Ex-ministro se diz inocente e que sua vida mudou em dia de áudio BRASIL

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, escreveu uma carta com pedido de exoneração do cargo nesta segunda-feira (28). Ribeiro se tornou alvo de grande pressão após a revelação de indícios de um esquema informal de obtenção de verbas envolvendo a intermediação de dois pastores sem cargo público.

A exoneração foi publicada em edição extra do Diário Oficial na tarde desta segunda-feira (28).

Logo no início da carta, Milton Ribeiro escreve que “desde o dia 21 de março minha vida sofreu uma grande transformação”. Foi neste dia que foi revelado o áudio em que o próprio ministro diz priorizar amigos do pastor Gilmar Santos a pedido de Bolsonaro e sugere ainda haver uma contrapartidada supostamente direcionada à construção de igrejas.

Prefeitos apontaram nos últimos dias a existência de uma espécie de balcão de negócios no MEC, operado pelos pastores Gilmar e Arilton Moura, ligados a Bolsonaro. “Meu afastamento visa, mais do que tudo, deixar claro que quero uma investigação completa e isenta”, diz o texto.

“Agradeço e despeço-me de todos que me apoiaram nesta empreitada, deixando o compromisso de estar pronto, caso o Presidente entenda necessário, para apoiá-lo em sua vitoriosa caminhada”, diz a carta divulgada pelo ministro.

Em uma primeira versão da missiva, compartilhada por membros do governo e parlamentares, Ribeiro afirmava que voltaria ao governo depois de demonstrar sua inocência. Isso foi retirado na versão final.

Pela manhã, Ribeiro passou horas em reunião fechada com o secretário-executivo da pasta, Victor Godoy Veiga, cotado para assumir seu lugar.

Milton Ribeiro reafirma na carta que ele próprio levou ao conhecimento da CGU (Controladoria-Geral da União), em agosto passado, denúncia sobre a atuação dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos.

O agora ex-ministro escreve ainda na carta que a competência para liberações é do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), que é ligado ao MEC e controlado pelo centrão.

“Cumpre ressaltar que os procedimentos operacionais relacionados à liberação de recursos pelo FNDE não são de competência direta do Ministro da Educação”, diz o texto.

A situação do ministro se agravou na segunda-feira da semana passada, após a revelação do áudio em que Milton Ribeiro afirma que o governo prioriza prefeituras cujos pedidos de liberação de verba foram negociados pelos pastores Gilmar e Arilton.

Na gravação, o ministro diz ainda que isso atende a uma solicitação de Bolsonaro e menciona pedidos de apoio que seriam supostamente direcionados para construção de igrejas. A influência dos pastores junto ao MEC foi revelada anteriormente pelo jornal O Estado de S. Paulo.

“Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar”, diz o ministro na conversa em que participaram prefeitos e os dois religiosos.

Em seguida, o prefeito Gilberto Braga (PSDB), do município maranhense de Luis Domingues, afirmou que um dos pastores que negociam transferências de recursos federais para prefeituras pediu 1 kg de ouro para conseguir liberar verbas de obras de educação para a cidade.

Já na sexta-feira, em entrevista à Folha, o prefeito de Piracicaba (SP), Luciano Almeida (União Brasil), disse que recebeu um pedido de dinheiro para que o município abrigasse um evento com a presença do ministro Milton Ribeiro em agosto de 2021.

O gestor municipal afirma que se recusou a fazer o pagamento e que o encontro acabou não se concretizando. Dois servidores do alto escalão do MEC diseram que os pastores com supostos privilégios dentro da pasta estariam à frente dessa negociação.

Os pastores Gilmar e Arilton têm, ao menos desde janeiro de 2021, negociado com prefeituras a liberação de recursos federais para obras de creches, escolas, quadras ou para compra de equipamentos de tecnologia.

Os dois pastores têm proximidade com Bolsonaro desde o primeiro ano do governo. A atuação dos pastores junto ao MEC foi revelada anteriormente pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Confira a íntegra da carta:
Dirijo-me a todos os estudantes, profissionais da educação, servidores e demais cidadãos brasileiros.
Desde o dia 21 de março minha vida sofreu uma grande transformação. A partir de notícias veiculadas na mídia, foram levantadas suspeitas acerca da prática de atos irregulares em nome do Ministério da Educação.

Tenho plena convicção que jamais pratiquei ato de gestão que não fosse pautado pela legalidade, pela probidade e pelo compromisso com o Erário. As suspeitas de que foram cometidos atos irregulares devem ser investigadas com profundidade.

Mais recentemente, solicitei também àquela Controladoria que auditasse as liberações de recursos de obras do FNDE, para que não haja dúvida sobre a lisura dos processos conduzidos. Cumpre ressaltar que os procedimentos operacionais relacionados à liberação de recursos pelo FNDE não são de competência direta do Ministro da Educação.

São quatro os pilares que me guiam: Deus, família, honra e meu país. Além disso, tenho todo respeito e gratidão ao Presidente Bolsonaro, que me deu a oportunidade de ser Ministro da Educação do Brasil num momento transformador para a educação brasileira. Registro que, sob a condução do Presidente da República, tive a oportunidade de conviver com uma equipe de ministro altamente qualificados e comprometidos com a ética e a probidade públicas.

Assim sendo, levando em consideração os aspectos citados, decidi solicitar ao Presidente Bolsonaro a exoneração do cargo de Ministro, a fim de que não paire nenhuma incerteza sobre a minha conduta e a do Governo Federal. Meu afastamento visa, mais do que tudo, deixar claro que quero uma investigação completa e isenta.

Tomo esta iniciativa com o coração partido. Prezo pela verdade e sei que a verdade requer tempo para ser alcançada. Sei de minha responsabilidade política, que muito se difere da jurídica. Minha decisão decorre exclusivamente de meu senso de responsabilidade política e patriotismo, maior que quaisquer sentimentos pessoais.

Agradeço e despeço-me de todos que me apoiaram nesta empreitada, deixando o compromisso de estar pronto, caso o Presidente entenda necessário, para apoiá-lo em sua vitoriosa caminhada. Brasil acima de tudo!!! Deus acima de todos!!!

Brasília/DF, 28 de março de 2022
Milton Ribeiro

Ricardo Della Colletta/Paulo Saldaña/Folhapress

Indicado para presidência da Petrobras defendeu conter preços de combustíveis

O economista Adriano Pires já era um fiel conselheiro do governo e, recentemente, ao dizer “as coisas certas” na hora certa, recebeu a indicação para substituir o general Joaquim Silva e Luna no comando da Petrobras. Luna foi comunicado sobre sua demissão nesta segunda (28). Assessores do Planalto afirmam que, há alguns meses, Pires defendeu publicamente a necessidade de não repassar a volatilidade do petróleo —insumo básico para a gasolina e o diesel— para o consumidor.

Este vinha sendo o principal foco de conflito entre Jair Bolsonaro (PL) e o presidente da estatal. Luna defendia a política de preços da companhia, com repasses da alta do petróleo para o consumidor, e Bolsonaro buscava retardar esses reajustes ao máximo como forma de segurar a inflação. Pesquisa recente do Datafolha mostrou que 75% dos brasileiros consideram Bolsonaro o responsável pela alta dos preços. Os combustíveis estão entre os itens que mais pesam no cálculo da inflação medida pelo IPCA que, nos últimos 12 meses, acumula alta de 10,54%. Já são mais de seis meses com o índice nesse patamar.

Em declarações recentes sobre os preços após o início da guerra na Ucrânia, Pires tem avaliado que o cenário excepcional demanda uma visão diferente sobre o tema. “Não dá para dizer se o barril vai a US$ 150 ou a US$ 200. Agora, se isso acontecer, o Brasil e o mundo vão ter que apertar o botão de calamidade pública e não vão poder aumentar os preços ao consumidor. É um fenômeno mundial”, afirmou no fim de fevereiro ao site Poder 360. Pires também propôs ao governo uma reforma da tributação de combustíveis começando pelo ICMS. Ele defendeu uma única alíquota, cobrada em reais por litro.

