Ministros ideológicos destoam de Mandetta e Moro e mantêm fidelidade a Bolsonaro no coronavírus
@Divulgação |
Nem mesmo as possíveis consequências da pandemia do novo coronavírus no Brasil fizeram a ala ideológica do governo questionar as ações e atitudes do presidente Jair Bolsonaro.
Ele tem se mantido na contramão do que dizem especialistas e líderes mundiais, incluindo o americano e aliado Donald Trump, e também do discurso de um bloco que inclui os ministros Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e Sergio Moro (Justiça).
Mas a grande maioria dos ministros que se enquadra no grupo ideológico apoia as medidas do chefe do Executivo.
Outros ministros e assessores mais radicais estão alinhados a Bolsonaro na defesa do que ele chama de isolamento vertical —retirada do convívio social apenas dos maiores de 60 anos e grupos mais suscetíveis à Covid-19— e da reabertura do comércio e de outras atividades normalmente.
O ministro Abraham Weintraub (Educação) escreveu na quarta-feira (1º) em suas redes sociais que, por ele, as escolas e outras instituições de ensino voltariam a funcionar no mês de abril.
Weintraub ignorou a recomendação de Mandetta, que, dois dias antes, em entrevista coletiva, afirmou que as crianças e os jovens não podem voltar às aulas.
O ministro da Educação e seu irmão Arthur Weintraub são algumas das vozes ouvidas pelo presidente durante a crise. Arthur, que é assessor especial da Presidência, é um dos principais defensores do uso da cloroquina para o combate à Covid-19.
“Zumbis ficam infestando meu Twitter dizendo que não posso falar da cloroquina porque não sou médico. Tenho pós-doutorado pelo Departamento de Neurociências da Universidade Federal de São Paulo. Tese envolveu epilepsia, direito previdenciário e atuária. Eu poderia ser diretor da OMS [Organização Mundial da Saúde]!”, escreveu em sua conta.
Levantamento feito pela Folha aponta que seis ministros apoiam integralmente as ações e os posicionamentos do presidente.
Além de Weintraub, estão no mesmo barco Ricardo Salles (Meio Ambiente), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Marcelo Álvaro Antônio (Turismo) e Onyx Lorenzoni (Cidadania).
Araújo tem sido constantemente usado por Bolsonaro para contrapor as recomendações da OMS. O ministro tem diminuído as recomendações do organismo e municiado a narrativa do presidente apontando que é “importante salvaguardar os empregos”.
A secretária especial da Cultura, Regina Duarte, tem feito uma série de publicações em suas redes sociais em apoio à fala de Bolsonaro. Mas está em isolamento desde 21 de março, quando voltou a São Paulo e passou a trabalhar de casa.
Uma das integrantes mais ativas do núcleo ideológico, Damares Alves (Direitos Humanos) chegou a retuitar uma postagem de Bolsonaro afirmando que ele “estava certo” sobre a preocupação com a economia.
Apesar de defender Bolsonaro publicamente, a ministra tem pregado internamente, em reuniões com a equipe, que a pasta siga orientações da Saúde e, nesse sentido, formula ações focadas no isolamento mais robusto.
Na semana passada, depois do pronunciamento em que Bolsonaro defendeu o fim das medidas de isolamento, uma integrante da equipe ligada ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sugeriu que a pasta estimulasse jovens a retomar suas atividades de trabalho. A ministra vetou a iniciativa.
Além disso, o Ministério dos Direitos Humanos tem elaborado uma série de cartilhas com sugestões de brincadeiras para crianças durante a quarentena, entre outros.
Em material lançado nesta semana, a pasta comandada por Damares indica defender o isolamento social e sugere a prostitutas que atendam a seus clientes de maneira virtual.
O documento é direcionado a lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros que, muitas das vezes, “vivem num contexto de extrema vulnerabilidade social”, diz o texto.
Fora do chamado núcleo ideológico, outros três ministros —Jorge Oliveira (Secretaria-Geral), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e André Mendonça (Advocacia-Geral da União)—, quando questionados pela imprensa, endossam o presidente, mas em reuniões internas e a assessores próximos têm apoiado as recomendações de restrição da equipe da Saúde.
Oliveira e Mendonça, inclusive, foram os responsáveis por levar o ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), a uma reunião com Bolsonaro no Palácio do Alvorada no sábado (28), onde foi discutida a necessidade de o presidente melhorar seu diálogo tanto com sua equipe quanto com a sociedade e com os outros Poderes.
Os outros ministros têm evitado defender publicamente o isolamento social recomendado pelo Ministério da Saúde para não contrariar o presidente.
Os que falaram publicamente sobre a necessidade do distanciamento social foram excluídos do núcleo próximo de aconselhamento do presidente.
Além de Mandetta, Sergio Moro, Paulo Guedes (Economia), Tereza Cristina (Agricultura) e até o astronauta Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) perderam influência nas últimas semanas.
COMO OS AUXILIARES DE BOLSONARO SE POSICIONAM NO COMBATE AO CORONAVÍRUS
Apoiam publicamente o isolamento total
Henrique Mandetta (Saúde)
Paulo Guedes (Economia)
Sergio Moro (Justiça)
Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia)
Tereza Cristina (Agricultura)
Apoiam publicamente Bolsonaro e a reabertura do comércio
Abraham Weitraub (Educação)
Ricardo Salles (Meio Ambiente
Arthur Weintraub (assessor especial da Presidência)
Onyx Lorenzoni (Cidadania)
Ernesto Araújo (Relações Exteriores)
Augusto Heleno (GSI)
Regina Duarte (Secretária Especial da Cultura)
Publicamente afirmam uma coisa e, nos bastidores, defendem outra
Damares Alves (Mulher, Direitos Humanos e Família)
Jorge Oliveira (Secretaria-Geral)
Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional)
André Mendonça (Advocacia-Geral da União)
Estadão
Brasil registra 11.130 casos de covid-19 e 486 mortes
@Reuters/Lindsey Wasson/Direito reservado |
O Ministério da Saúde divulgou, na tarde de hoje (05), os números atualizados do novo coronavírus. De acordo com a pasta, o número de infectados, no momento, é de 11.130. Isso representa um aumento de 852 casos em relação ao balanço divulgado ontem (4). O número de mortes é de 486. Foram 54 mortes nas últimas 24 horas. A taxa de letalidade do vírus no Brasil é de 4,2%.
