'Uma cidade no mar': porta-aviões dos EUA que atacou Houthis abriga 5 mil pessoas, 90 aeronaves e tem até lojas; veja detalhes


USS Harry S. Truman foi lançado na década de 1990 e faz uma homenagem ao 33º presidente dos EUA. Embarcação participou de resposta ao 11 de setembro e, atualmente, está no Mar Vermelho.

É uma "cidade no mar". Assim, a Marinha dos Estados Unidos define o porta-aviões USS Harry S. Truman, peça-chave no ataque norte-americano contra o grupo rebelde Houthis no sábado (15). Com capacidade para transportar 90 aeronaves e mais de 5 mil tripulantes, a embarcação possui até lojas a bordo.

Contexto: O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou uma operação militar contra os Houthis para defender ativos de transporte marítimos americanos e impedir ameaças terroristas. Autoridades ligadas aos rebeldes afirmam que os ataques deixaram 53 mortos e 98 feridos.

O bombardeio é uma forma de responder a uma campanha dos Houthis para atacar navios comerciais que circulam pelo Mar Vermelho.

A ação do grupo rebelde acontece desde o fim de 2023. O grupo alega que a ação é uma forma de demonstrar apoio aos palestinos e repudiar as ações de Israel na guerra na Faixa de Gaza.
Em janeiro deste ano, os Houthis interromperam os ataques após Israel e o grupo terrorista Hamas chegarem a um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Recentemente, os rebeldes anunciaram que estavam planejando bombardear outros navios.

Lançado oficialmente em setembro de 1996, o USS Harry S. Truman é o nono porta-aviões produzido pelos Estados Unidos movido a energia nuclear. Ele também faz parte da Classe Nimitz, que foi inaugurada durante a Guerra Fria.

A construção do navio representou um investimento de US$ 4,5 bilhões (R$ 25,5 bilhões na cotação atual).
Ele foi batizado com o nome do 33º presidente dos EUA, Harry Truman, que governou o país entre 1945 e 1953.

O navio tem 333 metros de comprimento. Se colocado em pé, em terra, teria quase o tamanho do Empire State Building, que é um dos símbolos da cidade de Nova York e chegou a ser o prédio mais alto até a década de 1970.
A embarcação atinge até 56 km/h e pode pesar cerca de 100 mil toneladas quando está carregada.
Entre helicópteros e aviões, o porta-aviões pode transportar até 90 aeronaves simultaneamente. Além disso, mais de 5 mil tripulantes podem viajar a bordo da embarcação.

Diante da grandiosidade do porta-aviões, até 18 mil refeições são preparadas e servidas por dia dentro do navio.
A complexidade das operações também fez com que o navio fosse adaptado para atender necessidades básicas dos soldados.
Entre os "luxos" do Harry S. Truman estão algumas lojas, como mercado, lavanderia, barbearia e uma cafeteria.

Desde o início dos anos 2000, o navio é equipado com internet. Mais recentemente, o porta-aviões passou a disponibilizar conexão wi-fi para que os tripulantes mantenham contato com familiares.

Histórico de operações

Uma das primeiras missões do USS Harry S. Truman foi a resposta militar dos Estados Unidos aos ataques de 11 de setembro de 2001, na Operação Liberdade Duradoura. Nos anos seguintes, o porta-aviões seguiu como um ativo estratégico para a segurança do país.

Em março de 2003, durante a invasão do Iraque, o porta-aviões lançou as primeiras missões de combate da operação "Iraqi Freedom". Em 89 dias consecutivos no mar, suas aeronaves realizaram vários de ataques no norte do território iraquiano, em apoio às forças terrestres norte-americanas.
Em 2005, foi enviado para o Golfo do México para ajudar na resposta ao desastre provocado pelo furacão Katrina, fornecendo apoio humanitário e suprimentos para as regiões atingidas.
Entre 2015 e 2016, o USS Harry S. Truman participou da operação "Inherent Resolve", lançando ataques contra alvos do Estado Islâmico no Iraque e na Síria.
Em 2018, tornou-se o primeiro porta-aviões dos EUA a operar acima do Círculo Ártico em três décadas, participando de um exercício com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
No início de 2022, o porta-aviões esteve no Mar Mediterrâneo em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia, em uma missão de dissuasão e reforço da presença da Otan na região.

Em setembro de 2024, os Estados Unidos enviaram o USS Harry S. Truman para o Mar Mediterrâneo para acompanhar a troca de ataques entre Israel e o grupo libanês Hezbollah.
A embarcação seguiu para o Mar Vermelho em dezembro de 2024, como uma forma de proteger navios comerciais diante dos ataques dos Houthis.
Atualmente, o porta-aviões continua na região para a operação contra o grupo rebeldes

Por Wesley Bischoff, g1 — São Paulo

Cinco agências concentram quase 80% da verba de publicidade do governo Lula


Cinco agências de propaganda concentram a verba de publicidade federal, que é controlada pelo governo Lula (PT).

Dados da execução do Orçamento mostram que, em 2024, essas empresas receberam cerca de R$ 755 milhões destinados pelo governo para propagandas e campanhas de interesse público, como de estímulo à vacinação e contra a dengue.

O valor representa 78% dos quase R$ 966 milhões empenhados (etapa que antecede o pagamento) no último ano para a promoção do governo na mídia. Menos de 1,5% do valor total das campanhas foi executado por órgãos de outros Poderes, como o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A Nacional Comunicação, destino de R$ 225 milhões, foi a maior beneficiada de 2024. Em seguida, ficaram as agências Calia (R$ 180 milhões), Nova (R$ 177 milhões), Propeg (R$ 111 milhões) e DeBrito (R$ 62 milhões).

Essa concentração de verba em algumas agências também se deu no governo de Jair Bolsonaro (PL). Em 2022, cerca de 86% dos recursos ficaram nas mãos de cinco empresas, sendo que a Calia foi a que geriu a maior cifra —R$ 208 milhões dos R$ 806 milhões empenhados naquele ano.

Em geral, a concentração ocorre porque essas empresas venceram as licitações dos órgãos federais com mais verba para publicidade, como a Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência e o Ministério da Saúde. Essas duas pastas respondem por mais de 70% do valor investido pela gestão Lula em campanhas no último ano.

A verba é usada para a produção das campanhas publicitárias e para a inserção de anúncios em canais de TV, internet, jornais, outdoors e outros meios. Uma parcela vira lucro das agências.

Os dados dos portais da transparência do governo federal mostram os valores distribuídos para publicidade pela Secom e ministérios.

