Feriado de 7 de Setembro é marcado por manifestações liderada pelo Sind-ACS/ACE de Jequié e Região.

Manifestantes Agentes Comunitários e Agentes de Endemias promovem manifestação em prol da valorização salarial da categoria no dia 07 de Setembro na cidade de Jequié, dando o grito Valorização Já, prefeito Zé Cocá.
Os ACS/ACE Manifestantes foram as ruas protestar contra a falta de valorização ao Servidor Público ACS/ACE. (Um Sete de Setembro diferente)

Paralelamente aos tradicionais desfiles do dia 7 de Setembro, centenas de Profissionais da Saúde e Comunidade percorreram as ruas de Jequié, em um ato de protesto contra o desprezo, a valorização e a falta de respeito do prefeito Zé Cocá para com a categoria. Cerca de 300 Agentes andaram pelas principais ruas da cidades com apitos e muitos cartazes de protesto.

O Presidente do Sindicato, Senhor ELON Oliveira, disse que não descansará enquanto o direito desses Profissionais não sejam valorizados e nem vai se acomodar, segundo ele, é preciso reivindicar sempre quando se mexe em direitos de Profissionais e profissionais esse que não só cora pra se, mas contribui com o município trazendo recursos.

O Dia 7 de Setembro, por ser o dia em que se comemora a Independência do Brasil, acreditamos ser um momento oportuno para manifestar”, disse ELON.

Hoje para o o Sind-Acs/Ace foi o grito de socorro, porque já estamos saturados com tanta falta de respeito.
Nossa categoria está esquecida por esse governo e o que queremos é apenas a implantação da emenda constitucional 120 na tabela do nosso plano de cargos e salários.

Petróleo desaba no exterior com risco de desaceleração da economia da China

Os preços do petróleo no mercado internacional registraram forte baixa nesta quarta-feira (7), com dados da economia chinesa renovando os temores dos investidores sobre o risco de desaceleração e possível recessão econômica global nos próximos meses.

Os preços do barril do tipo Brent oscilaram em queda firme ao longo de toda a sessão e fecharam o dia com desvalorização de 5,6%, a US$ 88,00 (R$ 459,55), renovando as mínimas desde o final de janeiro, antes da invasão da Ucrânia pela Rússia.

Dados da balança comercial do gigante asiático vieram significativamente abaixo das previsões, com o impacto negativo do aumento da inflação para a demanda no exterior, ao mesmo tempo em que o país voltou a conviver com novas restrições por causa da Covid-19 e com ondas de calor que interromperam a produção.

Os números divulgados nesta quinta mostraram que as importações de petróleo pela China caíram 9,4% em agosto em relação ao ano anterior, com a extensão das restrições de mobilidade por causa da pandemia reduzindo a demanda por combustível.

Em termos consolidados, as importações chinesas cresceram apenas 0,3% em agosto, de 2,3% no mês anterior, e bem abaixo do aumento previsto de 1,1%, mostraram dados oficiais nesta quarta-feira.

Já as exportações aumentaram 7,1% em agosto em relação ao mesmo período do ano anterior, reduzindo o ritmo ante a alta de 18% em julho. Analistas esperavam um crescimento de 12,8%. Tanto as importações quanto as exportações cresceram no ritmo mais lento em quatro meses.

INVESTIDORES VEEM MANIFESTAÇÕES DE 7 DE SETEMBRO DENTRO DAS EXPECTATIVAS

Na contramão dos preços do petróleo no dia, os ADRs (American Depositary Receipts) da Petrobras, que chegaram a cair mais de 2% no início da sessão, inverteram de tendência e fecharam leve alta de 0,2%.

Os ADRs são recibos de ações negociados nas Bolsas americanas vinculados aos papéis das empresas cotados na B3, que ficam sujeitos ao humor dos investidores em relação aos ativos em dia de feriado no Brasil.

Já o índice de mercado EWZ, que acompanha as ações brasileiras e é cotado no exterior com base na carteira teórica do MSCI Brasil registrou alta de 0,9%.

A percepção de agentes do mercado ouvidos pela reportagem até aqui é a de que as declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL) e as manifestações não trouxeram um fato novo com peso suficiente para causar algum impacto mais negativo para os preços dos ativos no mercado brasileiro.

“Me parece que foi ok, sem nenhum rompante de nenhum lado, sem nada muito sério. Acho que a novidade é que não teve nenhum problema, já que muita gente tinha a expectativa de que aconteceria algum problema neste 7 de Setembro, e acabou não acontecendo, pelo menos até agora”, diz Luiz Fernando Figueiredo, CEO da gestora Mauá Capital.

“Do ponto de vista do mercado, todas as vezes que as coisas ruins não acontecem, acaba sendo bom, então acho que é um motivo para o mercado ficar um pouco mais tranquilo na abertura de amanhã [quinta, 8]”, acrescenta o ex-diretor do BC (Banco Central).

Sócio da gestora Adam Capital, André Salgado afirma que o mercado está tratando as eleições de maneira equilibrada, ponderando aspectos positivos e negativos de cada um dos dois principais candidatos, que “na, soma; são equivalentes”.

“Acho que as manifestações podem diminuir a diferença em favor de Bolsonaro, mas ainda com margem maior para Lula, pelo menos por enquanto”, afirma Salgado.

“Pelo que estou acompanhando, não teve nada de diferente. Mais do mesmo. O mercado já chegou a discutir como risco algum tipo de ruptura institucional. Mas a percepção é que essa probabilidade tem diminuído”, endossa Rafael Ihara, sócio e economista-chefe da Meraki Capital.

Leandro Saliba, sócio da gestora mineira AF Invest, interpreta as manifestações de maneira mais positiva. Ele diz que o tamanho das manifestações deve ser bem recebido pelo mercado, pela perspectiva de uma condução econômica de caráter mais liberal em um cenário de reeleição.

“Em Belo Horizonte, o desfile e a Praça da Liberdade estavam completamente lotados pelas famílias de verde e amarelo. Acredito que a repercussão será positiva para o mercado”, diz Saliba.

Economista-chefe da corretora Necton, André Perfeito também não vê nas manifestações observadas até agora algo que possa alterar de maneira relevante o sentimento dos investidores em relação ao desempenho do mercado.

“Acho que não teremos nenhum grande ruído, nem para cima nem para baixo, a não ser que a gente tenha algo muito exótico, no sentido de o Bolsonaro sugerir algum tipo de ruptura democrática”, afirma Perfeito.

“Se o presidente esticar demais a corda, podemos ter um evento político novo, mas não acho que isso vai acontecer”, diz o economista.

Ele acrescenta que os movimentos do mercado local devem seguir sob maior influência dos fatores macroeconômicos globais.

A própria alta das ações brasileiras no exterior vem na esteira da valorização das principais Bolsas americanas nesta quarta —o S&P 500 avançou 1,83%, o Dow Jones teve ganhos de 1,1,40%, e o Nasdaq subiu 2,14%.

A perspectiva de desaceleração da economia global contribui para uma menor necessidade de aumento dos juros, com um horizonte que passa a se desenhar mais favorável para as ações de empresas negociadas nas Bolsas, diz o economista da Necton.

Relatório publicado nesta quarta pelo Federal Reserve (banco central dos EUA) conhecido como Livro Bege reforçou esse cenário, ao mostrar que as empresas relataram algum alívio na escassez de mão de obra e nas pressões sobre os preços.

