Covid-19: Brasil registra 5.197 casos e 11 mortes em 24 horas

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde neste domingo (27) indicam que, em 24 horas, foram registrados 5.197 novos casos e 11 mortes por covid-19 no país. Desde o início da pandemia, o Brasil contabiliza 35.168.201 casos confirmados e 689.479 óbitos pela doença.

Ainda segundo o boletim, 34.186.532 pessoas se recuperaram da infecção (97,2% do total) e 292.190 pacientes estão em acompanhamento.
Estados

O estado de São Paulo lidera o número de casos, com 6,1 milhões, seguido por Minas Gerais (3,9 milhões) e Paraná (2,7 milhões). Já o menor número de casos é registrado no Acre (153,6 mil), seguido de Roraima (178,5 mil) e Amapá (180,9 mil).

Os dados mostram ainda que São Paulo apresenta o maior número de mortes provocadas pela doença (176.133), seguido pelo Rio de Janeiro (76.054) e por Minas Gerais (63.943). Acre (2.029), Amapá (2.165) e Roraima (2.176) registram o menor número de óbitos.

Vacinação

De acordo com o ministério, até o momento, foram aplicadas 493 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo 180 milhões com a primeira dose e 163 milhões com a segunda dose. A dose única foi aplicada em mais de 5 milhões de pessoas.

Agência Brasil

Aliados de Bolsonaro no PL se dispõem a disputar nova eleição e revelam divisão

O relatório do PL questionado as urnas eletrônicas evidenciou a falta de unidade na bancada eleita pelo partido no Congresso. Bolsonaristas como os deputados Carla Zambelli (SP), Filipe Barros (PR), Gustavo Gayer (GO) e Nikolas Ferreira (MG), além do senador Magno Malta (ES), chegaram a dizer que aceitariam disputar uma nova eleição em nome da “transparência”.

Entre parlamentares da velha guarda, não se ouviu palavra sobre isso, e a postura dos colegas radicais foi considerada risível.

Na cúpula do PL, já se prevê que a bancada seguirá dividida em três a partir de 2023, com uma parte fiel a Bolsonaro, outra piscando para Lula e uma com comportamento de centrão “raiz”, negociando apoio parlamentar conforme as circunstâncias.

As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.

Folha de S. Paulo

Cristina Kirchner tem semana definitiva em julgamento por atos de corrupção

As próximas semanas não serão apenas definidoras do futuro jurídico da vice-presidente Cristina Kirchner diante das mais de cinco causas que enfrenta na Justiça. Serão também, definitivas no que diz respeito à política. A ala mais ligada ao presente Alberto Fernández, prefere que ela se atenha em defender-se em seus processos, e influencie pouco na formação das listas para as primárias eleitorais, que definirão o sucessor para o cargo em 2023 e parte do Congresso.

Nesta terça-feira (29), Cristina Kirchner terá longa seção para que ela e os 13 acusados na obra de viabilidade pública apresentem sua última defesa no caso. A sessão começa às 9.30 e não terá hora exata para acabar. Dos processos contra a Cristina, esse é o mais avançado, e uma condenação neste processo pode ocorrer ainda em dezembro.

Paralelamante, corre o processo que envolve a suposta participação da banda dos copitos de nieve em sua tentativa de assassinar a presiente. Neste caso, há retrocessos no que a vice pretendia, a de esclarecer o vínculo entre o grupo de extremistas de direita, Revolução Federal, em uma suposta ação coordenada entre o grupo de Leonardo Morel, que está preso, e o empresário amigo de Macri, Nicolás Caputo. Cristina queria o afastamento da juíza Maria Eugenia Cacuphetti, que considerava próxima a Macri, mas esta será mantida.

Hoje, o racha entre “albertistas” e “cristinistas” no governo é quase mais fererenho do que entre a própria oposição. Entre os peronistas, figuram com melhor chance o ministro Wado de Pedro ou algum outro escolhido de Cristina. Com a ligeira melhora da economia do país, ainda que em meio ao caos, mas com uma inflação controlada à força de congelamentos, Sergio Massa é um candidato possível.