Esta foi a base do projeto de lei que o governo conseguiu aprovar no Congresso, mas que ainda enfrenta resistência dos estados. Para o economista, essa alíquota deveria ser calculada com prazos mais longos do que os atuais 15 dias, como forma de amortizar os repasses de custos do petróleo das refinarias para as distribuidoras. Para incentivar a estabilização dos preços no mercado interno, Pires avaliava a criação de um novo imposto —algo criticado pela equipe econômica—, ou um fundo específico, que foi usado em outros países e resultou em fracasso. Doutor em Economia Industrial pela Universidade Paris 13. Adriano Pires atua no mercado há mais de três décadas.

Atualmente, dirige o CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), uma consultoria especializada em regulação e estratégia do setor de energia, que presta serviços para governos e empresas. Também integra o time de analistas do Instituto Millenium, formado por especialistas alinhados com o ideário liberal do ministro da Economia, Paulo Guedes. Em sua consultoria, Pires tem atuado recentemente para o setor de distribuição de gás natural, como consultor da Abegás (Associação Brasileira das Distribuidoras de Gás Canalizado), setor hoje dominado pela Compass, empresa controlada pela Comgás.

É colunista do site Poder 360 e analista com presença frequente em reportagens sobre o setor de petróleo na imprensa brasileira. Em outubro de 2021, escreveu em sua coluna que a solução para os preços dos combustíveis no Brasil é privatizar a Petrobras, em uma crítica contra a concessão de subsídios ocultos com o represamento de preços às custas das finanças da estatal. “A solução definitiva só virá com a privatização da Petrobras. Enquanto a empresa for de economia mista, tendo o Estado como controlador, os seus benefícios corporativos e as práticas monopolistas serão mantidos –a favor da corporação e, muitas das vezes, contra os interesses do Brasil”, afirmou.

Pires atua há mais de 30 anos setor e teve participação na criação da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) durante o governo Fernando Henrique Cardoso, em um momento de abertura do mercado brasileiro de petróleo a empresas privadas. Na época, comandada por David Zylbersztajn, a ANP defendia a venda das refinarias da Petrobras para pôr fim ao monopólio estatal no segmento, após a abertura da área de exploração e produção a petroleiras estrangeiras com os leilões de áreas petrolíferas iniciados em 2000. Durante os governos petistas, foi um crítico do represamento de preços dos combustíveis, divulgando estimativas sobre as perdas da Petrobras ao manter os valores em períodos de alta das cotações internacionais.

Como especialista, colaborou com o governo de transição, em 2018, e, à época, seu nome foi cotado para assumir tanto o Ministério de Minas e Energia quanto a presidência da Petrobras. Para o analista Ilan Arbetman, da Ativa Investimentos, trata-se de uma indicação técnica com perfil reconhecido pelo mercado como um executivo que não romperia com a estratégia adotada pela Petrobras nos últimos anos. “O perfil de Pires também ajuda a mitigar os efeitos oriundos deste novo possível movimento [de mudanças na estratégia}”. afirmou.

Dentro da empresa, a expectativa é também de poucas mudanças, dado o perfil do nomeado. Uma fonte ligada à direção da empresa ouvida pela reportagem avaliou como um nome que “tem enorme conhecimento sobre o setor”.
Julio Wiziack/Nicola Pamplona/Folhapress

Bahia registra 1.289 casos ativos de Covid-19 e 14 óbitos em 24 horas

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) divulgou o boletim epidemiológico desta segunda-feira (28) com 1.289 casos ativos de Covid-19 na Bahia. Nas últimas 24 horas, foram registrados 52 casos da doença e mais 14 mortes.

De acordo com a Sesab, de 1.530.106 casos desde o início da pandemia, 1.499.145 são considerados recuperados e 29.672 pessoas foram a óbito devido à doença.

O boletim epidemiológico da secretaria contabiliza ainda 1.804.936 casos descartados e 327.010 em investigação. Na Bahia, 62.891 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Vacinação

A Sesab ainda informa que 11.441.938 pessoas foram vacinadas contra a Covid-19 com a primeira dose, 10.500.488 com a segunda dose ou dose única e 4.741.659 com a dose de reforço. Do público de 5 a 11 anos, 793.093 crianças foram imunizadas com a primeira dose e 131.017 tomaram também a segunda dose.

Bolsonaro decide demitir general do comando da Petrobras, dizem aliados de Silva e Luna

O presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, recebeu nesta segunda-feira (28) a comunicação de que deixará o comando da estatal, informaram aliados do militar à reportagem.

Assessores do Ministério de Minas e Energia também confirmaram a informação.

A demissão do militar ocorre após uma série de desgastes com o presidente Jair Bolsonaro (PL) em razão do mega-aumento dos preços nos combustíveis promovido pela empresa.

Em seu lugar, deve assumir Adriano Pires, atual diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura.

O nome dele, porém, enfrenta resistência em alas do governo.

Mais informações em instantes.

Julia Chaib/Julio Wiziack/Ricardo Della Coletta/Folhapress

Milton Ribeiro queixou-se de pressão que família vinha sofrendo antes de sair do MEC

Pesaram na saída de Milton Ribeiro do cargo de ministro da Educação os sinais de cansaço que o próprio auxiliar vinha dando. A interlocutores ele afirmou estar chateado e preocupado com o assédio que a família vinha sofrendo.

Ribeiro foi a Brasília no último sábado (26) para conversar com o presidente antes do evento de lançamento da sua pré-candidatura à reeleição, para deixá-lo a vontade para decidir seu destino na pasta. O ministro viajou em voo comercial e foi visto no aeroporto usando óculos escuros, máscara e boné, que dificultavam que fosse reconhecido.

Bolsonaro vinha resistindo em entregar a cabeça do auxiliar, apesar da pressão sofrida até por seu núcleo de campanha. Dizia que só o exoneraria caso aparecessem provas irrefutáveis de corrupção envolvendo diretamente Ribeiro. Na última quinta-feira (24), chegou a dizer que ‘bota a cara no fogo’ por Ribeiro. A sinalização do ministro mudou o cenário.

Ribeiro elaborou uma carta de demissão do cargo nesta segunda-feira (28), para tentar reduzir o desgaste do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

O agora ex-ministro se tornou alvo de grande pressão após a revelação de indícios de um esquema informal de obtenção de verbas envolvendo dois pastores sem cargo público.

A situação dele se agravou no último dia 21, após a revelação de um áudio em que Ribeiro afirma que o governo prioriza prefeituras cujos pedidos de liberação de verba foram negociados pelos pastores Gilmar e Arilton.

Fábio Zanini/Folhapress

Financiamento coletivo de campanha poderá ser utilizado pela terceira vez no Brasil

Modalidade de arrecadação de recursos foi usada nas Eleições Gerais de 2018 e nas Municipais de 2020
O financiamento coletivo, também conhecido como crowdfunding ou “vaquinha virtual”, poderá ser utilizado pela terceira vez no processo eleitoral brasileiro. A modalidade de arrecadação de recursos para campanhas eleitorais foi regulamentada pela reforma eleitoral de 2017 e utilizada nas Eleições Gerais de 2018 e nas Municipais de 2020.

A arrecadação e a doação de recursos por meio do financiamento coletivo, bem como as regras para a prestação de contas de candidatos e partidos políticos nas Eleições Gerais de 2022, estão previstas na Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nº 23.607/2019, com as alterações instituídas pela Resolução nº 23.665/2021, aprovada em dezembro passado pelo Plenário da Corte.

A norma dispõe que, a partir do dia 15 de maio, as empresas ou entidades com cadastro aprovado pelo TSE estão autorizadas a arrecadar recursos, desde que previamente contratadas por pré-candidatos ou partidos políticos.

No entanto, a liberação e o respectivo repasse dos valores aos pré-candidatos só poderão ocorrer se eles tiverem cumprido os requisitos definidos na norma do TSE: requerimento do registro de candidatura, inscrição no CNPJ e abertura de conta bancária específica para acompanhamento da movimentação financeira de campanha. Somente depois de cumpridos esses requisitos é que as empresas arrecadadoras poderão repassar os recursos aos candidatos.

Na hipótese de o pré-candidato não solicitar o registro de candidatura, as doações recebidas durante o período de pré-campanha deverão ser devolvidas pela empresa arrecadadora diretamente aos respectivos doadores.

Candidatos
Com o registro de candidatura formalizado, o candidato que concorrerá ao pleito terá de informar à Justiça Eleitoral todas as doações recebidas por intermédio de financiamento coletivo. Somente pessoas físicas podem doar, e a emissão de recibos é obrigatória em todo tipo de contribuição, seja em dinheiro ou cartão.

