Lula decide nomear Gleisi ministra da articulação política do governo

Em um momento de baixa do presidente Lula (PT) nas pesquisas tanto de avaliação do governo como de cenários para a eleição de 2026, o governo federal anunciou nesta sexta-feira (28) a deputada federal Gleisi Hoffmann como a nova ministra da SRI (Secretaria de Relações Institucionais).

A pasta é responsável pela articulação política do governo. Gleisi, atual presidente nacional do PT, assume o cargo no lugar de Alexandre Padilha, que foi remanejado para o Ministério da Saúde no lugar de Nísia Trindade. A posse da nova ministra está marcada para o dia 10 de março, uma segunda-feira.

Agora com Gleisi, o governo conta com 10 mulheres, em meio às 38 pastas existentes.

Segundo interlocutores, o presidente tem se queixado de falta de disputa política na relação com o Congresso Nacional. Nas conversas sobre a sucessão na pasta, Lula disse que deve a Gleisi a oportunidade para mostrar sua capacidade de articulação.

Lula afirmou ainda que a opção por ela no ministério seria um reconhecimento ao seu trabalho no comando do PT, onde está desde 2017. A SRI é responsável pela relação do Executivo com o Legislativo.

Após o comunicado oficial desta sexta, Lula publicou em sua conta do X (antigo Twitter) uma foto ao lado de Gleisi, afirmando que ela “vem pra somar” no ministério.

A aliados Lula lembrou que a deputada trabalhou para construção de palanques nas eleições presidenciais de 2018 e 2022, tendo conversado com todos os partidos que compuseram a aliança em torno de sua candidatura.

Ele também ressaltou o bom relacionamento de Gleisi com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

Ainda segundo aliados do presidente, Lula já vinha apontando o nome dela para a função. Mas deu sinais mais enfáticos ao convidá-la para a viagem desta sexta-feira (28) ao Uruguai e ao afirmar que precisa de mais agressividade na política.

Ao discursar na festa de aniversário do PT, no final de semana passado, Lula defendeu a habilidade de negociação de Gleisi como uma prova de que ela não é estreita politicamente.

Em 2022, após ser eleito presidente, o petista fez o mesmo discurso durante jantar na residência oficial do presidente do Senado.

Ele perguntou qual dos senadores presentes nunca tinha conversado com ela, em uma tentativa de mostrar a amplitude de Gleisi. Naquele ano, ela assumiu a coordenação da campanha de Lula e da transição do governo.

Em 2018, Gleisi atuou pela neutralidade do PSB na corrida presidencial, o que impediu que o partido se aliasse a Ciro Gomes (PDT). Após eleição de Jair Bolsonaro (PL), articulou a recomposição do campo de esquerda para formação da frente de oposição.

Além de atuar na articulação da aliança em 2022, defensores do nome de Gleisi lembram que, sob sua condução, o PT aprovou com 84% de votos o nome de Geraldo Alckmin (PSB) para a vice de Lula.

A expectativa é que, no comando da articulação política do governo, ela trabalhe para compor uma aliança em torno de Lula com vistas a 2026.

Aliados interpretaram esses elogios de Lula como um sinal de que não tinha desistido de nomeá-la para a pasta, apesar de ter sido aconselhado a optar por um nome com maior capacidade de articulação no Congresso Nacional.

Antes mesmo de ser anunciada por Lula, a nomeação de Gleisi já tinha causado incômodo entre ministros do PT e de partidos da base aliada. A cúpula da Câmara trabalhava para colocar no posto o líder do MDB, Isnaldo Bulhões Jr. (AL).

O ministro Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), deputado licenciado pelo Republicanos, e Motta fizeram chegar ao presidente a preferência dos dirigentes partidários por Isnaldo.

Silvio Costa Filho chegou a ser lembrado para a função. Ele tem a confiança de Lula. Mas aliados do petista afirmam ser difícil deslocá-lo da pasta que ocupa hoje por resistências do Republicanos, partido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (SP).

Essa resistência de partidos aliados a se comprometerem com o governo, a ponto de entrarem no Palácio do Planalto, é apontada como um dos motivos pelos quais Lula buscaria uma alternativa caseira.

Na quinta-feira (27), dias após a demissão de Nísia, Lula afirmou ter demitido a socióloga da Saúde por querer “mais agressividade”.

“Nísia era uma companheira da mais alta qualidade, minha amiga pessoal, mas eu estou precisando de um pouco mais de agressividade, mais agilidade, mais rapidez, por isso estou fazendo algumas trocas”, disse em entrevista ao programa Balanço Geral Litoral (SP), da Record.

Catia Seabra, Raphael Di Cunto e Mariana Brasil, Folhapress

Após bate-boca entre Trump e Zelensky, EUA e Ucrânia não assinam acordo sobre terras raras

Casa Branca diz que acordo não está descartado e que aguarda Ucrânia estar 'pronta para conversa construtiva'. Líderes discutiram durante encontro em Washington nesta sexta-feira (28).
Estados Unidos e Ucrânia não assinaram o acordo sobre a exploração das terras raras ucranianas, que estava previsto para esta sexta-feira (28). A decisão ocorreu após uma discussão entre os presidentes Donald Trump e Volodymyr Zelensky na Casa Branca.

https://g1.globo.com/globonews/estudio-i/video/apos-troca-de-farpas-com-trump-zelensky-sai-da-casa-branca-13382021.ghtml

Nesta semana, os dois países haviam chegado a um entendimento sobre a exploração das terras raras da Ucrânia. Essas regiões possuem minerais valiosos, como manganês, urânio, titânio, lítio, minérios de zircônio, além de carvão, gás e petróleo.

O acordo é considerado essencial para a Ucrânia, que busca manter o apoio dos Estados Unidos. Por outro lado, Trump vê a exploração dos recursos como uma forma de o governo ucraniano retribuir a ajuda financeira enviada pelos americanos durante a guerra.
A Casa Branca afirmou que o presidente dos EUA não descartou o acordo, mas vai aguardar que a Ucrânia "esteja pronta para ter uma conversa construtiva".

O governo ucraniano não havia se pronunciado até a última atualização desta reportagem.

Uma entrevista coletiva prevista com Trump e Zelensky foi cancelada.

Confusão

Durante uma reunião transmitida ao vivo e diante da imprensa na Casa Branca, Donald Trump pressionou Volodymyr Zelensky a aceitar um acordo para encerrar a guerra na Ucrânia. O conflito começou em 2022, após a invasão russa ao território ucraniano.