“As condições gerais do mercado de trabalho permaneceram apertadas, embora quase todos os distritos tenham destacado alguma melhora na disponibilidade de mão de obra”, disse o Fed no relatório em que analisa as condições macroeconômicas americanas.

Lucas Bombana/Folhapress

Desfile em comemoração ao Bicentenário reúne multidão na Esplanada

Sob os olhares e aplausos de milhares de pessoas na Esplanada dos Ministérios, tropas das Forças Armadas, Polícia Militar, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e o Corpo de Bombeiros Militar desfilaram na manhã de hoje (7) nas comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil. O desfile ocorreu após um hiato de dois anos devido à pandemia de covid-19.  

O sol intenso, geralmente presente nos últimos meses em Brasília, na época de seca, não apareceu como se esperava neste feriado de Independência, fazendo com que o desfile ocorresse em um dia nublado e de vento frio na Esplanada.
Perto das 9h, o presidente da República, Jair Bolsonaro, chegou. Antes de ir para a tribuna, o presidente quebrou o protocolo e decidiu caminhar pela pista, acenando para as arquibancadas, repletas de apoiadores. Nesse momento, paraquedistas do Exército desceram na Esplanada trazendo uma bandeira do Brasil. Em seguida, o presidente ocupou seu lugar na tribuna para o início do desfile, que foi marcado pela passagem da Esquadrilha da Fumaça. Os aviões cortaram o céu da Esplanada e deixaram um rastro de fumaça nas cores da Bandeira Nacional.

Entre os presentes na tribuna de honra, junto do presidente e da primeira-dama Michelle Bolsonaro, estavam os ministros da Economia, Paulo Guedes, do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e da Saúde, Marcelo Queiroga, além do vice-presidente Hamilton Mourão. O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, também esteve no local.
Uma diferença do desfile deste ano para os passados foi a presença de 27 tratores, cada um representando um estado brasileiro e o Distrito Federal. A presença desses veículos no desfile buscou representar a importância do setor agropecuário no país.

Em campanha eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro viu seus apoiadores na grande maioria do público presente. Pessoas com camisetas e bonés com o rosto e o nome do presidente gritavam seu nome a todo momento.

Uma multidão se espalhou pelo gramado da Esplanada durante o desfile, sem conseguir acessar as arquibancadas já lotadas. No meio do público, avistavam-se faixas com críticas a ministros do Supremo Tribunal Federal e ao comunismo.

Bolsonaro não discursou durante o desfile.
Por Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Bahia registra 685 casos de Covid-19 e mais dois óbitos

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 685 casos de Covid-19 e duas mortes. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), de 1.689.127 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.657.920 são considerados recuperados, 539 encontram-se ativos e 30.668 pessoas foram a óbito confirmado.

Segundo a Sesab, o boletim epidemiológico desta quarta-feira (7) contabiliza ainda 2.012.058 casos descartados e 359.673 em investigação. Na Bahia, conforme a secretaria, 68.405 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Falta de sinal impediu transmissão com Bolsonaro para público na Paulista, diz líder do Nas Ruas

O candidato a deputado federal pelo PTB-SP e presidente do movimento Nas Ruas, Tomé Abduch, afirmou que problemas técnicos não possibilitaram o estabelecimento de um link ao vivo com o presidente Jair Bolsonaro (PL) para o ato na avenida Paulista.

Mais cedo na manifestação, Abduch havia dito aos manifestantes que o chefe do Executivo falaria ao público remotamente.

Às 17h, quando o ato naquele carro de som foi encerrado, o presidente não tinha falado. Abduch afirmou então que o link não tinha dado certo por falta de sinal.

Grandes grupos começam a ir embora da manifestação, com o início de uma chuva na região.

Os manifestantes que tomavam um grande trecho da via seguiam, também por volta das 17h, em direção às estações de metrô mais próximas.

Bruno B. Soraggi/Artur Rodrigues/Folhapress

Ciro expressa ‘algum alívio’ após fala de Bolsonaro em Copacabana e diz que temia atos violentos

Terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, o pedetista Ciro Gomes fez uma transmissão ao vivo após a participação de Jair Bolsonaro (PL) em ato em Copacabana, no Rio de Janeiro, e demonstrou “algum alívio” com as falas do presidente.

Em Ouro Preto (MG), Ciro afirmou que ele e aliados passaram os últimos dez dias “sobressaltados, assustados com um punhado de ameaças da própria boca do Bolsonaro, esse boçal que infelizmente assumiu a Presidência do Brasil.” Ele criticou o clima gerado por empresários flagrados defendendo um golpe de estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja eleito e também “gente do ambiente rural desonesto, que é uma minoria, mas muito agressiva.”

“Tudo isso cria um ambiente em que nós ficamos com medo. Com medo como brasileiros do que iria acontecer nesse 7 de Setembro. Chegamos aqui 6h da manhã, organizei com toda militância do PDT uma nova rede da legalidade”, disse. “Nós estávamos prontos para denunciar e mobilizar uma resistência que fosse necessária se algum desatino mais grave, se alguma atitude mais violenta vitimasse nosso povo brasileiro.”

Ele disse terminar o dia com ‘algum alívio’ após ouvir as falas de Bolsonaro em Copacabana. “Não aconteceu aquilo que a gente mais temia, que fosse descambar para a violência, que inocentes fossem mortos ou inocentes fossem feridos por essa atitude absolutamente irresponsável que o chefe da nação tem tomado ante a conivência de certos setores militares também.” Ciro também voltou a atacar a polarização no país e disse estar “profundamente entristecido com o que estão fazendo no Brasil.” “Bolsonaro é produto desse nós contra eles”.

Danielle Brant, Folhapress

Bolsonaro em Copacabana faz fala anticorrupção com foco em Lula: ‘Não sou ladrão’

Com discurso em tom eleitoral na tarde desta quarta-feira (7) diante de milhares de apoiadores na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, o presidente Jair Bolsonaro (PL) acusou adversários de jogar fora das quatro linhas da Constituição e mais uma vez, para vaia geral dos presentes, disse que todos conhecem como funciona o STF (Supremo Tribunal Federal).

Bolsonaro manteve o tom eleitoral, com críticas ao risco da volta do ex-presidente Lula (PT) ao poder, e afirmou: “Não sou muito bem educado, falo palavrões, mas não sou ladrão”.

Bolsonaro atacou a esquerda, dizendo que devem ser extirpados da vida pública, e distorceu sua fala ao dizer que seu governo está há três anos e meio sem corrupção, deixando de lado alguns escândalos do governo —como as suspeitas no MEC, que levou à queda do ministro da Educação, e em torno da compra de vacinas e de obras da Codevasf (estatal federal).

O presidente disse que o Brasil é referência para o mundo todo, apontou números positivos da economia e disse que o país está decolando sob a sua gestão.

Voltou a adotar um tom religioso, assim como fizera em Brasília mais cedo, dizendo-se cristão e contra o aborto e ao que chama de ideologia de gênero. Repetiu que o seu governo colocou fim às invasões do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

Bolsonaro também repetiu seu discurso contra aborto e, apesar do histórico de ataques a jornalistas, disse defender imprensa livre e acenou à base religiosa. “Sabemos que o Estado é laico, mas seu presidente é cristão.”