Todas as doações recebidas mediante financiamento coletivo deverão ser lançadas individualmente pelo valor bruto na prestação de contas de campanha eleitoral de candidatos e partidos políticos.

É importante destacar que o candidato e a agremiação não são isentos da responsabilidade de arrecadação pelas entidades de financiamento coletivo. Ambos respondem solidariamente pelas doações oriundas de fonte vedada, cabendo a eles aferir a licitude dos recursos que financiam a campanha.

Cadastro
As empresas e entidades interessadas em prestar o serviço de financiamento coletivo de campanhas nas Eleições 2022 devem se cadastrar no TSE. Essa etapa obrigatória deve ser realizada exclusivamente por meio do preenchimento do formulário eletrônico disponível no Portal do Tribunal na internet.

Para prestar o serviço, elas devem cumprir uma série de requisitos fixados na referida Resolução que disciplina a arrecadação e os gastos de recursos nas Eleições, como a identificação obrigatória de cada um dos doadores, com o nome completo e o número de inscrição no CPF.

A empresa só pode receber doação realizada por pessoa física e deve, obrigatoriamente, emitir e enviar recibo de cada contribuição efetuada. Os candidatos também deverão ser informados pelas prestadoras de serviço sobre as doações realizadas para as campanhas. Os recursos angariados na modalidade de financiamento coletivo devem observar a regra geral para arrecadação de campanha, cuja data-limite é o dia da eleição.

A empresa arrecadadora também deve disponibilizar em site a lista com identificação dos doadores e das respectivas quantias doadas, a ser atualizada instantaneamente a cada nova contribuição, bem como informar os candidatos e os eleitores sobre as taxas administrativas a serem cobradas pela realização do serviço.

Doador
A eleitora ou o eleitor interessado em participar do financiamento coletivo nas eleições também deve ter atenção aos procedimentos para doação e fiscalização do dinheiro. Cabe aos cidadãos – sejam doadores, receptores ou fiscais – fazer com que essa nova ferramenta seja usada de forma correta e consciente.

Não existe limite de valor a ser recebido pela modalidade de financiamento coletivo; entretanto, as doações de valores iguais ou superiores a R$ 1.064,10 somente podem ser recebidas mediante transferência eletrônica ou cheque cruzado e nominal. Essa regra deve ser observada, inclusive, na hipótese de contribuições sucessivas realizadas por um mesmo doador em um mesmo dia.

Caso o candidato desista da candidatura, o dinheiro deve ser devolvido ao doador, descontado o valor cobrado automaticamente para custear a plataforma de crowdfunding (taxa administrativa).

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Por TSE

Lugar de mulher é no Patamo: conheça a história da soldado Adriele

Coincidência ou não, no mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, a Polícia Militar da Bahia ganhou mais uma especialista em Patrulhamento Tático Móvel (Patamo), subunidade do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq). Adriele da Cruz Gonzaga, 26 anos, é a segunda patameira da instituição. Lotada no BPChq, a militar concluiu a formação na 10º colocação, entre 23 concluintes do 69 inscritos.

Foram 760 horas em 73 dias sem falhar. Mas, antes disso, a policial precisou realizar uma preparação física para suportar as etapas da especialização, durante dois anos, chegando a perder 20 quilos. Nos treinamentos antes do curso, Adriele revelou que realizava atividades físicas três vezes ao dia, como natação, musculação, corrida e crossfit.

“Essa aptidão física que eu adquiri anteriormente ajudou no meu desenvolvimento das atividades de aperfeiçoamento da Patamo, como na primeira etapa, em que 69 participantes percorreram 30 quilômetros, no teste de sobrevivência, boxe, saltos aéreos e outros”, contou a militar, acrescentando que o curso se diferencia dos demais porque desenvolve ações de carácter especializado, para auxiliar no atendimento de ocorrências graves.
                                                   Mulheres que inspiram mulheres
“Sempre gostei da atividade policial. Tenho como inspiração o meu avô, que era o único militar da família. Eu não senti muita dificuldade no início, apenas um choque de realidade por conta da transição. E sobre fazer esse curso, era um desejo antes mesmo de me tornar PM. Quando estudava para o concurso, vi que a primeira especialista do Patamo, a soldada Alane Benedetto, havia concluído. Aquilo me motivou e deu gás para continuar. Ela sempre foi minha inspiração. Espero motivar outras mulheres”, detalhou a militar.

Além da parte física, a preparação mental foi de suma importância para a servidora, diante do isolamento do curso. Com apenas quatro anos na PM, ela conta que aprendeu a ter responsabilidade precocemente, principalmente, na junção da vida pessoal e profissiona
O comandante do Patamo, capitão Diego Sodré Castilho, ressaltou o suporte tático fundamental da mais nova patameira para ações ostensivas delicadas. "As soldadas Gonzaga e Benedetto são verdadeiros exemplos”, disse o capitão.

O tenente-coronel Wildon Teixeira Reis, comandante do BPChq, destaca a disciplina, iniciativa, honestidade, capacidade técnica operativa, inteligência emocional, além do discernimento e a coragem, características e iniciativas indispensáveis para qualquer patameiro. "Assim como os demais formandos, a policial possui todos esses requisitos", finalizou.

Fonte: Ascom | Poliana Lima

China amplia compra de carne bovina do Brasil

Impulsionadas pelo consumo asiático, principalmente da China,, as exportações brasileiras de carne bovina bateram recorde neste início de ano. Os resultados projetam um 2022 favorável aos pecuaristas e frigoríficos. Especialistas afirmam que nem mesmo os impactos já provocados pela guerra na Ucrânia devem prejudicar significativamente os embarques brasileiros.

Somente em fevereiro, foram exportadas 182.341 toneladas de carne bovina (in natura e processadas), conforme a Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos). O resultado é recorde para o mês, e a receita alcançou US$ 975,8 milhões. A China não comprava do Brasil desde 4 de setembro, num embargo de mais de 90 dias motivado por dois casos atípicos da doença EEB (encefalopatia espongiforme bovina), conhecida como “vaca louca”.

O retorno ao mercado ocorreu meses após a confirmação científica da OIE (sigla em inglês para Organização Internacional de Saúde Animal) de que os casos não traziam danos ao rebanho, por serem de geração espontânea e não contaminação. Os dados da associação de frigoríficos mostram que, só em fevereiro, houve um aumento de 47% no volume e de 77% na receita em comparação com o mesmo mês do ano passado. Ocorreu ainda um ciclo de expansão no mês anterior, inclusive no preço médio das carnes.

Foram exportadas 342,3 mil toneladas no primeiro bimestre deste ano, com faturamento que atingiu US$ 1,78 bilhão, segundo a Abrafrigo, com dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

O preço médio da carne subiu 20% em dólares em relação ao início do ano passado.

A China comprou 140,9 mil toneladas nos dois primeiros meses do ano, ou 41% do total. Embora tenha visto sua participação recuar —era 47% em 2021—, o total supera os embarques no mesmo período do ano passado, quando o país importou 119 mil toneladas. Os EUA são o segundo maior mercado neste ano, com 43,5 mil toneladas, ou 12,7% do total, seguido pelo Egito, com 31.7 mil toneladas (9,3%), e Hong Kong. A redução percentual da China mesmo comprando mais significa que os exportadores brasileiros conseguiram ampliar as vendas para outros destinos, entre eles a Rússia. No total, houve alta nos embarques para 88 países, enquanto outros 36 compraram menos.

“O gado, teoricamente, foi menos impactado nessa confusão, porque basicamente toda a nossa produção é no pasto. O pessoal de aves e suínos acabou tendo um novo impacto negativo, mais na perspectiva do que nos preços, por conta dos grãos. A Rússia e a Ucrânia são relevantes em milho e trigo, e o cenário ficou bem mais complicado”, disse César Castro, especialista de agronegócio do Itaú BBA. Com a incerteza rondando trigo e milho, o risco para carnes acaba sendo indireto, diz Castro. Haverá encarecimento em algum momento, o que vai pressionar ainda mais o consumidor. “Boi, tudo que a gente tiver, acaba exportando para a China.”

