Senadores esperam por dificuldades na aprovação do novo Código Eleitoral


Tema de grande relevância no cenário político brasileiro, o projeto de reforma do Código Eleitoral — o PLP 112/2021 — deveria ser votado logo pelo Senado, mas pode encontrar dificuldades para ser aprovado. Essa é a avaliação de vários parlamentares ouvidos pela Agência Senado.

A matéria, que teve origem na Câmara dos Deputados, está em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O relator do projeto é o senador Marcelo Castro (MDB-PI). A versão do texto elaborada por ele, com 205 páginas, busca consolidar em quase 900 artigos a legislação eleitoral — que hoje está espalhada por diversas normas, inclusive o atual Código Eleitoral e resoluções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Novo presidente da CCJ, o senador Otto Alencar (PSD-BA) afirmou que a proposta será uma das prioridades da comissão para este ano. O objetivo dele é que o texto seja aprovado o mais rapidamente possível para que a matéria seja levada para o Plenário do Senado.

— Espero que isso seja resolvido logo. Eu, inclusive, sou um crítico das eleições de dois em dois anos. Acho que temos de acabar com a eleição de dois em dois anos. Isso é um desasossego para prefeitos e governadores: termina uma eleição, começa outra — declarou.

Líder do Governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) também reconhece que é preciso atualizar o Código Eleitoral. Segundo ele, o relatório do senador Marcelo Castro é fruto de um trabalho extenso, demorado e aprofundado.

— Não estou dizendo que vai ser aprovado tudo, mas seguramente algumas mudanças devem ser aprovadas — disse.

O senador Omar Aziz (PSD-AM) tem uma linha de pensamento semelhante. Ele elogia a capacidade de diálogo e articulação do relator, mas adverte que a aprovação do projeto não será simples.

— Posso dizer que toda matéria polêmica exige muita negociação; tem de haver conversa. Acredito no potencial de Marcelo Castro; ele é uma pessoa muito experiente. Já discutimos o assunto algumas vezes e praticamente paralisamos o debate. Espero que a gente possa ter um tempo para discutir a questão, porque isso não é uma lei que a gente vai aprovar para um dia; é algo que vai vigorar para o resto da vida — ressaltou Omar.

Novo presidente da Comissão de Infraestrutura (CI), o senador Marcos Rogério (PL-RO) entende que “há um ambiente dentro do Congresso Nacional que nos faz compreender a necessidade de reformas importantes nessa matéria”. Para ele, a Justiça Eleitoral tem tomado para si o protagonismo nessa área.

— A legislação, como está hoje, deixa muita margem para a participação do TSE. Nas resoluções que faz, esse tribunal acaba legislando mais do que o Parlamento brasileiro. E isso em razão da falta de uma legislação mais eficiente, mais adequada, que enfrente cada situação. Acho que votar essa matéria neste ano é uma necessidade para termos tranquilidade no ano que vem — afirmou.
Participação feminina

Um dos pontos mais importantes no relatório de Marcelo Castro é a participação das mulheres na política. Para lhes assegurar uma série de direitos, o projeto estabelece uma série de regras, como a obrigatoriedade de os partidos apresentarem listas com no mínimo de 30% de candidaturas por sexo (no caso da eleição proporcional).

A proposta determina ainda que, na distribuição de recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, haverá a contagem em dobro de votos em mulheres, indígenas ou negros.

Além disso, o texto prevê que caberá às mulheres o mínimo de 30% das inserções anuais nas propagandas políticas. As propagandas também deverão estimular a participação política de outras minorias, entre elas pessoas negras, indígenas e com deficiência.
O texto

O projeto do novo Código Eleitoral — que foi aprovado na Câmara dos Deputados em 2021 e agora está em análise no Senado — é dividido em 23 livros, que dispõem sobre: normas eleitorais; direitos e deveres fundamentais dos eleitores e sobre o voto e a liberdade de exercício do voto; partidos políticos; administração e organização das eleições; alistamento e cadastro eleitoral; inelegibilidade; fiscalização; entre outras questões.

Já o atual Código Eleitoral, sancionado em julho de 1965, no início da ditadura militar, está próximo de completar 60 anos. O texto já passou por várias alterações, entre elas as necessárias em razão da promulgação da Constituição Federal de 1988.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Papa Francisco continua em estado crítico, diz Vaticano

No último comunicado divulgado pela Santa Sé, o pontífice havia parado de apresentar episódios de crise respiratória, mas demonstrava sinais de insuficiência renal

BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em um curto comunicado, o Vaticano informou nesta segunda-feira (24) que o papa Francisco continua em estado crítico, mas passou uma boa noite.

No último comunicado divulgado pela Santa Sé, o pontífice havia parado de apresentar episódios de crise respiratória, mas demonstrava sinais de insuficiência renal.

"As condições do Santo Padre continuam críticas; no entanto, desde ontem à noite, ele não apresentou novas crises respiratórias", dizia o comunicado, divulgado no domingo (23).

O texto afirmava que, em resposta às "duas unidades de concentrado de hemácias" que Francisco recebeu nas transfusões de sangue no sábado (22), houve aumento nos níveis de hemoglobina, a proteína do sangue responsável por transportar o oxigênio dos pulmões para o resto do corpo, amenizando a situação de anemia. A baixa contagem de plaquetas continuava estável.

"Contudo, alguns exames de sangue indicam um início leve de insuficiência renal, que, por ora, está sob controle", continuava o informe de domingo, acrescentando que o pontífice recebia oxigênio por meio de cânulas nasais. "O Santo Padre segue alerta e bem orientado.

O papa não apresentava febre naquele momento. O texto também não fazia referência a uma situação de sepse, quando uma infecção atinge a corrente sanguínea e provoca uma resposta inflamatória exacerbada do organismo.

Segundo a equipe médica, "a complexidade do quadro clínico e o tempo necessário para que as terapias medicamentosas apresentem alguma resposta tornam necessária a manutenção do prognóstico reservado". Ou seja, os médicos seguiam cautelosos, com previsão incerta sobre a recuperação.

O sábado foi o pior dia que Jorge Mario Bergoglio, 88, passou desde que foi internado no hospital Gemelli, em Roma, em 14 de fevereiro. No boletim da noite de sábado, foi revelado que as condições do papa tinham se agravado diante de uma crise respiratória asmática, que exigiu a aplicação de oxigênio suplementar. Ele também precisou de transfusões de sangue porque os testes mostraram que ele tinha uma baixa contagem de plaquetas.