Os Estados Unidos eram aliados da Ucrânia durante o governo de Joe Biden. No entanto, com a chegada de Trump à Casa Branca, ele se aproximou do presidente russo, Vladimir Putin, e busca um acordo para encerrar a guerra sem a participação ativa da Ucrânia.

O bate-boca ocorreu na etapa final do encontro de 45 minutos entre os dois no Salão Oval. Zelensky demonstrou desconfiança em relação ao compromisso de Putin de encerrar a guerra e chamou o presidente russo de "assassino".

Diante da declaração, o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, interveio: "Senhor presidente, com todo o respeito. Acho desrespeitoso da sua parte vir ao Salão Oval e tentar debater isso diante da mídia americana". Quando Zelensky tentou responder, Trump levantou a voz.

"Você está apostando com a vida de milhões de pessoas. Você está apostando com a Terceira Guerra Mundial. Você está apostando com a Terceira Guerra Mundial, e o que você está fazendo é muito desrespeitoso com este país, um país que te apoiou muito mais do que muitos disseram que deveria", afirmou Trump.

Zelensky rebateu, dizendo que Trump tem sido menos firme com Putin: "Não faça concessões a um assassino". Trump, então, respondeu: "Seu povo é muito corajoso, mas ou vocês fazem um acordo ou estamos fora. E se estivermos fora, vocês terão que lutar sozinhos".

Após o encontro, Trump publicou no TruthSocial que Zelensky desrespeitou os EUA no Salão Oval e que só poderá voltar quando estiver "pronto para a paz".

Comissão da OAB leva debate sobre educação e uso de tecnologia à Jornada Pedagógica em Ponto Novo


Na manhã do último dia 26 de fevereiro, a Comissão Especial OAB vai à Escola marcou presença na Jornada Pedagógica realizada no distrito de Ponto Novo, no município de Dário Meira. O evento contou com a participação dos advogados Joilton Cardozo Alves e Flávia Santos Silva, que ministraram palestras com base no tema “Educação para Todos”.

Durante a atividade, os palestrantes abordaram aspectos essenciais de uma educação personalizada e a interdisciplinaridade entre os saberes, enfatizando a importância de um ensino que contemple diferentes necessidades e realidades dos estudantes. Além disso, houve um aprofundamento sobre a otimização do Decreto-Lei 15.100/2025, que proíbe o uso de celulares e outros aparelhos eletrônicos em sala de aula.
O debate proporcionou aos educadores um maior esclarecimento sobre como aplicar a legislação no cotidiano escolar, garantindo um ambiente mais propício à aprendizagem. Os participantes também tiveram a oportunidade de trocar experiências e compartilhar desafios enfrentados na gestão da tecnologia dentro das escolas.

A iniciativa da Comissão “OAB vai à Escola” reforça o compromisso com a educação de qualidade e com a construção de um ambiente acadêmico mais organizado e produtivo. A presença dos profissionais do Direito na Jornada Pedagógica demonstra a importância do diálogo entre educadores e juristas na busca por soluções eficazes para os desafios do ensino contemporâneo

Credito: Giro Ipiaú

Tecnologia da SSP localiza oito foragidos da Justiça na primeira noite oficial do Carnaval de Salvador

Encerrada na madrugada desta sexta-feira (28), o primeiro dia da folia também contabilizou redução no número de roubos, furtos e ausência de crime grave.
O Sistema de Reconhecimento Facial da Secretaria da Segurança Pública localizou oito foragidos da Justiça, no primeiro dia do Carnaval de Salvador. Encerrada na madrugada desta sexta-feira (28), o primeiro dia da folia também contabilizou redução no número de roubos, furtos e ausência de crime grave.

Os oito foragidos foram capturados nos circuitos Dodô (Barra/Ondina) e Osmar (Campo Grande), após passagens pelos Portais de Abordagem. Equipes do Centro Integrado de Informações (CICOM) repassaram as imagens dos procurados, através dos rádios LTE, e as guarnições de campo realizaram as prisões.

Os capturados possuíam mandados de prisão pelas práticas de roubo e tráfico de entorpecentes.

Ocorrências

A atuação das Forças da Segurança Pública também garantiu a ausência de crime grave contra a vida (homicídio, latrocínio e lesão dolosa seguida de morte) no primeiro dia de festa. As lesões corporais apresentaram redução de 41,7%.

Os furtos tiveram decréscimo de 64%, saindo de 151 para 57 casos. Os roubos, por sua vez, recuaram 40%. Foram 20 ocorrências em 2024, contra 12 casos este ano.

No primeiro dia também quatro pessoas foram autuadas em flagrante por tráfico de drogas, furto, lesão corporal e receptação. Outras 11 pessoas foram conduzidas e assinaram Termo Circunstanciado de Ocorrência pelas práticas de apropriação de coisa achada, posse de drogas, desacato, desobediência, resistência e vias de fato.

“Estamos atuando de forma integrada, com ampliação do uso da tecnologia e total dedicação dos nossos policiais e bombeiros. Levando em consideração as festas de Pré-Carnaval, destaco a ausência de crime grave contra a vida e 12 foragidos da Justiça capturados”, enfatizou o secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner.

Objetos proibidos na folia

Na primeira noite de festa, os policiais militares empregados nos Portais de Abordagem conseguiram impedir o acesso de 301 itens proibidos nos circuitos.

Entre os itens aparecem facas, garfos, espelhos, chaves de fenda, garrafas de vidro, espelhos e outros objetos.

Texto: Márcia Santana

Saiba como funcionarão os serviços essenciais durante o carnaval


O período de carnaval que, oficialmente vai de sábado (1º) a terça-feira (4), não inclui feriados na maioria dos estados brasileiros, mas tem mudanças na prestação de alguns serviços considerados essenciais. Muitos fecham ou têm o horário de funcionamento alterado, e há mudanças também para o público, inclusive, na Quarta-Feira de Cinzas, 5 de março.

A Agência Brasil reuniu informações sobre o expediente de agências bancárias, dos Correios e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que servem tanto para quem é da turma da folia quanto para quem quer descanso ou planeja maratonar séries no streaming.

Correios
No sábado (1º), as unidades dos Correios que habitualmente funcionam neste dia da semana terão expediente normal.