Com menos de 20% de aprovação, é difícil que Cristina se lance diretamente ao posto, e mais provável que escolha continuar como vice ou alçar-se à senadora, para garantir a imunidade parlamentar. Em seus últimas aparições e em conversas com seus amigos mais íntimos, a preocupação de Cristina é livrar de acusações os filhos Máximo, hoje deputado, e Florencia, menina abalada pelo que os pais a fizeram passar, e que passou anos em um centro de recuperação em Cuba. Ambos estão envolvidos numa das causas que ainda não estão mais atualizadas que a atual. Mais que o centro do poder novamente, Cristina tem como prioridade salvar a filha, que atravessou quadros sensíveis de depressão e problemas decorrentes, em internação em Cuba. Dentre os dois, é quem tem a situação mais frágil, a de não ter imunidade partlamentar.

As vitórias de Cristina no plano jurídico não foram poucas nestes anos, desde a reforma da formação da Corte de Magistados do País ao questionamento insistente de promotores responsáveis por suas causas. Três anos depois da posse e à frente do Senado do país, pode-se dizer que as prioridades de Cristina estiveram no lado da Justiça. Setor em que Fernández não se moveu.

Se a Justiça acata o pedido de prisão de 12 anos por conta da obra da viabiliade púbica, algo que deve ocorrer ainda neste ano, Cristina terá de passar por um impeachment no Congresso para perder a imunidade e, a partir de então, responder a causa. No momento, isso não se configura como possível, pois a ex-mandatária possui os votos nas duas casas para manter-se com seu foro.

Embora a vitória de Luis Inácio Lula da Silva tenha animado os kirchneristas, que o interpretam como uma carona possível para seus candidatos em 2023, quando ocorre a sucessão presidencial argentina, analistas políticos locais veem que a proximidade de Lula com os kirchnerista teria de ser cuidadosa. “Em um ano, o mais provável é que Lula esteja lidando com uma força de centro-direita recém-eleita na Argentina. Ou seja, por mais que o chamem para integrar a campanha do peronista, Lula deverá ser hábil”, diz o ex-diplomata e analista político Diego Guelar, à Folha.

O poder vem sendo exercido, na realidade, na Argentina, por duas figuras que não passam pelo atual mandatário. São eles a vice Cristina Kirchner, que praticamente não mantém contato diário com o presidente Alberto Fernández, mas sim com seu ministro da Economia, Sergio Massa, artífice dos congelamentos e do ponto em suspense em que se encontram os compromissos de pagamento da dívida de US$ 44 bilhões com o fundo monetário internacional.

“A única forma de que suplantem no dia-a-dia a Alberto, é não saírem juntos em fotos e atos”, afirma Guelar. Assim, Cristina fica livre para atuar com a militância, assim como as tratativas com grandes empresas ficam por conta de Massa, que se queima em nome de não manchar a imagem de Cristina como líder da ala mais kirchnerista do setor, ainda reduto importante de votos. Diferenças enormes entre essas duas gestões estão no avanço das legislações anti-violência-doméstica e a favor do aborto apenas pela vontade da mulher. Paulas que o governo Lula não mostra poder avançar neste momento.

Enquanto no processo do atentado à sua pessoa, Cristina usa a hipótese de vínculo do empresário melhor amigo de Macri, Nicolás Caputo, aos moleques extremistas que a ameaçaram. Nas causas de corrupção contra ela e seus filhos, além de funcionários de governo, a estratégia é apelar para a muleta do “lawfare”, construção que pega fácil em esquerdistas mais radicais, como os de sua base kirchnerista, mas causa enorme divisão entre justistas.

