.

O AfD se alimenta da desinformação e insiste que é libertário e não um expoente radical de direita. Na entrevista online com Musk, Alice Wiedel tentou impor mais um revisionismo histórico, ao afirmar erroneamente que Hitler era comunista e socialista, e não de extrema direita. Embora rejeitadas por boa parte dos historiadores, suas declarações foram amplamente replicadas.

Wiesel se apresenta com o frescor da renovação, mas já definiu imigrantes como garotas com burcas e homens portando facas e outros imprestáveis, “todos subsidiados com benefícios do governo”. Seu partido joga com símbolos e declarações ambíguas, que soam como criminosas, mas reverberam com força em um quinto do eleitorado alemão.

Vaticano atualiza estado de saúde do Papa Francisco

Após instabilidade no quadro, vaticano emite nova nota com detalhes sobre a saúde de Papa Francisco, saiba mais!
O Papa Francisco, líder da Igreja Católica, está internado desde 14 de fevereiro de 2025 no hospital Gemelli, em Roma. De acordo com informações divulgadas pelo Vaticano, o pontífice enfrenta um quadro de saúde delicado, descrito como “crítico” em 22 de fevereiro. Durante sua internação, ele recebeu oxigênio suplementar e transfusões de sangue devido a uma crise respiratória prolongada.


O diagnóstico médico aponta para uma pneumonia bilateral, condição que exige cuidados intensivos. Além disso, exames revelaram a presença de plaquetopenia, uma redução no número de plaquetas no sangue, que pode complicar ainda mais o quadro clínico do Papa. Apesar das dificuldades, o Vaticano informou que ele teve uma noite tranquila e de repouso em 23 de fevereiro.

Quais são os desafios enfrentados pelo Papa Francisco?

O Papa Francisco, aos 88 anos, enfrenta desafios significativos em relação à sua saúde. A pneumonia bilateral é uma infecção que afeta ambos os pulmões, tornando a respiração difícil e exigindo tratamento médico rigoroso. A necessidade de oxigênio suplementar indica que o pontífice está com dificuldades respiratórias, possivelmente agravadas por uma condição semelhante à asma.

A plaquetopenia, por sua vez, é uma condição que pode aumentar o risco de sangramentos e complicar o processo de recuperação. O tratamento dessa condição geralmente envolve transfusões de sangue, como as que o Papa Francisco recebeu. Esses desafios médicos são ainda mais complexos devido à idade avançada do pontífice, o que requer uma abordagem cuidadosa e personalizada para sua recuperação.

Como o Vaticano está lidando com a situação?

O Vaticano tem mantido o público informado sobre o estado de saúde do Papa Francisco através de comunicados regulares. A transparência nas informações é crucial para evitar especulações e garantir que os fiéis estejam cientes da real situação do pontífice. Além disso, a equipe médica do hospital Gemelli está trabalhando diligentemente para fornecer o melhor cuidado possível ao Papa.

Em momentos como este, a comunidade católica global se une em oração pela recuperação do Papa Francisco. O apoio espiritual e emocional é uma parte importante do processo de cura, tanto para o pontífice quanto para aqueles que o cercam. A liderança do Vaticano também continua a desempenhar suas funções administrativas, garantindo que a Igreja Católica continue a operar de maneira eficaz durante a ausência do Papa.

Qual é o impacto dessa situação na Igreja Católica?

A saúde do Papa Francisco é uma preocupação não apenas para o Vaticano, mas para toda a Igreja Católica. Sua liderança tem sido marcada por um enfoque em questões sociais e uma abordagem pastoral que busca aproximar a Igreja dos fiéis. A ausência do Papa devido a problemas de saúde pode impactar a implementação de suas iniciativas e a continuidade de seu trabalho.