No Rio, o presidente falou em um palco acompanhado do governador Cláudio Castro (PL), do empresário Luciano Hang e dos deputados federais Clarissa Garotinho (União Brasil) e Daniel Silveira (PTB-RJ), que teve sua candidatura ao Senado impugnada nesta terça (6).

O candidato à vice-presidência, Walter Braga Netto, general da reserva e ex-ministro da Casa Civil, também estava ao seu lado, além do ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira. O pastor Silas Malafaia participa dos atos em um carro de som.

O presidente chegou à capital fluminense por volta das 14h. Primeiro foi ao Aterro do Flamengo (entre o centro e a zona sul da cidade), sendo recebido em um carro aberto aos gritos de “mito”. Depois, seguiu em motociata até Copacabana.

Por ordem de Bolsonaro, as Forças Armadas mudaram o evento às pressas para o bairro, que normalmente é usado para atos a favor do presidente. Tradicionalmente, os desfiles de 7 de Setembro ocorrem na avenida Presidente Vargas, no centro da capital fluminense.

O feriado de 7 de Setembro deste ano marca os 200 anos da Independência do Brasil, mas foi usado por Bolsonaro como ato de campanha.

Pela manhã, diante de milhares de apoiadores na Esplanada dos Ministérios, o presidente discursou em tom de ameaça contra outros Poderes, com citação crítica ao STF e elogios a Michelle, que sorria ao seu lado.

Com tom machista, entoou os gritos de “imbrochável” e ensaiou fazer uma comparação com outras primeiras-damas, mas não citou diretamente a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, mulher de Lula, que também tem buscado votos femininos para o marido.

“A vontade do povo se fará presente no próximo dia 2 de outubro, vamos todos votar, vamos convencer aquelas pessoas que pensam diferente de nós, vamos convencê-los do que é melhor para o nosso Brasil. Podemos dar várias comparações, até entre as primeiras damas. Ao meu lado, uma mulher de Deus e ativa na minha vida. Ao meu lado, não, muitas vezes ela está é na minha frente”, discursou ele.

“Tenho falado com homens que estão solteiros: procure uma mulher, uma princesa, se casem com ela, para serem mais felizes ainda”, acrescentou.

A fala em tom eleitoral e com pedido de votos ocorre no momento em que enfrenta dificuldade para impulsionar sua popularidade entre eleitoras. Bolsonaro está em segundo lugar nas pesquisas, atrás do ex-presidente Lula (PT) nas simulações de primeiro e de segundo turno.

Folhapress

Eleitor de Lula, ambulante diz que escondeu toalhas do PT no 7 de setembro em Brasília

Eleitor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silvia (PT), o vendedor ambulante Rodrigo Carvalho de Brito, de 31 anos, aproveitou o feriado de 7 de setembro para incrementar o orçamento e foi vender camisetas e toalhas em alusão ao presidente Jair Bolsonaro (PL) próximo à Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
No porta-malas do carro, porém, há uma outra parte de suas mercadorias. "As toalhas do Lula eu deixei escondidas, né? Senão ia dar briga, aqui", diz o vendedor.

Brito mora na cidade satélite de Ceilândia. Ele diz ter trabalhado a vida toda como vendedor ambulante, principalmente na feira de outra cidade satélite, Taguatinga.
Na quarta-feira (7/9), ele diz que o movimento de apoiadores de Bolsonaro em direção à Esplanada garantiu boas vendas. "Já vendi 20 bandeiras só hoje, fora as camisetas", afirma.

Brito diz que decidiu esconder as toalhas com o rosto de Lula após ter visto, há alguns meses, dois homens brigando perto de sua banca.

"Um veio comprar uma toalha do Lula e o outro foi brigar com ele. Eu separei os dois mandei acabar com aquilo. Eu sou comerciante e não posso tomar partido ", conta.

"Aqui, eu só estou vendendo do Bolsonaro, mas, na feira, vendo as duas. De cada dez, seis são do Lula", diz.




Brito afirma que está inclinado a votar em Lula neste ano, mas sua mulher, que é evangélica, vem tentando convencê-lo do contrário.

"Eu, por mim, voto no Lula. No tempo dele, as coisas eram mais baratas. Mas ela (sua mulher) ouviu dizer que o Lula tá mexendo com macumba, terreiro. Está na TV, em todo lugar", diz Brito.

Segundo ele, a suposta vinculação de Lula com religiões de matriz africana está influenciando o voto dos evangélicos que conhece. "Está todo mundo falando isso. Isso vai dar ruim pra ele", disse.

- Texto orignalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-62827950

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Programação especial marca 99 anos da Rádio MEC

A Rádio MEC completa 99 anos neste 7 de setembro, mesmo dia em que se celebra o centenário da primeira transmissão de rádio no país. Exatamente um ano após a data, entrou no ar, em 1923, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, primeira emissora oficial do país, fundada por Edgard Roquette Pinto.

Sucessora da Rádio Sociedade, a Rádio MEC comemora a data com uma série de atrações especiais na programação, durante todo o dia. A principal é a transmissão, ao vivo, às 19h, do Concerto 100 anos de Rádio no Brasil.

O evento é promovido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) direto do Theatro Municipal do Rio. São destaques ainda produções como o Torna Viagem, parceria com a Antena 2, da rede pública de Portugal RTP.
#VemOuvir

A programação festiva começou às 7h25 com a faixa Manhã MEC FM, que traz repertório de música clássica nacional e flashes de informação. A partir do Concerto Rádio MEC Especial, às 12h25, com o tema Dom Pedro I, o compositor, as produções especiais seguem direto até meia-noite.

A faixa Clássicos do Ouvinte, às 13h, resgata as obras mais pedidas pela audiência. Em seguida, às 14h, a Rádio MEC leva ao ar uma seleção com o melhor da música erudita e as notícias do momento durante o Grandes Clássicos.

A emissora transmite os concertos comemorativos para marcar os 100 anos do rádio no país, às 19h. Orquestra do Theatro Municipal apresenta trechos do clássico O Guarani, de Carlos Gomes, enquanto a Sinfônica Nacional da UFF executa a obra Choros 6, de Heitor Villa-Lobos.

Logo depois, às 21h, o programa Partituras brinda o ouvinte com a primeira edição de uma série especial sobre a independência. O tema A Vinda da Família Real para o Brasil embala o concerto da Banda Sinfônica do Corpo de Fuzileiros Navais, durante apresentação na Ilha Fiscal, no Rio de Janeiro.

A sequência foi gravada com Bandas e Orquestra das Forças Armadas Brasileiras exclusivamente para a Rádio MEC e a TV Brasil. Os espetáculos foram registrados pela equipe da EBC em cenários que marcaram a história do país.

Às 22h, o programa Torna Viagem traz a edição especial Portugal e Brasil. A produção é uma parceria entre a Rádio MEC e a Antena 2, da rede pública de Portugal RTP, com apresentação de Pedro Paulo Rangel.

Para fecha a série de especiais da programação de aniversário da emissora, a Rádio MEC traz um episódio do programa Na Trilha da História sobre o contexto da independência do Brasil. A atração traça um panorama sobre as condições que permitiram ao país se declarar independente de Portugal.
Sobre a Rádio MEC

Reconhecida pelos amantes da música, a Rádio MEC é consagrada pelo público por sua vocação direcionada à música erudita. A tradicional estação dedica 80% de sua programação à música clássica e leva ao ar compositores brasileiros e internacionais de todos os tempos.