Sylvia Colombo / Folha de São Paulo

Bolsonaro promete a aliados deixar a reclusão a partir desta semana, diz jornal

Sumido de atividades públicas desde a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) prometeu aos aliados que vai romper o silêncio e começar a se movimentar politicamente a partir desta semana. O atual chefe do Executivo teria sido convencido por interlocutores próximos – dentre eles o presidente do PL, Valdemar Costa Neto – de que o vácuo de poder deixado por sua ausência é prejudicial.

A informação é do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

Jitaúna: Médico sofre acidente de carro na BR-330 e fica gravemente ferido

Foto: Redes Sociais

O Médico Rômulo Garcia Mazanti, sofreu um grave acidente quando trafegava na manhã deste domingo (27) pela BR-330, na região do Cajueiro, altura do município de Jitaúna. De acordo com o Blog Jitaúna em Dia, a caminhonete que o profissional de saúde conduzia saiu da pista e desceu uma ribanceira, capotando e batendo no tronco de uma árvore em uma plantação de cacau.

Imagem: Redes Sociais

O acidente ocorreu quando o médico retornava de Jequié sentido Jitaúna. A causa não foi esclarecida. Ainda segundo as informações, o médico sofreu algumas fraturas, passou por processo cirúrgico e segue hospitalizado no Hospital Prado Valadares, na cidade de Jequié.

Acidente em 2019

Imagem de acidente em 2019

O mesmo médico já tinha se envolvido em um acidente no mesmo trecho da BR-330, entre Jequié e Jitaúna, no dia 21 de setembro do ano de 2019 (lembrar). À época, uma caminhonete Hilux, conduzida por Rômulo, teria invadido a via contrária no KM 804, na altura da localidade conhecida como “Bica” e colidido com uma picape Strada. Nesse veículo estavam duas pessoas, uma delas, conhecida como José Santos da Silva, “Pelé, 52 anos. O filho dele, Renan Santos Silva, de 22 anos, estava como passageiro e ficou ferido. A família das vítimas realizou alguns protestos pedindo justiça contra o acusado de provocar o acidente. (Giro Ipiaú)

Maiquinique: Valéria Silveira bate Batoré e vence eleições suplementares com 51,4%

Os eleitores de Maiquinique retornaram às urnas neste domingo (27) e elegeram Valéria Silveira (Podemos) para a Prefeitura da cidade. Silveira, apoiada pelo governador eleito Jerônimo Rodrigues (PT), venceu o pleito com 51,4% dos votos contra os 48,58% obtidos por Chico Batoré, do Solidariedade. A eleição ocorreu hoje após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de cassar os mandatos do prefeito Jesulino de Souza Porto.

'Muitos traficantes abandonaram a vida do crime por minha causa', diz pastora e ex-candomblecista

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Gólgota, o nome da colina onde Jesus foi crucificado, vem do hebraico e pode ser traduzido como "caveira". Ao escolher esse nome para seu projeto sobre o evangelicalismo brasileiro, o fotógrafo Ian Cheibub mira o duplo sentido que a palavra adquire num país cada vez mais evangélico: "Um território que é máquina de morte, mas também um lugar de sacrifício, ressurreição e redefinição de significados".

O Brasil, que já beirou a unanimidade católica e hoje vê a fé evangélica avançar até uma provável maioria daqui a dez anos, está ressignificando o que é ser cristão. A reportagem conversou com três pastores que Cheiub retratou para compreender melhor o pastoreio evangélico: a ex-candomblecista Norma Bastos, o ex-traficante Nilton Pereira e o evangélico de berço Silas Malafaia.

A Bíblia dimensiona a importância da função quando, no salmo 23, sublinha a onipotência divina: "O Senhor é meu pastor, nada me faltará".

No dia a dia das igrejas, o pastor serve de bússola para fiéis. Ele --ou ela, se a liderança incluir mulheres-- prega a palavra de Deus e pode saciar fomes menos espirituais, como a provisão de cestas básicas para quem precisa.