No entanto, a estrutura da Igreja Católica é robusta e capaz de lidar com situações de transição. O Colégio dos Cardeais e outros líderes eclesiásticos estão preparados para assumir responsabilidades adicionais conforme necessário. A situação atual também destaca a importância de um planejamento sucessório eficaz dentro da Igreja, garantindo que a missão e os valores católicos continuem a ser promovidos independentemente das circunstâncias. Redação O Antagonista

Com Musk, EUA e imigração, extrema direita busca resultado histórico em eleição na Alemanha

Friedrich Merz caminha para ser o próximo primeiro-ministro da Alemanha. A liderança do conservador nas pesquisas, ainda que signifique uma guinada em diversos aspectos da política alemã, não supera o fato de que o mundo estará prestando mais atenção ao segundo lugar.

Neste domingo (23), na eleição parlamentar que define a 21ª legislatura do país no pós-guerra, a extrema direita deve alcançar seu melhor resultado em 90 anos.

Partido criado em 2013 para confrontar a condução econômica da Europa e que se degenerou rapidamente ao abraçar bandeiras populistas e xenófobas, a AfD (Alternativa para Alemanha) busca o resultado histórico com visibilidade quase planetária. Na esteira da vitória de Donald Trump, nos Estados Unidos, a legenda com integrantes investigados por discurso de ódio e neonazismo foi naturalizada por Elon Musk e incensada por diversos integrantes da “internacional reacionária”.

A expressão cunhada no mês passado pelo presidente da França, Emmanuel Macron, reflete a preocupação da Europa democrática com o futuro político da Alemanha, sua maior economia, e com o do próprio continente. Em maior ou menor grau, a onda populista já prevalece em diversos países da União Europeia, como Itália, Holanda, Hungria e Áustria, mas alcançará novo patamar com uma presença forte no Bundestag, o Parlamento alemão.

Há bem mais em jogo do que o recrudescimento das políticas imigratórias ou recuos na questão ambiental, tão cara aos alemães. O discurso recente de J. D. Vance, vice-presidente americano, na Conferência de Segurança de Munique, chocou os europeus. Boris Pistorius, ministro alemão da Defesa, classificou a fala de Vance de inaceitável. “Ele compara a condição da Europa com o que está acontecendo em autocracias.”

Vance criticou o Brandmauer, ou firewall, a prática do campo democrático de isolar a extrema direita no Parlamento. Repetiu a cantilena de que a liberdade de expressão é confrontada pela rígida legislação digital da União Europeia. A inversão de papéis e prioridades se completou nos dias seguintes, quando Trump se aproximou de Vladimir Putin e chamou Volodimir Zelenski de ditador.

A Europa se vê agora entre concordar com a Rússia, sua maior ameaça existencial, ou encarar sozinha o apoio à Ucrânia em uma guerra que acontece em seu território.

O conflito e suas consequências consumiram a coalizão de governo montada em 2021 por Olaf Scholz, 66. A inédita elevação de gastos com defesa, para 2% do PIB, deprimiu uma economia já estagnada. A matriz energética dependente do gás russo teve que ser repensada às pressas e com alto custo. Uma austeridade excessiva, condicionada por um freio da dívida pública, versão local do teto de gastos, piorou o cenário. Foi uma discussão sobre o instrumento que pôs fim à coalizão e precipitou a eleição, antes prevista para setembro.

Os alemães vão às urnas preocupados com o bolso. Greves pipocam pelo país desde o fim do ano passado. Na última semana, repleta de visitantes para o Festival de Berlim de cinema, a capital alemã ficou dois dias sem ônibus e metrô.

Merz, 69, promete destravar a economia, investindo contra a burocracia e a regulamentação excessiva e promovendo a digitalização. Absorveu também o discurso linha-dura da extrema direita contra a imigração, como boa parte dos conservadores europeus. Nessa ofensiva, arranhou o firewall, ao propor uma legislação restritiva e aceitar votos da AfD. Centenas de milhares foram às ruas para criticá-lo.

O político da CDU afirma que nunca fará uma coalizão com a legenda extremista e que não reagir aos recentes episódios de violência protagonizados por imigrantes só fará aumentar o apoio à AfD. O último aconteceu na noite de sexta-feira (21) em Berlim. Um refugiado sírio esfaqueou um turista espanhol que visitava o Memorial do Holocausto. A polícia prendeu o suspeito e investiga suas motivações. O homem agredido foi operado e está fora de perigo.