Os principais bancos públicos e estatais, por sua vez, não revelam quanto pagam para agências e veículos e não tiveram as despesas consideradas no levantamento da Folha.

Os valores disponíveis (ou seja, sem somar campanhas do Banco do Brasil, Caixa, Petrobras e outros órgãos) mostram que a Nacional Comunicação assumiu a liderança em verbas de publicidade no governo Lula. Sob Bolsonaro, a empresa teve um crescimento em 2022, quando geriu campanhas de cerca de R$ 100 milhões.

A Nacional disparou nesse ranking após a agência vencer as licitações da Secom, em 2021, e do Ministério da Saúde, também conduzida pela gestão Bolsonaro.

Sócio da Nacional Comunicação desde 2023, o cientista político Juliano Corbellini é amigo do deputado federal Paulo Pimenta (PT), ex-ministro da Secom. A amizade entre Pimenta e Corbellini remonta à época do movimento estudantil no Rio Grande do Sul. O publicitário é padrinho de um dos filhos do petista.

Em nota, a agência disse que presta serviços para a Presidência “após ter sido uma das escolhidas em processo licitatório ocorrido em 2021”.

“Assim como os demais contratos que a Nacional mantém com outros órgãos federais, todos resultados de processos públicos e transparentes. Os valores empenhados são relativos à soma destes contratos, e todos estão sob permanente escrutínio dos órgãos de fiscalização”, afirmou a Nacional Comunicação.

Os órgãos públicos com contas de publicidade mais valiosas, como a Secom (R$ 563 milhões anuais) e o Ministério da Saúde (R$ 260 milhões), selecionam mais de uma agência a cada licitação. Depois que o contrato é assinado, as empresas disputam entre si para assumir cada campanha que será lançada.

Considerando ministérios, bancos e estatais, os contratos de publicidade federal devem subir a cerca de R$ 3,5 bilhões no governo Lula, após a conclusão de licitações que ainda estão abertas. O valor efetivamente desembolsado pelos órgãos públicos é menor, pois depende do Orçamento de cada ano.

Em nota, a Secom disse que mantém contrato com as agências selecionadas em licitação. “As ações de publicidade realizadas pela Secom estão atreladas diretamente à missão institucional da pasta, que deve dar amplo conhecimento à sociedade das políticas e programas do Poder Executivo Federal, divulgar direitos dos cidadãos e serviços à sua disposição, estimular a participação da sociedade no debate e na formulação de políticas públicas, entre outras”, disse a secretaria, comandada por Sidônio Palmeira.

A pasta também afirmou que as contratações de publicidade e patrocínio por empresas públicas e sociedade de economia mista são definidas, em cada exercício, pelo limite de até 0,5% da receita bruta do exercício anterior.

A Calia afirmou que segue a legislação sobre licitações e para prestação de serviços de publicidade ao poder público.

“Em cumprimento às normas de compliance e a fim de preservar o sigilo e a confidencialidade das campanhas de nossos clientes, esclarecemos que as informações sobre os contratos administrativos do poder público podem ser acessadas através do portal da transparência e também nos sites dos órgãos”, disse a empresa.

A agência Propeg afirmou, em nota, que todos os seus contratos públicos são firmados após licitações. “Ademais, a Propeg segue rigorosamente as regras contratuais na prestação dos serviços”, disse a empresa.

A Nova disse que assumiu contas do governo por meio de licitações vencidas nos últimos 20 anos. A agência afirmou que apresenta no seu site as informações sobre as concorrências públicas.

Procurada, a DeBrito não se manifestou.

Mateus Vargas/Folhapress

Itagibá recebe no dia 22 de março o Workshop Jovem – Ser, Pertencer e Liderar


No próximo dia 22 de março, o Ginásio de Esportes de Itagibá será palco do Workshop Jovem – Ser, Pertencer e Liderar, um evento voltado para o fortalecimento da identidade, do protagonismo e da liderança juvenil. A iniciativa reúne palestras, apresentações culturais e uma feira de empreendedores, oferecendo um espaço dinâmico de aprendizado e troca de experiências.

Com início às 14h, o evento contará com palestras inspiradoras sobre identidade, propósito e liderança, ministradas por convidados especiais. Além disso, haverá apresentações culturais que destacam os talentos locais e uma feira dedicada a jovens empreendedores, permitindo que a comunidade conheça e apoie novos negócios. O encerramento será marcado por um show especial, trazendo música e energia positiva para celebrar a participação da juventude.

As vagas são limitadas, e as inscrições podem ser feitas gratuitamente por meio deste link.

O Workshop Jovem – Ser, Pertencer e Liderar é uma realização do grupo Jovens Ativos, em parceria com a Secretaria de Assistência Social do município de Itagibá, o Governo do Estado da Bahia, através da Conjuve, e a Bahiagás. O evento promete ser uma experiência enriquecedora para os jovens de Itagibá e região, incentivando o desenvolvimento pessoal e coletivo por meio do conhecimento, da cultura e do empreendedorismo.

Câmara pede ao STF mais tempo para aplicar decisão que anula eleição de deputados


A Câmara dos Deputados solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que adie a oficialização da decisão que pode resultar na anulação da eleição de sete parlamentares até a conclusão dos processos. Segundo a Câmara, a questão exige uma “análise minuciosa”, pois pode gerar mudanças na composição parlamentar, impactando diretamente o funcionamento legislativo.

“Há risco de convulsão na representação parlamentar, com perdas e assunções de mandato que impactam diretamente no funcionamento e organização da Câmara dos Deputados, carecendo de análise minuciosa, com a prudência e a proporcionalidade necessárias”, afirma a Casa no pedido.

A Câmara se baseia na Lei nº 9.868/1999, que regula as Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADI), e destaca a diferença entre medidas cautelares, que têm efeito imediato por tratarem de situações urgentes, e decisões de mérito, que só produzem efeitos após o trânsito em julgado e a publicação do acórdão. A Casa defende que a decisão que altera a composição da Casa ainda não pode ser executada, pois não transitou em julgado, o que poderia comprometer a segurança jurídica.

Na última quinta-feira, 16, o STF invalidou os mandatos de sete deputados eleitos em 2022 devido à aplicação de regras sobre a distribuição das sobras eleitorais que foram consideradas inconstitucionais. Os parlamentares afetados são: Sílvia Waiãpi (PL-AP), Sonize Barbosa (PL-AP), Professora Goreth (PDT-AP), Augusto Puppio (MDB-AP), Gilvan Máximo (Republicanos-DF), Lebrão (União-RO) e Lázaro Botelho (PP-TO).