A Rádio MEC oferece aos ouvintes a experiência de acompanhar repertórios segmentados, composições originais e produções qualificadas. Ainda há espaço também para faixas de jazz e música popular brasileira, combinação que garante a conquista de novos públicos e agrada a audiência cativa.

A emissora pode ser sintonizada pela frequência FM 99,3 MHz e AM 800 kHz no Rio de Janeiro. O dial da Rádio MEC em Brasília está em FM 87,1 MHz e AM 800 kHz. Há pouco mais de um mês, desde o início de julho, o público também acompanha a programação em Belo Horizonte, na frequência FM 87,1 MHz.

Os ouvintes têm participação garantida e podem colaborar com sugestões para a programação da Rádio MEC. O público pode interagir pelas redes sociais e pelo WhatsApp. Para isso, basta que os interessados enviem mensagens de texto para o número (21) 99710-0537.
Pioneirismo e acervo histórico

Referência e pioneira na radiodfusão no país, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro foi doada em 1936 ao Ministério da Educação. Deste 2007, a Rádio MEC é gerida pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Com cerca de 50 mil registros e produções, a emissora tem um rico acervo preservado com registros raros e conteúdos exclusivos. O patrimônio inclui gravações de depoimentos que vão de Getúlio Vargas a Monteiro Lobato, passando por crônicas de Cecília Meireles e Manuel Bandeira.

A programação da Rádio MEC é totalmente voltada para a difusão da cultura brasileira. Contempla toda a diversidade da música brasileira, de gêneros como o choro, a música regional, a música instrumental e de concerto. Tem ainda programas dedicados à literatura, ao cinema, à dramaturgia e às artes como um todo.
Por EBC - Brasília

"Sensacional"; Jornal francês vaza que Neymar tem negócio em andamento para jogar em Gigante da Série A

Desde que iniciou os rumores da insatisfação de Neymar e do PSG o colocando na lista de negociáveis, o jogador vem sendo especulado em algumas equipes
As equipes do futebol nacional estão investindo em grandes nomes no mercado nacional e internacional, com contratações do nível de David Luiz e Arturo Vidal (Flamengo), Hulk (Atlético-MG), Fernandinho (Athletico-PR), Yuri Alberto e Renato Augusto (Corinthians) e entre outros. Isso porque cada vez mais o mercado nacional vem ficando atrativos para jogadores que querem ter visibilidade para garantir uma chance na Copa do Mundo.

E outro jogador que pode retornar ao futebol brasileiro é o craque do PSG Neymar. De acordo com informações do portal “LE 10 Sport”, a diretoria do Flamengo está ativa no mercado e busca a contratação do atacante para o início da próxima temporada e acredita que o desejo do atleta pode prevalecer na negociação.
                            
O jogador brasileiro chegou a ser oferecido ao Manchester City na última semana antes do fechamento do mercado. Outro clube que demonstrou interesse por Neymar foi o Chelsea. Durante entrevista o vice-presidente de futebol Rubro-Negro, Marcos Braz, falou sobre a possibilidade da contratação do atacante pós Copa, que busca negociar com o atacante.

"Acho que o caso específico de Neymar agora está fora de questão quando se analisa o mercado. Agora vem uma Copa do Mundo e se Neymar ganhar e disser 'vou morar Seis meses no Brasil, quero jogar no Flamengo '. Se ele fizer esse gesto, é possível. Se não fizer, digo que é impossível", destacou.
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Bolsonaro poderá encontrar cúpula da Justiça um dia após 7 de Setembro

O presidente Jair Bolsonaro (PL) poderá ficar cara a cara com o comando do Congresso e do Judiciário um dia após os eventos de 7 de Setembro, nos quais há um receio de que ele novamente faça pesados ataques às instituições.

Bolsonaro foi convidado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para uma sessão especial em homenagem ao Bicentenário da Independência na quinta (8), para a qual também são esperadas as presenças do presidente do STF, Luiz Fux, e do TSE, Alexandre de Moraes.

No sábado (3), o presidente chamou Moraes de “vagabundo”, por ter autorizado ação de busca e apreensão contra empresários.

A assessoria de Bolsonaro ainda não confirmou sua presença. Também foram convidados os ex-presidentes. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não irá, por ter compromisso de campanha em Nova Iguaçu. Dilma Rousseff (PT) também não deve estar presente.

Apenas Michel Temer (MDB) já aceitou o convite. No ano passado, nesta mesma data, ele acabou atuando como bombeiro, após Bolsonaro ter dirigido insultos contra Moraes.

Caso o presidente compareça, pode haver uma nova saia justa nos moldes da ocorrida durante a posse de Moraes no TSE, em agosto.

Fábio Zanini/Folhapress

Datafolha: Eleitor de Bolsonaro se preocupa mais com corrupção e valores da família

Os eleitores de Jair Bolsonaro (PL) se importam mais com o combate à corrupção e a defesa dos “valores da família” e menos com saúde, educação e emprego do que a média na hora de votar, mostra pesquisa Datafolha realizada na semana passada.

Enquanto 29% dos entrevistados no total dizem que a corrupção é a primeira, a segunda ou a terceira área mais relevante ao decidir quem será o próximo presidente, a parcela sobe para 40% entre os apoiadores do atual mandante.

Bolsonaro tem tentado atribuir a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a imagem de ladrão em seus discursos, enquanto o petista desvia do assunto. Foi o que aconteceu no primeiro debate presidencial na TV, organizado por Folha, UOL e TVs Bandeirantes e Cultura em 28 de agosto, por exemplo.

Sua campanha avalia que a estratégia tem dado resultado nas pesquisas. O presidente e seus familiares, porém, acumulam casos de suspeita de corrupção, como o esquema da “rachadinha”, o balcão de negócios no Ministério da Educação e a compra de imóveis com dinheiro vivo.

Ao votar, os bolsonaristas também se preocupam mais com os “valores da família” —34% acham o tema prioritário, mais do que os 22% no geral e o dobro dos 17% entre apoiadores de Lula. Quanto à violência, o grupo tende a seguir o restante dos eleitores (32%).

Quando questionados sobre saúde, 73% dos bolsonaristas consideram o assunto fundamental na escolha. O valor fica abaixo dos 81% totais e mais longe ainda dos 86% dos apoiadores de seu principal rival.

O mesmo acontece com educação (prioridade para 69% dos apoiadores de Bolsonaro, contra 75% do total) e com emprego e renda (49% contra 57%, respectivamente).

A última pesquisa Datafolha, que ouviu 5.734 pessoas entre a última terça (30) e quinta (1º), também mostrou que 3 em cada 4 defensores do presidente concordam total ou parcialmente com a frase “política e valores religiosos devem andar sempre juntos para que o Brasil possa prosperar”.

A porcentagem é muito superior ao resultado geral (56%), dos apoiadores de Lula (50%) e principalmente de Ciro Gomes, do PDT (42%). O presidente lidera entre evangélicos, enquanto o petista desponta entre católicos.