O estado de São Paulo ainda concentra o maior número de casos (4.620) e também o maior número de mortes (275). Todas as regiões, no entanto, apresentaram aumento no número de casos. Em relação às mortes, apenas o Centro-Oeste não teve aumento, permanecendo com 12 óbitos registrados.
Na região Sudeste, o Rio de Janeiro, com 1.394 casos e 64 mortes; e São Paulo, com 4.620 casos e 275 mortes, se destacam. Na região Norte, o Amazonas concentra o maior número de casos, com 417, além de 14 mortes.
Na região Nordeste, o Ceará se destaca, com 823 casos e 26 mortes. No Centro-Oeste, o Distrito Federal tem o maior número de casos, muito à frente dos demais, com 468 casos e sete mortes. Os estados do Sul do Brasil apresentam um número de casos mais parelho. O Paraná é o estado da região com mais casos, 438, e Santa Catarina é estado com menos casos, 357.
Dentre os óbitos cuja investigação foi concluída, 228 são de homens e 160 de mulheres. O grupo de pessoas com 60 anos ou mais concentra a maior parte, com 312 (86%). As mortes de pessoas entre 40 e 59 anos somam 54. Além disso, 20 pacientes com idades entre 20 e 39 anos morreram.
Entre os grupos de risco com mais mortes estão os que sofrem de cardiopatia e diabetes. O Ministério da Saúde também registra mortes em pacientes com quadros de pneumopatia, doença neurológica, doença renal, imunodepressão, obesidade, asma, doença hematológica e doença hepática.
Por Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil - Brasília
91 cidades baianas oferecem alto risco de propagar novos casos da doença, diz estudo
Foto: Divulgação/Agencia Fapesp |
Um estudo sobre o avanço da pandemia do novo coronavírus na Bahia aponta que 91 dos 417 municípios, incluindo Salvador, oferecem risco acentuado de propagar novos casos de Covid-19 nas próximas semanas.
Feira de Santa, Alagoinhas, Barreiras, Ilhéus, Itabuna e Vitória da Conquista também aparecem na lista (veja quadro completo mais abaixo).
O levantamento é de autoria de pesquisadores vinculados a quatro universidades — as baianas Ufba e Uefs, além da Unicamp, de estado de São Paulo.
Ao compilar dados geográficos de cada cidade, o grupo considerou a presença de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos como vetores de contaminação e os relacionou àqueles que já apresentam registros do novo coronavírus.
As informações foram tratadas em sistemas de informações geográficas, cuja estimativa total abrange 323 municípios, dos quais 91 deles integram a faixa de probabilidade acentuada.
Segundo o estudo, assim que a pesquisa foi finalizada, na quinta-feira (2), Palmeiras, na Chapada Diamantina, confirmou o seu primeiro caso da doença. O município figurava lista de riscos elevados, afirmam os pesquisadores.
De acordo com os autores, o levantamento foi encaminhado à Secretaria de Saúde do Estado da Bahia(Sesab) de modo a abalizar ações de enfrentamento à pandemia.
Confira o quadro abaixo com as 91 cidades classificadas como de alto risco:
DISQUE FEIRA ON LINE:Agricultores familiares de Ipiaú criam delivery de produtos orgânicos
@Divulgação |
Com a suspensão temporária da Feira da Agricultura Familiar que vinha acontecendo a cada manhã de quarta-feira na Praça Alberto Pinto, e população em isolamento social para conter o alastramento do Coronavirus, os agricultores familiares de Ipiaú, passaram a comercializar os seus produtos através de forma on-line. Utilizando os recursos do através do WhtsApp, as cinco associações do segmento estabelecidas no município, estarão a partir desta segunda-feira,6, anunciando os seus produtos, recebendo os pedidos, informando os preços e combinando as entregas.
A cada semana o atendimento será feito por uma associação. A primeira, escolhida através de um sorteio, será a Associação dos Agricultores Familiares Braço Pequeno, podendo os interessados nas compras entrar em contato com Lene, através do WhtsApp de numero 73 99846 2390. A expectativa é de que a demanda seja crescente, proporcionando a escoamento dos produtos hortifrutigranjeiros orgânicos, altamente nutritivos e higienizados.
CONTATOS
O “Disque Feira On Line da Agricultura de Ipiaú tem os seguintes contatos: Associação Bom sem Farinha-73 99825 0783 ( falar com Zilmar)e 73 9 98579522 ( falar com Adilio); Associação dos Agricultores Familiares Volta Esperança- 73 99156 2027( falar com Dó) e 73 99127 4553( falar com Sil); - Associação dos Agricultores Familiares Braço Pequeno- 73 99846 2390 (falar com Lene); Associação dos Agricultores Familiares da Fazenda do Povo- 73 99971 1087( falar com Dico); e Associação dos Agricultores Familiares de Córrego de Pedras- 73 99819 1124( falar com Joana).
O Secretário da Agricultura e Meio Ambiente do Município, Poleandro Silva considerou a idéia da Feira On Line como uma alternativa oportuna e providencial. Ele acredita que o projeto possa se firmar e continuar por tempo indeterminado, mesmo depois do fim da pandemia.( José Américo Castro/Dircom Prefeitura de Ipiaú).
Distribuição de cestas básicas teve inicio na ultima sexta-feira e prossegue no interior do município.
@Divulgação/Dircom/PMI |
A Secretaria de Ação Social do Município de Ipiaú vem realizando desde a ultima sexta-feira, 3, a distribuição de cestas básicas às pessoas carentes, previamente cadastradas no setor. Obedecendo a orientação de evitar aglomerações, a entrega tem sido feita em domicilio pela equipe da secretaria com apoio de prepostos de outros setores da administração municipal, possibilitando assim que o atendimento aconteça o mais rápido possível.