Apesar da decisão ter efeito imediato, sua execução depende da Justiça Eleitoral e da própria Câmara. Partidos beneficiados pela medida, como PSB, PCdoB e Podemos, pressionam pela implementação imediata da decisão, já que suas bancadas ganharão novas cadeiras.

Com a mudança, os parlamentares que devem assumir os mandatos são: Professora Marcivânia (PCdoB-AP), Paulo Lemos (PSOL-AP), André Abdon (PP-AP), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Rafael Bento (Podemos-RO), Tiago Dimas (Podemos-TO) e Aline Gurgel (Republicanos-AP).

Em fevereiro de 2024, o STF considerou inconstitucional a alteração feita pelo Congresso em 2021 nas regras das sobras eleitorais, que foram aplicadas no pleito de 2022. O tribunal então precisou decidir se sua determinação valeria apenas a partir de 2024 ou se teria efeito retroativo. Com a decisão pela retroatividade, os resultados das eleições de 2022 foram impactados, levando à substituição de deputados eleitos com base na norma considerada inválida.

Assim, as vagas foram redistribuídas conforme os critérios que estavam em vigor antes da mudança de 2021, que exigiam que os partidos atingissem pelo menos 80% do quociente eleitoral e que os candidatos tivessem ao menos 20% desse índice para concorrer às sobras.

Adriana Victorino/Estadão

Justiça questiona Casa Branca por rejeitar ordem que barrou deportação e tensão entre poderes cresce


O juiz federal James Boasberg cobrou nesta segunda-feira, 17, o governo de Donald Trump a dar explicações sobre o descumprimento de uma ordem judicial que exigia o retorno aos EUA de voos de deportação de imigrantes para El Salvador, no caso que se converteu em uma queda de braço entre poderes em Washington e elevou o grau de tensão constitucional no país.

O voo carregava mais de 200 deportados expulsos dos EUA sem o devido processo legal. Para expulsá-los, a Casa Branca invocou uma legislação de guerra de 1798 e negou agir fora da lei.

No fim de semana, Boasberg bloqueou temporariamente as deportações para considerar as implicações do uso da lei e disse no tribunal que quaisquer aviões já no ar com os migrantes deveriam retornar aos EUA. Mas o governo Trump respondeu que os 250 deportados já estavam sob custódia de El Salvador, que se ofereceu para recebê-los.

Segundo o Washington Post, os dois primeiros voos partiram do Texas durante a audiência que discutia o uso da Lei de Inimigos Estrangeiros para deportar venezuelanos, acusados de pertencer ao grupo narcotraficante Trem de Arágua. O terceiro avião decolou, também do Texas, após a decisão da Justiça, que foi proferida às 18h47 e entrou no sistema às 19h26, pelo horário de Washington.

Mais cedo, o chamado czar da fronteira do presidente Trump, Thomas Homan, indicou que o governo planejava continuar tais deportações apesar da ordem do tribunal. “Não me importa o que os juízes pensam, não me importa o que a esquerda pensa. Estamos chegando”, disse ele em uma entrevista na Fox News.

O juiz Boasberg então marcou uma audiência ontem para avaliar se a Casa Branca havia violado a ordem do tribunal. O governo pediu que a audiência fosse cancelada. O juiz rejeitou imediatamente o pedido e exigiu que o governo comparecesse para explicar suas ações. Faltando apenas duas horas para o início da audiência no Tribunal Distrital Federal em Washington, os procuradores enviaram a posição do governo em um documento e disseram que não havia razão para ninguém comparecer à Corte porque a administração não forneceria mais informações sobre os voos de deportação.

O juiz deu um novo prazo para que eles se apresentem na terça-feira, 18, ao tribunal. Ao mesmo tempo, o Departamento de Justiça escreveu uma carta ao tribunal de apelações que supervisiona Boasberg, pedindo que o retirasse completamente do caso, por considerar seus “procedimentos altamente incomuns e impróprios”, que ameaçavam se tornar uma crise constitucional.

As duas iniciativas ocorreram em um dia de resistência extraordinária ao tribunal por parte do governo, que disse não ter violado a ordem do juiz, mas também que ele não tinha, em primeiro lugar, autoridade para emiti-la.

A batalha jurídica sobre a remoção dos imigrantes foi o mais recente – e segundo jornais americanos, um dos mais sérios – ponto crítico até agora entre os tribunais federais, que tentam coibir muitas das ações executivas de Trump, e um governo que chegou perto de se recusar a cumprir ordens judiciais em várias ocasiões.

O próprio Trump expressou ceticismo sobre uma decisão da semana passada de um juiz federal na Califórnia ordenando que a administração recontratasse milhares de trabalhadores em estágio probatório demitidos. Trump disse no domingo que o juiz estava “se colocando na posição do presidente dos EUA, que foi eleito por quase 80 milhões de votos”.

Para especialistas jurídicos americanos, os voos de deportação marcam uma escalada dramática na resistência do governo aos tribunais. Para eles, elas representam um colapso no frágil equilíbrio entre os poderes em Washington.

Steve Vladeck, professor de direito da Universidade de Georgetown, disse que o país está vendo “um grau sem precedentes de resistência, intencional ou não, a mandatos judiciais contra o governo federal”. “É difícil imaginar que isso vai melhorar antes de piorar”, disse Vladeck. “Se o governo estiver correto de que essas ordens são legalmente falhas, ele deveria apelar, não resistir a elas.”

Michael J. Gerhardt, professor de direito constitucional na Faculdade de Direito da Universidade da Carolina do Norte, disse que a resposta do governo ontem era o início de uma batalha desafiadora contra o Judiciário. “Agora, temos funcionários do governo que estão operando sem lei”.

Estadão

PF e Receita Federal prendem passageiro com skunk amarrado ao corpo no Aeroporto de Confins

Suspeito vindo do Acre é flagrado com 2,8 kg de skunk amarrados ao corpo durante fiscalização no Aeroporto de Confins.
Belo Horizonte/MG. Durante uma operação de rotina da Polícia Federal e da Receita Federal no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, um passageiro vindo de Rio Branco (AC) foi surpreendido transportando 2,8 kg de skunk, uma droga conhecida como "supermaconha". O entorpecente estava preso ao corpo do suspeito.

A droga foi descoberta durante o procedimento padrão de verificação de bagagens e passageiros. Suspeitando de comportamentos estranhos, os servidores da Polícia Federal e da Receita Federal decidiram revistar o homem, encontrando a substância amarrada ao seu corpo.