Grande parte dos adeptos de Bolsonaro concorda ainda que “é mais importante um candidato defender os valores da família do que ter boas propostas para a economia” para ganhar seu voto: 71% acham isso, ante 60% do total e 59% dos lulistas.

O eleitorado que apoia o presidente registra também o menor desejo de mudança. Ainda assim, 29% deles querem que as ações do próximo presidente sejam diferentes das de Bolsonaro (a média é de 72%). A saúde é a área com maior insatisfação de bolsonaristas —41% querem novas ações.

O levantamento foi contratado pela Folha e pela TV Globo e está registrado na Justiça Eleitoral sob o número BR- 00433/2022. A margem de erro de dois pontos sobe para quatro apenas entre os eleitores de Ciro. A amostra dos demais candidatos é muito pequena para a análise.

Júlia Barbon/Folhapress

Gordão, traficante do PCC que se inspira em Pablo Escobar, é preso em SP

Um dos traficantes mais procurados do Brasil de acordo com a Polícia Civil, Anderson Lacerda Pereira, o Gordão, foi preso nesta segunda-feira, 5, em Poá, na Grande São Paulo. Segundo os investigadores, o nome dele estava na lista de procurados da Interpol desde 2020 e ele era procurado desde 2017.

Anderson, também conhecido como Gordão ou Gordo, era investigado por tráfico, associação ao tráfico e lavagem de dinheiro. Segundo a polícia, ele ficou milionário e se inspirava em traficantes internacionais, como o colombiano Pablo Escobar. Ele se tornou reconhecido entre os criminosos em 2014, quando intermediou uma venda de cocaína entre a facção criminosa conhecida como PCC e a máfia italiana.

Nesta segunda-feira, a polícia também prendeu Jânio, que seria o braço direito do traficante. Acompanhados dos advogados, os dois prestaram depoimentos no 103º DP, onde vão ficar presos preventivamente por 30 dias. Em seguida, eles devem ser encaminhados para uma penitenciária.

“A prisão foi um ponto importante para a Polícia Civil do Estado de São Paulo. Ele tem um nível como o Pablo Escobar. Cabe à Justiça mantê-lo atrás das grades. Nosso trabalho foi feito. É um baque muito grande para o crime organizado e o tráfico de entorpecentes. Essa prisão é um golaço da Polícia de São Paulo”, afirmou o delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Osvaldo Nico Gonçalves, ao Estadão.

Caderno de anotações levou ao chefão

As investigações sobre o paradeiro de Gordão começaram em novembro do ano passado. Foram mais de dez meses de buscas pelos investigadores do 103º DP, localizado na região de Itaquera. O primeiro indício foi uma apreensão de pequenas quantidades de drogas, cadernos dos traficantes e armas. Em julho, a polícia confirmou que as anotações continham o nome de Jânio Nascimento Barroso, braço direito do megatraficante. O suspeito passou a ser monitorado pela polícia em uma investigação que se estendeu por quase quatro meses.

Anderson, no entanto, era cuidadoso. Os dois dificilmente eram vistos em público. Depois de um período na Bolívia, ele tomava algumas precauções inclusive para encontrar a mulher. Em São Paulo, ele se hospedava em diferentes motéis para fugir da polícia. No dia 15 de agosto, imagens do circuito interno de um desses locais mostram o encontro com a mulher.

Na segunda-feira, a polícia encontrou Jânio e Anderson almoçando em um restaurante popular na Avenida Antônio Massa, no centro de Poá.

Anderson é acusado de ter montado 38 clínicas médicas e odontológicas que eram usadas para lavar o dinheiro obtido com o tráfico internacional de drogas. Com esse esquema, o criminoso chegou a dominar os contratos da área de Saúde da cidade de Arujá, também na Grande São Paulo. Ele fechou contratos milionários, sem licitação, em serviços de distribuição de alimentos e medicamentos e coleta de lixo.


Em 2021, o Estadão mostrou a trajetória do traficante que imitava o criminoso colombiano Pablo Escobar. Gordão ficou conhecido por ter criado um esquema que combinava o tráfico de drogas com a lavagem de dinheiro, por meio de organizações sociais.

Acusado de ser um dos líderes do Narcosul, o cartel da droga do PCC e de seus associados, Gordo esteve foragido no ano passado. A polícia descobriu que ele vivia na região de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, com outras lideranças do cartel. A polícia também encontrou pistas de uma passagem sua pelo Recife. Em junho de 2020, ele deixou às pressas um de seus apartamentos antes da chegada dos policiais que cumpriam os mandados de busca e prisão da Operação Soldi Sporchi (dinheiro sujo). Ele já havia sido preso na Operação Alquimia, da Polícia Federal, em 2010, acusado de vender lidocaína e cafeína para traficantes misturarem na droga.

Procurada pela reportagem, a defesa do preso informou que irá se pronunciar no momento oportuno.

Pesquisa Genial/Quaest: Bolsonaro cresce no Sudeste e vai a 32%; Lula fica com 28%

O presidente Jair Bolsonaro (PL) tomou a liderança das intenções de voto na Região Sudeste pela primeira vez desde o início oficial da campanha, mostra pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 7. O chefe do Executivo cresceu 6 pontos porcentuais em comparação ao levantamento da semana passada, e agora tem 32% das intenções de voto.

Com o avanço, Bolsonaro ultrapassou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que manteve os mesmos 28% do levantamento anterior.

Já no Centro-Oeste e no Norte, regiões agregadas pela Quaest na divulgação dos resultados, o crescimento do petista foi maior. Lula saiu de 24% das intenções de voto na pesquisa de 31 de agosto e ficou com 33% nesta última rodada. Bolsonaro manteve 34% nas duas amostras.

Em outras regiões, os dois candidatos líderes na disputa presidencial mantiveram a mesma tendência observada nos levantamentos anteriores. No Nordeste, Lula tem 51% das intenções de voto, ante 19% de Bolsonaro. No Sul, o presidente segue na liderança, com 34% , e o petista tem 30%.

A pesquisa Genial/Quaest consultou 2 mil eleitores presencialmente entre os dias 1º a 4 de setembro. A margem de erro prevista é de dois pontos, para mais ou para menos. O registro do levantamento na Justiça Eleitoral é BR-00807/2022.

Ipiaú: Rua Juracy Magalhães será interditada aparti desta quarta-feira (07) para pavimentação asfáltica

A Prefeitura de Ipiaú informa que a Avenida Juracy Magalhães será interditada a partir desta quarta-feira, 07, devido a obra de pavimentação no local.

Os veículos considerados pesados, que estiverem em direção a Ubatã, terão que trafegar pela Avenida Benedito Lessa. Já os demais veículos poderão transitar pela Silva Jardim.

Prefeitura de Ipiaú

Polícia Militar forma 78 oficiais em cerimônia na Vila Militar, em Salvador

A noite foi de celebração para os 78 aspirantes do curso de formação de oficiais auxiliares da Polícia Militar da Bahia, na Vila Policial Militar do Bonfim, em Salvador. A solenidade foi realizada nesta segunda-feira (5), às 18h, e contou com a presença do governador Rui Costa; do comandante-geral da PMBA, coronel Paulo Coutinho e outras autoridades.
A turma foi composta por oficiais de carreira, no cargo de subtenente, com no mínimo 14 anos de serviços prestados à Polícia Militar, e foi a primeira com 49 mulheres em sua formação. O Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos (CAS), que durou 10 meses, foi idealizado pela Academia de Polícia Militar (APM) e contou com aulas específicas sobre gestão de pessoas, direitos humanos, comunicação, legislação, relações raciais e de gênero, tiro e direito penal. Após a formatura, os aspirantes a oficial ainda passarão por um período de três meses com vivências operacionais e administrativas para posterior promoção a a tenente.