O texto descreveu que, pela primeira vez, o prognóstico era reservado, confirmando que a evolução do estado de saúde do pontífice é imprevisível, como já havia indicado a equipe médica que trata do papa, em entrevista coletiva na sexta-feira (21).

Na ocasião, disseram que o argentino não estava fora de perigo, mas que não corria, naquele momento, risco de morrer. Afirmaram ainda que o papa é considerado um paciente bastante frágil pela idade, pela falta de mobilidade e devido à existência de doenças respiratórias crônicas.

No domingo, além dos turistas habituais, a movimentação na praça São Pedro ficou marcada pelo vaivém dos peregrinos que visitam a capital italiana para participar do Jubileu da Igreja, evento que ocorre a cada 25 anos. Neste fim de semana, mais de 3.000 pessoas participaram do Jubileu dos Diáconos.

Durante a missa matinal que deveria ter sido celebrada pelo papa Francisco na basílica São Pedro, o arcebispo Rino Fisichella pediu orações pelo pontífice argentino. "Na celebração eucarística, onde a comunhão assume a sua dimensão mais plena e significativa, sentimos o papa Francisco, mesmo num leito de hospital, próximo a nós e presente entre nós", disse o italiano.

TJ-BA aumenta auxílio-alimentação de juízes e servidores para R$ 2.200


Em publicação feita no Diário Eletrônico de Justiça nesta segunda-feira (24), o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) decidiu aumentar o auxílio-alimentação dos juízes e servidores. O valor passa de R$ 1.900 para R$ 2.200. O benefício começa a valer a partir da folha de pagamento de março deste ano.

Política Livre

Denúncia sobre golpe mobiliza ex-chefes militares em defesa de general

A inclusão do general da reserva Estevam Theophilo na lista de denunciados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) pela articulação por um golpe de Estado mobilizou integrantes do Alto Comando do Exército de 2022.

Três generais afirmaram à Folha que oficiais do último posto do Exército têm mostrado disposição em defender Theophilo no STF (Supremo Tribunal Federal), inclusive em eventuais testemunhos caso o militar se torne réu.

Na terça-feira (18), a PGR apresentou denúncia pela trama golpista liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que envolve outras 33 pessoas. Entre eles, estão 23 militares das Forças Armadas, incluindo sete oficiais-generais e ex-comandantes.

Além de Theophilo, estão entre os denunciados os ex-comandantes da Marinha, Almir Garnier, e do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, além dos generais quatro estrelas Augusto Heleno e Braga Netto.

A avaliação desses ex-chefes militares é que a denúncia contra Theophilo é baseada em conversas de terceiros, sem provas de real apoio dele às conspirações golpistas. Trechos da delação do tenente-coronel Mauro Cid também podem ser usados para a defesa do general.

Estevam Theophilo foi denunciado pela PGR sob a acusação de ter aceitado “coordenar o emprego das forças terrestres” para um golpe de Estado que impedisse a posse do presidente Lula (PT).

Theophilo era chefe do Comando de Operações Terrestres, órgão responsável pelo preparo e emprego do Exército. Apesar de não possuir tropas, a estrutura comandada pelo general tem como função definir diretrizes para as operações militares.

A PGR diz que o general aceitou viabilizar militarmente o golpe de Estado durante uma reunião com Jair Bolsonaro em 9 de dezembro de 2022. Naquele dia, o então presidente havia feito alterações no decreto golpista e chamado Theophilo para conversar.

O procurador-geral Paulo Gonet apresenta, como principal prova, uma mensagem enviada por Mauro Cid para o coronel Cleverson Magalhães, assessor de Theophilo. A reunião entre o general e Bolsonaro não havia terminado quando Cid escreveu: “mas ele quer fazer… Desde que o Pr [presidente] assine”.

Para a PGR, a mensagem confirma que Theophilo “se comprometera a executar as medidas necessárias para a consumação da ruptura institucional, caso o decreto fosse assinado por Jair Bolsonaro”.

Em depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, Mauro Cid deu outra versão sobre a postura de Theophilo diante das conspirações de Bolsonaro. “O general Theophilo com a mesma linha. O grande discurso que tinha entre os dois [generais] era: ‘Se tiver uma ordem, se é o Alto Comando, a gente faz’. Mas ninguém ia romper o círculo de legalidade, por mais que as opiniões pessoais, né, respeitando as opiniões pessoais de cada um”, disse.

“Até mesmo o general Theophilo comentou algumas vezes que ele também não… ele não aceitaria assumir o Exército se o general Freire Gomes [comandante do Exército à época] fosse retirado, até por lealdade a ele”, completou Mauro Cid.

Ainda antes da denúncia, a defesa de Theophilo reuniu depoimentos escritos dos ex-comandantes do Exército Freire Gomes e Julio Cesar de Arruda e do ex-chefe do Estado-Maior do Exército Fernando Soares.

“Cabe destacar que o Gen Theophilo sempre esteve voltado inteiramente à atividade militar. Seu assessoramento a este então comandante foi basicamente em aspectos relacionados com as atividades da caserna, abstendo-se de aspectos políticos ou assemelhados”, escreveu Freire Gomes em documento enviado ao STF.

“Seu equilíbrio emocional e comprometimento, em bem assessorar o Comando do Exército, foram preponderantes para o sucesso das atividades operacionais que ocorreram sem maiores incidentes ao longo do período”, prosseguiu.

O general Arruda disse que, enquanto comandou o Exército no início do governo Lula, Theophilo foi “extremamente disciplinado, honesto, leal, franco e camarada”. E acrescentou: “Eu só tenho que agradecê-lo imensamente por ter convivido com ele e sua família por todos esses anos. Fico à disposição para mais algum esclarecimento”.

O general Soares escreveu que nunca presenciou nenhuma manifestação ilegal de Theophilo. “Sempre o vi primando pela lei, pela obediência as normas em vigor, a camaradagem com os pares e subordinados e a lealdade absoluta aos seus comandantes”.

Como a Folha mostrou, a Polícia Federal investiga se o general Theophilo havia produzido um plano para o golpe de Estado à espera de que Bolsonaro assinasse o decreto para uma intervenção militar.

Nenhuma evidência de que Theophilo tivesse preparado o plano foi encontrada pela investigação.