A Polícia Federal e a Receita Federal continuam reforçando o controle nos aeroportos com o objetivo de combater o tráfico de drogas e outros crimes.

Comunicação Social da Polícia Federal em Minas Gerais

PF apreende cerca de 100 kg de cocaína ocultos em caminhão munck

Droga estava escondida na estrutura do veículo e foi descoberta após fiscalização de rotina da Polícia Federal
Campo Grande/MS. A Polícia Federal prendeu em flagrante, neste sábado (15/03), um motorista que transportava cerca de 99,60 kg de cloridrato de cocaína ocultos na estrutura de um caminhão tipo "munck".

A abordagem ocorreu durante fiscalização de rotina, após os policiais federais identificarem uma irregularidade visível no braço mecânico do veículo, o que gerou suspeita. Durante a entrevista, o motorista apresentou contradições ao relatar sua origem e destino, mudando sua versão e afirmando, ao final, que havia saído da região de Corumbá no início da madrugada.

Diante das informações inconsistentes, os policiais realizaram uma inspeção minuciosa no caminhão, localizando a droga escondida no braço mecânico e em dispositivos anexos da estrutura do veículo.

O suspeito foi autuado em flagrante pelo crime de tráfico de drogas.

Comunicação Social da
Superintendência Regional de Polícia Federal em Mato Grosso do Sul

45ª CIPM erradica plantio com 45 mil pés de maconha em Curaçá

Droga foi encontrada nas proximidades da localidade de Missão Velha, no município de Curaçá.
Na manhã de sábado (15), policiais militares da 45ª erradicaram plantio de maconha, nas proximidades da localidade de Missão Velha, no município de Curaçá.

Durante a ação de erradicação do cultivo de drogas, militares localizaram nas proximidades de Missão Velha, três roças com cultivo da Cannabis sativa, totalizando 45.000 pés de maconha.

Foi realizada a incineração da plantação ilícita e uma amostra da erva foi encaminhada à Delegacia que atende à região, onde a ocorrência foi registrada.

Fonte: DCS PM

Mais três suspeitos de envolvimento no sequestro de presidente do PV são presos

Foto: Reprodução/Instagram
Mais três suspeitos de envolvimento direto no sequestro do presidente estadual do Partido Verde (PV), Ivanilson Gomes, foram presos pela Polícia Civil da Bahia. De acordo com o jornal Correio*, um dos homens foi localizado na Ilha de Itaparica e os outros dois no bairro da Ribeira, em Salvador, informou a corporação.

As investigações e operações de Inteligência se iniciaram nas primeiras horas do crime. Após a libertação da vítima, a polícia ingressou na justiça com medidas cautelares, que foram aceitas. Nesta segunda, as equipes do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), através da Delegacia Antissequestro, cumpriram os mandados de prisão.

Ainda segundo a publicação, os presos foram encaminhados para a unidade especializada, passaram por exames de praxe e estão custodiados à disposição da Justiça. Mais detalhes não foram divulgados. Na sexta passada, dia do crime, Gabriel Luís, identificado como secretário da Juventude do partido, foi preso por suspeita de facilitar a ação dos criminosos.

O sequestro

O sequestro aconteceu na última sexta-feira (14), por volta do meio-dia, quando bandidos armados invadiram a sede do Partido Verde, no Rio Vermelho, roubaram os funcionários e levaram Ivanilson Gomes. O suspeito Gabriel Luís foi preso poucas horas depois do crime, e a partir daí, a Polícia Civil conseguiu dar andamento às investigações.

A vítima foi liberada na noite do dia seguinte ao crime, sem ferimentos e passa bem. As diligências ainda continuam e as investigações estão em curso em busca de possíveis outros envolvidos.

Correio*

TCU julgará em maio processo de compra de respiradores na pandemia

Um processo do Tribunal de Contas da União sobre possíveis irregularidades na compra de 300 respiradores pelo Consórcio Nordeste durante a pandemia da Covid-19 deve ir a julgamento em 21 de maio.

Na semana passada, o caso chegou a ir a plenário na corte de contas, mas houve pedido de vista do ministro Bruno Dantas. O relator é o ministro Jorge Oliveira.

O custo da aquisição foi de R$ 48,7 milhões, junto à empresa Hempcare, que não entregou os aparelhos.

Os auditores do TCU responsabilizaram pelos problemas Carlos Gabas, então secretário-executivo do Consórcio, que reúne governadores do Nordeste.

Na época, o presidente do Consórcio era o então governador da Bahia, Rui Costa (PT), atual ministro-chefe da Casa Civil, mas ele não foi citado no relatório.

A área técnica da corte de contas sugeriu a aplicação de multa e inabilitação para função pública para Gabas e o então gerente-administrativo do Consórcio, Valderir Claudino de Souza. Essa recomendação ainda precisará ser aprovada pelos ministros da corte.

Em sua defesa, ambos disseram que não podem ser responsabilizados pelos problemas na contratação dos respiradores.

Gabas afirmou que “a compra dos ventiladores pulmonares ocorreu em um contexto de emergência de saúde pública devido à pandemia de Covid-19”. Por isso, houve dispensa de licitação.

Ele acrescentou que a empresa apresentou os documentos exigidos e que a contratação seguiu modelo sugerido pela Advocacia Geral da União.

Já os técnicos do TCU elencaram uma série de problemas. Entre eles, que a empresa foi constituída nove meses antes da assinatura do contrato, em 2020, possuía capital social de apenas R$ 100 mil, nunca havia fornecido para administração pública federal e tinha principal atividade a comercialização de produtos à base de maconha.

Fábio Zanini, Folhapress

Ministros de Lula que ganharam cargos em conselho de empresa privada são investigados pela CVM


A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu processo administrativo para apurar possíveis irregularidades na nomeação de três ministros de Luiz Inácio Lula da Silva para cargos em conselho de empresa privada. No entendimento do órgão, que regula o mercado de capitais no País, os titulares da Previdência, Carlos Lupi, da Igualdade Racial, Anielle Franco, e da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Marques de Carvalho, deveriam ter realizado consulta formal sobre eventual conflito de interesses antes de assumirem cadeiras no Conselho de Administração da Tupy, uma metalúrgica multinacional com ações negociadas na Bolsa de Valores.

Os mandatos deles na empresa tiveram início em 2023 por indicação da BNDES Participações (BNDESPar), estatal que detém 28,19% das ações da Tupy, mas seus casos só foram enviados para análise da Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência no fim do ano passado, após a CVM enviar ofício à companhia com questionamentos.