@Divulgação/Dircom/PMI |
A distribuição terá continuidade no interior do município ( zona rural, distrito de Córrego de Pedras e povoados) , em datas que serão previamente anunciadas pela Secretaria de Ação Social. A secretária Nena Costa lembra que o pessoal encarregado da entrega das cestas tem obedecido os critérios de segurança, utilizando máscaras e luvas, dentre outros procedimentos recomendados.
A Prefeita Maria das Graças e a secretária Nena Costa agradecem aos funcionários que se colocaram à disposição para reforçar a equipe da Ação Social nesta distribuição das cestas. “ Fico grata a todos que comprometeram o final de semana para pudéssemos distribuir o beneficio com a maior brevidade . Sabemos que às famílias estão passando por dificuldades e estamos procurando, da melhor maneira possível , atender a todos”, concluiu a secretária.
Datafolha: 59% dos brasileiros são contra renúncia de Bolsonaro
Foto: Carolina Antunes/PR |
Pesquisa Datafolha mostra que 59% dos brasileiros são contra a renúncia do presidente Jair Bolsonaro em meio à sua atuação no combate à Covid-19.
Já 37% desejam que ele renuncie, conforme vem sendo pedido por políticos de oposição, e 4% não sabem dizer. Divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo neste domingo (5), o levantamento, ouviu 1.511 entrevistados, por telefone, de 1º a 3 de abril. A margem de erro é de três pontos.
Apesar de o levantamento apontar que apenas 33% dos ouvidos consideram a gestão da crise sanitária pelo presidente da República como boa ou ótima, 52% creem que ele tem condições de seguir liderando o país.
Para 44%, Bolsonaro perdeu tais condições, e 4% não souberam responder.
Apesar de o levantamento apontar que apenas 33% dos ouvidos consideram a gestão da crise sanitária pelo presidente da República como boa ou ótima, 52% creem que ele tem condições de seguir liderando o país.
O tema renúncia passou a frequentar as conversas no mundo político desde que o presidente adotou um tom negacionista e de confronto com o Ministério da Saúde e governadores na condução da emergência.
Um grupo de políticos de oposição à esquerda —incluindo os ex-presidenciáveis Fernando Haddad (PT-SP), Ciro Gomes (PDT-CE) e Guilherme Boulos (PSOL-SP)— lançou na semana passada manifesto pedindo a renúncia de Bolsonaro, o que ele negou.
“Da minha parte, a palavra renúncia não existe. Eu fico feliz até por estar na frente [do combate] a um problema grande como esse. Fico pensando como estaria o outro que ficou em segundo lugar [Fernando Haddad] no meu lugar aqui”, afirmou.
A pesquisa Datafolha mostra que a renúncia do presidente tem maior apoio entre jovens (44%), mulheres (42%), os que têm até o ensino fundamental (40%) e quem tem renda mensal acima de 10 salários mínimos (39%).
Já a rejeição ao gesto tem maior apelo entre quem ganha de 5 a 10 mínimos (69%), homens (65%) e quem ganha de 2 a 5 mínimos (64%).
Ministro do STF diz que liberação de presos pode gerar crise sem precedentes na segurança pública
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr |
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, tem se posicionado contra a liberação em massa diante do aumento do número de casos de decisões que permitem a presos do regime semiaberto irem para casa por causa da crise do novo coronavírus.
“Os juízes criminais devem ter em mente que o Conselho Nacional de Justiça ‘recomendou’ e não ‘determinou’ a liberação dos presos em regime semiaberto, sob pena de a dose dos remédios recomendados matar a sociedade doente e gerar uma crise sem precedentes na segurança pública nacional”, afirmou o ministro à coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo.
Gabbardo: “todo mundo vai ter contato com o vírus”
@Reuters/Thomas Peter/Diretos resevados |
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, afirmou em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, em Brasília, que é provável que o novo coranavírus alcance toda a população. O contágio não quer dizer, no entanto, que todas essas pessoas desenvolverão os sintomas da doença.
Conforme histórico da disseminação da doença, já observado em outros países, 86% das pessoas que entraram em contato com o novo coronavírus não apresentaram nenhum problema de saúde decorrente. Os 14% restantes tiveram que procurar hospitais, desses alguns foram internados, alguns em unidades de terapia intensiva, e uma fração veio a óbito. A atual taxa de natalidade no Brasil é de 4,2% dos casos notificados.
“Todo mundo vai ter contato com o vírus. O que a gente precisa é ter tempo”, disse Gabbardo se referindo à necessidade de ampliação de atendimento, preparação de mais leitos e equipamento de mais unidades com respiradores artificiais. Preocupa o secretário-executivo riscos de sobreposição da covid-19 com eventual aumento de gripe por influenza (H1N1) comum no inverno brasileiro. O país já iniciou a campanha nacional de vacinação anual contra a gripe.
Segundo o secretário-executivo, como ocorre em outras doenças, o organismo de muitas pessoas que venham a entrar em contato com vírus reagira produzindo a autoimunidade, o que no futuro, junto com tratamentos e uma vacina a ser desenvolvida, favorecerá a não mais disseminação massiva da doença como ocorre atualmente no Brasil e em outros países. “O fluxo de transmissão começa a diminuir quando já tiver 50% [da população] imunizada”, explicou Gabbardo.
De acordo com o Ministério da Saúde, 10.278 pessoas se infectaram com o novo coronavírus no Brasil até hoje (sábado, 4). O número de pessoas mortas por causa da covid-19 já totaliza 432 óbitos. Os dados foram fechados às 14 horas com base nas informações das secretarias estaduais de saúde. O país ocupa a 16º lugar em casos da doença, o 14º lugar em óbitos e o 8º lugar em letalidade.