O general sempre negou a suspeita e destacou, em conversas reservadas, que reportava todos os diálogos que tinha com Bolsonaro ao comandante Freire Gomes. Procurada, a defesa de Theophilo não se manifestou.

Cézar Feitoza/Folhapress

PF deflagra Operação Heresia contra organização criminosa no Ceará


Fortaleza/CE – A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Ceará (FICCO/CE) deflagrou, na manhã desta segunda-feira (24/2), a Operação Heresia, para cumprir 349 mandados de prisão preventiva e 216 de busca e apreensão contra membros de uma organização criminosa de atuação interestadual.

A ação ocorre simultaneamente em 32 municípios de quatro estados, incluindo Fortaleza, Caucaia, Maracanaú, Juazeiro do Norte, Teresina/PI, Mossoró/RN e Itajaí/SC.

A operação é conduzida de forma integrada pela Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Secretaria de Administração Penitenciária e demais órgãos de segurança pública.

Coletiva de imprensa

Local: Auditório do Bloco 2 da SSPDS-CE – CISP, Av. Aguanambi, Fortaleza
Data: 24/02 (segunda-feira)
Horário: 11h30

Assessoria de Comunicação da Polícia Federal no Ceará

PF e BPFRON apreendem duas motocicletas utilizadas no transporte produtos contrabandeados

          Os materiais foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Federal de Guaíra

Guaíra/PR. Neste sábado (22/2), policiais federais, em ação integrada com policiais militares do BPFRON/PMPR, realizavam patrulhamento em estradas vicinais de Guaíra quando identificaram movimentação suspeita em um porto clandestino. Ao se aproximarem para averiguação, dois indivíduos em motocicletas, transportando fardos, tentaram fugir.

Após acompanhamento tático, as motocicletas foram interceptadas, porém os condutores abandonaram os veículos e fugiram para a mata, não sendo localizados. No local, foram apreendidos quatro volumes contendo cigarros eletrônicos, essências, além de uma grande quantidade de celulares e relógios smartwatch.

Diante dos fatos constatados, os materiais foram apreendidos e encaminhados para a Delegacia de Polícia Federal de Guaíra para às providências necessárias.

Comunicação Social da Polícia Federal em Guaíra/PR

PF erradica 134 mil pés de maconha e evita a produção de 45 toneladas da droga em Salgueiro/PE

Operações da desta natureza reduzem o tráfico e a violência no Nordeste
Salgueiro/PE. A Polícia Federal deflagrou a Operação Carcará que destruiu cerca de 134 mil pés de maconha, que correspondem a 45 toneladas da droga, após o processo de produção. Os plantios foram localizados através de levantamentos feitos pela Polícia Federal em Salgueiro/PE, Cabrobó/PE, Orocó/PE, Belém do São Francisco/PE, Ibimirim/PE e Serra Talhada/PE.

A ação, que contou com a participação dos órgãos da Secretaria de Defesa Social, ocorreu através de incursões terrestres e fluviais, com o emprego de botes infláveis.
As operações policiais no sertão de Pernambuco impactam diretamente o ciclo produtivo da cannabis, impedindo sua secagem e comercialização. Como resultado, a produção local diminuiu, levando ao aumento da importação de maconha do Paraguai, evidenciado pelo crescimento das apreensões realizadas pela Polícia Federal.

Comunicação Social da Polícia Federal em Salgueiro/PE
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PM prende suspeito de tráfico de drogas e apreende armas e droga em Aracatu

Policiais militares da Cipe Sudeste apreenderam droga na noite de sexta-feira (21), na zona rural de Aracatu.

Os policiais realizavam patrulhamento na região, quando receberam informações de que um indivíduo comercializava droga naquela região. Rondas foram realizadas e o homem foi encontrado. Na abordagem e busca no perímetro, foram encontrados um revólver calibre 38 e seis munições, uma espingarda de fabricação artesanal e uma de ar comprimido, 29 munições calibre 22, oito porções de maconha, três celulares, um relógio e uma corrente dourada, uma faca de caça, chumbo, pólvora, balaclava e dinheiro em espécie.

O suspeito e todo os materiais apreendidos foram encaminhados à delegacia de Brumado para tomada das medidas cabíveis.

Fonte: Cipe Sudoeste.

Ipiaú: Advogada Dra Gal Barbosa é morta a tiros após ter casa invadida por criminosos

Foi morta a tiros na madrugada desta segunda-feira (24), a advogada criminalista Maria das Graças Barbosa, conhecida como Dra Gal. Por volta das 02h40, vizinhos da residência da vítima na Rua Francisco José de Souza, bairro Aparecida, ouviram disparos de arma de fogo e muitos latidos de cães, cuidados pela advogada.
Conforme as informações preliminares apuradas pelo GIRO no local, a casa da Dra Gal foi invadida, ela chegou a sair do imóvel na tentativa de fugir, mas foi alcançada e executada ao lado de um carro numa residência vizinha. A advogada não resistiu e morreu no local. Próximo ao corpo foram encontradas capsulas de pistola .380 e de fuzil calibre 7,62. A Polícia Militar foi acionada e isolou a área do crime até a chegada do Departamento de Polícia Técnica. A Polícia Civil irá investigar a autoria e motivação da execução.
Fonte: Giro Ipiau.

Extrema direita alemã obtém melhor resultado nas urnas desde fim da Segunda Guerra

Pesquisas de boca de urna apontam que o partido de extrema direita AfD (Alternativa para a Alemanha) foi o segundo mais votado nas eleições alemãs deste domingo (23), obtendo cerca de 20% dos votos —o melhor resultado para uma sigla deste campo político desde o fim do nazismo há 80 anos.

Trata-se de um acontecimento histórico, capaz até mesmo de ofuscar a vitória da CDU (União Democrata-Cristã), de centro-direita. Liderados por Friedrich Merz, provável futuro primeiro-ministro, a sigla obteve 28% dos votos, segundo levantamentos, se tornando o partido mais votado e obtendo, assim, preferência na formação de um futuro governo.

O SPD do atual premiê, Olaf Scholz, amargou seu pior resultado da história da Alemanha pós-guerra, caindo a 16%. Ainda não está claro se o social-democrata renunciará à Presidência de seu partido, como é comum em casos assim. Os Verdes obtiveram 12% dos votos e A Esquerda, 8%.