Outros mercados que figuram no alto do ranking são Hong Kong, Israel, Chile, Filipinas, Emirados Árabes Unidos, Itália e Rússia. “Mesmo com a queda na perspectiva de crescimento econômico global [por conta da guerra], o ano para as exportações de carne vai ser bom”, disse Marcos Fava Neves, docente da USP (Universidade de São Paulo) especializado em agronegócios. De acordo com ele, os impactos da guerra poderão fazer a economia mundial crescer de 0,8% a 1% a menos, o que significaria uma alta de cerca de 4% no ano.

“Isso representa oportunidades boas para as carnes, principalmente a bovina e predominantemente na Ásia, que vem batendo recordes de importações. É torcer para que não tenha nenhum tipo de problema, embargo sanitário. Não tendo, deve ser muito bom”, disse Neves. Castro afirmou que o forte volume exportado, porém, tem suas consequências para os frigoríficos que não vendem para o exterior, já que eles não conseguem precificar a carne no mercado interno.

Marcelo Toledo, Folhapress

‘Estamos sendo triturados’, diz deputado pastor ao pedir saída de ministro da Educação BRASIL

O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) afirmou nesta segunda (28) que os evangélicos estão sendo “triturados” por culpa do ministro da Educação, Milton Ribeiro. O parlamentar pede que Ribeiro “não retarde o seu licenciamento”.

A fala de Feliciano foi feita por ele em uma rede social.

“Caro ministro. Por sua saúde emocional, por sua família que deve estar sofrendo, por nós evangélicos, que estamos sendo triturados, pelo presidente Jair Bolsonaro, que em um ano tão importante está sendo arrastado para essa história estranha, não retarde seu licenciamento!”, escreveu o deputado.

Ele se une a outros evangélicos que se mobilizaram para conter o desgaste envolvendo o governo federal e o presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo episódio em que Ribeiro se envolveu com pastores acusados de negociar a liberação de verbas da pasta em troca de vantagem indevida.

Como antecipou a coluna, a bancada evangélica passou a bombardear o ministro, estudando pedir a demissão dele.

Na sexta (25), o pastor Silas Malafaia pediu que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal quebrem o sigilo bancário, fiscal e telefônico dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. Os dois são acusados de fazer looby e de intermediar a distribuição de recursos do Ministério da Educação (MEC).

“Nós somos mais 200 mil pastores neste país e não vamos tomar lama por causa de dois camaradas”, diz Malafaia em vídeo publicado no seu canal no YouTube.

Ribeiro deve ser afastado do cargo para tentar reduzir o desgaste do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL)

Interlocutores relataram à Folha que o ministro discutiu o tema com o presidente. A ideia, dizem aliados, é que o titular do ministério argumente que vai se licenciar do posto para se concentrar em sua defesa. Bolsonaro disse na semana passada que ‘bota a cara no fogo’ por Ribeiro.

Apesar desse argumento, interlocutores destacam que não há justificativa para que o ministro apresente uma licença e que, portanto, deverá ser exonerado.

Com a saída de Ribeiro, o MEC deve ficar sob o comando do secretário-executivo, Victor Godoy Veiga. Mas aliados do centrão já cobiçam o cargo.

Mônica Bergamo, Folhapress

Ipiaú: Secretaria de Saude convoca idosos acima de 80 anos para a (4ª dose) contra Covid-19.apartir desta terça-feira (29)

A partir de amanhã, dia 29, estará disponível a aplicação da 2ª dose de reforço (4ª dose) contra Covid-19. O público-alvo no momento é o grupo de pessoas com mais de 80 anos com o intervalo mínimo da última dose (terceira dose) de quatro meses.
Não esqueça do cartão do SUS atualizado, CPF, Cartão de Vacinação, Comprovante de Residência ou Cartão Família. Compartilhe para seu vovô e vovó. Vamos cuidar de quem cuida da gente!

Prefeitura de Ipiaú
Cidade do desenvolvimento

Ipiaú: Praça Ruy Barbosa foi palco para diversas atrações artísticas neste final de semana

O Projeto “Cultura vai à Praça” de realização da Casa Da Cultura de Ipiaú, em parceria com a Secretaria de Educação e Cultura, realizou diversas atrações artísticas nesse sábado (26) e domingo (27) em comemoração ao Dia do Teatro e do Circo, comemorado dia 27.

Houve apresentações teatrais de artistas da cidade, exposição de artistas plásticos e escritores que foram contemplados com o Edital de Premiação Rogério Ferrari, músicas de diversos ritmos e estilo, artesanato. Incluindo, também, a participação itinerante dos membros da Biblioteca Comunitária da Casa da Cultura de Ipiaú e Trupe de Artistas Circenses da cidade de Jequié.

O Projeto nasce da necessidade dos produtores da Casa da Cultura que há tempos visam contribuir com desenvolvimento cultural, além de valorizar o espaço público ao ocupar criativamente diversos equipamentos e disponibilizando a artistas locais a oportunidade de circularem com seus espetáculos na comunidade.
Prefeitura de Ipiaú / DIRCOM

Afegãs são impedidas de viajar sem companhia de um homem da família

O governo talibã volta a impor regras à liberdade das mulheres. Desta vez, as autoridades decretaram que as mulheres afegãs estão impedidas de viajar se não estiverem na companhia de um homem da família.

A ordem foi dada pelos talibãs às companhias aéreas.

A medida foi tomada depois do adiamento da volta das jovens ao ensino secundário e depois da decisão, nesse fim de semana, de criar dias específicos para homens mulheres poderem frequentarem, separadamente, jardins e outros espaços públicos.

Na semana passada, o porta-voz adjunto do governo talibã, Inamullag Samangani, disse que as escolas do 7º ao 12º ano (dos 12 aos 18 anos de idade) continuariam fechadas. O anúncio foi feito no dia em qua as escolas reabririam, após as férias de inverno. Dezenas de milhares de jovens deviam regressar ao ensino secundário, cerca de sete meses depois de o regime talibã ter subido ao poder e restringido os direitos das mulheres à educação e ao trabalho.

Os talibãs tinham afirmado que precisariam de tempo para garantir que as adolescentes fossem separadas dos rapazes e que as escolas funcionassem de acordo com os princípios islâmicos. Em sete meses de governo, eles impuseram várias restrições às mulheres, que se viram excluídas de empregos públicos, controladas na forma de vestir e proibidas de viajar sozinhas para fora da cidade onde vivem.
Agência Brasil

José Dirceu diz que Rui Costa é o mais cotado para assumir Ministério da Economia em eventual governo Lula

O ex-ministro José Dirceu afirma que o ministro da Economia de um eventual governo Lula seria um político, muito provavelmente um ex-governador nordestino – Rui Costa, da Bahia, é o mais cotado na bolsa de apostas de Dirceu. A informação é do blog de Malu Gaspar, do jornal “O Globo”.
Costa, aliás, é também um nome lembrado pelo senador Jaques Wagner, da Bahia, e pelo deputado José Guimarães, do Ceará, pelo ajuste fiscal que ele fez no governo baiano.

75% dos brasileiros responsabilizam governo Bolsonaro por alta da inflação

Apesar de o governo ter reforçado o discurso de que a inflação é consequência de crises globais e ações de terceiros, como governadores que impuseram o distanciamento social contra a Covid-19, é grande a parcela de brasileiros que atribuem à gestão de Jair Bolsonaro responsabilidade pela alta de preços O descontentamento foi identificado pelo Datafolha. Tanto numa pesquisa realizada em setembro do ano passado quanto no levantamento mais recente, em março, 75% apontam que o governo Bolsonaro tem responsabilidade pela inflação.

A pesquisa Datafolha foi realizada na terça (22) e na quarta-feira (23) com 2.556 eleitores em 181 cidades de todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos. A comparação das duas pesquisas mostra que caiu o número de brasileiros que atribuem muita responsabilidade ao governo. Essa parcela foi de 41% para 36%. Em contrapartida, aumentou, de 34% para 39%, a fatia que atribui um pouco de responsabilidade. Houve uma ligeira queda, de 23% para 21%, no contingente que não via nenhuma responsabilidade.