Por Agência Brasil - Brasília
Brasil ultrapassa marca de 10 mil casos de covid-19
@ Marcelo Casal Jr/Agência Brasil |
O ministério da Saúde divulgou, na tarde de hoje (04), os números atualizados do novo coronavírus. De acordo com a pasta, o número de infectados, no momento, é de 10.278. O número de mortes é de 432. O estado de São Paulo lidera tanto em número de casos (4.466) quanto em mortes (260).
região:confirmados:óbitos:Norte 527 16
Nordeste 1.642 59
Sudeste 6.295 329
Centro-Oeste 675 12
Sul 1.139 17
TOTAL 10.278 432 (4,2% de mortalidade)
Com esses números, o país ocupa a 16º lugar em casos da doença, o 14º lugar em óbitos e o 8º lugar em letalidade. Segundo o secretário executivo do ministério da Saúde, João Gabbardo, a dinâmica da doença no Brasil está “abaixo da curva de crescimento da Espanha, Itália e Estados Unidos, a partir do centésimo caso.” Em todo mundo já foram registrados mais de 1,18 milhão de casos e mais de 64 mil mortes.
No Brasil, nas últimas 24 horas foram notificados 1.222 casos - aumento de 13% em relação à sexta-feira (3). O incremento do número neste dia é o maior desde o início da coleta de dados do ministério da Saúde. O mesmo ocorre no número de óbitos: um incremento de 72 mortes, 20% em relação ao total de ontem (359).
A incidência medida do novo coronavírus no Brasil é de 4,9 casos a cada grupo de 100 mil habitantes. A proporção varia conforme o estado, e é superior no Distrito Federal (14,9 casos), seguido por São Paulo (9,6), Ceará (7,9), Amazonas (7,4), Rio de Janeiro (7,2), Rio Grande do Norte (6), Roraima (5,9) e Acre (5,1).
Os óbitos afligem mais os homens (57,6%) do que as mulheres (42,4%), de acordo com total de mortes apuradas até ontem. Oito de cada dez óbitos ocorreram com pessoas com mais de 60 anos. A mesma proporção de pessoas que faleceram apresentava pelo menos um fator de risco de morte como cardiopatias, diabetes, problema nos pulmões e doenças neurológicas.
"Passaporte de imunidade"
Segundo Gabbardo, o ministério da Saúde pensa em formas de criar uma espécie de “passaporte da imunidade”, uma identificação para pessoas que contraíram o novo coronavírus, se recuperaram totalmente e já possuem anticorpos. Essas pessoas, segundo o secretário, não podem mais transmitir ou ser infectadas, e já adquiriram imunidade. Elas podem ser úteis no contato com grupos sensíveis, como idosos, e possivelmente são aptas a retomar certas atividades.
Cidades sem casos
O secretário afirmou, ainda, que fechar cidades ou municípios que não contabilizam nenhum caso do novo coronavírus pode ser “uma medida excessiva”. “Não significa que vai ficar assim para sempre. Podemos fechar, abrir, se julgar necessário. Acho que isso merece uma discussão. Pode ser que tenha sido antes da hora, e merece uma análise melhor”, afirmou. Gabbardo citou, entretanto, que o relaxamento da quarentena e do isolamento social deve acontecer apenas após a aquisição de material suficiente para lidar com uma larga escala da população. "Já estamos fortes, mas queremos ficar mais fortes ainda", concluiu.
SEGUNDA NOTA DE ESCLARECIMENTO COVID IPIAÚ/BA
PREFEITURA MUNICIPAL DE IPIAÚ ESTADO DA BAHIA Secretaria Municipal de Saúde Rua Juracy Magalhães, s/n – Centro – CEP 45570-000 Ipiaú/BA
SEGUNDA NOTA DE ESCLARECIMENTO COVID IPIAÚ/BA
A Prefeitura Municipal de Ipiaú/BA, através do Setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, informa que no início da noite de 04 de abril de 2020, tivemos ciência de 04 resultados positivos para COVID-19, comunicado pelo Núcleo Regional de Saúde de Jequié. Ressaltamos que os 04 casos confirmados foram notificados pelo Hospital Geral de Ipiaú (HGI). Destes casos, apenas 03 são domiciliados no Município de Ipiaú e 01 residente no Distrito do Japumerim, Município de Itajibá. Trata-se de profissionais de saúde. Todos já se encontram em isolamento domiciliar há cerca de 07 dias, sendo monitorados pela equipe de saúde do município da residência de cada um deles. Destaca-se que desde o momento da suspeita, o Hospital Geral de Ipiaú já tomou as medidas de precauções necessárias, a fim de evitar a propagação do contágio pelo COVID-19. Reforçamos que não temos no município de Ipiaú transmissão comunitária, que ocorre quando não é possível rastrear qual a origem da infecção, indicando que o vírus circula entre pessoas que não viajaram ou tiveram contato com caso confirmado para COVID-19. No entanto, tal situação reforça a necessidade do distanciamento social e higiene adequada das mãos. Dessa forma, atualizando o total de casos registrados para COVID-19, temos 17 casos suspeitos para COVID-19, 05 casos confirmados, sendo que destes 01 caso foi registrado como domiciliado em Ipiaú, no entanto, é residente em Itagibá, 06 casos foram descartados e 06 aguardam resultado de exame a ser emitido pelo Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN). Lembramos que disponibilizamos o Serviço do DISQUE COVID IPIAÚ através dos seguintes contatos: (73) 99160-2376, (73) 98144-8055, (73) 98231-1014, diariamente, das 08:00 às 17:00 horas, para recebimento de orientações pela equipe de profissionais da Secretaria Municipal de Saúde. Todos nós temos responsabilidade social para ajudar no combate ao Coronavírus. Salientamos que todas as medidas e esforços tem sido empreendidos por parte desta secretaria para evitar a disseminação do vírus no município de Ipiaú. Ipiaú/BA, 04 de abril de 2020.
Ipiaú: Polícia Militar prende homem por tráfico de drogas
@Divulgação/Polícia Militar |
No início da noite dessa sexta-feira (03/04/2020), durante rondas na localidade conhecida como Marrapado, a guarnição da 55ª CIPM/ROTAM avistou um homem em atitude suspeita, e que, ao perceber a aproximação das viaturas, dispensou um material no chão
Foi realizada a abordagem, sendo encontrado com o mesmo uma quantia de 151 reais e um aparelho celular. Ao ser questionado sobre o material dispensado, o suspeito informou que se tratava de petecas de cocaína depositadas em uma garrafa plástica.