O SPD do atual premiê, Olaf Scholz, amargou seu pior resultado da história da Alemanha pós-guerra. Ainda não está claro se o social-democrata renunciará à Presidência de seu partido, como é comum em casos assim.

Em 2013, primeiro ano no qual concorreu ao Parlamento federal, a AfD obteve pouco menos de 5% dos votos. Em 2017, nas eleições seguintes, mais do que dobrou o desempenho anterior e alcançou 12%, resultado que não conseguiu repetir nas últimas eleições, marcadas por uma vitória expressiva do SPD de Scholz e nas quais a AfD obteve pouco mais de 10%. Agora, atinge um patamar inédito, com 20%.

Com o resultado, a AfD não apenas se consolida como força política relevante no país, mas também deve ganhar protagonismo na oposição: graças à estratégia dos partidos democráticos de se recusar a formar governo com os extremistas, a AfD quase certamente será a maior sigla no Parlamento fora do poder.

Após os resultados apontarem a vitória de seu partido, Merz repetiu a promessa de que não formará governo com a extrema direita. Ainda assim, a depender do grau de instabilidade do próximo governo alemão, é provável que a AfD angarie ainda mais apoio eleitoral até as próximas eleições, que podem ser antecipadas se houver crise na coalizão de turno.

Além disso, quanto maior a parcela do voto, mais difícil será para o campo democrático encontrar configurações que excluam a sigla. O resultado desse domingo, por exemplo, já abre à AfD a possibilidade de oferecer à CDU, como Weidel fez neste domingo, um acordo tácito de tolerar um governo de minoria caso os conservadores não consigam acordo com o SPD ou os Verdes. Isso daria aos extremistas grande poder de ditar os rumos do país mesmo tecnicamente fora das rédeas do Estado.

Esse cenário é improvável, visto que a CDU já governou com o SPD muitas vezes e poderia facilmente fazê-lo de novo, inclusive com apoio dos Verdes. Mas há complicações: alas da CDU se recusam a governar com o partido ambientalista, a quem consideram inimigos da indústria e do carro. E o próprio Scholz, neste domingo, aumentou o grau de incerteza ao dizer que não liderará seu partido e deixará a política se o SPD entrar em um governo liderado por Merz.

“Primeiro, é preciso dizer que esse é um sucesso histórico para nós”, disse Weidel à imprensa alemã no domingo. “Dobramos nosso resultado, mesmo quando queriam nos cortar pela metade. Nossa mão está estendida para compor o novo governo e fazer valer a vontade do povo, da Alemanha.”

Para acumular ganhos eleitorais tão expressivos ao longo dos anos, a AfD, que nasceu como um movimento contrário à União Europeia, investiu pesado na hostilidade a imigrantes como principal bandeira. A AfD explodiu em popularidade surfando em sentimentos anti-imigração após a crise migratória de 2015, quando 1 milhão de refugiados foram aceitos no país pelo governo Angela Merkel no contexto da guerra na Síria.

Entre eleições para o Parlamento federal em Berlim, a AfD passou a última década construindo uma fortaleza política nos estados que compunham a antiga Alemanha Oriental, chegando em 2024 a partido mais votado em um deles, a Turíngia. Especialistas apresentam diferentes explicações para o fenômeno, como a maior pobreza nesses estados, o menor contato das pessoas com imigrantes em seu dia a dia e até mesmo diferenças na reflexão sobre o passado nazista.

A AfD é monitorada nacionalmente pelo serviço de inteligência interno da Alemanha por conta de seu caráter radical, e seus diretórios na Turíngia, na Saxônia e na Saxônia-Anhalt são oficialmente considerados extremistas —ou seja, as autoridades alemãs consideram que seus objetivos políticos são incompatíveis com a democracia, o que pode abrir a porta para o banimento do partido.

Também por isso, até aqui, o tabu de ser o partido que permitiria a volta da extrema direita ao poder pela primeira vez desde o fim da Segunda Guerra Mundial parece manter o Brandmauer, ou firewall, contra a AfD de pé por enquanto —ainda mais em um momento no qual comparações entre 2025 e 1933, ano no qual Adolf Hitler chegou ao poder, ganham força.

Isso se deve principalmente ao candidato da CDU, Friedrich Merz. Semanas antes da votação, ele orientou seu partido no Parlamento a aprovar uma lei, com o apoio da AfD, restringindo a imigração na Alemanha —na votação seguinte, graças à oposição de alguns poucos parlamentares da CDU, a proposta foi derrotada, mas foi a primeira vez na história moderna da Alemanha que a centro-direita colaborou com a extrema direita.

O caso que acendeu alertas (ou, no caso dos extremistas, alimentou esperanças) para a possibilidade de um governo formado pela CDU e pela AfD, que teria, com os resultados do domingo, ampla maioria no Parlamento.

Victor Lacombe/Folhapress

Israel expulsa 40 mil na Cisjordânia em maior operação em 20 anos

O exército israelense conduziu uma ampla operação militar em campos de refugiados palestinos no Norte da Cisjordânia ocupada neste domingo (23), dando continuidade à ação que já expulsou cerca de 40 mil palestinos de campos de refugiados em Jenin, Tul Karem e Nur al-Shams.

Essa é a maior operação militar de Israel na Cisjordânia em cerca de 20 anos, desde 2005, quando ocorreu a segunda Intifada, que foi uma grande revolta da população palestina contra a ocupação israelense dos seus territórios.

O governo de Tel Aviv informou que ocupará essas áreas pelo próximo ano, impedindo o retorno dos moradores. “Não permitiremos o retorno dos moradores e não permitiremos que o terror retorne e floresça”, disse, neste domingo (23), o ministro da Defesa, Israel Katz. O governo de Tel-Aviv alega que as ações são para combater o terrorismo.

Em nota, o ministério das relações exteriores da Autoridade Palestina, que controla parte da Cisjordânia, afirmou que as ações de Israel é a continuação do genocídio do povo palestino e da anexação de seus territórios.

“O Ministério vê esses acontecimentos — incluindo as declarações de Katz, o envio de tanques e a intimidação deliberada de civis indefesos — como uma grave escalada na Cisjordânia e uma tentativa flagrante de consolidar o genocídio e o deslocamento forçado contra nosso povo desarmado”, diz a representação palestina da Cisjordânia, que ainda pede que a comunidade internacional intervenha.