Os Correios não funcionam aos domingos. E, no carnaval, não haverá atendimento na segunda-feira e na terça-feira. Quem espera alguma encomenda ou precisa postar uma correspondência terá que esperar a volta do atendimento e das atividades da empresa ao meio-dia da quarta-feira (5).

Os endereços e horários de funcionamento das agências dos Correios podem ser consultados no site da estatal.

Bancos
O PIX, que funciona 24 horas todos os dias e feriados, poderá ser feito normalmente.

As agências bancárias de todo o país, no entanto, estarão fechadas na segunda e na terça-feira. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informa que a compensação bancária não será feita nesses dois dias, incluindo-se a transferência eletrônica disponível (TED).

Boletos de cobrança e contas de consumo (água, energia e telefone, entre outros) que vencerem nos feriados bancários serão compensados somente depois do carnaval e poderão ser pagos, sem acréscimo de juros, na Quarta-Feira de Cinzas. No caso de tributos e impostos, caso vençam durante a carnaval, é necessário que o pagamento seja antecipado para evitar a incidência de juros e multa.

O atendimento presencial será retomado a partir das 12h (horário de Brasília), com encerramento previsto para o horário normal. Nas cidades onde as agências fecham tradicionalmente antes das 15h, o início do expediente bancário será antecipado para garantir o mínimo de três horas de atendimento presencial ao público.

Os caixas eletrônicos e os aplicativos de banco funcionam normalmente durante o feriado, caso o cliente precise de dinheiro vivo para gastar nos bloquinhos de carnaval ou em outras situações. A Febraban orienta os usuários a lidar, preferencialmente com os canais digitais, como sites e aplicativo nestes dias, para fazer transferências de valores e pagamento de contas.

INSS
Em todo o país, as agências da Previdência Social fecham segunda e terça-feira e reabrem na manhã da Quarta-Feira de Cinzas.

Somente para quem tem agendamento no site ou pelo aplicativo Meu INSS, o atendimento presencial volta a partir das 14h da quarta-feira. Na quinta-feira (6), o atendimento ao público volta ao normal.

Nesse período, os serviços digitais podem ser feitos pelos canais remotos da entidade: Meu INSS (site e aplicativo), a assistente virtual do Meu INSS, chamada Helô, e pelo telefone da Central 135, na qual o atendimento humano volta no sábado, na segunda e terça-feira, das 7h às 18h. Já o atendimento eletrônico funciona 24 horas por dia, sete dias por semana.

Entre os serviços previdenciários disponíveis online, estão o agendamento de perícias médicas, requerimento de benefícios como aposentadorias e salário maternidade, cálculo de aposentadoria por idade e por tempo de contribuição e outros.

O INSS garantiu à Agência Brasil que não houve mudança no calendário de pagamento de benefícios, por causa do Carnaval. O instituto esclarece que já formulou a tabela de pagamentos considerando os dias off.

Daniella Almeida/Agência Brasil

Zanin vota para tornar 3 deputados do PL réus sob acusação de corrupção


O ministro Cristiano Zanin, do STF (Supremo Tribunal Federal), votou nesta sexta-feira (27) pelo acolhimento da denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra três deputados do PL sob a acusação de corrupção passiva envolvendo emendas parlamentares.

O julgamento ocorre na Primeira Turma do STF e deve se encerrar em 5 de março. Zanin é o relator do processo, e faltam votar os ministros Flávio Dino, Alexandre de Moraes, Luiz Fux e Cármen Lúcia.

Os deputados federais denunciados são Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Bosco Costa (PL-SE) e Pastor Gil (PL-MA). Segundo a PGR, o trio solicitou “de modo consciente e voluntário” o pagamento de propina de José Eudes Sampaio Nunes, ex-prefeito de São José de Ribamar (MA).

A denúncia foi recebida também em relação a outras cinco pessoas apontadas como operadoras do esquema. As defesas dos parlamentares ainda não se manifestaram sobre o voto de Zanin. Procuradas à época da denúncia da PGR, elas também preferiram não se posicionar sobre o caso.

O caso ocorreu em 2020. A PGR diz que os deputados pediram R$ 1,6 milhão como “contrapartida à destinação de recursos públicos federais”. O valor corresponde a 25% do total de emendas enviadas pelos três parlamentares ao município de São José de Ribamar: R$ 6,6 milhões.

“Josimar Maranhãozinho, além de autor de uma das emendas, coordenou a destinação dos recursos das outras duas, conforme revelam os inúmeros diálogos por ele mantidos com Pastor Gil e João Bosco Costa, por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp”, afirma a Procuradoria.

De acordo com a investigação, os deputados decidiram enviar emendas parlamentares para São José de Ribamar já com o objetivo de extorquir a prefeitura do município. O agiota Josival Cavalcanti da Silva, conhecido como Pacovan, encarregava-se das abordagens, segundo a acusação.

Segundo a PGR, Pacovan chegou a ir à casa do prefeito e enviar um bilhete ao caseiro em que estava escrito o seu nome e o número de telefone. José Eudes Nunes, porém, se recusou a pagar a propina.

Com as tentativas do agiota, os deputados Josimar Maranhãozinho e Pastor Gil “passaram a agir pessoalmente para convencer o prefeito”, segundo a acusação.

A Procuradoria inclui na denúncia uma série de mensagens dos parlamentares a José Eudes, na qual tentam marcar reuniões para “resolver logo” o problema.

José Eudes comunicou à polícia sobre a intimidação e os pedidos de propina ainda em 2020. Para a PGR, a negativa do prefeito em desviar os recursos das emendas não deve livrar os acusados dos crimes cometidos.

“O quadro fático, tal como apresentado, não deixa dúvida de que os atos por eles praticados, nas diversas formas em que se deu a participação de cada um, configuram o crime de corrupção passiva”, concluiu a procuradoria.

A PGR ainda apresenta na denúncia provas de que o mesmo grupo de parlamentares e operadores agiram da mesma forma para corromper outros municípios maranhenses.

Nesses outros casos, porém, a Procuradoria não aprofunda a investigação e apenas mostra conversas de WhatsApp, planilhas e registros de transferências bancárias entre os denunciados —sem apresentar o contexto sobre as suspeitas.

Considerando o caso de São José de Ribamar e as suspeitas de desvio de emendas em outros municípios, a PGR afirmou que ficou demonstrado que “os denunciados formaram organização criminosa, liderada por Josimar Maranhãozinho, voltada à indevida comercialização de emendas parlamentares”.