Entre eleitores que declaram avaliar votar em candidatos da chamada terceira via estão os mais críticos ao governo Bolsonaro. Segundo o levantamento, 87% dos que declaram intenção de votar em Ciro Gomes (PDT) consideram que o governo tem responsabilidade pela alta da inflação, sendo que 50% dizem que a gestão bolsonarista tem muita responsabilidade. Entre os que declaram intenção de votar em Sergio Moro (Podemos), 82% têm a avaliação de que o governo tem responsabilidade, sendo que 42% consideram ele tem muita responsabilidade. No caso de eleitores de André Janones (Avante), 80% dizem que o governo tem responsabilidade, e a metade avalia como um pouco.

Mesmo quem está na base de apoio de Bolsonaro acredita que o governo tem responsabilidade pela inflação, nem que seja um pouco. Essa percepção é compartilhada até por eleitores declarados. O levantamento mostra que 75% deles acreditam que o governo tem responsabilidade pelo descontrole dos preços. Essa avaliação também é feita por 72% dos evangélicos, 75% dos moradores do Centro-Oeste, região que concentra o agronegócio, e 79% dos moradores da região Sul, que votaram em peso para eleger Bolsonaro.

A inflação começou a subir durante a pandemia, mas disparou mesmo no ano passado. Em 2019, por exemplo, o IPCA, que mede a inflação oficial, fechou ano com alta de 4,31%. Em 2020, passou para 4,52%. Mas fechou 2021 acumulando alta de 10,06%.

Uma confluência de fatores críticos eleva os preços. Secas no Sul, chuvas torrenciais no Sudeste, ruptura da cadeia global de fornecimento de peças industriais, aumento do frete marítimo e disputa por contêineres. Recentemente, o cenário piorou com a invasão da Ucrânia pela Rússia e uma escalada de sanções de países ocidentais contra o governo de Vladimir Putin.

Dois itens essenciais estão entre os mais afetados por esse múltiplo desarranjo e encarem mês após mês. De um lado, os alimentos, como o trigo do pãozinho, hortaliças, frutas. De outro, a energia, incluindo gasolina, diesel e gás de cozinha. Como ambos são básicos na economia, eles não apenas puxam o custo de vida para cima como também ajudam a disseminar a inflação por outros setores. O ministro da Economia, Paulo Guedes, não perde a oportunidade para falar em público que a alta de preços é um fenômeno global e que o Brasil uma vítima de circunstâncias que estão acima do poder de intervenção do Estado. No entanto, outros segmentos do governo, incluindo o próprio Bolsonaro, tentam demonstrar diligência para aliviar os baques inflacionários.

Segundo economistas, as intervenções açodadas podem ter o efeito inverso, tornar os mercados disfuncionais e elevar os preços, mas o governo tem insistido, corroborando a visão popular de que ele tem responsabilidade em calibrar a inflação. Em 2020, no repique do preço do arroz, chegou a dizer que os ministérios da Economia e da Agricultura tomariam providências para baixar o preço e ainda pediu aos supermercados para que reduzissem as margens de lucro com grão. Neste início de ano, a pressão altista segue firme. Na sexta-feira (25), foi divulgado o IPCA-15 de março, prévia da inflação mensal. O indicador teve alta de 0,95%, maior taxa para o período desde 2015 (1,24%) e acima das projeções.

Com esse dado, o IPCA-15 acumulou inflação de 10,79% em 12 meses até março. A inflação acumulada em 12 meses está acima de 10% desde setembro de 2021.

Desde março de 2021, o Banco Central vem elevando a Selic, taxa básica de juros, para tentar arrefecer a escalada dos preços. Na reunião mais recente, em fevereiro, ela foi de 9,25% para 10,75%, voltando ao terreno dos dois dígitos, o que não ocorria havia cinco anos.

Alexa Salomão/Folhapress

Ipiaú: Homem é preso pela Polícia Militar por; Ameaçar a sua genitora e quebrar os móveis da sua residência.

Por volta das 22h desse domingo (27/03/22), após denúncia via 190, de que na rua do Cruzeiro, bairro Constância, um indivíduo estaria quebrando os móveis da residência da sua mãe, a guarnição da 55ª CIPM/PETO deslocou ao local para averiguar. Chegando ao local, a guarnição foi recebida por uma senhora que se identificou como mãe do autor e alegou que ele havia fugido ao ver a viatura. 

A guarnição seguiu com diligências para encontrar o infrator, sendo avistado logo em seguida. O autor foi abordado e passou por revista pessoal.

Autor: C. dos S. O. Sexo masculino, Nasc: 27/05/1994; End: Rua do Cruzeiro, Constância, Ipiaú - BA
Vitima: E. dos S. (Mãe), Nasc: 27/11/1972. End: Rua do Cruzeiro, Constância, Ipiaú - BA
O autor e a vítima foram encaminhados até a Delegacia de Ipiaú para que fossem tomadas as medidas cabíveis.

Fonte: Ascom/55ª CIPM-PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

Itagibá: Homem é preso pela polícia Militar acusado de ameaçar vizinho e sua família

Por volta das 19h10 desse domingo (27/03/22), a guarnição da 55ª CIPM/Itagibá fora solicitada diretamente por uma criança de 12 anos, informando que seu pai teria sido ameaçado por um indivíduo conhecido como "Di" com uma espingarda.

Prontamente a guarnição deslocou ao Loteamento Cleber Barreto, local da ocorrência, e lá chegando, avistaram o autor em frente a sua casa.

O suspeito foi abordado e sua residência passada por uma revista, porém a espingarda não foi encontrada.

Em seguida, os policiais militares foram à casa da vítima, que relatou que a discussão iniciou quando o agressor foi pedir o gato que tinha lhe dado, já de posse de pedaço de madeira, bastante exaltado, aparentemente embriagado, ofendendo verbalmente, a ele e a sua família. Logo depois, o autor voltou para à sua casa, apossou-se de uma espingarda e apontou em sua direção o ameaçando.

Assim, a guarnição conduziu os envolvidos para o Plantão Central na delegacia de Ipiaú, para adoção das medidas cabíveis.

Autor: S. P. Dos S.. Sexo masculino, Nasc: 11.03.1978, End: Quadra F, S/N, Loteamento Cleber Barreto, Itagibá-BA.

Vitima: V. P. Dos S. Sexo masculino, Nasc: 20/01/1969, End: Quadra F, S/N, Loteamento Cleber Barreto, Itagibá-BA.

Fonte: Ascom/55ª CIPM-PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

Dário Meira: Polícia Militar prende homem por cometer crime de lesão corporal contra outro homem

Por volta das 15h30min deste domingo (27/03/22), a guarnição da 55ª CIPM/Dário Meira, quando realizava o apoio ao policiamento no estádio municipal da cidade, foi informada que havia ocorrido uma lesão corporal na rua João Manoel da Silva, bairro Jerusalém, em Dário Meira, e que a vítima estava no hospital da cidade.

No hospital, vítima informou à guarnição que estava em frente a casa de seu pai, quando foi surpreendida por " Belmico" doente mental , que desferiu um golpe de estilete em sua barriga, causando um ferimento. De imediato o autor da lesão corporal fugiu do local, enquanto a vítima foi levada trazida à UBS do município e depois transferida para o HGI.

A guarnição passou a diligenciar, na captura do autor e por volta das 17h50min, ele foi localizado no bairro Bom Sossego.

Autor: E. B. S. R. Vulgo: BELMICO, sexo masculino. Nasc: 13/08/1985; Vitima: B. S. de A. Sexo masculino, Nasc: 13/02/1997. Natural: Santo André- SP.

Sendo assim, o criminoso foi conduzido e apresentado no Plantão Central na delegacia de Ipiaú.

Fonte: Ascom/55ª CIPM-PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

Formato atacarejo ganha espaço e já domina 40% das vendas de alimentos no Brasil

Em um ambiente de inflação e de queda da renda, o atacarejo ganhou espaço entre os brasileiros. A busca incessante pelos preços mais baixos garantiu uma alta de 10% ao formato no ano passado, contra uma queda de 2,4% do varejo alimentar como um todo, segundo estudo da McKinsey. Com isso, em um ano, a fatia do atacarejo no varejo de alimentos saltou de 35% para 40%. Hoje, são 2 mil lojas desse perfil pelo País.

E a perspectiva é de que esse modelo ganhe ainda mais participação, chegando a 50% das vendas nos próximos anos. “Em meio à pressão inflacionária, o único formato que conseguiu ser resiliente foi o atacarejo”, comenta Roberto Tamaso, sócio da McKinsey. Segundo o especialista, o estudo deixa claro que, no futuro próximo, não há perspectiva de que a sensibilidade do consumidor ao quesito preço venha a diminuir.