A figura pastoral acabou sendo também associada, sobretudo por pessoas de fora da religião, à alguém que quer explorar uma massa incapaz de discernir a própria subserviência.

Um olhar mais próximo, contudo, revela uma teia social bem mais complexa, marcada por uma horizontalidade que pouco lembra a hierarquia rígida da Igreja Católica.

Há denominações mais estruturadas, com um líder que pode ser chamado de apóstolo, bispo, missionário ou pastor. Mas a malha evangélica é formada principalmente por igrejas pequenas. Qualquer um pode abrir um templo e pastorear.

Norma Bastos, 60, pastora da Assembleia de Deus Água Cristalina

"Vivi uma vida cruel por muito tempo, entendeu? Vendendo drogas, armas. Mataram o rapaz que trazia para eu vender. Ainda fiquei trabalhando com essas coisas. Aí o Senhor enviou uma mensageira, uma profeta, uma irmã da [igreja] Deus É Amor. Ela falou que queria falar comigo. Mas eu estava muito drogada, muito embriagada, e ela viu muito homem [criminosos] perto de mim. Ficou com medo e foi embora.

Deus mandou ela voltar. Ela falou que Deus tinha mensagem pra minha vida, que Ele falou para eu abandonar aquilo tudo, que eu morreria, eu não viveria, aleluia, glória a Deus, louvado seja o nome santo do Senhor. Louvo a Deus pela vida dessa missionária, a Neuzinha. Abandonei tudo e fui pro monte [Monte das Oliveiras, morro na zona oeste carioca de forte trânsito evangélico]. Lá foi falado que tinha laço de morte pra mim quando eu chegasse na favela.

Fiquei apavorada. Era uma nova convertida, não entendia nada direito. Mas o Senhor falou comigo, face a face: "Minha filha, quem está tentando contra sua vida, eu vou exterminar cada um deles". Depois de três dias, começaram a vir me falar: "Fulano morreu, mataram sicrano".

Moro na favela do Jacarezinho, amém? Tô na presença do Senhor vai fazer 20 anos. Sou ganhadora de almas. Ganhei muitas para o Reino dos Céus. Muitos traficantes abandonaram a vida do crime por minha causa, assim como eu abandonei por causa da Neuzinha.

Passei um tempo no candomblé, saí, depois fui pra umbanda. Carregava essa moça [entidade que recebia]. Não gosto de falar muito disso, foi passado. Graças a Deus o Senhor me libertou disso tudo, irmã. Depois que aceitei Jesus foi tudo perfeito, tudo maravilhoso. O Senhor trabalhou na minha vida, está sendo uma bênção.

Parei de fazer essa obra porque chegou a pandemia, e ficou tudo muito dificultoso pra mim, amém? Mas eu ia nas cracolândias orar, levar comida e a palavra de Deus, que alimenta. Não recebo mais doações para fazer a obra missionária, seria bom se vocês arrumassem algum empresário para ajudar.

Temos que ter fé porque Deus é um só. Até os macumbeiros têm fé em Deus. Eles falam Oxalá."

Protestos se espalham pela China, na maior onda desde que Xi assumiu o poder

Protestos contra a restritiva política chinesa de Covid zero sustentada pelo regime de Xi Jinping se multiplicaram neste domingo (27), com cenas registradas em cidades como Pequim e Xangai e em universidades locais. A onda de atos pode ser a maior na China continental desde que o líder assumiu o poder do Partido Comunista.

A sequência de desobediência civil começou depois de um incêndio atingir um prédio residencial e deixar dez pessoas mortas na noite de quinta-feira (24) na região chinesa de Xinjiang. Para manifestantes na capital Urumqi, a manutenção da política de Covid zero causou as mortes.

A China defende a política de Covid zero como forma de evitar a sobrecarga de seu sistema de saúde. A estratégia, que envolve confinamentos em larga escala, restrições de viagens e testes em massa, tem sido um duro golpe para a economia do país.