Foi dada a voz de prisão e o suspeito, com todo o material apreendido, foi apresentado na Delegacia de Ipiaú.
Conduzido: S. S. M., NASC. 12/03/1977
Material apreendido: 85 petecas de material análogo a cocaina, R$151,00 cento e cinquenta e um reais, 02 celular (sem bateria), 01 celular Samsung j7
Fonte: ”55ª CIPM, braço forte da lei e da ordem no Médio Rio das Contas.”
Prefeitura punirá bancos e lotéricas que descumprirem determinações do decreto de enfrentamento ao Covid-19
Dentre as medidas estabelecidas pelo Decreto nº 5.609, baixado pela prefeita Maria das Graças, nessa sexta-feira,3 de abril,para o enfrentamento de emergência ao Covid-19 destaca-se o Artigo 16º que determina às instituições financeiras( agencias bancárias e casas lotéricas) manter as filas de pessoas do lado de fora de cada estabelecimento obedecendo a marcação que estabelece o distanciamento mínimo de um(1) metro entre cada grupo de cinco(5) pessoas. As linhas de marcação foram pintadas por prepostos da Prefeitura, com visibilidade suficiente para que todos atentem a elas
O decreto também determina que será permitindo o acesso de apenas duas (2) pessoas, por cada vez, no interior do estabelecimento, inclusive no espaço destinado a caixas eletrônicos.As agencias bancárias e casa lotéricas que descumprirem as determinações do Artigo 16º do Decreto nº 5.609 poderão ter os seus alvarás de funcionamento cassados, com a consequente interdição,cabendo à Prefeitura utilizar de força policial e da fiscalização com servidores e pessoas que prestam serviços terceirizados ao município.
No elenco das sanções também constam multas prevista em lei, A Prefeitura promete rigor na fiscalização, como também está atenta para punir outros setores que descumprirem as determinações do novo decreto.( José Américo Castro- Dircom Prefeitura de Ipiaú).
Extrema pobreza aumenta e pode piorar com coronavírus
Foto: Roberto Parizotti/ CUT |
Dados recém divulgados pelo Banco Mundial mostram que o número de pessoas que vivem com menos de US$ 1,90 por dias, no Brasil, passou de 9,28 milhões, em 2017, para 9,3 milhões, em 2018. A retomada da economia brasileira nos últimos anos não foi capaz de impedir o aumento contínuo e uma pobreza que, aponta o medidor de finanças, pode piorar em meio à pandemia do novo coronavírus.
O cálculo da instituição é baseado em uma taxa de câmbio e reflete diferenças no custo de vida dos países. No Brasil, em julho de 2019, a renda mensal estimada para esta parte da população era de R$ 150.
Entre 2014 e 2018, quatro anos consecutivos, aumentou a quantidade de brasileiros vivendo abaixo desta linha da miséria que, pelos critérios do Banco Mundial, aponta pobreza extrema. Nesse período, o crescimento da população que sobrevive nesta condição foi de 67%.
A combinação entre baixa escolaridade e poucas oportunidades de emprego, segundo a economista sênior da instituição, Leliana Sousa, explica o aumento da miséria no país. “Ou seja, uma em cada quatro pessoas que buscam trabalho nesse grupo não conseguem uma oportunidade”, diz.
E isso, com a crise de saúde causada pela pandemia do novo coronavírus, o risco é que a miséria se aprofunde ainda mais e a pobreza no Brasil volte a aumentar. Já que, para especialistas, a população mais carente e dependente da renda informal, é a mais vulnerável ao baque que a economia sofre, agora, em consequência do isolamento social.
Dados recém divulgados pelo Banco Mundial mostram que o número de pessoas que vivem com menos de US$ 1,90 por dias, no Brasil, passou de 9,28 milhões, em 2017, para 9,3 milhões, em 2018. A retomada da economia brasileira nos últimos anos não foi capaz de impedir o aumento contínuo e uma pobreza que, aponta o medidor de finanças, pode piorar em meio à pandemia do novo coronavírus.
O cálculo da instituição é baseado em uma taxa de câmbio e reflete diferenças no custo de vida dos países. No Brasil, em julho de 2019, a renda mensal estimada para esta parte da população era de R$ 150.
Entre 2014 e 2018, quatro anos consecutivos, aumentou a quantidade de brasileiros vivendo abaixo desta linha da miséria que, pelos critérios do Banco Mundial, aponta pobreza extrema. Nesse período, o crescimento da população que sobrevive nesta condição foi de 67%.
A combinação entre baixa escolaridade e poucas oportunidades de emprego, segundo a economista sênior da instituição, Leliana Sousa, explica o aumento da miséria no país. “Ou seja, uma em cada quatro pessoas que buscam trabalho nesse grupo não conseguem uma oportunidade”, diz.
E isso, com a crise de saúde causada pela pandemia do novo coronavírus, o risco é que a miséria se aprofunde ainda mais e a pobreza no Brasil volte a aumentar. Já que, para especialistas, a população mais carente e dependente da renda informal, é a mais vulnerável ao baque que a economia sofre, agora, em consequência do isolamento social.
Opep+ é adiada. Arábia Saudita e Rússia discutem sobre petróleo
@Darrin Zammit Lupi |
A Opep e a Rússia adiaram uma reunião prevista para segunda-feira para discutir cortes na produção de petróleo até 9 de abril, disseram fontes da Opep neste sábado, enquanto uma disputa entre Moscou e Arábia Saudita sobre quem é o culpado pela queda nos preços do petróleo se intensificou.
O adiamento ocorreu em meio à pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, liderada pela Arábia Saudita, e seus aliados, um grupo conhecido como Opep+, para estabilizar urgentemente os mercados globais de petróleo.