Após a consulta, a CEP emitiu parecer favorável à participação dos ministros no conselho da Tupy, mas o assunto não se encerrou. A comissão ainda vai decidir, em reunião no próximo dia 24, se deve ser aberto processo por violação ética pelo fato de os ministros não terem feito consulta prévia à CEP antes de assumir a função no conselho da empresa privada.

Procurada, a Casa Civil informou que a CEP irá deliberar “sobre a instauração, ou não, de procedimento ético em face dos referidos ministros”. Esse tipo de processo pode resultar em aplicação de “censura ética”, uma penalização válida por três anos e que funciona como uma “mancha” no currículo de servidores do Executivo.

A Tupy afirmou que a eleição para membros do conselho, segue as políticas internas da companhia e “é baseada na autodeclaração do candidato sobre o cumprimento da legislação aplicável”. Por meio de suas assessorias, os ministros disseram ter se submetido ao processo realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em que não se identificou risco de conflito de interesses.

Em documento enviado à Tupy em outubro do ano passado, a CVM destaca que a Lei de Conflito de Interesses prevê que pessoas com cargos ou empregos na administração pública federal só devem exercer atividade privada mediante autorização da Comissão de Ética. Também recomenda que a empresa passe a exigir dos agentes públicos a comprovação de consulta formal e parecer de inexistência de conflito de interesses antes de nomeá-los a postos executivos.

Após a reprimenda da autarquia e com atraso de mais de um ano, os três ministros formularam consulta e obtiveram, no início deste ano, pareceres favoráveis à sua atuação na Tupy e que serão submetidos aos demais integrantes da Comissão de Ética.

O presidente do colegiado, Manoel Caetano Ferreira Filho, relator dos processos relacionados aos ministros, considerou que a indicação deles para os cargos é legítima, pois garante à União “representação qualificada e vinculada ao interesse público nesses órgãos de governança, contribuindo para a supervisão estratégica e para a proteção do patrimônio estatal”.

A Tupy é privada, mas sofre ingerência do governo devido à participação da BNDESPar e dos fundos de pensão do Banco do Brasil, a Previ, e da Petrobras, a Petros, que também estão entre os principais acionistas.

As indicações de ministros a empresas nas quais entidades ligadas à administração pública têm influência direta não são só um mecanismo para assegurar o papel da União como investidora. Servem também para garantir a eles complementação ao salário de R$ 44 mil que recebem dos cofres públicos e para equiparar seus vencimentos aos de executivos da iniciativa privada, ainda que não tenham qualificação condizente com a posição.

A ministra Anielle Franco, por exemplo, é formada em letras e jornalismo e fez mestrado em relações étnicorraciais. No currículo, tem experiências profissionais como professora de inglês em escolas do Rio de Janeiro e como diretora do Instituto Marielle Franco, ONG ligada à pauta de direitos humanos.

Nenhuma dessas atividades guarda relação direta com a área finalística da Tupy, que tem foco na produção de componentes estruturais em ferro fundido.

A remuneração paga pela Tupy aos membros do seu Conselho de Administração em 2024 foi de R$ 4,28 milhões, o equivalente, na média, a um salário de R$ 39 mil por mês para cada um deles.

Houve ainda proventos de R$ 1,77 milhão por participações em comitês. Os ministros de Lula foram incluídos na repartição destes valores. Anielle faz parte do Comitê de Pessoas, Cultura e Governança, Marques de Carvalho é membro do Comitê de Auditoria e Riscos Estatutário e Lupi, coordenador do Comitê de Estratégia, Inovação e Sustentabilidade.

Com base nesses valores, é possível afirmar que, somados os ganhos pelo cargo público e pela posição na empresa privada, os ministros receberam valores mensais acima de R$ 83 mil, quase o dobro do teto do funcionalismo público federal, de R$ 46 mil.

Em outubro do ano passado, o chefe de gabinete de Marques de Carvalho, Flávio Rezende Dematté, enviou um email ao presidente da CEP, Manoel Caetano Ferreira Filho, em que menciona a cobrança da CVM e pergunta se, no entendimento do colegiado, era necessário a realização de consulta formal.

A resposta só foi enviada um mês depois pela secretária-executiva da CEP, Renata Almeida D’ávila, que corroborou a posição do órgão regulador. “Assim sendo, no exercício do cargo, a autoridade somente poderia exercer atividade privada após devidamente autorizada pela CEP.”

Ela ainda citou cinco processos analisados pela comissão em que ministros e executivos de estatais pediram autorização para ocupar cargos em conselhos de empresas.

O que diz a CGU

O processo de indicação do ministro-chefe da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, para uma vaga no Conselho de Administração da Tupy foi conduzido pelo BNDES. Concluído o referido procedimento e realizado o due diligence (diligência devida), não se identificou risco de conflito de interesse, não acarretando a necessidade de consulta à CEP-PR. Consequentemente, o processo foi levado adiante para a assunção do ministro como conselheiro da empresa.

Tão logo a Tupy S.A. comunicou sobre diligência da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), feita em 04/10/2024, uma mensagem foi encaminhada à CEP-PR em 16/10/2024 buscando a orientação devida sobre como proceder nesta situação. Em 26/11/2024, a diretriz da CEP-PR foi de que fosse formalizada consulta acerca da participação do ministro no conselho da referida empresa, assim como da Brasilcap, o que prontamente foi executado por meio de formulário eletrônico em 13/12/2024.

A CEP-PR se manifestou em 27/01/2025 pela inexistência de conflito de interesses na atuação do ministro como membro do Conselho de Administração e do Comitê de Auditoria e Riscos Estatutários da Tupy S.A., e como membro do Conselho Fiscal da Brasilcap Capitalização S.A. no exercício do cargo de Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União (CGU).

Caso as ações da CGU abarquem as companhias das quais o ministro é conselheiro, aplicam-se as regras de impedimento constantes no Código de Processo Civil. Além disso, para que não se estabeleça conflito de interesse, o agente público não pode divulgar ou fazer uso em proveito de entes privados de informação considerada privilegiada, obtida em razão das atividades exercidas. Também é vedada qualquer atuação em assunto que diga respeito a interesses privados perante órgãos ou entidades da administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

O que diz o Ministério da Igualdade Racial

O BNDES conduz os processos de indicação de seus conselheiros e conselheiras, como na Tupy. O procedimento praxe de verificação de impedimentos utilizado é o due diligence (diligência devida), cumprido adequadamente na indicação da ministra Anielle Franco e resultando na não identificação risco de conflito de interesse. Com a etapa concluída positivamente, o BNDES não vislumbrou a necessidade de consulta à Comissão de Ética da Presidência da República (CEP) no caso e prosseguiu com o expediente para que a ministra Anielle Franco assumisse como conselheira da Tupy S.A.