“Os consumidores estão dispostos a comprar produtos mais econômicos. O varejo terá de ter oferta de produto, e isso também abre a possibilidade para a marca própria”, diz o executivo. A pesquisa mostrou que 70% dos consumidores estão buscando melhores preços e que 40% se dizem abertos a comprar opções mais econômicas.

FAZENDO AS CONTAS
O aposentado Almir Cornachioni, de 62 anos, tem aumentado a frequência de visitas à loja do Assaí, no bairro Aricanduva, onde mora. E isso para driblar o aumento da inflação. “O atacarejo é mais barato. São quatro casas no mesmo quintal e oito pessoas da família, nos agrupamos para fazer as compras”, conta. A preferência, em tempos de orçamento apertado, tem razão de ser: segundo recente pesquisa da Nielsen, os produtos básicos são, em média, 15% mais baratos nos atacarejos do que em supermercados e hipermercados.

Em resumo, a McKinsey classifica o atacarejo como um vencedor na crise. “É um formato que deu certo e tudo indica que vai continuar a crescer”, afirma Bruno Furtado, sócio da consultoria. Depois de as grandes redes já terem avançado nas capitais brasileiras, a tendência agora é de avanço no interior dos Estados, comenta. Outra constatação é de que hoje o modelo faz parte do dia a dia de todas as classes sociais, e não só da baixa renda.

Sócio-fundador da consultoria em varejo Varese, Alberto Serrentino afirma que o atacarejo tem ganhado força no Brasil desde a crise de 2015. Na época, 47% das famílias brasileiras costumavam visitar essas lojas, porcentual que subiu para 65% no ano passado.

Serrentino diz que a agressiva abertura de lojas também auxiliou o setor. “O atacarejo ganhou muito por conta da expansão. Foi um formato agressivo em aberturas de lojas e migração, o que faz com que o market share (participação de mercado) cresça”.

Estadão Conteúdo

Datafolha mostra piora nas expectativa de inflação, desemprego e poder de compra

A percepção dos brasileiros em relação a importantes indicadores da economia sofreu uma deterioração, segundo dados do Datafolha. O cenário traçado pela maioria é de mais inflação, perda do poder de compra do salário e risco de desemprego.

A pesquisa Datafolha foi realizada com 2.556 eleitores em 181 cidades de todo o país, na terça (22) e quarta-feira (23). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos. Em comparação ao levantamento feito em dezembro do ano passado, ocorreu uma reviravolta para pior nos resultados.

No caso da inflação, houve um forte aumento no número de brasileiros que esperam alta. Nesta pesquisa, 74% dos entrevistados declaram acreditar que a carestia vai aumentar nos próximos meses. Em dezembro, esse contingente era 46%.

O cenário atual aproxima-se do identificado no repique da pandemia, em dezembro de 2020 e março de 2021, quando respectivamente 74% e 77% dos entrevistados estimavam que a inflação iria aumentar.

Naquele momento, os preços de alimentos começaram a refletir de maneira mais contundente a alta na cotação de matérias-primas, como soja e milho, e também era forte o aumento de custos de insumos e produtos industriais por causa da ruptura das cadeias de fornecimento em nível global.

O IPCA-15 de março, prévia mensal do índice oficial de inflação, divulgado na sexta-feira (25), corrobora a perspectiva de que os próximos meses tendem a ser de repique inflacionário.

O indicador veio muito acima das projeções. Ficou em 0,95%, o maior patamar desde março de 2015. Analistas consultados pela agência Bloomberg esperavam avanço de 0,85%.

O resultado foi puxado por aumento no preço de alimentos, um efeito da seca que prejudicou a última safra. Mas também começou a refletir parte da forte alta no preço dos combustíveis, provocada pelo aumento no barril de petróleo na esteira dos efeitos da guerra na Ucrânia.

Também voltou a ser maioria o contingente que prevê perda no poder de compra.

Em dezembro, 36% acreditavam que o poder de compra iria ser preservado, enquanto 35% esperavam melhora. Um contingente menor, 25%, projetava que haveria redução no poder de compra.

O Datafolha de março identifica uma reversão. A parcela que espera melhora do poder de compra caiu para 27%, e 29% acreditam que vai ficar se manter como está. Em contrapartida, 40% projetam perda do poder de compra. O patamar é similar ao visto em agosto e setembro do ano passado, quando indicadores apontaram que o rendimento dos brasileiros estava num nível historicamente deprimido.

No trimestre até outubro de 2021, a renda média real recebida pelos trabalhadores ocupados foi estimada em R$ 2.449 por mês —o valor mais baixo de todos os trimestres da série iniciada em 2012 na Pnad Continua do IBGE (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Também chama a atenção a súbita piora na percepção sobre o futuro do emprego.

Em dezembro, o contingente que previa alta na desocupação chegou a empatar com a parcela que projetava melhora na oferta de empregos, 35% cada um. No Datafolha de março, porém, 50% projetam piora no mercado de trabalho e 20% acreditam que pode haver melhora. Trata-se de outra reversão de tendência.

A taxa de desemprego encostou em 15% no trimestre encerrado em março de 2021, sob o efeito do repique da pandemia. Nesse mesmo março, o pessimismo com a economia bateu recorde na série do Datafolha, com dois em cada três brasileiros prevendo piora no cenário. Houve um pico, 79%, prevendo piora na oferta de vagas.

Na sequência, divulgações do IBGE mostram uma progressiva redução do desemprego. Com a vacinação e a volta progressiva das atividades presenciais, a taxa de desemprego recuou para 11,1% no quarto trimestre de 2021. No trimestre encerrado em janeiro deste ano, por sua vez, ficou em 11,2%.

Como há defasagem na divulgação dos dados oficiais, será preciso esperar as próximas pesquisas sobre o mercado de trabalho para identificar se houve reversão nas contratações que explique o súbito pessimismo.
Alexa Salomão/Folhapress

Ipiaú: Casal é preso pela Polícia Militar por desordem, perturbação do sossego e desacato

Por volta das 03h deste domingo (27/03/22), a Central de Operações da 55ª CIPM recebeu uma chamada, via 190, onde a recepcionista de uma pousada da cidade de Ipiaú, localizada na Avenida Beira Rio, informou informou que num dos quartos havia um desentendimento entre os hóspedes.

A guarnição do 1º Pelotão deslocou ao local, e lá chegando manteve contato com os hóspedes, que estavam em visível estado de embriaguez alcoólica, sendo que a mulher estava agressiva e passou a ofender os policiais militares e a Instituição PMBA, sendo necessário o uso da força para contê-la e conduzi-la.
Autores: A. DA S. N. Sexo masculino Nasc. 17/08/1981; End: Av Valdomiro Santiago, Bairro Santa Rita, Ipiaú-BA.

M. A. P. DA S. Sexo feminino, Nasc. 03/10/1980. End:: Av, Valdomiro Santiago, Bairro Santa Rita , Ipiaú-BA.
Assim, os envolvidos foram conduzidos a delegacia de Ipiaú para o procedimento de polícia judiciária.

Informações: Ascom/55ªCIPM/PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

Ucrânia diz que Rússia quer dividir nação e pede mais armas

A Rússia quer dividir a Ucrânia em duas, como aconteceu com as Coreias do Norte e do Sul, disse o chefe da inteligência militar da Ucrânia neste domingo (27), prometendo uma guerrilha "total" para evitar a divisão do país.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, pediu ao Ocidente que dê à Ucrânia tanques, aviões e mísseis para ajudar a afastar as forças russas, cujos ataques têm mirado cada vez mais depósitos de combustíveis e alimentos, segundo o governo de Kiev.

Autoridades norte-americanas continuaram os esforços para suavizar os comentários de ontem (26) do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que disse em um discurso inflamado na Polônia que o líder russo, Vladimir Putin, "não pode permanecer no poder".

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que Washington não tem estratégia para mudar o regime russo e que Biden simplesmente quis dizer que Putin não pode ser "autorizado a declarar guerra" contra a Ucrânia ou qualquer outro lugar.