O professor de relações internacionais, cientista político e jornalista Bruno Lima Rocha avalia que o uso de blindados, helicópteros e de cercos aos campos de refugiados palestinos – inédito em, ao menos, 20 anos – é parte da estratégia de transferir a guerra da Faixa de Gaza para Cisjordânia.

“Ao estabelecer o cessar-fogo em Gaza, o estado sionista aperta as condições na Cisjordânia, para transferir a frente de guerra interna para lá. O governo Netanyahu necessita do estado de guerra porque, sem esse estado de guerra e essa situação de comoção nacional da troca dos presos políticos palestinos pelos reféns, a tendência que seu governo caia e ele seja julgado”, analisou.

LUCAS PORDEUS LEÓN/Agência Brasil

Boca de urna na Alemanha aponta vitória do conservador CDU e crescimento recorde da extrema direita


Friedrich Merz, do CDU, precisará fazer alianças para formar governo, o que pode levar meses. AfD deu à extrema direita melhor desempenho desde a 2ª Guerra Mundial. Premiê Olaf Scholz reconheceu derrota.

https://g1.globo.com/globonews/jornal-globonews/video/boca-de-urna-indica-que-cdu-foi-partido-mais-votado-na-alemanha-13366499.ghtm

A Alemanha encerrou na tarde deste domingo (23) a votação para a escolha de um novo governo. Pesquisas de bocas de urna indicam uma vitória do CDU, partido conservador, e o segundo lugar para o AfD, sigla da extrema direita que foi a mais cresceu no pleito.

Caso confirmado, o número de votos para a extrema direita também será recorde na história da Alemanha desde a Segunda Guerra Mundial.

A boca de urna do pleito, convocado antecipadamente após o governo de coalisão colapsar (leia mais abaixo), reflete os resultados previstos pelas pesquisas de intenção de voto:

Friedrich Merz, do partido conservador União Democrática Cristã, de oposição ao atual governo, teve 29% dos votos.

Em segundo lugar, o AfD levou cerca de 19% dos votos, percentual previsto anteriormente.
Já o Partido Social-Democrata, do atual governo de Olaf Scholz, apareceu na terceira posição, com 16%.

O Partido Verde teve 13,5% dos votos e ficou em quarto lugar, também conforme previsto.
Em quinto lugar, o bloco de siglas da esquerda obteve 8,6% dos votos.

O índice de participação foi de 83%, índice considerado alto para a média da Alemanha, ainda de acordo com a projeção. Um total de 61 milhões de pessoas estavam aptas a ir às urnas no país, onde voto não é obrigatório.

Formação de governo
O resultado, se confirmado na apuração dos votos, não significa que Merz se torna automaticamente o próximo chefe do governo alemão.

Como o país tem um modelo parlamentarista, o partido vencedor tem de obter o número de votos correspondente à quantidade mínima de assentos no Parlamento para formar governo.

A porcentagem do CDU apontada na boca de urna não é suficiente para isso, e será necessário que o partido forme aliança com outras siglas para governar. A negociação entre o CDU e outras siglas por uma aliança que permite a formação de um novo governo pode levar meses e, caso não haja acordo, novas eleições são convocadas.

Friedrich Merz já disse que não pactará com o AfD, mas falas suas durante a campanha, principalmente relativas à imigração, levantaram a suspeita de que ele poderia mudar de ideia.

Em discurso após o resultado da boca de urna, Merz disse achar importante formar um governo "o quanto antes". O líder da CDU disse ainda que o resultado significa que "a Alemanha está presente na Europa novamente".

Já o atual premiê, Olaf Scholz, reconheceu derrota de seu partido, o PSD, no pleito, em discurso também após o fechamento das urnas.

A contagem dos votos deve durar até o fim da noite do horário local (início da noite pelo horário de Brasília).

As eleições realizadas neste domingo na Alemanha foram convocadas em dezembro do ano passado de forma antecipada por conta de uma crise que colapsou o governo anterior.

O chanceler Olaf Scholz, está no poder desde 2021 e tinha um governo que unia três correntes distintas: social-democratas, ecologistas e liberais.

Em novembro, ele demitiu seu ministro das Finanças, que é liberal, após discordâncias sobre a política econômica. Em protesto, os outros ministros liberais do governo anunciaram renúncia ao governo, deixando o gabinete de Scholz sem maioria no Parlamento Federal, o Bundestag, o que, na prática, tornou seu governo inviável.

O chanceler — cargo que, na Alemanha, chefia o governo — foi submetido a uma moção de censura no Parlamento e reprovado, e o presidente do país — chefe de Estado — convocou novas eleições.

O momento é extramamente incomum para a Alemanha: esta foi apenas a quarta eleição antecipada nos 75 anos desde a fundação do estado moderno alemão.

A queda governo na maior economia da União Europeia ocorre também em um momento de tensões elevadas com a Rússia por conta da guerra na Ucrânia e segue a tendência de outros países do bloco, como a França.

Como funcionam as eleições na Alemanha
Em linhas gerais, os eleitores escolhem um candidato, mas também votam em um partido. Quanto mais votos a legenda receber, mais cadeiras terá no Bundestag

Com o crescimento da extrema direita, representada pelo partido AfD, especialistas apontam que a formação de uma coalizão governamental será difícil, o que pode ameaçar a estabilidade política do país.

Nos últimos anos, todos os partidos que compõem o Bundestag se recusaram a trabalhar ou formar alianças com a AfD, já que a legenda é investigada por extremismo e acusada de abrigar movimentos neonazistas.

Além disso, a eleição na Alemanha, a maior economia da União Europeia, também pode definir os rumos do bloco e as respostas da Europa a provocações recentes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump sobre a Ucrânia e as tarifas.

Como é a eleição na Alemanha

Nas eleições alemãs, o eleitor precisa preencher duas cédulas, conhecidas como Erststimme (primeiro voto) e Zweitstimme (segundo voto).

No primeiro voto, o eleitor escolhe um candidato do distrito em que mora para ser eleito deputado.
No segundo voto, o eleitor vota em um dos partidos que concorrem às eleições.

Vale ressaltar que o eleitor não é obrigado a votar no mesmo partido nas duas cédulas. Ou seja, é possível escolher um candidato de um partido no primeiro voto e, no segundo, apoiar outra legenda.