Cézar Feitoza e Ana Pompeu/Folhapress

Quase 2,5 mil "mortos" recebem BPC e irregularidades geram prejuízo de R$ 5 bilhões ao governo

Auditoria do Tribunal de Contas da União revelou falhas em cadastros do benefício pago a idosos e pessoas com deficiência
Cerca de 6,3% das pessoas contempladas com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) recebem o valor irregularmente, o que custa ao governo cerca de R$ 5 bilhões em prejuízos anuais, como mostra uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

A análise dos dados revelada ainda que 2.476 beneficiários, possivelmente falecidos, recebem mensalmente o valor de R$ 1.518 por causa de erros e falta de comunicação do óbito ao cartório.

Os mais de 6% dos beneficiários que recebem irregularmente não atendem ao critério de renda familiar mensal per capita de até um quarto do salário mínimo.

O relatório aponta que as principais causas para o pagamento a pessoas que não atendem aos critérios de elegibilidade ao BPC incluem atrasos na correção de irregularidades e omissão de membros familiares. Aproximadamente, 12% dos cadastrados omitem membros familiares e quase 16% apresentam divergência no endereço.

Também foi identificada uma perda anual estimada em R$ 113,5 milhões pelos 6.701 casos de acumulação com outros benefícios, o que é proibido pelas regras do programa.

O BPC é um benefício da assistência social de um salário mínimo, devido à pessoa portadora de deficiência, independente da idade, e a idosos com 65 anos ou mais que comprovem não possuir meios de se sustentar. O INSS é o responsável por fazer a checagem dos pedidos de quem tem direito ao BPC.
Regularização

O TCU deu 180 dias para que o INSS adote providências para acabar com as irregularidades e reduzir pagamentos indevidos. O relatório recomendou que o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) adote algumas medidas para regularizar os cadastros, como realizar estudos e pesquisas para a adequação da condição das famílias.

Em nota enviada ao SBT News, o ministério informou que a averiguação cadastral do BPC começou a ser realizada apenas em 2023 e que várias medidas apontadas pelo TCU já são implementadas com o INSS, resultando na suspensão de 109.447 benefícios irregulares e na atualização de mais de 1 milhão de cadastros.

"Vale destacar a especificidade do público do BPC, que é composto por pessoas com deficiência e idosos acima de 65 anos, em vulnerabilidade. Pessoas que dependem do benefício e que em muitos casos têm dificuldades de locomoção, requisitando visitas domiciliares dos profissionais de assistência social dos municípios", afirma a nota.

O MDS também ressaltou que, a partir de março, com o novo sistema do Cadastro Único (CadÚnico), o fornecimento de dados das famílias será simplificado, facilitando também o processo de checagem de informações.
https://sbtnews.sbt.com.br/noticia

Pix por aproximação começa a funcionar nesta sexta-feira (28); saiba como usar

Nessa nova forma, a transação pode ser realizada sem necessidade de acessar o aplicativo do banco
O PIX por aproximação começa a ser disponibilizado pelas instituições financeiras nesta sexta-feira (28). Trata-se de uma nova modalidade de pagamento que permite aos usuários realizarem transações financeiras de forma mais rápida, conforme regulação do Banco Central.

O método se assemelha ao uso de cartões de crédito e débito por aproximação. Nessa nova forma, o PIX pode ser realizado sem necessidade de acessar o aplicativo do banco para cada transação.

Os usuários podem realizar pagamento apenas aproximando o celular de um terminal de pagamento, tornando o processo mais ágil em comparação ao método tradicional de QR Code. Essa tecnologia pode ser integrada a carteiras digitais como Apple Pay, Samsung Pay e Carteira do Google. As transações nesse modelo terão limite padronizado de R$ 500, mas o cliente poderá alterar o valor máximo por transação ou por dia.

Como ativar?

Para ativar o PIX por aproximação é necessário verificar se o banco ou instituição financeira oferece essa modalidade de pagamento. Em seguida, o cliente deve acessar o aplicativo do banco e procurar pela opção de ativação do PIX por aproximação.

Após a ativação, o usuário precisa vincular a conta bancária à carteira, assim como é feito com cartões de crédito. A partir disso, basta selecionar a opção de pagamento por aproximação no aplicativo do banco ou na carteira digital e aproximar o celular do terminal de pagamento para concluir a transação.
Fonte SBT

Itagibá: Secretaria de Assistencia Social realiza entrega de cestas básicas

Cuidar das famílias que mais precisam é um compromisso que seguimos cumprindo com dedicação!
Em fevereiro, a Prefeitura de Itagibá, por meio da Secretaria de Assistência Social, realizou mais uma entrega de cestas básicas, levando alimento, esperança e dignidade para diversos lares.

Cada ação como essa fortalece o compromisso de construir uma cidade mais justa e solidária. Seguimos juntos, transformando vidas e garantindo mais qualidade de vida para nossa gente!

#OTrabalhoNãoPara #PrefeituraDeItagibá #AssistênciaSocial

Na Ucrânia, civis e militares já se preparam para próxima guerra contra a Rússia

Condições para acordo pelo fim do conflito, como cessão de territórios, não serão aceitas por ucranianos
A invasão russa à Ucrânia, que completou três anos, continua em andamento, mas Vladislav Chumachenko, um assistente médico na linha de frente do conflito, já antecipa a próxima guerra. O homem de 39 anos tem claro que, se as conversas entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, levarem ao fim do combate, as condições seriam inaceitáveis para o país.



Entre as condições inaceitáveis apontada por Chumachenko estaria a cessão obrigatória de alguma parte do território ucraniano para a Rússia. Uma possibilidade real, dada a recente retórica pró-Kremlin de Trump.

— Para nós, é óbvio que não ficaremos felizes com qualquer resultado dessas negociações —declarou à AFP. — A única coisa que podemos fazer é continuar nosso trabalho. E nos preparar a próxima etapa do conflito.

Sua esposa, Anastasia Chumachenko, que dirige com ele a ONG Medicina Tática Norte, diz que a Rússia não vai parar por um acordo.

— Eles vão tentar atacar novamente, temos que estar preparados — afirmou.

Vladislav sabe que não tem qualquer poder de impedir a próxima “ideia louca” que Putin ou Trump possam ter sobre a Ucrânia, mas ele pode se preparar. Diante disso, o casal recomendou aos seus voluntários que fiquem vigilantes no caso de um acordo.