Em outubro de 2024, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) demandou à Tupy informações sobre a consulta de conflito de interesse feita diretamente à CEP. A partir da orientação, foi formalizada a consulta de nº 00191.000055/2025-86 no sistema CEP-PR, que atestou a inexistência de conflito de interesse na atuação da ministra na função de conselheira da Tupy.

O que diz o Ministério da Previdência

O Ministério da Previdência Social informa que a indicação do ministro Carlos Lupi foi feita pelo BNDES. Concluído o procedimento de indicação e realizado o due diligence pelo BNDES quanto ao ministro, não se vislumbrou a necessidade de que se consultasse a CEP no tocante à sua indicação e se prosseguiu com os trâmites para que assumisse como conselheiro da Tupy S.A.

Contudo, após ser informado da solicitação da CVM a respeito foi feita consulta à Comissão no último dia 31 de janeiro deste ano. Aguardamos a devida tramitação e resposta.

O ministro da Previdência Social reforça que a CEP já tem ciência e total acesso à sua declaração patrimonial, inclusive quanto aos rendimentos que recebe da Tupy S.A. Que não vê nenhuma hipótese de conflito de interesses e que não passou por nenhuma situação de eventual suspeição ou impedimento nos atos dos quais participou até o momento na condição de conselheiro da Tupy S.A.

Gustavo Côrtes/Estadão

BC comunica vazamento de dados de 25 mil chaves Pix sob guarda de fintech

O Banco Central comunicou nesta segunda-feira (17) o vazamento de dados pessoais vinculados a 25.349 chaves Pix sob responsabilidade da fintech QI SCD (QI Sociedade de Crédito Direto S.A). Esse foi o primeiro incidente de segurança registrado em 2025 pela autoridade monetária.

De acordo com o BC, o vazamento ocorreu em razão de “falhas pontuais” nos sistemas da instituição e não foram expostos dados sensíveis, tais como senhas, movimentações e saldos financeiros ou outras informações sob sigilo bancário.

No período de 23 de fevereiro a 6 de março, foram expostos dados como nome do usuário, CPF com máscara, instituição de relacionamento, agência, número e tipo da conta.

“As informações obtidas são de natureza cadastral, que não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras”, disse o BC.

A autoridade monetária também informou que as pessoas afetadas serão notificadas exclusivamente por meio do aplicativo ou pelo internet banking da instituição de relacionamento do usuário.

Segundo o BC, não serão usados outros meios de comunicação com os usuários que tiveram os dados expostos, como aplicativos de mensagens, telefonemas, SMS ou email.

Ainda de acordo com a autarquia, foram adotadas as ações necessárias para a apuração detalhada do caso e serão aplicadas as medidas sancionadoras previstas na regulação.

Nathalia Garcia/Folhapress

Pacheco se reúne com Lula, descarta assumir ministério e fica no Senado

O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cotado para assumir um ministério na gestão Lula (PT), se reuniu com o presidente em Brasília e descartou sua ida para o governo. Na conversa com o petista, o ex-presidente do Senado afirmou que pretende exercer seu mandato na Casa pelos próximos dois anos.

Lula recebeu Pacheco para um almoço no Palácio da Alvorada no sábado (15). Os dois estavam acompanhados pelo atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que é aliado do parlamentar mineiro.

No encontro, Lula não chegou a oferecer diretamente a Pacheco um ministério, mas perguntou ao senador quais eram seus planos para os próximos anos, segundo relatos colhidos pela Folha.

O parlamentar teria afirmado que gostaria de ficar no Senado como um apoiador do governo do petista, além de apresentar e relatar projetos que considera importantes. Pacheco trabalha, por exemplo, para aprovar uma proposta de sua autoria que atualiza do Código Civil.

De acordo com os mesmos relatos, Lula concordou com a decisão do senador mineiro.

Esta foi a primeira conversa que Lula e Pacheco tiveram sobre o tema desde que o mineiro deixou a presidência do Senado. O senador passou uma temporada nos EUA e retornou às atividades em Brasília na semana passada.

Lula gostaria de ter Pacheco em seu ministério por considerar que o parlamentar foi um aliado importante nos dois primeiros anos de governo e por acreditar que sua nomeação reforçaria as posições do governo no Senado e em Minas Gerais, estado estratégico para eleições presidenciais.

Lula vinha discutindo a possível ida de Pacheco para o governo com aliados e auxiliares desde abril do ano passado, como mostrou a Folha na ocasião. As conversas se intensificaram nos últimos meses, com as negociações para uma reforma ministerial.

Além da intenção de Pacheco de exercer o mandato de senador após quatro anos como presidente da Casa (2021-2025), as incertezas sobre as mudanças que Lula pretende fazer em sua equipe também dificultaram a ida do político mineiro para o governo.

Aliados de Pacheco apontavam que ele poderia ocupar pastas como o Ministério da Justiça ou o Ministério do Desenvolvimento. Os cargos são ocupados, respectivamente, por Ricardo Lewandowski (sem partido) e pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o que exigiria de Lula a decisão de fazer uma dança das cadeiras que poderia ser politicamente traumática.

Na conversa no Alvorada, Lula reforçou o desejo de que Pacheco seja candidato ao Governo de Minas Gerais em 2026, com o apoio da gestão petista. O objetivo do presidente é fortalecer o nome do senador para representar a aliança governista nas urnas, oferecendo um palanque para a eventual candidatura à reeleição de Lula à Presidência.

Pacheco resiste a essa empreitada. Segundo aliados, o senador mineiro já teria decidido que não concorrerá à reeleição, mas ainda não sabe se vai disputar algum outro cargo em 2026.

No encontro com Lula, Pacheco afirmou que vai pensar sobre a possibilidade de concorrer ao Governo de Minas. Por enquanto, ele se comprometeu a trabalhar pela construção de alianças no estado para fortalecer o nome do petista.

A reforma ministerial estudada por Lula permanece travada. O presidente já trocou nomes na Secretaria de Comunicação (saiu Paulo Pimenta, entrou Sidônio Palmeira), no Ministério da Saúde (saiu Nísia Trindade, entrou Alexandre Padilha) e na Secretaria de Relações Institucionais (saiu Padilha, entrou Gleisi Hoffmann).