Das 630 cadeiras do Bundestag, 299 são ocupadas pelos deputados eleitos diretamente em seus respectivos distritos. As outras 331 são distribuídas proporcionalmente ao número de votos que cada partido recebeu. Ou seja, quanto mais votos um partido obtiver, mais assentos ele terá no Parlamento.

Na distribuição proporcional, os partidos preenchem suas cadeiras com base em uma lista estaduais pré-definidas e registrada junto às autoridades eleitorais antes da votação. Geralmente, essa lista é liderada pelo principal nome do partido, que costuma ser o candidato a chanceler.

Com o Parlamento formado, cada partido irá indicar um nome para a escolha do próximo chanceler e cabe ao presidente alemão escolher um dos candidatos.

Após a escolha do presidente, os parlamentares realizam uma votação interna e secreta para decidir se o nome será aprovado ou não. Se eleito, o chanceler começa a formar o governo.

23/02/2025 14h00 Atualizado há 56 minutos

Eleições na Alemanha: quem são os candidatos favoritos e como o chanceler é definido


O próximo chanceler da Alemanha começa a ser definido neste domingo (23), quando os alemães vão às urnas para escolher, em eleições gerais antecipadas, os representantes do Bundestag, o Parlamento alemão. A votação iniciou às 4h no horário de Brasília e deve encerrar às 14h. As informações são do g1.

Cerca de 61 milhões de alemães deverão dar dois votos: um para um candidato que represente seu distrito eleitoral e o segundo em um dos partidos que concorrem às eleições. Em linhas gerais, os eleitores escolhem um candidato, mas também votam em um partido. Quanto mais votos a legenda receber, mais cadeiras terá no Bundestag.

Das 630 cadeiras do Bundestag, 299 são ocupadas pelos deputados eleitos diretamente em seus respectivos distritos. As outras 331 são distribuídas proporcionalmente ao número de votos que cada partido recebeu. Ou seja, quanto mais votos um partido obtiver, mais assentos ele terá no Parlamento.

Com o Parlamento formado, cada partido irá indicar um nome para a escolha do próximo chanceler e cabe ao presidente alemão escolher um dos candidatos. Após a escolha do presidente, os parlamentares realizam uma votação interna e secreta para decidir se o nome será aprovado ou não. Se eleito, o chanceler começa a formar o governo.

Quem são os favoritos nas eleições da Alemanha

Nesta eleição antecipada de 2025, os quatro principais candidatos são Friedrich Merz, do partido conservador União Democrata Cristã (CDU), Alice Weidel, do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), Olaf Scholz, do Partido Social-Democrata (SPD), de centro-esquerda, e Robert Habeck, atual vice-chanceler e líder dos Verdes.

Todos vão concorrer em suas regiões ao cargo de congressista, com funções similares às de um deputado federal. São considerados líderes da disputa eleitoral por serem os nomeados dos partidos com a maior fatia das intenções de voto nas pesquisas.

FICCO/MG prende grupo que aplicava golpes com cartões e falsa central de atendimento


Governador Valadares/MG. A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/MG) prendeu, neste sábado (22/2), dois homens e uma mulher suspeitos de aplicar golpes envolvendo apropriação de cartões e uma falsa central de atendimento da CAIXA.

As investigações indicam que o grupo criminoso operava em pelo menos cinco cidades de Minas Gerais: Belo Horizonte, Coronel Fabriciano, Timóteo, Ipatinga e Governador Valadares. Os suspeitos instalavam dispositivos nos caixas eletrônicos para impedir que os clientes retirassem seus cartões, forçando-os a ligar para uma falsa central de atendimento, cujo número havia sido alterado nas etiquetas dos terminais bancários. Durante a ligação, os criminosos obtinham senhas e dados pessoais das vítimas, possibilitando saques fraudulentos.

Os suspeitos foram localizados em um hotel no centro de Governador Valadares, onde foram apreendidos máquinas de cartões de crédito, equipamentos para a fabricação dos dispositivos fraudulentos, cartões bancários em nome de terceiros e dinheiro em espécie.

Os detidos poderão responder pelos crimes de associação criminosa, fraude eletrônica e dano qualificado.

A FICCO/MG, coordenada pela Polícia Federal e composta pelas polícias Civil, Militar e Penal, atua de forma integrada no combate à criminalidade organizada e violenta em Minas Gerais, em parceria com os órgãos de Segurança Pública estaduais.

Comunicação Social da Polícia Federal em Minas Gerais

“O PP está mais maduro”, afirma Zé Cocá, ao pregar cautela na reaproximação do partido com a base de Jerônimo


Depois de o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, ter sinalizado que não vai se intrometer nas negociações locais para a eventual recomposição da legenda com o PT na Bahia, e consequente ingresso integral na base do governador Jerônimo Rodrigues (PT), o prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), disse considerar que o partido está “mais maduro” e vai saber conduzir as tratativas sem açodamento.

Segundo ele, ainda não houve convite oficial do governo e, por ora, as movimentações orbitam apenas os deputados federais Mário Negromonte Júnior, que preside a sigla no estado, e Cláudio Cajado, aos quais Jerônimo acenou entregar, respectivamente, o Detran, de porteira fechada, e o comando da Secretaria de Planejamento (Seplan), conforme já mostrou o Política Livre [veja aqui].

“Hoje não tem discussão de partido, hoje teve discussão de deputados. A sigla PP não ficou com o governador. Quando vier para o partido, tem que ser uma discussão moderada, organizada, uma reunião com o governador, chamar os prefeitos, fazer um negócio mais arrumado”, ponderou Zé Cocá em entrevista ao site.

Semanas atrás, após um encontro com Jerônimo para discutir investimentos em Jequié, Cocá chegou a soltar uma nota à imprensa reiterando que o tom do encontro foi unicamente institucional.

Na próxima terça, Zé Cocá deve se reunir com Cacá Leão, presidente do PP em Salvador, que também resiste à tese de voltar ao governo e já declarou apoio a ACM Neto (União Brasil) em 2026.

“O PP está mais maduro. Está discutindo mais condições, pensando nos municípios, os deputados federais têm vários prefeitos, os deputados estaduais também. Então está todo mundo pensando muito na política dos seus pares, pensando no futuro, não está pensando só nessa questão das estruturas. Até porque a estrutura não é tão grande. Só é uma secretaria, que não tem assim muita influência de execução”, analisou Zé Cocá.