Os preços do petróleo atingiram mínima de 18 anos em 30 de março devido a uma queda na demanda causada por isolamentos para conter o surto de coronavírus e o fracasso da Opep e outros produtores liderados pela Rússia em prorrogar um acordo sobre restrições de produção que expirou em 31 de março.
A Opep+ está agora trabalhando em um acordo para reduzir a produção de petróleo equivalente a cerca de 10% da oferta mundial, ou 10 milhões de barris por dia, no que os Estados membros esperam ser um esforço global sem precedentes, incluindo os Estados Unidos.
Washington, no entanto, ainda não se comprometeu em participar do esforço, e na sexta-feira o presidente russo, Vladimir Putin, culpou a Arábia Saudita pelo colapso dos preços - provocando uma resposta firme de Riad neste sábado.
Por Rania El Gamal e Vladimir Soldatkin e Alex Lawler (Reuters)
Covid-19: Reino Unido se prepara para longo isolamento
@Reuters/Direitos reservados |
O Reino Unido não deverá suspender suas rigorosas regras de isolamento até o final de maio, quando a disseminação do coronavírus deve começar a desacelerar, disse um importante conselheiro do governo neste sábado, quando o número de mortos subiu para 4.313.
O governo colocou o Reino Unido em um isolamento generalizado, fechando bares, restaurantes e quase todas as lojas, enquanto ordena que as pessoas fiquem em casa, a menos que seja absolutamente essencial se aventurar.
O pedido foi projetado para conter a disseminação do Covid-19 no país, que tem quase 42 mil casos confirmados. Mas alguns especialistas começaram a questionar se o fechamento da economia custará mais vidas no longo prazo.
"Queremos mudar para uma situação em que, pelo menos até o final de maio, possamos substituir algumas medidas menos intensivas, mais baseadas em tecnologia e testes, pelo bloqueio completo que temos agora", disse Neil Ferguson, professor de biologia matemática no Imperial College London, disse à BBC Radio.
O número de mortos na Grã-Bretanha pelo coronavírus aumentou em 20%, para 4.313 na tarde de sexta-feira, com 708 novas mortes registradas, informou o Ministério da Saúde. Isso comparado a um aumento de 23% na quinta-feira (2).
Por Kate Holton - Repórter da Reutres - Londres
Países da AL e Caribe se unem para evitar desabastecimento
@Reuters/Direito Reservado |
Ministros da agricultura, alimentação, desenvolvimento rural, pecuária e pesca de 25 países da América Latina e Caribe, incluindo o Brasil, assinaram uma nota conjunta se comprometendo a adotar medidas para garantir o abastecimento de alimentos para cerca de 620 milhões de pessoas que vivem na região.
No documento divulgado ontem (3), os signatários garantem que, até o momento, não há falta de gêneros alimentícios em seu países, e que, diferentemente de outras crises, a oferta de alimentos segue estável na região e no resto do mundo.
“Os estoques globais dos principais tipo de alimentos estão em bons níveis e as colheitas nos principais países produtores foram boas”, afirmam os ministros, assegurando que trabalhadores do campo e indústrias alimentícias seguem trabalhando.
“Não existem, portanto, razões que justifiquem aumentos significativos nos preços internacionais dos alimentos, razão pela qual fazemos um chamado a todos os que atuam no sistema a fim de impedir a especulação neste momento de emergência”, acrescentam os representantes nacionais.
Os ministros, no entanto, admitem a importância de que o funcionamento de toda a cadeia de suprimento siga funcionando em meio à pandemia do novo coronavírus (covid-19). Na nota, eles apontam que, se a ameaça de disseminação da doença persistir por um longo tempo, os serviços serão submetidos a pressões que podem sim gerar problemas. Razão pela qual preescrevem que os países da região ajam em conjunto para evitar o desabastecimento.
“Neste sentido, se todos os países nos esforçarmos para manter funcionando as cadeias locais, nacionais, regionais e globais de abastecimiento, poderemos assegurar os alimentos de forma sustentável para toda a população.”
Os ministros se comprometem a atuar conjuntamente, trocando informações e adotando medidas “apropriadas, conforme a realidade de cada país”, entre elas fornecer assistência técnica e financeira aos pequenos e médios produtores agrícolas, pescadores, aquicultores, pecuaristas e pequenas e médias agroindústrias a fim de que possam manter e, em alguns casos, aumentar sua produção.
O grupo também defende a implementação de programas emergenciais para prevenir a perda e o desperdício de alimentos, incluindo os que estimulem e facilitem o funcionamento de bancos de alimentos; o monitoramento constante das cadeias logísticas, especialmente as que envolvam mais de um país, a fim de resolver rapidamente qualquer gargalo, e o fomento do uso de plataformas de comércio eletrônico, buscando envolver o menor número possível de produtores e estabelecimentos de pequeno e médio porte.
Os ministros propõem que os governos promovam políticas fiscais e comerciais em resposta aos efeitos econômicos da crise e estabeleçam mecanismos público-privados que facilitem o constante monitoramento dos níveis de abastecimento alimentar e a situação dos mercados.
A declaração do grupo de 25 ministros conta com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura e outros organismos multilaterais especializados, como o Programa Mundial de Alimentos; o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura; a Organização Mundial de Saúde Animal, entre outras entidades.
Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Eleições Municipais 2020 :Mudanças nas coligações
No caso das coligações, a mudança que começa a valer em 2020 é que os partidos disputarão individualmente as eleições para Câmaras de Vereadores. E depois, em 2022, para Assembleias Legislativas e Câmara dos Deputados. O que passa a contar é a votação de cada legenda. Até as eleições do ano passado, partidos que formavam coligação para chapas majoritárias (prefeitos, governadores, presidente) tinham diferentes possibilidades nas proporcionais: podiam disputar individualmente, aliados em sub-blocos ou totalmente unidos. Assim, por exemplo, se cinco siglas integrassem uma aliança em torno de um candidato a prefeito, na disputa para a Câmara de Vereadores cada uma podia concorrer sozinha, as cinco podiam concorrer juntas ou podiam, ainda, formar alianças por partes, como três dos partidos em um bloco e dois em outro, ou um partido ficar de fora e os outros quatro se unirem. Com as uniões, os votos de todos os partidos de cada sub-bloco eram somados na hora da conta para definir a distribuição das vagas.