Em Xangai, cidade mais populosa da China, moradores se reuniram na noite deste sábado (26) na rodovia Wulumuqi para uma vigília feita com velas, que se converteu em protesto nas primeiras horas deste domingo.

Sob a observação de um grupo de policiais, manifestantes levantaram folhas de papel em branco como um símbolo de protesto contra a censura. De acordo com vídeos que circularam em redes sociais, os manifestantes gritaram “suspendam o bloqueio de Urumqi, suspendam o bloqueio de Xinjiang, suspendam o bloqueio em toda a China”. As filmagens não puderam ser verificadas.

Segundo testemunhas e vídeos, mais tarde um grupo gritou “abaixo o Partido Comunista, abaixo Xi Jinping”, em um raro protesto público contra a liderança do país.

Horas mais tarde no domingo, a polícia manteve forte presença na rodovia Wulumuqi e isolou as ruas ao redor, de acordo com vídeos que não puderam ser verificados. À noite, centenas de pessoas se reuniram novamente perto de um dos cordões de isolamento, algumas segurando folhas de papel em branco.

“Estou aqui por causa do incêndio em Urumqi. Estou aqui pela liberdade. O inverno está chegando. Precisamos de liberdade”, um manifestante afirmou à agência de notícias Reuters.

Na Universidade de Tsinghua, em Pequim, dezenas de pessoas realizaram um protesto pacífico contra as restrições para controlar a Covid. Elas cantaram o hino nacional chinês, de acordo com imagens e vídeos publicados em redes sociais.

Em um vídeo que não pôde ser verificado, um estudante universitário de Tsinghua incitou a multidão para falar. “Se não ousarmos falar porque temos medo, as pessoas ficarão desapontadas conosco.”

Um estudante que viu o protesto de Tsinghua afirmou à agência de notícias Reuters que se sentiu surpreso com a manifestação.

“As pessoas estavam muito entusiasmadas, foi impressionante”, disse o estudante, que preferiu se manter anônimo.

A onda de protestos públicos é rara na China continental. Para Dan Mattingly, professor assistente de ciência política na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, as manifestações vão deixar o Partido Comunista sob pressão.

“Há uma boa chance de que uma resposta seja a repressão, com prisão e ações judiciais contra manifestantes”, disse Mattingly.

Folha de S. Paulo

Promessa de Lula de não tentar reeleição antecipa embates e expõe falta de nomes

A indicação do futuro presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que não tentará a reeleição em 2026 prenuncia embates no governo e na base aliada em torno da vaga de sucessor e abre caminho para o surgimento de alternativas em um cenário hoje marcado pela baixa renovação.

Jair Bolsonaro (PL), o primeiro presidente a tentar recondução que fracassou nas urnas desde a criação dessa possibilidade, em 1997, também prometeu na campanha de 2018 que poderia abrir mão de concorrer neste ano —e acabou, como se sabe, mudando os planos.

Lula, que em julho começou a falar sobre o assunto em público, atribui a decisão à idade. Ele tem 77 anos e estaria com 81 na próxima corrida presidencial. Além disso, indica querer dar espaço a novos nomes e deixar a carreira eleitoral em um momento de alta, caso o novo mandato seja bem-sucedido.

O compromisso de não ser um nome no xadrez eleitoral, já firmado na largada, é inusual. Bolsonaro, logo após ser eleito, modulou o discurso para reforçar que só evitaria tentar um novo mandato caso o Congresso aprovasse, com aplicação imediata, o fim do instrumento da reeleição.

Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi outro que chegou à Presidência, em 1995, dizendo-se desinteressado em uma recondução. Seu governo articulou a emenda constitucional que estabeleceu o mecanismo, e o tucano foi o primeiro beneficiado por ela, saindo vitorioso do pleito de 1998.

Embora precoce, a discussão sobre a sucessão de Lula é pano de fundo para a transição e a montagem do novo governo. Potenciais presidenciáveis, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) e os prováveis ministros Fernando Haddad (PT-SP) e Simone Tebet (MDB-MS) teriam três anos para se cacifarem.