Bruno Boghossian/Folhapress

Operação Soberania Cacaueira: Líderes de facções criminosas são transferidos do Conjunto Penal de Itabuna

Quatro lideranças de facções criminosas do tráfico de drogas na região sudoeste da Bahia, considerados alvos sensíveis do sistema prisional, foram transferidas, na manhã desta segunda-feira, dia 17, do Conjunto Penal de Itabuna para o Conjunto Penal de Barreiras. A transferência faz parte da ‘Operação Soberania Cacaueira’, deflagrada hoje, dia 17, pela Secretarias de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), com acompanhamento do Ministério Público estadual, através Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) e do Grupo de Atuação Especial de Execução Penal (Gaep), que se incumbirão de recolher provas eventualmente existentes para instrução de procedimentos investigatórios que se mostrem necessários ou requisição de inquérito policial

O objetivo da operação é impedir qualquer contato ou influência dos transferidos com liderados no lado externo do estabelecimento pena, bem como garantir a ordem e disciplina no sistema prisional, contribuindo para a redução dos índices de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) no Estado da Bahia. A medida leva em conta as evidências de que crimes dessa natureza, como homicídios, têm sido articulados pelas lideranças de dentro do presídio.

A operação conta com mais de 80 policiais e tem a atuação do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) e do Grupo de Atuação Especial de Execução Penal (Gaep) do MP baiano; da Superintendência de Gestão Prisional (SGP), com a participação da Diretoria de Segurança Prisional (DSP), do Grupamento Especializado em Operações Prisionais (Geop) da Seap; e da Polícia Militar, através da Cipe Cacaueira.

Itagibá: Marquinhos inaugura pavimentação e urbanização na Fazenda Boa Sorte (Aldeia)

No último sábado (15), foi inaugurada a pavimentação e urbanização da Fazenda Boa Sorte – Aldeia, marcando mais um avanço na infraestrutura do município de Itagibá. A solenidade contou com a presença do prefeito Marquinhos, do deputado federal Neto Carletto, do deputado estadual Patrick Lopes e do ex-deputado federal Ronaldo Carletto, que reforçaram seu compromisso com o desenvolvimento local.

Durante o evento, o prefeito Marquinhos destacou a importância da obra para a comunidade e reafirmou seu empenho em continuar promovendo melhorias em todo o município.
O nosso compromisso é continuar trabalhando para levar mais qualidade de vida e desenvolvimento para todos os cantos de Itagibá. Essas obras são mais uma prova de que, juntos, seguimos transformando nossa cidade!”, afirmou o gestor municipal.

A pavimentação e urbanização da localidade visam proporcionar mais segurança, conforto e bem-estar aos moradores, fortalecendo a infraestrutura e impulsionando o crescimento de Itagibá.

PF e BPFRON apreendem 139 kg de maconha e 85 pacotes de cigarros no Paraná

Guaíra/PR. Nesta sexta-feira (14/3), a Polícia Federal e o Batalhão de Polícia de Fronteira da Polícia Militar do Paraná apreenderam 139 kg de maconha e 85 pacotes de cigarros contrabandeados, durante patrulhamento nas estradas de Guaíra/PR.

Diante da situação, os ilícitos foram apreendidos e encaminhados para a Delegacia de Polícia Federal em Guaíra para as providências necessárias.

Comunicação Social da Polícia Federal no Paraná

PF, PMPR e PMMS apreendem mais de 120 kg de drogas e arma de fogo

Paraná. Neste sábado (15/3), a Polícia Federal, em ação integrada com a Polícia Militar do Mato Grosso do Sul e a Polícia Militar do Paraná, por meio do Batalhão de Polícia de Fronteira, da Patrulha Rural, da 5ª CIPM, do 4º BPM, do 32º BPM e do BPRV, prendeu um homem e apreendeu 122 kg de drogas, além de um veículo.

A ação ocorreu após as equipes policiais receberem a informação de que um carro estaria trafegando pela PR-323 transportando entorpecentes. Diante disso, os agentes localizaram o veículo nas proximidades da ponte do Rio Catingueiro e iniciaram um acompanhamento tático para realizar a abordagem, já que o condutor não acatou a ordem de parada.

A abordagem foi concluída às margens da PR-376, no município de Marialva. Durante a ação, o motorista alegou não saber que transportava algo ilícito e afirmou ter recebido R$ 2.000 para levar o carro de Umuarama até Londrina, no Paraná. Foi empregado cão de faro que indicou a presença de entorpecentes no veículo, sendo encontrados 122 kg de maconha, 1,890 kg de haxixe, além de um revólver.

Diante dos crimes, o motorista foi preso e os entorpecentes, a arma e o veículo foram apreendidos.

Comunicação Social da Polícia Federal no Paraná

PF apreende quase 15 kg de drogas com passageiros de voos internacionais

Ações resultam em prisões por tráfico de drogas, descaminho, importunação sexual e cumprimento de mandado de prisão.
Guarulhos/SP. A Polícia Federal em ações distintas, no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, prendeu entre os dias 15 e 17/3, cinco pessoas por tráfico de drogas, um passageiro pelo crime de descaminho, capturou um homem com mandado de prisão em aberto e deteve outro acusado por importunação sexual contra integrante de tripulação de bordo.
Um passageiro, que viajava numa cabine reservada em voo procedente de Atlanta, nos Estados Unidos, foi detido pelos policiais federais assim que o avião pousou em Guarulhos. O suspeito foi acusado por uma comissária de bordo de importuná-la sexualmente.

Em momento posterior, um passageiro foi preso ao tentar realizar os procedimentos migratórios, em razão da existência de mandado de prisão em aberto em seu desfavor.

Quatro passageiros, que pretendiam embarcar para Portugal, Catar e França, foram flagrados transportando cocaína dentro de aparelho eletrônico, em forros de casacos e em volumes fixados aos corpos. Com os suspeitos foram apreendidos quase 11 quilos da droga.

Em outra ação, servidores da Receita Federal apresentaram à PF uma mala, não retirada por uma passageira sul-africana, de 29 anos de idade, contendo cerca de 4 quilos de metanfetamina. Identificou-se que a passageira havia seguido viagem para o Rio de Janeiro, onde foi presa.

Por fim, um passageiro que desembarcou de voo procedente de Madri, na Espanha, foi flagrado por servidores da Receita Federal com 270 canetas de medicamento para diabetes, ocultos sob as vestes, sendo preso pelo crime de descaminho.