Após três anos de guerra brutal, dois deles decidiram parar, exaustos, mas os outros devem se preparar para “a próxima fase do conflito”, segundo Vladislav.

Seu veículo foi recentemente atingido por um tanque russo quando transportavam um soldado ferido na linha de frente.

Questão de tempo

Eles também deram treinamento médico aos soldados, o que deverá continuar mesmo que as hostilidades cessem, garantiu Vladislav.

— A história ensina que, nessa parte do mundo, nenhuma pausa é permanente — explicou.

Ele diz que alguns soldados ucranianos desejam voltar à vida civil, mas outros não querem retornar para casa para “colher batatas”.

Antes da invasão russa em fevereiro de 2022, o casal tinha uma academia de escalada e cuidava de sua filha de 9 anos. A menina agora vive com os avós, e os pais a veem apenas alguns dias por mês.

Anastasia, vestindo um boné caqui, considera “importante” que sua filha permaneça na Ucrânia e aprenda a entender a guerra, que pode voltar ao longo da vida da menina.

— Certamente acontecerá, é só questão de tempo — afirma Anastasia.

Nada a perder

Oleksandr, comandante de uma unidade militar na 93ª brigada, é um dos que permanecerão com o uniforme, aconteça o que acontecer. Em uma sala abafada e iluminadas com luzes rosas, ele e outros soldados levantam pesos para passar o tempo.

— Aqui estou no meu elemento — comentou à AFP, referindo-se à sua vida militar na linha de frente.

Oleksandr diz que ficará no leste da Ucrânia para estar “pronto” caso o combate recomece depois que um acordo de paz seja alcançado.

— Fomos enganados uma vez, mas não permitiremos uma segunda vez — afirmou, referindo-se aos oito anos que se passaram entre o conflito iniciado em 2014 por separatistas pró-Rússia e a invasão russa de 2022.

Oleksandr acredita que seria um grande erro a Ucrânia ceder território, como as cinco regiões que a Rússia afirma ter anexado e, controla parcialmente, incluindo a Crimeia, tomada em 2014.

— Os rapazes que lutam pela nossa terra (…) não ouvirão (o presidente Volodymyr) Zelensky (se ele aceitar essas condições) e continuaremos pressionando — declarou.

Alguns soldados perderam suas casas, suas famílias e não têm mais nada a perder, explicou.

— Eles irão até o fim, e eu os apoio. E talvez eu mesmo seja um deles, quem sabe? — disse. Por AFP

Governo antecipa pagamentos de aposentados e pensionistas do INSS


O governo federal antecipou para os dias 6 e 7 de março os pagamentos de aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que estavam previstos para 10, 11 e 12 do mesmo mês.
A medida, que beneficia cerca de 15 milhões de pessoas, foi tomada porque o Carnaval este ano ocorre no início de março, impactando quem recebe primeiro.

Os pagamentos para idosos e pessoas com deficiência de baixa renda incluem:Aposentadorias;
  • Pensões por morte;
  • Auxílio-doença;
  • Auxílio-reclusão;
  • Salário-maternidade;
  • Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas).
A medida beneficia principalmente segurados que ganham até um salário mínimo, atualmente em R$ 1.518, que são os primeiros a receber dentro do calendário regular do INSS.

Os pagamentos começaram em 24 de fevereiro, e, com a antecipação, todos os 40,6 milhões de beneficiários do INSS terão recebido seus valores até a primeira semana de março.

Otimismo de Lula beira alienação, dizem aliados

Uma característica de Lula (PT) começa a preocupar ministros, auxiliares e aliados que são seus interlocutores frequentes: o excesso de otimismo que, na atual conjuntura, segundo eles, beira a alienação.

A percepção desses apoiadores é a de que Lula ainda não percebeu a verdadeira dimensão dos problemas que seu governo está enfrentando. Nem mesmo a queda acentuada de sua aprovação, que ocorre inclusive em estados do Nordeste, onde o PT sempre colheu uma avalanche de votos, despertaria nele a preocupação necessária.

O presidente estaria plenamente convencido de que seu governo é excelente, e que o único problema que tem é o de comunicar-se mal. Até mesmo essa pedra já seria obstáculo superado depois que ele nomeou o publicitário Sidônio Palmeira para comandar a Secom (Secretaria de Comunicação).

A coluna conversou com três interlocutores do petista. Um deles afirma que “o presidente está animado, achando que as coisas estão bem porque o governo teria muita entrega para fazer”. “Ele está com a cabeça nas nuvens, vivendo em um mundo que é só dele”, e também da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja.

Um segundo aliado afirmou que o presidente está “super, mega, hiperotimista”. Afirma que a atitude de Lula é “até contagiante”. Mas preocupa porque com isso ele não está atento às correções de rumo que precisaria fazer.

A reforma ministerial, por exemplo, será pontual, sem grandes alterações no ministério. “O presidente acredita que está tudo perfeito”, segue o apoiador. “Ele está com dificuldade de medir a temperatura da rua.”

Na opinião do terceiro aliado, o “excesso de autoconfiança” parece ser também uma autoproteção e um autoengano. “Falta senso de realidade”, segue o interlocutor. “Ele é otimista, acredita que tudo vai dar certo, e acima de tudo acredita nele mesmo.”

Um auxiliar do governo familiarizado com as pesquisas de opinião acredita que Lula não percebe que o buraco é mais embaixo, e que a questão não é apenas de comunicação —sob novo comando há dois meses, ainda sem grandes resultados.

O mesmo auxiliar cita os números da pesquisa Genial/Quaest desta semana que mostra que a aprovação de governadores como Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Jerônimo Rodrigues (BA), Ratinho Jr. (PR) e Eduardo Leite (RS) e Ronaldo Caiado (GO) ultrapassa os 60%, enquanto, no mesmo cenário econômico, a do governo derrete.

Mônica Bergamo/Folhapress

Dino pressionou Congresso por acordo ao citar mais de 80 inquéritos no STF sobre emendas


O ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), disse a deputados federais, em conversas reservadas, que há hoje mais de 80 inquéritos abertos na Corte para apurar denúncias e possíveis irregularidades envolvendo emendas parlamentares ao Orçamento.