Haddad e Tebet são cotados para ministérios que podem funcionar como vitrine eleitoral, como aconteceu com Dilma Rousseff (PT). Também despontam nas apostas os ex-governadores Flávio Dino (PSB-MA), Wellington Dias (PT-PI) e Rui Costa (PT-BA) e o deputado federal eleito Guilherme Boulos (PSOL-SP).

Lula disse na semana do segundo turno que gostaria de lançar novos líderes, mas que isso não é fácil e depende dos partidos. “Não vou dizer para você como eu vou criar um líder, ele nasce”, afirmou à rádio Nova Brasil, na mais recente vez em que se manifestou sobre voltar ao Planalto para um mandato único.

Há a avaliação no universo político de que a sinalização do petista pode ter contribuído para reduzir tensões, na busca de apoios para sua ampla coalizão, e para neutralizar o antipetismo, muitas vezes atrelado a um receio de perpetuação ilegítima do PT no poder, como reiteraram bolsonaristas.

A dúvida é se no governo a anunciada saída de cena ajudará a distender o ambiente, ao estimular a movimentação de outras forças, ou criará atritos internos. O fortalecimento de opções competitivas, inclusive na centro-direita, seria também um meio de brecar a hegemonia de Bolsonaro na oposição.

“Lula não costuma apostar na política do conflito, mas na do acordo”, diz a cientista política Ana Claudia Santano, que pesquisa o tema da reeleição nas Américas e vê chances de o novo presidente costurar algum arranjo para definir quem ungirá.

“Pode ser algo tão surpreendente quanto foi a dobradinha com Alckmin”, especula a integrante da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político.

Para Ana Claudia, o gesto do futuro mandatário é “muito adequado” do ponto de vista democrático, por incentivar a ascensão de quadros. Não é descartável, contudo, a hipótese de Lula estar mais preocupado em preservar a biografia. “Normalmente, os segundos mandatos têm resultado e avaliação piores.”

A eventual aposentadoria é vista também como um recuo estratégico diante da votação expressiva de Bolsonaro, que ficou apenas 1,8 ponto percentual atrás do oponente, na menor diferença entre os postulantes ao Planalto desde a redemocratização. O país saiu da eleição rachado.

O cientista político Sergio Abranches diz que retornar ao cargo com data para sair não é algo que por si só enfraqueça o petista. A força dele será medida pela capacidade de cumprir as promessas de campanha, afirma o autor, célebre por cunhar o termo “presidencialismo de coalizão”.

“Penso que ele está lendo corretamente a conjuntura na qual se elegeu e vai ser presidente, que é de alta demanda social e expectativa de uma construção pluripartidária. Se avançar nisso, estará no caminho certo”, afirma ele, que acredita ser crível a promessa de Lula pelas circunstâncias, inclusive de idade.

Abranches considera o aceno do petista útil para a governabilidade, por embutir a sinalização aos agentes políticos de que ele próprio está fora do páreo. Seria uma forma de desvincular suas ações como presidente de ambições eleitorais, ainda que ele trabalhe por algum aliado de sua preferência.

“O governo de um presidente que, em tese, não vai se reeleger pode ser uma plataforma de surgimento e lançamento de novas lideranças. O problema das atuais é que são regionais, não nacionais.”

No entorno de Lula, a intenção de passar a faixa “para outra pessoa”, como ele próprio declarou em julho, é vista como decisão pessoal e, como tudo que vem do ex-presidente, será acatada se perdurar até 2026.

O advogado Marco Aurélio de Carvalho, fundador do grupo Prerrogativas e amigo do petista, diz que ter no governo possíveis sucessores “pode promover uma disputa por protagonismo que, se for bem harmonizada, trará bons resultados para a administração, porque todos vão querer entregar o melhor”.