Para o Comandante-geral da PMBA, coronel Paulo Coutinho, a cerimônia terá retornos positivos para a sociedade. "Hoje é um dia de júbilo para a corporação, porque nós ofertamos para a sociedade baiana mais 78 oficiais no quadro administrativo que vão ajudar e muito, sobretudo na fiscalização. Faz parte do plano estratégico da corporação para que policiais militares que ingressaram outrora na carreira de praças galguem o oficialato".
Já a aspirante a oficial PM Cledinei, formanda desta turma, acredita que o curso molda líderes cientes de sua relevância social. "A minha expectativa na progressão de carreira é viver o oficialato de maneira técnica e estruturada, onde eu possa passar aos meus subordinados o que é ser líder, em vez de chefe. Mostrar para eles que a sociedade carece não só da disciplina formal repressiva, mas sim da disciplina conscientizadora que pode mover e mostrar para todos que a humanidade é melhor do que a austeridade", sintetizou.
Homenagem
Durante a celebração, os formandos homenagearam o capitão Jorge Alexandre dos Santos, oficial já falecido, escolhido como patrono pela turma por ter uma trajetória similar à dos alunos como auxiliar da PM. O coronel Adson Marchesini, comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, também foi escolhido para ser padrinho dos aspirantes a oficial.
Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia

Profissionais de enfermagem fazem manifestação em Salvador para pressionar STF sobre piso

Profissionais de enfermagem da Bahia promovem nesta quarta-feira (7), em pleno feriado da Independência do Brasil, uma manifestação no Campo Grande em defesa do piso nacional da categoria, que pode ser derrubado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A mobilização acontece às 7h. Outro ato está previsto para sexta-feira (9), a partir das 9h, na Av. ACM, em frente ao Shopping da Bahia. “Não podemos perder essa que foi uma vitória histórica. Conseguimos aprovar o piso no Congresso e obter a sanção presidencial e precisamos lutar para que a nossa conquista seja respeitada pelo Judiciário”, afirmou o vice-presidente licenciado do Conselho Regional de Enfermagem da Bahia, Holmes Filho.

No último domingo (4), um mês após a conquista histórica da sanção presidencial da Lei 14.434/2022, que estabelece o piso salarial da enfermagem, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, suspendeu temporariamente o piso nacional da categoria. A decisão monocrática, sujeita à avaliação dos demais ministros do Supremo, respondeu à Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) apresentada pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde), uma entidade que representa interesses dos empresários do segmento.

“Fica claro que essa decisão foi tomada sem levar em consideração a importância da enfermagem, sobretudo depois de todos os esforços na pandemia da Covid-19”, acrescentou Holmes Filho. Ele ressaltou que a classe, composta por mais de 2,6 milhões de profissionais no Brasil, sendo 150 mil na Bahia, está em busca de uma solução definitiva sem a perda do direito conquistado e assegurado por lei.

Os profissionais da enfermagem buscam a aprovação do piso salarial nacional há décadas, um processo muito longo. Isso se deve, principalmente, pelo baixo número de representantes que esses profissionais possuem em cenários estratégicos do país, como Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas, Congresso Nacional e Senado.

Sabe-se que todos os estudos de impactos orçamentários foram devidamente apresentados e debatidos com os entes da União, estados e municípios, de maneira plural e transparente junto ao Congresso Nacional, com análise técnica dos conselhos Federal e Regionais de Enfermagem, sendo considerado viável a aprovação do piso salarial e sua implementação no sistema de saúde público e privado, obtendo assim a sanção presidencial para seu pleno vigor.

Bolsonaro manda, e Exército prepara liberação de caminhões para o 7 de Setembro

O presidente Jair Bolsonaro (PL) determinou nesta terça-feira (6) a liberação de caminhões para acesso à Esplanada dos Ministérios, desautorizando uma ordem das forças de segurança que vetaram a entrada desses veículos como medida de segurança para o 7 de Setembro.

A ordem foi enviada para os organizadores do evento. Fontes envolvidas nas comemorações informaram à reportagem, sob reserva, que os caminhões devem ficar estacionados na Esplanada dos Ministério durante o desfile militar.

Militares do Exército já estão cadastrando cerca de 60 veículos que devem entrar na Esplanada.

Na noite de segunda (5), a Secretaria da Segurança Pública do Distrito Federal bloqueou preventivamente a Esplanada após detectar a tentativa de acesso de caminhoneiros ao local.

De acordo com pessoas envolvidas na segurança do 7 de Setembro, mais de dez caminhões tentaram driblar as proibições e ingressar na área bloqueada para esse tipo de veículo.

O veto à entrada dos veículos na Esplanada era uma das prioridades da segurança do STF (Supremo Tribunal Federal) para o 7 de Setembro.

No ano passado, caminhoneiros apoiadores de Bolsonaro romperam as barreiras de segurança na véspera do Dia da Independência e pressionaram para invadir o prédio do Supremo.

À época, o presidente do STF, Luiz Fux, ligou para diversas autoridades ligadas à segurança do 7 de Setembro para garantir que teria apoio contra a investida dos caminhoneiros.

Fux conversou com o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), o então comandante militar do Planalto, general Rui Yutaka Matsuda, e o secretário de Segurança Pública local, Júlio Danilo.

A decisão foi não forçar a retirada dos veículos e encontrar uma saída negociada com as lideranças. Os caminhoneiros deixaram o local na madrugada do dia 9 de setembro.

Para este ano, a segurança envolveu um número maior de servidores da Secretaria de Segurança Pública, além de militares e funcionários de outros órgãos públicos e tribunais superiores.

Camila Mattoso/Cézar Feitoza/Renato Machado/Folhapress

Barroso e Pacheco defendem necessidade de fonte de recursos para piso da enfermagem

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luis Roberto Barroso e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defenderam nesta terça-feira (6) a necessidade de uma fonte de recursos para viabilizar a lei que estabeleceu remuneração mínima para enfermeiros e auxiliares e técnicos de enfermagem.

Os dois se reuniram por cerca de uma hora no gabinete de Barroso, que é relator no Supremo da ação suspendeu a lei. O encontro foi fechado.

Em nota divulgada após a reunião, o Supremo informou que ambos buscam viabilizar uma solução para a implementação do piso nacional da enfermagem após a decisão do ministro.

Os dois defendem a importância da necessidade do piso, mas “concordaram com a necessidade de uma fonte de recursos perene para viabilizar os salários num patamar mínimo”.

“Três pontos foram colocados como possibilidades: a correção da tabela do SUS; a desoneração da folha de pagamentos do setor; e a compensação da dívida dos estados com a União”, diz a nota.

Os dois se comprometeram a prosseguir os trabalhos em busca de consenso. A decisão de Barroso será analisada em sessão do plenário virtual do STF que se inicia na próxima sexta-feira (9).