A fala serviu para defender a necessidade de divulgação dos nomes dos responsáveis pela indicação dos recursos, em meio a protestos dos congressistas sobre as decisões dele de bloquear essas verbas.

Apesar da homologação de um acordo nesta quarta-feira (26), que parlamentares viram como um fim ao embate com o STF em torno do assunto, a existência desses inquéritos pode reascender a crise no futuro, com o andamento de investigações e operações.

O número exato de inquéritos é desconhecido porque os processos são sigilosos e estão sob a relatoria de diferentes ministros no Supremo. Dino esclareceu ainda a esse grupo de deputados que há parlamentares que respondem a mais de um inquérito, sem citar nomes, e que portanto não seriam 80 congressistas sob investigação.

Na decisão de quarta-feira, Dino deixou claro que o entendimento entre os três Poderes para liberar a execução das emendas não significará que as investigações sobre desvios e mau uso do dinheiro público serão encerradas.

“[O desbloqueio das emendas] Não prejudica os inquéritos e ações judiciais em que se analisam eventuais casos específicos de práticas ímprobas, a fim de que as sanções correspondentes sejam aplicadas, como é de interesse da Nação, sempre observado o devido processo legal, caso a caso”, escreveu na sentença.

Da mesma forma, ele determinou que o TCU (Tribunal de Contas da União) e a CGU (Controladoria-Geral da União) sigam com as auditorias e elaboração de relatório técnicos que vão esmiuçar a forma como o dinheiro está sendo utilizado.

Foram essas auditorias, por exemplo, que apontaram incapacidade técnica de ONGs para executarem os recursos recebidos e expuseram atrasos e problemas em obras de pequenos municípios que foram irrigados com dinheiro do Orçamento federal.

O número aproximado de inquéritos foi informado pelo ministro em almoço com congressistas na semana passada, numa espécie de “DR” sobre emendas. Desde o ano passado, os dois Poderes estavam tensionados diante de uma sequência de decisões de Dino que buscava implementar regras para aumentar transparência e rastreabilidade dos repasses e que paralisaram a execução de emendas.

Ainda que o objetivo de quebrar o gelo entre deputados e ministros da corte tenha sido alcançado, as queixas do Congresso ainda serão frequentes e a linha entre a tensão e a harmonia continuará tênue, na avaliação de integrantes do STF.

Segundo esses ministros, há ainda uma certa resistência de parlamentares às medidas para aumentar a transparência dos repasses, e o fato de haver mais de 80 inquéritos com deputados e senadores na mira deixa muitos deles tensos.

A existência de dezenas de inquéritos também foi confirmada pelo ministro Gilmar Mendes, durante um café com jornalistas, no Supremo Tribunal Federal, na noite desta quinta-feira (27). O ministro afirmou que existe um “contexto político muito singular” envolvendo as emendas e que por isso é preciso “ordenar” a questão.

“Óbvio que isso tem consequências. Não se pode falar que todo mundo opera de maneira indevida, que podem estar usando com interesse eleitoral e só. Mas nós estamos com esses inquéritos aí, não sei se são 60 ou 80”, afirmou.

A abertura de uma investigação ano passado sobre um ofício assinado por quase todos os líderes para encaminhar ao governo a destinação das emendas foi inclusive questionada durante o almoço —e Dino respondeu que não está necessariamente investigando os líderes dos partidos só porque assinaram um documento, mas apurando irregularidades envolvendo emendas orçamentárias.

O almoço ocorreu na casa do ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e contou com a presença de líderes como Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), Doutor Luizinho (PP-RJ), Mario Heringer (PDT-MG), Paulinho da Força (SP), presidente do Solidariedade, e Lindbergh Farias (PT-RJ), entre outros.

Gilmar também foi um dos participantes da reunião. Alexandre de Moraes e Dias Toffoli foram convidados, mas não puderam comparecer.

De acordo com quem estava presente, Gilmar teria mais ouvido do que falado. E, segundo relatos, destacou que as apurações envolvendo as emendas não são uma nova Operação Lava Jato.

O clima geral do encontro foi de descontração e distensionamento. Mas também ocorreram momentos de tensão, como quando falou o deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA), um dos citados na Operação Overclean da Polícia Federal, que mira supostos desvios de recursos de emendas parlamentares.

Um dos participantes usou a expressão em latim jus sperniandi para resumir o encontro, que fala do direito de reclamar ou se queixar.

Em outro momento mais tenso, Dino —que já foi deputado, senador, governador e ministro de Estado— destacou que entende o lado deles e que já foi da política, mas que hoje é juiz. E acrescentou que, enquanto receber denúncias, abrirá inquéritos e não vai prevaricar.

O almoço foi um de vários encontros desde janeiro entre a cúpula do Congresso e Dino para tratar de emendas e chegar a um consenso. Apesar de não ter participado da reunião na Casa de Maia, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), fez parte desse acordo.

As conversas culminaram no plano de trabalho entregue pelo Congresso ao STF na terça-feira, em que é firmado o compromisso de divulgar individualmente o nome dos autores de cada emenda. Dino homologou a proposta no dia seguinte e liberou parte do pagamento e execução dos recursos que estavam travados, além de cancelar a audiência de conciliação que ocorreria nesta quinta-feira.

Motta e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidente do Senado, comemoraram a decisão e destacaram que ela é fruto de diálogo. O presidente da Câmara falou ainda do respeito às prerrogativas parlamentares. Líderes partidários também elogiaram o resultado e viram a conclusão da crise como “excelente”.

O magistrado, porém, manteve ressalvas impostas anteriormente, como suspensões referente às ONGs entidades do terceiro setor e a exigência de plano de trabalho para que as as transferências diretas para Estados e municípios, popularmente chamadas de emendas Pix, sejam pagas.

Marianna Holanda, Raphael Di Cunto e Cézar Feitoza/Folhapress

Gastos com BPC sobem 14,8% em janeiro e acendem alerta de luz amarela no governo Lula4


As despesas com o BPC (Benefício de Prestação Continuada) iniciaram o ano de 2025 em alta, apesar dos esforços do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tentar conter o ritmo de expansão do programa.

Em janeiro, o gasto com a política ficou em R$ 10,1 bilhões, alta de 14,8% acima da inflação em relação a igual mês do ano passado. O resultado acendeu um sinal amarelo dentro do Executivo ao indicar que os esforços recentes de revisão de regras e benefícios irregulares não estão se traduzindo em alívio efetivo na trajetória da despesa.