Após mais de quatro semanas de conflito, a Rússia não conseguiu tomar nenhuma grande cidade ucraniana e Moscou sinalizou na sexta-feira (25) que estava reduzindo suas ambições para se concentrar em proteger a região de Donbass, no Leste da Ucrânia, onde separatistas apoiados pela Rússia têm lutado contra o exército ucraniano pelos últimos oito anos.
Separatistas

Um líder local da autoproclamada República Popular de Lugansk disse hoje que a região poderá em breve realizar um referendo sobre a adesão à Rússia, assim como aconteceu na Crimeia depois que Rússia tomou a península ucraniana, em 2014.

Os crimeanos votaram de forma esmagadora para romper com a Ucrânia e se juntar à Rússia -- uma votação que grande parte do mundo se recusou a reconhecer.

"Na verdade, isso é uma tentativa de criar as Coreias do Norte e do Sul na Ucrânia", disse Kyrylo Budanov, chefe da inteligência militar ucraniana, em um comunicado, referindo-se à divisão da Coreia após a Segunda Guerra Mundial.

Ele prevê que o exército da Ucrânia fará com que as forças russas recuem. "Além disso, a temporada de um safári de guerrilha ucraniano total começará em breve. Então restará um cenário relevante para os russos: como sobreviver", disse ele.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia também descartou a possibilidade de qualquer referendo no Leste da Ucrânia.

"Todos os referendos falsos nos territórios temporariamente ocupados são nulos e sem efeito e não terão validade legal", disse Oleg Nikolenko à Reuters.

Moscou diz que os objetivos do que Putin chama de "operação militar especial" incluem desmilitarizar e "desnazificar" seu vizinho. A Ucrânia e seus aliados ocidentais chamam isso de pretexto para uma invasão não provocada.

*Colaboraram os repórteres da Reuters Jarrett Renshaw, em Varsóvia; Lidia Kelly, em Melbourne; Guy Faulconbridge, em Londres; e Matthias Williams
Por Natalia Zinets e Maria Starkova - repórteres da Reuters - Lviv

Bolsonaro diz que eleição é luta ‘do bem contra o mal’ em discurso com clima de comício

O presidente Jair Bolsonaro, acompanhado da primeira-dama Michelle Bolsonaro, participa do encontro nacional do PL
Em um evento com clima de comício antecipado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse neste domingo (27) que a eleição de outubro não é luta da esquerda contra a direita, mas “do bem contra o mal”, em referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à frente nas pesquisas de intenção de voto.

“O nosso inimigo não é externo, é interno. Não é luta da esquerda contra a direita, é do bem contra o mal. E nós vamos vencer essa luta, porque estarei sempre na frente de vocês”, disse Bolsonaro durante evento do PL.

O chefe do Executivo deu um discurso com roupagem de candidato à reeleição, ainda que isso não tenha sido mencionado.

“Se é para defender a democracia, a liberdade, eu tomarei a decisão contra quem quer que seja. E a certeza do sucesso é que eu tenho o exército ao meu lado. Este exército é composto de cada um de vocês”, disse ainda. Quando discursou, tinha o general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) ao seu lado.

O evento contou com a presença de parlamentares, ministros e apoiadores do presidente.

O discurso de Bolsonaro e dos seus ministros foi direcionado, principalmente, para nordestinos, mulheres e jovens, camadas que têm maior rejeição ao presidente.

Pesquisa do Datafolha divulgada nesta semana mostrou que Bolsonaro recuperou fôlego na corrida pelo Planalto, mas continua atrás de Lula. O levantamento mostra que o mandatário tem 26% de intenções de voto, contra 43% do petista.

“Vocês já ouviram no passado, ouvem ainda, dizer que uma mentira repetida mil vezes transforma-se numa verdade. Vou dizer para vocês agora, uma pesquisa mentirosa publicada mil vezes não fará um presidente da República”, afirmou.

Em seguida, foi exaltado pela plateia, que gritava “mito”.

Todos os discursos desta manhã tiveram como tônica a crítica mais ou menos velada aos governos petistas. Em gesto aos jovens, preocupação das campanhas neste ano, Bolsonaro pediu que suas famílias contassem como era a vida delas antes.

“Não podemos esquecer o nosso passado, porque aquele que esquece seu passado está condenado a não ter futuro. Os mais jovens podem não conhecê-lo, os seus pais e avós têm a obrigação de mostrar para eles para onde o Brasil estava indo, bem como vivem os jovens em outros países, como por exemplo a Venezuela”.

Como costuma fazer em outros discursos, Bolsonaro começou a contar sua trajetória desde 2014. Ao falar daquele ano, disse que o país elegeu uma pessoa “que não tinha qualquer carisma, que a gente não consegue entender como teve dentro do TSE tanto voto”.

Ele se referia à ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que sofreu um processo de impeachment em 2016. O PSDB, que perdeu no segundo turno para ela, pediu auditoria das urnas eletrônicas, questionando a vitória da petista.

O resultado da auditoria tucana saiu em 2015, concluindo que não houve fraude no processo.

Bolsonaro relembrou ainda o que declarou durante a votação na Câmara para destituir Dilma. Na ocasião, ele, então deputado, exaltou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos principais símbolos da repressão durante a ditadura militar, chamando-o de um “velho amigo” que “lutou pela democracia”.

O presidente também a reformulou a frase que será tema de sua campanha: em vez do versículo bíblico “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”, repetido por ele desde 2018, Bolsonaro adotou o “nada temais, nem mesmo a morte, a não ser a morte eterna”.

O discurso de Bolsonaro e dos seus ministros também foi direcionado, principalmente, para nordestinos, mulheres e jovens, camadas que têm maior rejeição ao presidente.

Inclusive, no começo de sua fala, o presidente passou o microfone para a ministra Tereza Cristina (Agricultura) e para a primeira-dama, Michelle. Esta última, como a Folha mostrou, deve aparecer mais durante a campanha neste ano, após aliados do presidente identificarem que ela pode ajudar a reverter a rejeição dele junto às mulheres.

A primeira-dama, que não costuma discursar, falou rapidamente. “Sei que assim como Ele [Deus] foi fiel em 2019, será em 2022”.

Cotado a vice na chapa do presidente, o ministro da Defesa, Braga Netto, não participou do evento.

Se filiaram à legenda neste domingo os ministros Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) e João Roma (Cidadania), além do senador Eduardo Gomes (TO).

Antes de o presidente discursar, falaram os ministros Roma, Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Tereza Cristina (Agricultura). Respectivamente, eles devem se candidatar aos governos da Bahia, de São Paulo e ao Senado pelo Mato Grosso do Sul.

Os três fizeram falas em contraponto aos governos petistas. Tarcísio disse que Bolsonaro está construindo um caminho “sem corrupção” e “que levou água para o nordeste, libertou as pessoas do carro-pipa”.

Roma, por sua vez, mencionou programas de distribuição de renda e disse que o governo Bolsonaro não usurpa direitos e liberdades.

No fundo do palco, uma foto do presidente entre apoiadores com os dizeres: “Capitão do povo”.

O evento começou às 10h deste domingo em Brasília. A expectativa dos apoiadores era de que chegasse a 5.000 convidados, mas o salão tinha locais esvaziados.

Apesar da reformulação do evento deste domingo pela campanha, para se adequar às regras eleitorais, Bolsonaro disse no sábado (26) se tratar de lançamento de sua pré-candidatura.

“Amanhã está previsto às 10h. Aí não sei, deve ter muita gente lá, muita gente está se inscrevendo. Não precisa se inscrever. Se tiver espaço, vai entrar mesmo quem [não] está inscrito. É o lançamento da pré-candidatura”, afirmou.

A campanha do chefe do Executivo teve de mudar o anúncio do evento, que inicialmente seria o lançamento da pré-candidatura, após o sinal vermelho da equipe jurídica.

Os organizadores alteraram o material de divulgação e passaram a chamar o evento de “Movimento Filia Brasil”, para se adequar às normais.

A legislação eleitoral só permite campanha a partir de 16 de agosto. Comícios não são autorizados até lá. Eventos públicos de lançamento de pré-candidatura, situação não prevista na lei, também são vetados.

No mesmo fim de semana, o ministro Raul Araújo, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), enquadrou como propaganda eleitoral manifestações políticas das cantoras Pabllo Vittar e Marina no festival Lollapalooza, as duas simpáticas a Lula e avessas a Bolsonaro.