Comunicação Social da Polícia Federal em Guarulhos/SP

Seap deflagra megaoperação conjunta no Conjunto Penal de Itabuna

Policiais penais realizam revistas em celas da unidade prisional com apoio da Policia Militar e Ministério Público da Bahia.
O reforço do controle, da segurança e da ordem dentro do Conjunto Penal de Itabuna (CPI) é o principal objetivo da operação deflagrada pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), por meio da Polícia Penal, na manhã desta segunda-feira (17). As ações em conjunto com o Ministério Público da Bahia (MPBA) e a Polícia Militar também integram o combate aos crimes contra a vida e o tráfico de drogas na região.

Buscas minuciosas são realizadas por policiais penais do serviço ordinário e do Grupamento Especializado em Operações Prisionais (Geop), em celas e pavilhões ocupados por alvos sensíveis, os quais exerceram papéis de lideranças em grupos criminosos, fazem parte das estratégias de revistas realizadas pela Seap, com o apoio de policiais militares de grupos especializados e do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer).

As buscas visam impedir a entrada de aparelhos celulares e outros ilícitos e assim impedir qualquer contato dos internos com criminosos do lado externo da unidade prisional. As ações acontecem conjuntamente com equipes do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), do Grupo de Atuação Especial na Execução Penal (Gaep) do MPBA e da Polícia Militar, por meio da Cipe Cacaueira, Cipe Sudoeste e o Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer).

As atividades em campo, que são coordenadas pela Superintendência de Gestão Prisional (SGP), por meio da Diretoria de Segurança Prisional (DSP), também tem a participação de policiais penais da Central de Monitoramento Eletrônico de Pessoas (CMEP), da Coordenação de Monitoração e Avaliação do Sistema Prisional (CMASP).

Texto: Ascom Seap

Sem Bolsonaro, manifestantes se reúnem na av. Paulista para pedir ‘Fora Lula’ e anistia por 8/1

Além do protesto em Copacabana (RJ), que aconteceu na manhã deste domingo (16), manifestantes se reuniram na Avenida Paulista (SP) no início desta tarde. Diferentemente do ato no Rio, a manifestação em SP não contou com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados. Mas foi capitaneada por lideranças de movimentos sociais de direita, como o Reforma Brasil, comandado por Guilherme Sampaio.

Conforme o coordenador do Reforma Brasil, o protesto foi pelo impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, anistia aos presos e condenados pelos atos extremistas que aconteceram em Brasília em 8 de janeiro e pelo impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

Ao R7, Sampaio informou que o ato, previsto inicialmente para começar às 14h, iniciou por volta das 12h30 e terminou em torno das 16h. “Como não tinha muita gente, a PM pediu para liberar mais cedo a via”, explicou.

Segundo o organizador, a PM-SP informou que cerca de 4 mil pessoas compareceram, ao todo, no ato. Mas ele estima que o número seja rotativo, pois considera que cerca de 1,5 mil pessoas estiveram, de fato, paradas durante todo o protesto. O R7 procurou a PM-SP, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.

Sem a presença de autoridades, o ato também não contou com carro de som, pois, segundo Sampaio, o veículo quebrou a caminho para SP. Desse modo, não aconteceram chamamentos ou palavras de ordem, mas apenas um momento para que os manifestantes cantassem o Hino Nacional, conforme relatou Sampaio.

Imagens que circulam nas redes sociais sobre o ato mostram diversos cartazes pedindo anistia e a deposição de Lula. Há ainda um boneco inflável grande, representando o presidente Lula com trajes de detento.

Manifestação em Copacabana

Durante o ato no Rio, que começou por volta das 10h, Bolsonaro disse que não vai sair do Brasil e será um ator de pressão para opositores “preso ou morto”. Ele sustentou que as acusações que responde na Justiça são “narrativas” e chamou a tentativa de golpe de Estado de “historinha”. A manifestação reuniu, entre outras autoridades, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

“Só não foi perfeita essa ‘historinha’ de golpe para eles porque eu estava nos Estados Unidos. Se tivesse aqui, estaria preso até hoje ou, quem sabe, morto por eles. Eu vou ser um problema para eles, preso ou morto. Mas, eu deixo acesa a chama da esperança, da libertação do nosso povo, afinal, o Brasil é um país fantástico”, afirmou.

Em mensagem aos opositores políticos e à própria Justiça, o ex- chefe do Executivo reafirmou a intenção de se candidatar à presidência em 2026 e disse que “eleição sem Bolsonaro é negar a democracia no Brasil”. “Se sou tão ruim assim, me derrote”, desafiou.

Ao comentar a questão da inelegibilidade, Bolsonaro questionou a decisão e disse que ninguém “encontrou dinheiro na cueca ou em caixas no seu apartamento”. Ao sustentar haver uma perseguição, o ex-presidente citou as investigações da morte da vereadora Marielle Franco, da venda de joias dadas a ele por autoridades internacionais, da falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19, do suposto sumiço de móveis do Palácio da Alvorada. Segundo ele “tudo foi embora e sobrou somente a fumaça do golpe”.

Durante a fala, Bolsonaro voltou a defender acusados presos pelos atos do 8 de Janeiro e afirmou que os parlamentares já teriam os votos para aprovar a proposta de anistia. No caso de um veto presidencial, haveria força para derrubada no Congresso, alegou Bolsonaro.

“Nós temos um compromisso que está no coração de cada um de vocês - é buscar anistia para nossos irmãos e irmãs que estão presos. Não podemos continuar tendo ‘órfãos de pais vivos’ pelo Brasil. Não existe maldade maior do que essa”, afirmou.

Após o fim do ato em Copacabana, a Polícia Militar do Rio informou que a manifestação reuniu 400 mil pessoas, sem registros de ocorrências. No entanto, um levantamento do Monitor do Debate Público do Meio Digital, do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) da USP, apontou que o protesto reuniu 18,3 mil pessoas.

Bolsonaro estava desestimulando mais manifestações neste domingo em outras cidades a fim de concentrar um grupo maior no Rio. Um ato convocado para Belo Horizonte (MG), por exemplo, foi cancelado, apesar de ter o apoio do deputado federal Nikolas Ferreira, aliado de Bolsonaro. Há algumas semanas, o parlamentar informou que o protesto não iria mais acontecer.

O ex-presidente organiza outra manifestação em prol da anistia em 6 de abril, às 14h, na Avenida Paulista. Sampaio explicou que apoiará o ato, mas que o Reforma Brasil não terá carro de som. Ele disse ainda que hoje aconteceram protestos em quase 200 cidades, além de São Paulo, como Maceió (AL), Macapá (AP) e Salvador (BA).

São Paulo|Rute Moraes, do R7, em Brasília

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