Segundo ele, Lula fará valer a “habilidade de harmonizar os espaços que comanda” e, em caso de conflitos envolvendo ministros, aliados e até mesmo o vice, saberá evitar danos.

Carvalho, que integra o grupo jurídico da transição do governo, minimiza ainda desgastes de uma eventual guinada de Lula, caso seja candidato novamente. “Política é circunstância. Se a situação do país demandar que ele continue e não houver outro nome capaz de aglutinar o nosso campo, ele não vai ter alternativa. E eu não vou achar ruim.”

Biógrafo de Lula, o jornalista Fernando Morais afirma que o político tem por hábito desde a época de sindicalista manter promessas feitas em público. “Não me lembro de uma única vez que ele tenha apontado em uma direção e ido em outra. Acho que ele chegou ao momento de criar um sucessor.”

Para Morais, é possível o presidente eleito apoiar um candidato de fora do PT, mesmo que “sobrem cotoveladas” no partido. “O sucessor que ele tinha na cabeça anos atrás era o Eduardo Campos. Achava que poderia vir a ser algo natural”, diz sobre o pernambucano, filiado ao PSB e morto em 2014.

“Uma suspeita que tenho é que o Lula sabe que esse é o mandato que vai determinar se ele vai entrar para a História pela porta da frente. Isso me faz crer que ele não vai dar ‘cavalo de pau’ [na decisão de não concorrer], senão já começa estragando a biografia”, comenta.

O escritor afirma que, embora o fator idade pese, o amigo tem uma “resistência física surpreendente” e, por se cuidar, está envelhecendo bem. Em setembro, contudo, o então presidenciável disse que “a natureza é implacável” e que “não é possível um cidadão com 81 anos querer a reeleição”.

Lula acaba de passar por cirurgia para retirar uma lesão na garganta, mas exames descartaram a volta do câncer, considerado curado desde 2012.

Uma anedota recorrente em seus discursos é sobre a crença de que viverá até os 120 anos. “A ciência diz que o cara que vai ter 120 anos já nasceu, e eu acho que pode ser eu. Estou reivindicando que seja eu”, costuma falar.

Joelmir Tavares / Folha de São Paulo

Projeto que proíbe mudança na Bíblia ameaça liberdade, diz advogado

A aprovação pela Câmara dos Deputados na quarta-feira (23) de projeto proibindo que a Bíblia sofra alterações ou edições levantou preocupações de interferência do Estado nas religiões.

“Não é papel do Estado ser guardião do texto da Bíblia”, diz o advogado Kildare Araújo Meira. Votado de afogadilho, o texto, de autoria do deputado Pastor Sargento Isidório (Avante-BA), é defendido pela bancada evangélica e segue agora para o Senado.

Para Meira, sócio da Covac Sociedade de Advogados, as atualizações nos textos sagrados são movimentos naturais das Igrejas. “Como o Estado vai dizer o que pode ou não ser atualizado? Esse projeto depõe contra a liberdade religiosa”, afirma.

As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.

Folha de S. Paulo

Secretaria de Agricultura inicia cadastramento de agricultores no “Mais Pecuária Brasil”

A Prefeitura de Ipiaú, através da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente iniciou o cadastramento dos agropecuaristas da Agricultura Familiar que participarão do Programa Mais Pecuária Brasil que tem o objetivo de promover o melhoramento genético dos rebanhos, com a tecnologia da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF).

O cadastramento se estenderá por todo o mês de dezembro e, tudo indica que a partir de janeiro de 2023 sejam iniciados os atendimentos veterinários que possibilitarão o desenvolvimento dos rebanhos bovinos de corte e leite e consequentemente o crescimento socioeconômico dos produtores, gerando avanço no mercado agropecuarista, bem como a implementação de novas políticas

Dados de produção e comercialização indicam um aumento significativo na lucratividade dos estabelecimentos que praticam a inseminação artificial.