A regra beneficiava principalmente partidos de menor expressão, mas passava despercebida para uma ampla fatia do eleitorado que, após proclamados os resultados, continuava sem entender muito bem como determinados candidatos “puxavam” outros, de siglas diferentes. Aprovada em 2017, a alteração é a segunda a entrar em vigor no sentido de enfraquecer a atuação dos chamados puxadores de votos e impedir que candidatos com baixo ou inexpressivo número de eleitores conquistem uma cadeira no Legislativo. A outra, aprovada em 2015 e que passou a valer em 2018, é a da cláusula de desempenho individual, que estabeleceu que um candidato precisa ter um número de votos igual ou maior do que 10% do quociente eleitoral (o resultado da divisão do total de votos válidos da eleição pelo número de vagas). Agora, os campeões na preferência dos eleitores só ajudarão a eleger integrantes de suas próprias siglas e estes precisarão de uma quantidade mínima de votos. Com o veto a que integrem blocos que aumentem suas chances de obter ou incrementar seu número de assentos nos legislativos, diversos partidos já anunciam que apresentarão candidatos próprios às prefeituras, como forma de alavancar as candidaturas de vereadores.
Cálculo de vagas (deputados e vereadores)
@Divulgação |
O quociente eleitoral define os partidos e/ou coligações que têm direito a ocupar as vagas em disputa nas eleições proporcionais, quais sejam: eleições para deputado federal, deputado estadual e vereador.
Determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior" (Código Eleitoral, art. 106).
Nas eleições proporcionais, contam-se como válidos apenas os votos dados a candidatos regularmente
inscritos e às legendas partidárias" (Lei n. 9.504/97, art. 5º).
Obs.: anteriormente à Lei n. 9.504/97, além dos votos nominais e dos votos de legenda, os votos em branco também eram computados no cálculo dos votos válidos.
Fórmula: Quociente eleitoral (QE) = número de votos válidos número de vagas
Exemplo:
Partido/coligação
Votos nominais + votos de legenda
Partido A -1.900
Partido B /-1.350
Partido C -550
Coligação D* -2.250
Votos em branco -300
Votos nulos- 250
Vagas a preencher -9
Total de votos válidos (conforme a Lei n. 9.504/97) -6.050
QE = 6.050 / 9 = 672,222222... => QE = 672
Logo, apenas os partidos A e B, e a coligação D (ilustrando eleições anteriores a 2020 - veja explicação abaixo), conseguiram atingir o quociente eleitoral e terão direito a preencher as vagas disponíveis.
*A partir das eleições de 2020, não serão mais permitidas coligações para eleições proporcionais. No entanto, o raciocínio para o cálculo do quociente continua o mesmo. O exemplo incluindo as coligações foi mantido para que se entendam os resultados das eleições anteriores a 2020.
Obs.: anteriormente à Lei n. 9.504/97, além dos votos nominais e dos votos de legenda, os votos em branco também eram computados no cálculo dos votos válidos.
Fórmula: Quociente eleitoral (QE) = número de votos válidos número de vagas
Exemplo:
Partido/coligação
Votos nominais + votos de legenda
Partido A -1.900
Partido B /-1.350
Partido C -550
Coligação D* -2.250
Votos em branco -300
Votos nulos- 250
Vagas a preencher -9
Total de votos válidos (conforme a Lei n. 9.504/97) -6.050
QE = 6.050 / 9 = 672,222222... => QE = 672
Logo, apenas os partidos A e B, e a coligação D (ilustrando eleições anteriores a 2020 - veja explicação abaixo), conseguiram atingir o quociente eleitoral e terão direito a preencher as vagas disponíveis.
*A partir das eleições de 2020, não serão mais permitidas coligações para eleições proporcionais. No entanto, o raciocínio para o cálculo do quociente continua o mesmo. O exemplo incluindo as coligações foi mantido para que se entendam os resultados das eleições anteriores a 2020.
Fonte: TSE
Carlos Bolsonaro insinua que Mourão conspira para derrubar o presidente
Foto: Dida Sampaio/Estadão |
O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho presidencial responsável pela estratégia digital do pai, atacou o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) em uma postagem no Twitter nesta sexta (3). Insinuou que ele conspira para derrubar seu pai.
Com isso, Carlos incendeia uma situação bastante tensa dentro da ala militar do governo, que vem tentando contornar a sucessão de conflitos entre Bolsonaro, governadores e seu próprio ministro da Saúde na gestão da crise do coronavírus.
O vereador reproduziu uma postagem do Flávio Dino (PCdoB) na qual o governador do Maranhão relatava uma reunião virtual do Conselho da Amazônia com Mourão, ocorrida com todos os chefes estaduais da região na quinta (2).
Dino, adversário de Bolsonaro, disse: “Tivemos uma reunião com diálogo técnico, respeitoso, sensato. Claro que Mourão não é do meu campo ideológico. Mas, se Bolsonaro entregar o governo para ele, o Brasil chegará em 2022 em melhores condições”.
Já Carlos comentou: “O que leva o vice-presidente da República se reunir com o maior opositor socialista do governo, que se mostra diariamente com atitudes totalmente na contramão de seu presidente?”.
As primeiras reações entre políticos e militares variaram entre a descrença e a certeza de que a escalada de Carlos era previsível por seu temperamento, dado o adensamento dos rumores de que Bolsonaro poderia renunciar como uma saída para as dificuldades de governança de seu governo no combate à pandemia.
O próprio presidente negou a hipótese, de resto sugerida antes por Dino e outros políticos de esquerda no começo da semana. Mas a questão é Mourão.
Desde a campanha eleitoral, quando o general da reserva obteve a vaga de vice Bolsonaro quase acidentalmente, já que o também general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) tivera um problema partidário, Mourão tem uma relação atribulada com o que chama de “os meninos”.