“A gente ficou dois anos sem estar na base, para que vai pra base agoniado? Se der certo, vamos, agora com o pezinho no chão, organizando, conversando, estruturando, fazendo negócio bem arrumado”, completou o prefeito, cujo nome já foi citado pelo próprio ACM Neto para compor a chapa majoritária ao governo do Estado.

Política Livre

Zelensky admite deixar o cargo em troca do fim da guerra e da entrada da Ucrânia na Otan

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou neste domingo (23) que está disposto a renunciar ao cargo caso isso leve ao fim da guerra em seu país. Ele também condicionou uma eventual saída à adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar ocidental que se opõe à Rússia. A informação é do G1.

Zelensky declarou que aceitaria deixar o governo imediatamente, enfatizando que “não planejo permanecer no poder por décadas”.

“Se for pela paz na Ucrânia e se realmente quiserem, que eu deixe meu cargo, estou pronto para isso. Em segundo lugar, posso trocar isso (a presidência) pela (entrada da Ucrânia na) Otan se houver essa oportunidade”, disse Zelensky em entrevista coletiva à imprensa em Kiev. “Farei isso imediatamente. Não planejo estar no poder por décadas”.

Lula e Rui Costa selam acordo para as eleições de 2026


O presidente Lula e o chefe da Casa Civil, Rui Costa, acertaram um acordo sobre as eleições de 2026. O ministro colocou seu nome à disposição para concorrer ao Senado pela Bahia, e Lula deu sinal verde, mas determinou que a decisão final só será tomada no início de 2026.

Em entrevista à coluna de Igor Gadelha, do “Metrópoles”, Rui afirmou que Lula autorizou a movimentação, mas orientou que o debate sobre a candidatura ocorra apenas no próximo ano.

“A princípio, eu coloquei meu nome disponível ao PT da Bahia para concorrer a uma vaga ao Senado. E eu conversei com o presidente, ele disse: ‘Pode colocar o número de discussão, mas nós vamos conversar no início do ano que vem sobre isso’. E eu assim fiz, coloquei meu nome em discussão e, ano que vem, antes de abril, irei conversar com o presidente sobre o momento, naquele momento qual é a posição que nós vamos tomar”, declarou o ministro.

Rui Costa, que integra o núcleo central do governo, também foi questionado sobre as eleições presidenciais de 2030. Ele reafirmou que Lula continua sendo o principal nome do PT para 2026 e destacou o trabalho do presidente na reconstrução do país.

Rússia lança maior ofensiva de drones contra Ucrânia em quase três anos de guerra

267 drones russos foram lançados em um único ataque coordenado, informou Yuriy Ignat, porta-voz do Comando da Força Aérea da Ucrânia.
A Rússia lançou o seu maior ataque único com drones contra a Ucrânia na noite deste sábado (22), segundo informações das autoridades ucranianas.Yuriy Ignat, porta-voz do Comando da Força Aérea da Ucrânia, afirmou neste domingo (23) que um "recorde" de 267 drones russos foram lançados em um único ataque coordenado.

Desses, 138 foram interceptados pela defesa aérea, enquanto 119 desapareceram dos radares após serem bloqueados e não causaram danos.

Não está claro quantas pessoas morreram, mas números iniciais dos serviços de emergência sugerem que há pelo menos três mortos - duas delas na cidade de Kherson e outra em Kryvyi Rih.

Os drones causaram danos em cinco regiões: Dnipro, Odessa, Poltava, Kiev e Zaporizhzhia.
O ataque ocorre na véspera do terceiro aniversário da guerra, na segunda-feira (24).

O ministério da Defesa da Rússia também afirmou neste domingo que destruiu 20 drones ucranianos lançados em direção ao país no sábado.

Na sexta-feira (21), 12 civis ucranianos foram mortos em dia de ataques russos, nos quais residências e instalações de infraestrutura foram atingidas

Após o ataque deste sábado, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu ajuda aos países estrangeiros.

"Precisamos da força de toda a Europa, dos EUA e de todos que buscam uma paz duradoura", disse Zelensky neste domingo.
"Todos os dias, nosso povo enfrenta o terror aéreo. Na véspera do terceiro aniversário da guerra em grande escala, a Rússia lançou 267 drones de ataque contra a Ucrânia - o maior ataque desde que os drones iranianos começaram a atacar cidades e vilarejos ucranianos", escreveu o presidente.

Segundo Zelensky, apenas na última semana, 1.150 drones, 1,4 mil bombas aéreas guiadas e 35 mísseis foram lançados.
Os recentes ataques aconteceram após dias de forte turbulência política, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidir iniciar negociações de paz com a Rússia sem a participação da Europa, nem sequer da própria Ucrânia.

A abordagem gerou mal-estar com líderes europeus e desavenças com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que chegou a ser chamado de "ditador" por Trump no início da semana.
Por BBC
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Lula diz em festa do PT que nem seu ministério sabe o que governo faz


O presidente Lula (PT) afirmou neste sábado (22), em festa de aniversário de seu partido no Rio de Janeiro, que nem seus ministros sabem aquilo que é feito por seu governo.

A declaração foi dada as vésperas de uma reforma ministerial e após pesquisas que apontam a queda de popularidade de sua gestão.

Lula relatou sua insatisfação com a atual composição da Esplanada ao citar uma reunião ministerial do mês passado.

“Descobri na reunião que o ministério do meu governo não sabe o que estamos fazendo. Se o ministério não sabe, o povo muito menos”, afirmou.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, compareceu ao evento do PT. Como mostrou a Folha de S.Paulo, Lula decidiu demiti-la da pasta.

Leonardo Vieceli e Victória Cócolo/Folhapress

Turbinado pelo governo Trump e rejeitado por forças políticas tradicionais, partido de extrema direita ganha impulso na Alemanha

Ainda sem apoio suficiente para liderar futuro governo, o AfD se escora na desilusão de um quinto do eleitorado e empurra o país para uma guinada à direita nas eleições deste domingo
Com apenas 12 anos e recém-turbinado pelo atual governo americano, o partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) se posiciona em segundo lugar, somando 21% das intenções de votos, na maioria das pesquisas de opinião para as eleições legislativas deste domingo. Isso representa o dobro do desempenho alcançado há quatro anos, mas ainda insuficiente para liderar o futuro governo alemão.

 https://g1.globo.com/globonews/video/alemaes-vao-as-urnas-para-renovar-parlamento-13366319.ghtml

A ascensão populista se escora na desilusão dos alemães com a economia, a migração e os gastos com a guerra na Ucrânia. Inevitavelmente empurrará o país, governado nos últimos quatro anos pelo social-democrata Olaf Scholz, para uma guinada à direita.