O julgamento virtual, em uma plataforma na qual os ministros depositam seus votos, vai durar uma semana e poderá ser interrompido caso algum integrante do Supremo peça para analisar a causa no plenário físico.

Também pode ser interrompido no caso do pedido de vista de algum ministro, que paralisaria o tema.

Barroso suspendeu no último domingo (4) o piso salarial nacional da enfermagem.

O magistrado determinou a suspensão “até que seja esclarecido” o impacto financeiro da medida para estados e municípios e para os hospitais.

A norma fixou o salário mínimo de R$ 4.750 para os enfermeiros. Técnicos em enfermagem devem receber 70% desse valor, e auxiliares de enfermagem e parteiros, 50%.

Barroso deu 60 dias para que os entes da federação, entidades do setor e os ministérios do Trabalho e da Saúde se manifestem sobre a capacidade para que o piso seja cumprido. “A medida cautelar se manterá vigente até que a questão seja reapreciada à luz dos esclarecimentos prestados”, decidiu.

A lei foi aprovada pelo Congresso após grande pressão da categoria. O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou a legislação, que agora está suspensa, em 4 de agosto.

A decisão foi dada em ação apresentada pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços. O ministro afirmou que a entidade apresentou “alegações plausíveis” de possíveis “demissões em massa” com a nova lei.

“Embora ainda não haja dados oficiais sobre as demissões no setor, tendo em vista que a lei sequer completou seu primeiro mês de vigência, as entidades representativas do setor são unânimes em afirmar que a dispensa de funcionários será necessária para o equacionamento dos custos”, afirmou.

Segundo o magistrado, “a previsão parece guardar coerência com o impacto estimado pela Câmara dos Deputados para o setor privado hospitalar, que é de R$ 10,5 bilhões, considerando as entidades com e sem fins lucrativo”.

Além disso, ele também citou possível “prejuízo à manutenção da oferta de leitos e demais serviços hospitalares, inclusive no SUS (Sistema Único de Saúde).”

José Marques, Folhapress

Bahia registra 470 casos de Covid-19 e mais um óbito nas últimas 24 horas

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 470 casos de Covid-19 e uma morte. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), de 1.688.442 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.657.255 são considerados recuperados, 521 encontram-se ativos e 30.666 pessoas foram a óbito.

Segundo a Sesab, o boletim epidemiológico desta terça-feira (6) contabiliza ainda 2.010.887 casos descartados e 359.400 em investigação. Na Bahia, conforme a secretaria, 68.391 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Vacinação

A Sesab ainda informa que a Bahia contabiliza 11.646.012 pessoas vacinadas contraa Covid-19 com a primeira dose, 10.812.332 com a segunda ou dose única, 7.207.841 com a de reforço e 2.031.292 com o segundo reforço. Do público de 5 a 11 anos, 1.035.874 crianças foram imunizadas com a primeira dose e 659.100 tomaram também a segunda. Do grupo de 3 e 4 anos, 40.240 tomaram a primeira dose e 3.294 já tomaram a segunda dose.

Rui diz que Congresso não indicou fonte para pagar piso a enfermeiros; ex-presidente do Coren-BA rebate

O ex-presidente do Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren-BA) e professor Jimi Medeiros rebateu nesta terça-feira (6) o governador da Bahia, Rui Costa (PT), que defendeu a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), em suspender o piso salarial dos enfermeiros enquanto não houver definição sobre os recursos que serão usados no pagamento.

“O Estado da Bahia, para servidores concursados, paga bem mais que o piso. O que acho é que o Congresso deveria, ao lado da justa e merecida aprovação do piso, ter reajustado a tabela do SUS ou dito qual era a fonte de financiamento disso”, avaliou o governador. “É como se eu dissesse ao meu filho que ele vai ganhar 10 bicicletas. Aí sua mulher pergunta com que dinheiro e você diz ‘não sei não'”, comparou o governador.

“Falta vontade política. Orçamento cabe perfeitamente este elemento de despesa. Fora todas as fontes de custeio que já foram apresentadas. O governador não deve se ater a isso, pois sempre teve um péssimo histórico com os servidores”, disse Jimi. Rui afirmou que foi procurado por representantes das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), desesperados com o impacto do novo piso no funcionamento da unidade e falando na possibilidade de fechar as portas.

“Rui deveria atender também os profissionais de saúde, as mães e pais de família que foram verdadeiros anjos na pandemia e continuam até hoje atuando de forma incansável. Ai o governador iria escutar as demandas dos operadores da saúde, daqueles que fazem milagre diariamente devido às péssimas estruturas nas unidades de saúde, principalmente estaduais”, completou o professor.

Pacheco decide não ir ao desfile 7 de setembro com Bolsonaro

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu não comparecer ao desfile do Bicentenário da Independência nesta quarta-feira (7) em Brasília.

O parlamentar já havia dito a interlocutores que não iria caso avaliasse que o evento poderia virar um palanque eleitoral conduzido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Pacheco, no entanto, permanece em Brasília e participará da sessão convocada para a quinta-feira (8).

Quem também não deve comparecer é o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Ele participa de um evento de campanha em Maceió (AL). O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, ainda avalia.

Bolsonaro voltou a criticar o ministro do STF Edson Fachin nesta terça-feira (6), após o magistrado suspender trechos de decretos presidenciais que facilitavam o acesso a armas e munições. Ele disse que “resolveria” a questão, passando por cima da decisão do Supremo.

“E peço a quem está assistindo que acredite em mim. Acabando as eleições, a gente resolve a questão dos decretos em uma semana. Todo mundo tem que jogar dentro das quatro linhas da Constituição”, disse, sem dar detalhes de como tratará a questão se for eleito para mais quatro anos no Planalto.

Fábio Zanini/Folhapress

Bolsonaro promove inédita fusão de ato eleitoral e celebração cívico-militar no 7 de Setembro

O presidente Jair Bolsonaro (PL) promove nesta quarta uma inédita fusão de ato de campanha eleitoral e celebração cívico-militar do 7 de Setembro, turbinado por ocasião do Bicentenário da Independência.

Além do evento em Brasília, de natureza mais institucional, o presidente forçou a realização de um ato na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, em que irá se apresentar à frente de navios da Marinha em parada, militares do Exército e aviadores da Esquadrilha da Fumaça.

Trata-se da culminação da nova etapa da disputa institucional entre Bolsonaro e outros Poderes, que começou nos embates sobre o manejo da pandemia e é focada agora no presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, e outros ministros do Supremo. O presidente sustenta suas críticas ao sistema de urnas eletrônicas, apesar de já ter sido desautorizado tecnicamente e politicamente.

Ainda assim, terá à sua frente palco para repetir suas mentiras. Tal postura já ensejou temor de um desejo de golpe clássico, com apoio militar, visto como opção remota até por falta de condições objetivas.

Mas uma confusão ao estilo 6 de janeiro de 2021 nos Estados Unidos não está fora do radar, até porque o Distrito Federal é um dos pontos nevrálgicos da Federação em termos de apoio a teses bolsonaristas, como aponta estudo sigiloso conduzido por um grande banco, ao qual a reportagem teve acesso.

Como pano de fundo, o segundo lugar nas pesquisas, atrás de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A seguir, um compêndio do que está em jogo.