São os três filhos políticos do presidente, dos quais Carlos é o mais carbonário em redes sociais. Eles já haviam trocado farpas antes, mas o momento é outro.
Isolado politicamente devido à sua insistência em primeiro minimizar a Covid-19 e, depois, de sugerir estratégias na contramão do que se recomenda internacionalmente e governadores de estado estão aplicando no Brasil, Bolsonaro procurou refúgio entre os militares.
Pediu apoio direto ao ex-comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, que acabou publicando uma postagem simpática à sua “coragem” na crise. Mais importante, aceitou modular o tom de confronto num pronunciamento em rede nacional na terça (31).
Ao mesmo tempo, instalado no Palácio do Planalto, Carlos manteve a tática agressiva no manejo das redes do pai. No dia seguinte ao pronunciamento, Bolsonaro já estava a atacar governadores —até com uma fake news sobre desabastecimento em Minas, pela qual se desculpou.
Como diz um general da ativa, os fardados do Planalto já não sabem como lidar com a instabilidade do presidente. O chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto, assumiu a linha de frente de comunicação e coordenação da crise, num movimento duplo de Bolsonaro.
Primeiro, ceder poder à ala militar e, segundo, isolar Luiz Henrique Mandetta, o ministro da Saúde cuja avaliação do trabalho é muito melhor entre a população do que a do presidente, segundo o Datafolha.
Na prática, os ministros têm tentado tocar a administração dos aspectos práticos do combate à pandemia e ignorar Bolsonaro. Muitos já se alinharam ao colega da saúde. A frase de Mandetta ao ouvir a enésima farpa do presidente contra si, numa entrevista na quinta, resumia: “Quem tem mandato, fala; quem não tem, como eu, trabalha”.
Ocorre que num sistema presidencial centralizado como o brasileiro, arranjo é bastante frágil, não menos porque Bolsonaro não é considerado “controlável” pelos seus auxiliares. Carlos, ao atacar Mourão e tentar associar uma reunião usual de trabalho com vários governadores a uma conspiração, expõe uma estratégia algo desesperada.
Antes da crise, a relação de Bolsonaro com o Congresso já havia se tornado inviável pela disputa sobre o manejo do orçamento, o que só piorou quando o presidente participou de ato sugerindo o fechamento do Legislativo e do Judiciário.
O Supremo Tribunal Federal também fez chegar a Bolsonaro a avaliação de que medidas exageradas na condução da crise não terão guarida legal, expondo ainda mais o isolamento presidencial.
Mourão não é o líder da ala militar no Planalto, mas é o único indemissível. Isso lhe garante uma ascendência que não tinha quando era um general de quatro estrelas no Alto Comando do Exército.
O nome mais forte do setor fardado no governo é o general da reserva Fernando Azevedo, ministro da Defesa, que faz a ponte com a ativa das Forças e também com o Judiciário —trabalhou com o presidente do Supremo, Dias Toffoli.
Toda e qualquer continuidade da crise, acirrada nesta sexta por Carlos, passará pelo julgamento de Azevedo.
Folhapress
SP, Rio, DF, Ceará e AM podem entrar em fase de aceleração descontrolada do coronavírus, diz ministério
Foto: Tiago Queiroz/Estadão |
Passados 37 dias desde a confirmação do primeiro caso de coronavírus no país, a transmissão no país está em “fase inicial”, mas a alta incidência de casos em quatro estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Amazonas) e no Distrito Federal já indica uma transição para fase de “aceleração descontrolada” nesses locais.
A avaliação consta de novo boletim epidemiológico sobre a doença elaborado pelo Ministério da Saúde e previsto para ser divulgado neste sábado (4).
No documento, obtido pela Folha, a pasta faz uma revisão da trajetória do vírus e reconhece gargalos diante de uma possível fase aguda da epidemia, como a falta de testes e leitos suficientes.
Em pouco mais de um mês, o Brasil já soma 9.056 casos do novo coronavírus, com 359 mortes.
Para fazer a análise, o documento aponta quatro fases para a epidemia: localizada, aceleração descontrolada, desaceleração e controle.
A avaliação da pasta é que, em São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Amazonas e no Distrito Federal, a taxa de incidência já fica acima da nacional, de 4,3 casos por 100 mil habitantes. No Distrito Federal, já é quase o triplo: 13,2 casos a cada 100 mil habitantes.
Por isso, a pasta reforça a recomendação para que os estados mantenham medidas de distanciamento social. “Este evento representa um risco significativo para a saúde pública, ainda que a magnitude (número de casos) não seja elevada do mesmo modo em todas os municípios”, aponta o ministério, que avalia o risco nacional como “muito alto”.
Um dos principais motivos é a falta de estrutura da rede de saúde. Segundo o documento, a rede atual de laboratórios é capaz de processar 6.700 testes por dia. No momento mais crítico da emergência, porém, serão necessários 30 mil a 50 mil testes por dia.
A pasta diz finalizar parcerias para ampliar a testagem —chegou a anunciar, por exemplo, 22,9 milhões de testes. “No entanto, não há escala de produção nos principais fornecedores para suprimento de kits para pronta entrega nos próximos 15 dias.”
Os leitos de UTI e internação também não estão ainda “devidamente estruturados e em número suficiente para a fase mais aguda da epidemia”, diz a pasta, que aponta ainda “elevado risco para o SUS”.
“E apesar de alguns medicamentos serem promissores, como a cloroquina associada à azitromicina, ainda não há evidência robusta de que essa metodologia possa ser ampliada para população em geral”, informa.
Estados que implementaram medidas de restrição de circulação devem mantê-las até que o suprimento de equipamentos e profissionais seja suficiente, conclui o documento.
O texto não traz informações de quando isso deve ocorrer. Afirma, no entanto, que medidas de restrição e distanciamento social têm ajudado a estruturar a rede de saúde “para o período de maior incidência da doença, que ocorrerá dentro de algumas semanas.”
Folha
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