Surfar a onda populista de uma crise imigratória não é apenas opção ideológica da extrema direita alemã, mas talvez seu único argumento. Na área econômica, por exemplo, as soluções da AfD são histéricas: a saída da Alemanha da União Europeia e a volta do marco alemão. O potencial de desastre fez empresas alemãs de grande porte deixarem de lado a tradicional isenção para se posicionar contra um governo populista.

A líder da AfD, Alice Weidel, 46, vinda do mercado financeiro, ainda fala em derrubar as torres eólicas do país. Sua excelente formação, fluente até em mandarim, não bate com a agenda do próprio partido. Assim como sua vida pessoal —é casada com uma cineasta nascida no Sri Lanka, enquanto a AfD defende o “casamento tradicional”.

Antes da atual campanha eleitoral, ela projetava seu partido no poder até 2029. Anabolizada por Musk, os EUA e a urgência da questão imigratória, agora prevê estar em uma coalizão de governo bem antes. “A AfD restará como sua única alternativa”, disse Weidel a Merz no último debate do atual Parlamento, há duas semanas.

O conservador repetiu que não governará com a oponente. “Vocês são tudo o que não somos.”

José Henrique Mariante/Folhapress

Mega-Sena acumula mais uma vez e prêmio vai a R$ 130 milhões

As seis dezenas do concurso 2.832 da Mega-Sena foram sorteadas na noite desse sábado (22) no Espaço da Sorte, em São Paulo.

Nenhuma aposta acertou o prêmio da faixa principal. A estimativa para o próximo sorteio, na terça-feira (25), é R$ 130 milhões.

Os números sorteados são os seguintes: 02 – 12 – 18 – 21 – 24 – 37.

A quina teve 238 apostas ganhadoras, cada uma vai pagar R$ 32.222,01. Já a quadra registrou 14.573 vencedores que vão receber, individualmente, um prêmio de R$ 751,76.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.

Agência Brasil

Caiado anuncia pré-candidatura à Presidência em evento em Salvador


O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), anunciou neste sábado (22) que pretende lançar sua pré-candidatura à Presidência da República em um evento marcado para 4 de abril, no Centro de Convenções de Salvador. “Conto com vocês nessa caminhada por um país mais justo, próspero, seguro e forte”, publicou no X. A informação é da Veja.

A possibilidade de Caiado disputar a Presidência em 2026 já vinha sendo cogitada há algum tempo. Em entrevista à Veja em abril do ano passado, ele manifestou interesse na corrida pelo Planalto, ressaltando a necessidade de consolidar uma base partidária e ampliar alianças políticas.

Apesar do apoio da ala liderada por ACM Neto (União-BA), o que influenciou a escolha de Salvador para o evento, sua candidatura não é consenso dentro do União Brasil. Nomes de peso, como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), devem se ausentar da cerimônia, evidenciando divisões internas no partido.

Papa tem crise de asma prolongada e condição crítica, diz Vaticano (Noticia Atualizada as 18:30h)

Novo comunicado do Vaticano afirma que Francisco precisou de 'terapia de alto fluxo de oxigênio' e transfusão de sangue.
O Vaticano afirmou neste sábado (22) que o papa Francisco tem condição crítica depois de sofrer uma crise de asma prolongada. Segundo o comunicado, o pontífice precisou de terapia de alto fluxo de oxigênio e transfusão de sangue, devido a um quadro de anemia.

"As condições do Santo Padre continuam críticas. Portanto, como explicado ontem, o papa não está fora de perigo. Nesta manhã, o papa Francisco apresentou uma crise respiratória asmática de longa duração, que exigiu uma terapia de alto fluxo de oxigênio", diz o boletim divulgado pelo Vaticano.

De acordo com o comunicado, exames de sangue realizados mostraram uma plaquetopenia associada a uma anemia, o que exigiu transfusões de sangue.

A plaquetopenia, também chamada de trombocitopenia, é a diminuição do número de plaquetas no sangue, podendo surgir em decorrência de diversas situações clínicas, incluindo doenças do sistema imunológico, infecções, deficiências vitamínicas e doenças hereditárias. O tratamento pode incluir a transfusão de plaquetas.