O BPC é pago a idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda (ganho de até ¼ de salário mínimo por pessoa, equivalente hoje a R$ 379,50). Seu crescimento é impulsionado pela correção do piso e pela expansão no número de beneficiários.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Tesouro Nacional, que anunciou também um superávit de R$ 84,9 bilhões nas contas do governo central (formado por Tesouro, Previdência Social e Banco Central), o melhor resultado para o mês desde 2023 (quando o saldo ficou positivo em R$ 86,4 bilhões).

No fim do ano passado, o forte crescimento das despesas com o BPC levou o governo Lula a propor mudanças nas regras do programa no pacote de contenção de gastos apresentado ao Congresso Nacional. No entanto, parte das medidas esbarrou em resistências políticas, e o pacote foi desidratado pelo Legislativo.

As alterações que sobreviveram à tramitação e foram aprovadas ainda estão em fase de regulamentação. Mas a continuidade do ritmo acelerado nas despesas do BPC já disparou um alerta dentro do governo.

Sem maior controle na execução da política, técnicos da área econômica veem risco de precisar bloquear outros gastos no Orçamento de 2025 para compensar o custo maior com o programa.

A proposta orçamentária prevê R$ 112,8 bilhões para pagamento do BPC, mas o valor conta com uma economia de R$ 6,6 bilhões com o cancelamento de 670 mil benefícios considerado potencialmente indevidos pelo governo.

O resultado de janeiro mostra, porém, que a execução está mais acelerada do que o esperado. Se o valor do primeiro mês se repetir no restante do ano, isso já resultaria em um gasto total de R$ 121,2 bilhões —acima do que está previsto no Orçamento.

Técnicos que participaram da elaboração do pacote do fim de 2024 admitem maior descrença com o potencial das revisões para economizar recursos, uma vez que elas têm ocorrido em ritmo aquém do desejado, e seus efeitos são suplantados pela expansão no volume de novos requerimentos e nas concessões de benefícios.

A proposta orçamentária previa que o governo chegasse ao fim de 2025 com 5,9 milhões de beneficiários do BPC. Em dezembro do ano passado, esse número já estava em 6,3 milhões. Havia ainda outros 447 mil pedidos do benefício à espera de análise em novembro, dado mais recente divulgado pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

A secretária adjunta do Tesouro Nacional, Viviane Varga, disse nesta quinta, em entrevista coletiva, que o governo monitora a evolução dos gastos com BPC e que alguns fatores devem permitir o arrefecimento da trajetória, embora ela não tenha detalhado quais evidências existem nessa direção.

“Temos a expectativa de que medidas que estão sendo adotadas possam, de fato, promover uma contenção na evolução dessas despesas”, afirmou.

Apesar das barreiras às medidas do governo, uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) mostrou que há campo para atuação. O órgão de controle apontou um prejuízo de R$ 5 bilhões ao ano com pagamentos indevidos a famílias que não se enquadram no critério de renda do programa.

Em decisão nesta quarta-feira (26), o plenário do tribunal recomendou uma série de ações ao governo para sanar os problemas.

O pacote aprovado no ano passado endereça uma parte deles. As novas regras proíbem descontar da renda familiar parcelas de despesas sem previsão legal, uma maneira de coibir decisões judiciais que buscam facilitar o ingresso no programa. Também exigem cadastro biométrico dos beneficiários e atualização periódica das informações das famílias, para evitar pagamentos indevidos.

O governo também tentou mexer em outras regras agora apontadas como fonte de distorções pela auditoria do TCU, mas enfrentou resistências do Congresso. Uma delas permite o acúmulo de mais de um BPC pela mesma família. Segundo a corte de contas, entre abril de 2020 e junho de 2024, 194,7 mil famílias passaram a receber mais de um benefício, cerca de 14% das concessões no período.

O TCU não cita o cálculo, mas, se essas famílias continuam recebendo o BPC, isso representaria uma despesa anual de R$ 3,5 bilhões, considerando o salário mínimo atual de R$ 1.518.

O Congresso também barrou a tentativa do governo de rever o conceito de pessoa com deficiência, que tinha o objetivo de permitir acesso ao programa apenas em casos de deficiência grave.

O aumento expressivo nas concessões de BPC para pessoas com autismo foi o que motivou o Executivo a propor as mudanças.

Dados do Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome mostram que o número total de benefícios do BPC para pessoas com deficiência concedidos pela via administrativa subiu 30,6% entre o fim de 2021 e setembro de 2024. No grupo dos diagnosticados com TEA (transtorno do espectro autista), a expansão foi de 247,5% no mesmo período. A taxa é bem maior do que a registrada nas demais doenças.

O diagnóstico é que a adoção do modelo biopsicossocial abriu margem para avaliações subjetivas, sobretudo quando se trata de transtornos comportamentais. Hoje, eles respondem por 844,8 mil beneficiários, cerca de um terço do total de 2,75 milhões de concessões administrativas para pessoas com deficiência. Dentro desse grupo, os beneficiários diagnosticados com autismo somam 289,5 mil.

A despeito do diagnóstico traçado pelo governo, o Legislativo rejeitou a mudança neste ponto do programa.

Idiana Tomazelli/Folhapress

Garantias para a Ucrânia ficam para depois, diz Trump


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta (27) que as garantias exigidas pela Ucrânia para evitar futuras agressões russas ficam para depois de um eventual cessar-fogo entre os países em guerra há três anos.

“Temos de chegar à paz”, disse sobre o tema. “A fase 1 é alcançar a paz, depois veremos a fase 2”, afirmou ele ao lado do premiê britânico, Keir Starmer, que antes da entrevista coletiva de ambos havia dito que só haveria “paz duradoura com garantias de segurança americanas”.

Negociadores americanos já haviam antecipado isso, ao preparar a visita de sexta (28) do presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski. Trump já havia dito que as garantias, na forma provável de uma força de paz, seriam um problema da Europa.

Tratorado, Starmer retomou o discurso proativo e disse novamente que está pronto para oferecer “botas no chão e aviões nos céus” após uma trégua. O problema para eles é que Vladimir Putin insiste que tal ideia é inaceitável, por envolver forças da aliança militar Otan a quilômetros de suas fronteiras.