Trata-se de uma virada no jogo político. Até agora, todos os partidos se comprometeram solenemente a descartar uma coalizão com o AfD, por meio da iniciativa apelidada de firewall, que funciona como um muro de contenção contra a legenda com raízes na ideologia nazista e na retórica do ódio contra imigrantes.
Este desprezo da classe política pela AfD ficou evidente no último debate eleitoral: a candidata Alice Wiedel tornou-se o alvo principal do favorito no pleito de hoje, o conservador Friedrich Merz, líder dos democratas-cristãos; do chanceler Scholz, que amarga o terceiro lugar nas pesquisas; e do líder dos Verdes, Robert Habeck.

“Temos uma boa tradição na Alemanha, que consiste em aprender lições com as experiências do nacional-socialismo”, atacou Scholz. Wiedel não se deu por vencida e disse que esta comparação era escandalosa. “Olha, você pode me insultar aqui esta noite como quiser. Você está insultando milhões de eleitores”, retrucou.

Wiedel se vale do colapso do modelo apresentado pelos partidos tradicionais e da atmosfera de mudança no país, para tentar reformular a imagem de pária do AfD. Ela foi cacifada, na semana anterior ao debate eleitoral, pelo vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, que em visita à Alemanha pediu o fim dos firewalls e esnobou o impopular chanceler federal, para encontrar-se com a candidata da extrema direita.

O bilionário Elon Musk também a reverencia como a salvação para o país. Ele abriu a plataforma X para uma entrevista com Wiedel em janeiro, e decretou: “Wiedel é a candidata líder para governar a Alemanha.”

Os novos aliados alemães da Casa Branca são investigados pela BfV, a agência interna de Inteligência, por suspeita de extremismo, confirmada por tribunais regionais. Comungam bandeiras como deportação em massa de imigrantes, segurança nas fronteiras, corte de impostos, encolhimento da máquina estatal e o desprezo pela ciência climática.

O AfD se alimenta da desinformação e insiste que é libertário e não um expoente radical de direita. Na entrevista online com Musk, Alice Wiedel tentou impor mais um revisionismo histórico, ao afirmar erroneamente que Hitler era comunista e socialista, e não de extrema direita. Embora rejeitadas por boa parte dos historiadores, suas declarações foram amplamente replicadas.

Wiesel se apresenta com o frescor da renovação, mas já definiu imigrantes como garotas com burcas e homens portando facas e outros imprestáveis, “todos subsidiados com benefícios do governo”. Seu partido joga com símbolos e declarações ambíguas, que soam como criminosas, mas reverberam com força em um quinto do eleitorado alemão.

Vaticano atualiza estado de saúde do Papa Francisco

Após instabilidade no quadro, vaticano emite nova nota com detalhes sobre a saúde de Papa Francisco, saiba mais!
O Papa Francisco, líder da Igreja Católica, está internado desde 14 de fevereiro de 2025 no hospital Gemelli, em Roma. De acordo com informações divulgadas pelo Vaticano, o pontífice enfrenta um quadro de saúde delicado, descrito como “crítico” em 22 de fevereiro. Durante sua internação, ele recebeu oxigênio suplementar e transfusões de sangue devido a uma crise respiratória prolongada.


O diagnóstico médico aponta para uma pneumonia bilateral, condição que exige cuidados intensivos. Além disso, exames revelaram a presença de plaquetopenia, uma redução no número de plaquetas no sangue, que pode complicar ainda mais o quadro clínico do Papa. Apesar das dificuldades, o Vaticano informou que ele teve uma noite tranquila e de repouso em 23 de fevereiro.

Quais são os desafios enfrentados pelo Papa Francisco?

O Papa Francisco, aos 88 anos, enfrenta desafios significativos em relação à sua saúde. A pneumonia bilateral é uma infecção que afeta ambos os pulmões, tornando a respiração difícil e exigindo tratamento médico rigoroso. A necessidade de oxigênio suplementar indica que o pontífice está com dificuldades respiratórias, possivelmente agravadas por uma condição semelhante à asma.

A plaquetopenia, por sua vez, é uma condição que pode aumentar o risco de sangramentos e complicar o processo de recuperação. O tratamento dessa condição geralmente envolve transfusões de sangue, como as que o Papa Francisco recebeu. Esses desafios médicos são ainda mais complexos devido à idade avançada do pontífice, o que requer uma abordagem cuidadosa e personalizada para sua recuperação.

Como o Vaticano está lidando com a situação?

O Vaticano tem mantido o público informado sobre o estado de saúde do Papa Francisco através de comunicados regulares. A transparência nas informações é crucial para evitar especulações e garantir que os fiéis estejam cientes da real situação do pontífice. Além disso, a equipe médica do hospital Gemelli está trabalhando diligentemente para fornecer o melhor cuidado possível ao Papa.

Em momentos como este, a comunidade católica global se une em oração pela recuperação do Papa Francisco. O apoio espiritual e emocional é uma parte importante do processo de cura, tanto para o pontífice quanto para aqueles que o cercam. A liderança do Vaticano também continua a desempenhar suas funções administrativas, garantindo que a Igreja Católica continue a operar de maneira eficaz durante a ausência do Papa.

Qual é o impacto dessa situação na Igreja Católica?

A saúde do Papa Francisco é uma preocupação não apenas para o Vaticano, mas para toda a Igreja Católica. Sua liderança tem sido marcada por um enfoque em questões sociais e uma abordagem pastoral que busca aproximar a Igreja dos fiéis. A ausência do Papa devido a problemas de saúde pode impactar a implementação de suas iniciativas e a continuidade de seu trabalho.

No entanto, a estrutura da Igreja Católica é robusta e capaz de lidar com situações de transição. O Colégio dos Cardeais e outros líderes eclesiásticos estão preparados para assumir responsabilidades adicionais conforme necessário. A situação atual também destaca a importância de um planejamento sucessório eficaz dentro da Igreja, garantindo que a missão e os valores católicos continuem a ser promovidos independentemente das circunstâncias. Redação O Antagonista

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