Araújo estipulou uma multa de R$ 50 mil para a organização caso outros artistas falem qualquer coisa, a favor ou contra, sobre qualquer candidato ou partido político.

Na sexta (25), Pabllo exibiu uma bandeira vermelha com o rosto do ex-presidente petista. Já a galesa Marina, uma atração internacional, xingou Bolsonaro e o russo Vladimir Putin.

Outros ministros também estiveram no evento do PL, como Ciro Nogueira (Casa Civil), Flávia Arruda (Secretaria de Governo), Onyx (Trabalho), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Fábio Faria (Comunicações), Anderson Torres (Justiça), Gilson Machado (Turismo), Marcelo Queiroga (Saúde) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional).

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, envolvido em um escândalo sobre a atuação de pastores na liberação de verbas da pasta, não esteve no evento. Um inquérito da Procuradoria-Geral da República apura suspeitas de corrupção passiva, tráfico de influência, prevaricação e advocacia administrativa.

Sem mencionar diretamente Ribeiro, Bolsonaro afirmou em seu discurso que “buscam qualquer gota d’água para transformar num tsunami”.

“Todos nós somos humanos. Podemos errar. Quem nunca errou que está na plataforma neste momento?”, disse no palanque.
Marianna Holanda/José Marques/Folhapress

‘Quem foi traído foi o PP’, diz prefeito de Jequié e presidente da UPB, Zé Cocá EXCLUSIVAS

O prefeito de Jequié e presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Zé Cocá (PP), defende que é hora de o PT virar a página sobre a questão do rompimento com o Progressistas na Bahia sob pena de sair desgastado. O prefeito salienta que, apesar de versões em contrário, o traidor na história é o petismo baiano. “Se for avaliar, quem foi traído foi o PP”, disse Cocá, nesta entrevista concedida a este Política Livre na última quarta-feira (23).

Cocá também acredita que somente um castigo tira a vitória do ex-prefeito de Salvador e pré-candidato do União Brasil ao governo estadual, ACM Neto. O progressistas aposta em vitória de Neto em primeiro turno; quanto à disputa entre João Leão e Otto Alencar (PSD) pelo Senado, aposta em vitória do líder do PP no Estado, mas em uma eleição muito mais disputada que a disputa pelo Palácio de Ondina.

O presidente da UPB também garantiu que a gestão da entidade se manterá inalterada após a ruptura entre PP e PT na Bahia. Salientou que, mesmo quando estava na base de Rui Costa, foi eleito e geriu a UPB de forma suprapartidária, com apoio de todos os partidos. Aliás, falando em apoio e eleição, afirmou ser injusta a avaliação de que ele só conseguiu vencer as eleições em Jequié devido ao apoio do governador Rui Costa e da primeira-dama Aline Peixoto. “Foi um conjunto de partidos, não foi somente o governador – o governador não decidiu a eleição aqui”, declarou.

Confira abaixo os principais trechos dessa entrevista:

Na última segunda-feira, o senhor fez uma coletiva de imprensa no mesmo momento em que o governador Rui Costa estava inaugurando o Hospital da Criança. O senhor, dentre outros pontos, defendeu o vice-governador João Leão, que vem sendo acusado de ser um traidor. Esse clima de animosidade deve permanecer até as eleições, após esse rompimento entre o PP e a base do governo?

Eu acho que é um momento do PT virar de fato a página com relação a isso porque, se isso continuar acontecendo, só vai desgastar o PT. Porque, de fato, foi quem traiu. Quem traiu, na minha concepção, foi o PT: foi avisado pela imprensa que um acordo que estava formalizado, que estava tudo ok, que teve o aval de Lula em São Paulo, tinha sido quebrado; e Leão soube disso em uma entrevista que Jaques Wagner deu na Rádio Metrópole. Traição, se for avaliar, quem foi traído foi o PP. Eu, sendo o PT, viraria a página em relação a isso. A nossa, no PP, graças a Deus, nós já viramos.

Temos visto uma série de exonerações de cargos do PP no governo após o rompimento, mas outra questão que chama a atenção são os anúncios feitos pelo governador de que está recebendo apoio de vários prefeitos do PP. Esses prefeitos estão sendo de alguma forma “chantageados” para continuar ao lado do governador?

Os prefeitos estão buscando os benefícios deles, não acho que é [questão] política no momento. O prefeito está firmando convênio, o governador chega no município dele e libera convênio, libera ambulância, libera obra de calçamento, obra de asfalto, praças … então qual é o prefeito, principalmente nessas pequenas cidades, que não quer receber esses benefícios? Mas a maioria absoluta dos prefeitos do PP com certeza irá acompanhar o partido. Não tenho dúvidas disso.

Outra alegação de petistas é que o senhor teria sido eleito aí em Jequié com o apoio tanto do governador quanto da primeira dama Aline Peixoto. Como o senhor enxerga essa crítica?

É uma crítica injusta [dizer] que o governador me elegeu. O governador me ajudou também. Quando o governador veio aqui em Jequié, eu tinha 66% [de intenção de votos] nas pesquisas; no começo da eleição, eu tinha 76% das pesquisas. Quando você avalia, no final, eu ganhei com 38%. Houve várias distorções no meio do caminho, mas minha eleição era quase definida. Então não foi o governador quem me elegeu, foi um conjunto de apoios: do PDT, do Democratas, do PT; juntaram-se todos os partidos em formação de nosso grupo. Foi uma construção nossa e, com certeza, do governador também, a primeira dama veio. Foi um conjunto de partidos, não foi somente o governador – o governador não decidiu a eleição aqui.

Tem saído pesquisas sobre o pleito eleitoral de outubro. Qual perspectiva o senhor enxerga para esse disputa de chapas de ACM Neto com João Leão contra Jerônimo Rodrigues e Otto Alencar?

A eleição já era dura, mas, com a formação do grupo [do governo] todo, com certeza, ACM Neto já tinha grandes chances na eleição, pois é um nome novo, pujante. Com o grupo unido, haveria um embate muito grande e poderia ganhar dele. Fora disso, acho que Neto ganha a eleição no primeiro turno: Neto tem uma conjuntura muito boa, fala bem, os eleitores estão satisfeitos com isso, ele casa bem com o sentimento do momento, fez uma gestão magnífica de Salvador, foi considerado um dos melhores prefeitos do Brasil. Então é aquele ditado popular: é testado e aprovado. Não estamos falando de um simples prefeito, de um simples político. É um cara que tem uma condição grande de ser um dos maiores governadores da história.

Fala-se que a disputa pelo Senado entre Leão e Otto pode ser até mais disputada e mais interessante de acompanhar do que a disputa entre Neto e Jerônimo. O senhor acredita que isso pode acontecer?

Na minha concepção, Leão e Otto será uma eleição mais acirrada de fato porque, pelo que se vê na eleição de Neto, pelo momento que se vive, pela condição política, é uma eleição quase definida, a não ser [que haja] um castigo. Na lei normal do homem, quando se avaliam os detalhes, a eleição de Neto é muito tranquila. Sobre Leão, além de Neto ajuda, Leão é conhecido na Bahia inteira. Para mim Leão vai ganhar a eleição, mas a eleição de senador com certeza será mais disputada que a de governador.

Como fica agora sua gestão na UPB a partir de agora? Essa nova conformação dos grupos políticos na Bahia muda sua atuação à frente da entidade?

Não, não muda nada. Eu sempre disse que a UPB é uma entidade suprapartidária, onde respeitados, com certeza, toda a diversidade política. Nós temos prefeitos do DEM, do PT e ligados a [Jair] Bolsonaro: prefeitos das três vertentes. Tem prefeito que diz que não vai votar em ninguém nesse momento, que não vai votar para governador nem para presidente, que está chateado e nós respeitamos do mesmo jeito. Na UPB, é o que eu peço à nossa equipe, à nossa diretoria para não misturar política [com a atenção aos municípios], até porque, nessa presidência, eu tive apoio de Bruno Reis [prefeito de Salvador, do União Brasil], do PT, tive apoio dos partidos ligados a Bolsonaro; todos os partidos, tanto que fui candidato único, me apoiaram. Foi uma eleição suprapartidária, e olha que eu estava, naquele momento, na base do governo do Estado.

Davi Lemos

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