O que o presidente fará neste 7/9? Além de um evento em Brasília, Bolsonaro irá ao Rio, onde comandará um ato que funde a celebração do Bicentenário da Independência com sua agenda eleitoral e golpista. Ele mandou as Forças Armadas cancelarem o desfile no centro da cidade e supervisionará uma parada naval que já estava prevista e apresentações da Esquadrilha da Fumaça e de paraquedistas do Exército.

Isso é inédito? Por que acontece agora? Sim, nunca houve tal confluência. Bolsonaro, depois de um recuo tático no ano passado, retomou seu discurso golpista contra o sistema eleitoral, colocando as urnas sob suspeita. Isso ocorre em um momento em que ele se mantém na segunda posição da disputa pelo Planalto, atrás de Lula em todos os levantamentos sérios, a começar pelo do Datafolha.

Então ele quer parecer forte? Sim, Bolsonaro busca uma imagem de apoio popular para vender em seu horário eleitoral gratuito. De quebra, tenta intimidar quem crê que ele pode tentar alguma aventura autoritária ao sugerir que os militares o apoiam no golpismo.

Mas os militares o apoiam? Entre os 16 generais do Alto-Comando do Exército, dois ou três foram ambíguos acerca do discurso de Bolsonaro contra o sistema de votação eletrônico, e o restante não deixou margem em conversas para a ideia de uma ruptura. O mesmo se vê nas outras Forças. Em 1964, havia apoio majoritário do empresariado, da mídia e dos EUA à mudança de governo pelos fardados.

Agora é diferente? Sim, agora banqueiros e empresários se uniram à sociedade civil em manifestos democráticos, a mídia se expressou contra o autoritarismo e os EUA defenderam o sistema eleitoral.

Como o presidente poderia querer dar um golpe, então? Ele sugere que gostaria de dar um, insuflando apoiadores contra aqueles que percebe como rivais, no caso ministros do STF como Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso. O modelo mais óbvio é o 6 de Janeiro, em que seu ídolo Donald Trump estimulou uma turba a invadir o Capitólio dos EUA, que confirmava a vitória de Joe Biden na eleição.

Como isso pode acontecer no Brasil? A hipótese mais pessimista é a de uma confusão em Brasília, apoiada, por exemplo, por caminhoneiros de setores aliados ao bolsonarismo, com cerco a prédios públicos como o do Supremo. Isso se insinuou no 7 de Setembro do ano passado, assustando de fato as instituições, e já houve um incidente semelhante agora. Se o governo local não conseguir ou não quiser controlar os bolsonaristas, e a atual gestão é alinhada ao Planalto, teria de chamar as Forças Armadas.

A opção é isso ser feito pelo chefe do Legislativo ou do Judiciário. Mas aí vem o impasse: eles teriam de fazer o pedido a Bolsonaro. Se ele se recusasse a aceitá-lo, há um entendimento no STF de que a corte poderia assumir a rédea do processo, na prática destituindo o presidente de sua função. Seria caótico.

Mas aí os militares não apoiariam Bolsonaro? Em toda conversa com o alto oficialato o discurso é o mesmo: ninguém gosta muito de Lula, alguns gostam do presidente, mas ninguém aderiria a uma ruptura.

Essa crença foi abalada nas duas últimas gestões do Ministério da Defesa, bolsonaristas na prática: o atual titular da pasta estava na linha de frente dos questionamentos às urnas eletrônicas, seu antecessor virou o vice na chapa de Bolsonaro. Generais dizem, contudo, que numa crise ficariam com a Constituição —restando saber se seria a interpretação da Carta pelo STF, objeto constante de críticas na cúpula militar.

Como pesa a decisão de Fachin de restringir a flexibilização de armas alegando risco de violência eleitoral? O ato foi malvisto por militares, que leem nele uma interferência indevida por parte do ministro num assunto do Executivo. Bolsonaristas viram uma provocação clara para testar até onde o presidente irá na retórica, talvez sob risco de infringir alguma lei, ordinária ou eleitoral. Em resumo, adicionou pimenta ao caldo que já estava ardido com as decisões de Moraes contra empresários que apoiam o presidente.

E outros atores políticos, como se portam? O grosso do establishment já se posicionou em favor das urnas. Levantamento sigiloso feito por um grande banco privado em agosto conversou e mapeou 168 atores estaduais, como governadores e comandantes de Polícias Militares, para avaliar o risco de ruptura.

No geral, é bastante baixo, mas alguns estados merecem atenção especial, como aqueles vistos como os mais bolsonaristas institucionalmente: Rondônia, Minas Gerais e Espírito Santo. Nesse ranking, o estado de maior densidade política, São Paulo, está apenas em décimo lugar, numa classificação de risco baixa.

Mas e o centrão? Ele apoia Bolsonaro. Sim, mas não é algo incondicional, tanto que são membros do grupo os primeiros a repetir a história de que “vamos controlar o presidente”. Não interessa aos próceres do centrão uma implosão institucional, algo que colocaria em jogo seus próprios mandatos e esquema de poder pactuado com Bolsonaro —todos, inclusive Lula, acreditam em acordo se o petista for eleito.

O que esperar do 7 de Setembro? Em princípio, Bolsonaro tentará auferir a cristalização do apoio que já tem, 32% do eleitorado, segundo a mais recente pesquisa Datafolha. Parece improvável que ele vá ampliar sua vantagem ou roubar votos de outros candidatos ao exibir as imagens do desfile, mas é o que pode fazer neste momento. Ao mesmo tempo, se engrossar a retórica golpista, poderá também consolidar a alta rejeição contra si, de 52%, considerada um dos obstáculos mais complexos para uma eventual virada.

Pode haver violência? Em Brasília, o STF aprendeu a lição de 2018 e já reforçou sua segurança para evitar surpresas. Em São Paulo, onde a organização conta com grupos extremistas, monitoramento de redes sociais não identificou um discurso unificado. Pode haver conflito, claro, caso surjam manifestantes contrários aos direitistas, mas os movimentos sociais associados ao petismo já marcaram um ato próprio para o sábado (10), justamente para tentar evitar embates e comparações com o ato bolsonarista. O mesmo cenário pode ser pintado para o Rio, mas ali a forte presença militar poderá coibir crises.

E os empresários que ainda organizam e ajudam esses grupos? Nos últimos anos, o inquérito das fake news instaurado por Moraes trabalhou para desarticular redes bolsonaristas extremistas que, acredita a PF, só viviam porque eram financiadas de forma direta ou indireta. Objeto de críticas por decisões polêmicas de Moraes, a ação até aqui parece ter reduzido o escopo dos grupos mais radicais, ideia que resiste à primeira ação de uma única pessoa que seja. Sem comparar motivações políticas, é o que demonstra a tentativa de assassinato da vice-presidente Cristina Kirchner na Argentina.

Além da foto, caso não haja um fracasso de público, o que ganha Bolsonaro? A ideia de que o apoio eleitoral e à sua campanha golpista são do mesmo tamanho, o que não é a verdade. Caso perca a eleição, Bolsonaro certamente contestará o resultado, como já deixou claro a embaixadores, mas o desenho político atual não permite a ele contar com apoios decisivos para além da retórica.

Ele sempre pode, como Jânio Quadros fez, em 1961, radicalizar —sob o risco de acabar como o antecessor, que renunciou na esperança de um autogolpe só para ver todos virarem as costas a ele.

Igor Gielow/Folhapress

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