Segundo os médicos, a principal ameaça para Francisco neste momento seria o desenvolvimento de sepse, uma infecção grave do sangue que pode ocorrer como complicação da pneumonia. Até sexta-feira (21), não havia evidências de sepse, e Francisco estava respondendo aos diversos medicamentos que está tomando, informou a equipe médica.

O Vaticano infirmou no comunicado que o prognóstico é reservado. Isso quer dizer que os médicos estão cautelosos e que não é possível prever com segurança se o papa irá melhorar.

Também neste sábado, a assessoria de imprensa da Santa Sé anunciou que Francisco não fará a tradicional oração do Angelus na Praça de São Pedro pelo segundo domingo consecutivo.
Problemas respiratórios
O papa tem 88 anos e está internado desde 14 de fevereiro no Hospital Gemelli, em Roma, devido a problemas respiratórios.

Começou com uma crise de bronquite, que evoluiu para uma infecção e uma pneumonia que afetou os dois pulmões.

Durante a semana, o Vaticano informou que o papa respirava sem a necessidade de máquinas, vinha trabalhando e conseguia se movimentar dentro do quadro, além de atender ligações telefônicas.

Segurança Centro Integrado Móvel da SSP chega até o Extremo Sul e inicia monitoramento do Cabrália Folia 2025

Estrutura da Secretaria da Segurança Pública integra equipes da PM, Bombeiros, Vara da Infância e Juventude, STELECOM e SGTO.
O Centro Integrado de Comando e Controle Móvel (CICC-M) da Secretaria da Segurança Pública iniciou na noite de sexta-feira (21), o monitoramento do Cabrália Folia 2025. O equipamento será utilizado até a madrugada de segunda-feira (24), quando se encerra o evento na cidade de Santa Cruz Cabrália.
A estrutura da SSP abriga equipes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, da Vara da Infância e Juventude, além de profissionais das Superintendências de Telecomunicações (STELECOM) e Gestão Tecnológica Organizacional (SGTO).

Dez câmeras do CICC-M monitoram os Portais de Abordagem que dão o acesso à festa e também são empregadas em pontos estratégicos. Cerca de 37 mil policiais e bombeiros, além de 1.500 câmeras serão empregadas pela SSP no eventos de Carnaval em todo o estado.

Ipiaú avança! Entrega de novos veículos reforça serviços de Saúde e Educação


O Centro de Abastecimento José Motta Fernandes foi o cenário de mais um grande momento para Ipiaú na manhã deste sábado (22): a entrega de quatro novos veículos cedidos pelo Governo da Bahia. A conquista é resultado da parceria entre a gestão municipal e o governo estadual, trazendo investimentos que somam mais de R$ 2 milhões para fortalecer os serviços públicos.

A nova frota inclui dois micro-ônibus. Um destinado ao Tratamento Fora de Domicílio (TFD) e outro para a Educação - ambos com recursos de acessibilidade -, além de uma ambulância para o SAMU e outra para regulação. Também foram entregues kits odontológicos, reforçando os atendimentos de saúde no município.

A prefeita Laryssa Dias destacou a importância desse avanço e agradeceu ao governador Jerônimo Rodrigues e sua equipe parceira, incluindo os deputados Mário Negromonte Júnior, Niltinho e Patrick Lopes, que colaboraram para essa conquista e prestigiaram o evento. "Menos de dois meses de governo e já temos essa grande conquista para a nossa população. Seguimos firmes, trabalhando para trazer mais melhorias para vocês", afirmou a gestora em discurso no local. 

Além da comunidade, o evento também contou com a presença de secretários municipais, vereadores, autoridades políticas e da ex-prefeita Maria das Graças, a quem Laryssa fez questão de agradecer pelo apoio contínuo. Para completar o momento especial, a fanfarra municipal encantou o público com sua apresentação musical ao vivo. 

Os novos veículos já estarão em ação a partir da próxima semana, garantindo mais acessibilidade, conforto e qualidade nos atendimentos de Saúde e Educação em Ipiaú.

Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú

Ipiaú: Secretaria de Educação abre inscrições para Processo Seletivo Simplificado neste sábado (22)


A Prefeitura de Ipiaú, por meio da Secretaria Municipal de Educação, abre neste sábado (22) as inscrições para o Processo Seletivo Simplificado nº 001/2025 

(integrar link https://doem.org.br/ba/ipiau/diarios/previsualizar/dNKg0xNR ) , que visa a contratação temporária de 168 professores e 1 nutricionista escolar, além da formação de cadastro de reserva. O objetivo é suprir a necessidade de profissionais na rede pública municipal de ensino, em razão de aposentadorias, e até que seja convocado os classificados do último concurso público.

As inscrições são gratuitas e estarão disponíveis exclusivamente pela internet, através do e-mail seletivoedu2025@gmail.com, até as 23h59 da segunda-feira (24). Para participar, os candidatos devem atender aos critérios estabelecidos no edital, incluindo a apresentação de títulos e comprovação de experiência profissional, conforme os anexos disponíveis no documento oficial.

A seleção será feita por meio de análise curricular, sob a coordenação da Comissão Permanente de Processos de Seleção (CPPS). Os professores selecionados atuarão nas escolas da rede municipal, enquanto o nutricionista ficará responsável pela Cantina Central da Merenda Escolar e pelo suporte ao sistema educacional do município.

Mais informações sobre o processo seletivo podem ser obtidas no edital oficial, disponível no diário oficial. 

Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú

Hamas liberta mais três reféns em acordo de cessar-fogo com Israel

O Hamas libertou mais três reféns na manhã deste sábado (22). Omer Shem Tov, 22, Eliya Cohen, 27, e Omer Wenkert, 23, foram entregues à Cruz Vermelha e seguem em direção a Israel. Eles foram sequestrados no local do festival de música Nova no ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 ao sul de Israel.


Mais cedo, Tal Shoham, 40, e Avera Mengistu, 39, foram soltos pelo grupo. Outro refém, Hisham Al-Sayed, 36, ainda deve ser libertado neste sábado (22).

Al-Sayed e Mengistu foram detidos pelo Hamas quando em Gaza por vontade própria, há cerca de uma década. Shoham foi sequestrado do Kibutz Be’eri junto com sua esposa e dois filhos, que foram libertados em uma breve trégua em novembro de 2023.

Os seis reféns são os últimos vivos de um grupo de 33 que devem ser libertados na primeira fase do acordo de cessar-fogo que entrou em vigor em 19 de janeiro. Cerca de 60 reféns, dos quais se acredita que menos da metade estejam vivos, permanecem em Gaza.

Centenas de prisioneiros e detidos palestinos devem ser libertados hoje em troca dos reféns.

A trégua na guerra entre Israel e militantes do Hamas foi ameaçada pela identificação incorreta de um corpo, divulgado na quinta-feira (20) como sendo o de Shiri Bibas. Ela foi sequestrada com seus dois filhos pequenos e seu marido no ataque do Hamas em 2023.

No entanto, na noite de sexta-feira (21), o Hamas entregou outro corpo, que, segundo sua família, foi confirmado como sendo o dela.

“Ontem à noite, nossa Shiri voltou para casa”, disse sua família em um comunicado, que disse que ela havia sido identificada pelo Instituto de Medicina Forense de Israel.

A família Bibas tem sido um símbolo do trauma sofrido por Israel naquele dia. A identificação errônea dos restos mortais de Bibas, bem como a entrega encenada de seus caixões pelo Hamas indignou os israelenses. Seu marido Yarden, capturado e mantido separado de sua família, foi libertado em 1º de fevereiro.

Os militares israelenses disseram que avaliações de inteligência e análises forenses dos corpos de Kfir Bibas, de 10 meses, e de seu irmão Ariel, de quatro anos, mostraram que ambos foram mortos deliberadamente por seus captores, “a sangue frio”.

A Rádio do Exército de Israel, citando as conclusões forenses, disse que Bibas provavelmente foi morta com seus filhos.

O Hamas diz que a família Bibas foi morta por um ataque aéreo israelense. Um grupo chamado Brigadas Mujahideen disse que estava mantendo a família em cativeiro, o que foi confirmado pelo exército israelense.



Destaques