Trump voltou a falar sobre o acordo de exploração mineral que arrancou de Zelenski, após o ucraniano dizer que não “venderia seu país”. Ele não traz os números mirabolantes levantados pelo americano, mas sugere uma parceria, com destaque às estratégicas terras raras —cujos principais depósitos de todo modo estão nas mãos de Putin.

O americano ignorou quando foi questionado se iria se desculpar a Zelenski por tê-lo chamado de ditador, mas disse que “o respeita muito”. Antes, havia dito que confiava em Putin acerca de qualquer arranjo que for acertado. “Eu acho que ele manterá a palavra.”

Starmer foi o segundo líder europeu a visitar Trump. Na segunda (24), aniversário dos três anos da guerra, foi a vez do francês Emmanuel Macron concordar em discordar educadamente em público com o americano. Ambos o corrigiram sobre o fato de que a Europa não recebeu de volta o dinheiro dado a Kiev, que o republicano acha que irá recuperar em minerais.

O Reino Unido é o terceiro maior doador individual do esforço de guerra de Kiev. Até 31 de dezembro, segundo o Instituto para Economia Mundial de Kiel (Alemanha), enviou o equivalente a R$ 89,8 bilhões, 68% do valor em armamentos. Os EUA lideram esse ranking, com R$ 676,5 bilhões, 56% disso em apoio militar.

O americano, antecipando a visita de sexta, fez aberturas a Zelenski, com quem admitiu ter tido problemas. Disse que “iria ver” como a Ucrânia poderia “ganhar de volta” algo dos 20% do país que estão sob controle russo.

Mais cedo, o Kremlin havia reafirmado os termos mínimos de paz de Putin: neutralidade ucraniana, já reafirmada por Trump, e a cessão das quatro regiões anexadas ilegalmente em 2022. O porta-voz Dmitri Peskov foi sucinto sobre a questão das áreas e da Crimeia, absorvida em 2014: “Elas são inegociáveis”.

Trump até fez um chiste, quando uma repórter perguntou se ele ainda achava que Zelenski era um ditador, como escreveu há uma semana na rede Truth Social. “Eu disse isso?”, afirmou, mudando de assunto. Em Moscou, Putin havia dito que “elites europeias querem minar o diálogo” EUA-Rússia.

O presidente disse que “se não tivermos uma paz logo, não teremos nenhuma”, justificando a abertura de diálogo bilateral com Putin, o que se concretizou com uma reunião de nível ministerial na Arábia Saudita na semana passada, e continuou nesta quinta na Turquia.

A Ucrânia e os europeus ficaram de fora, elevando temores da entrega de um prato feito pela dupla Trump-Putin ou, como se vê, uma tentativa do americano de extrair vantagens de ambos os lados.

Starmer até tentou falar grosso. “O senhor criou uma oportunidade. Mas temos de fazer isso direito. Temos de ganhar a paz, discutimos um acordo duro e justo. Não pode ser uma paz que recompense o agressor, que encoraje regimes como o deles”, afirmou. Trump nada disse.

O início do encontro foi aberto à imprensa, e ambos responderam a algumas questões. O clima estava descontraído: ao comentar que os EUA nunca abandonariam militarmente o Reino Unido, apesar de achar “que eles sabem se cuidar”, Trump ainda brincou com Starmer: “Vocês encaram a Rússia?”.

Starmer havia feito “hedge” na questão, ao anunciar na antevéspera que aumentaria para 2,5% do PIB o gasto de defesa do país até 2027, ante os atuais 2,3%. Trump insiste que os países da Otan precisam gastar mais que os 2% da meta atual, sugerindo irreais 5%, mas parecia satisfeito ao falar sobre o caso britânico.

Do Partido Trabalhista historicamente distante dos republicanos, Starmer buscou ao máximo bajular o ego do anfitrião. Entregou a Trump uma carta do rei Charles 3º convidando o americano para uma visita de Estado pela segunda vez, algo inédito. O republicano esteve lá em 2019, mas a soberana então era Elizabeth 2ª, e aceitou o convite.

Trump também afirmou que apoia os britânicos na planejada devolução das ilhas Chagos, no Índico. Isso importa para os EUA porque sua Força Aérea usa uma base no local, que continuará sob controle de Londres, como principal ponto avançado na região, no atol de Diego Garcia.

Havia expectativa acerca da posição americana, tanto que a devolução foi congelada com a eleição de Trump. Um de seus maiores aliados no Reino Unido, o populista Nigel Farage, passou semanas dizendo que o republicano iria vetar a ideia.

Na entrevista coletiva, Starmer tocou música para Trump, dizendo que é contra regulação excessiva em campos como a inteligência artificial. O americano, por sua vez, sugeriu que haverá “um grande acordo comercial” bilateral entre Washington e Londres, afastando a ideia de colocar o Reino Unido na guerra tarifária proposta a outros atores.

Até um busto do premiê britânico Winston Churchill que havia sido removido por Joe Biden em 2021 do Salão Oval foi tema de afagos. Trump o trouxe de volta a seu escritório na Casa Branca, restando saber o que o político que lutou contra o apaziguamento de Adolf Hitler e, no poder, contra as forças nazistas, diria sobre apaziguar Putin.

Igor Gielow/Folhapress

Prefeita Laryssa Dias recebe nova viatura para a Polícia Civil das mãos do governador Jerônimo Rodrigues


A segurança pública de Ipiaú ganhou um importante reforço nesta semana. A prefeita Laryssa Dias recebeu, diretamente das mãos do governador Jerônimo Rodrigues, uma nova viatura para a Polícia Civil do município. A entrega aconteceu em Salvador e contou também com a presença do deputado estadual Niltinho e da delegada-geral da Polícia Civil da Bahia, Heloísa Brito
Em vídeo publicado em suas redes sociais, Laryssa expressou sua gratidão ao governador pelo compromisso com a segurança de Ipiaú. "Esse é mais um avanço significativo para nossa cidade. Em menos de 60 dias de gestão, já conseguimos fortalecer setores essenciais como Educação, Saúde e, agora, Segurança Pública, com o apoio do Governo do Estado. Continuaremos buscando ainda mais investimentos para garantir qualidade de vida à nossa população", afirmou a prefeita.

Laryssa Dias tem trabalhado constantemente para estreitar laços com o governo estadual e garantir benefícios para a cidade. A nova viatura soma-se a outras conquistas recentes, como a chegada de veículos para a Educação e Saúde, demonstrando o compromisso da gestão municipal com a melhoria dos serviços públicos.

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