O programa é viabilizado através de uma parceria da Prefeitura de Ipiaú, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, com a Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais – CONAFER - e a empresa multinacional Altagenetics que possui a mais moderna central de produção e tecnologia de sêmen da América Latina.( José Américo Castro).

Itagibá: Homem é preso por policiais militares por agredir sua genitora, posse de entorpecentes e sua companheira por desacato à autoridade

Por voltas das 22h10min desse sábado (26/11/22), a guarnição da 55ª CIPM/Itagibá foi solicitada, via telefone funcional, para atender um desentendimento familiar que estaria ocorrendo na Rua Miguelino Marinieli, Bairro Amaralina, em Itagibá.

A guarnição deslocou, e chegando no ao local da ocorrência, foi mantido contato com uma senhora, que relatou que era a vítima, e que seu filho, tentou entrar no imóvel da família acompanhado de uma mulher que ele apresentou como namorada a fim de dormir no local. No entanto, ela, a vítima, não permitiu. Diante da negativa da mãe, o seu filho passou a ofendê-la com palavras de baixo calão e tentou agredi-la fisicamente, sendo impedido por seu irmão, também filho da vítima.

Foram feitas rondas na cidade, no intuito de localizar o agressor, quando ao retornar ao endereço da ocorrência, o agressor também estava chegando ao local. Foi dada voz de abordagem e procedemos com a busca pessoal, sendo encontrado um “papelote” de substância análoga à cocaína.

Durante a busca pessoal feita ao agressor, a sua companheira começou a insurgir-se contra a guarnição, xingando e ofendendo os policiais militares. Sendo presa por desacato

Os envolvidos foram conduzidos ao Plantão Central, na delegacia de Ipiaú, a fim de ser lavrado os devidos procedimentos.

Autores: R. B. S. (Masculino) filho da vítima; Nasc. 30.06.1983, End: Rua Miguelino Marinieli, Amaralina, Itagibá-BA. C. de J. P. (Feminino) nora da vítima h, Nasc: 25.11.1982, End: Rua Gilda Bispa, São Paulo.

Vitima: M. A. B. (Feminino) DN: 30.11.1962, RG:03.409.890-92, End: Rua Miguelino Marinieli, N° 302, Amaralina, Itagibá-BA.

Material apreendido: (01) Um papelote contendo substância análoga a cocaína.

Informações: Ascom/55ª CIMP /PMBA, uma Força a serviço do cidadão!

Wagner teria dito a aliados que PT vive situação inusitada por defender PEC para governo que ‘ainda não existe’, diz coluna

Articulador político da PEC da Transição no Senado, Jaques Wagner (PT) disse a aliados que o PT vive situação inusitada por ter que defender uma PEC para um governo que, a rigor, “ainda não existe”.

De acordo com informações publicadas neste domingo (27) pela Coluna do Estadão, ele também relatou que os senadores não querem negociar com um igual e, por isso, passou a cobrar publicamente a escolha do ministro da Fazenda por temer uma derrota.

Jaques Wagner disse ainda que Lula sempre sonhou com um ministro da Fazenda que também fosse negociador, e que essa seria a oportunidade perfeita.

Outro articulador da PEC, Wellington Dias reclama do aperto em 2023. “Não tem dinheiro para coisas essenciais e o ministro [Paulo Guedes] ainda mete a faca em áreas estranguladas, como a Defesa Civil, que não consegue pagar os contratos para abastecer os carros-pipa em vários estados com seca”.

Eleições suplementares: Podemos e Solidariedade disputam Prefeitura de Maiquinique neste domingo


Os eleitores de Maiquinique, localizado cerca de 630 quilômetros de distância de Salvador, deverão retornar às urnas neste domingo (27).

Na cidade, são quase 8 mil cidadãos aptos ao voto que, desta vez, escolherão os próximos representantes para os cargos de prefeito e vice-prefeito.

A realização do novo pleito no município segue a Resolução Administrativa n° 28/2022, publicada pelo TRE baiano após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A votação extra acontece porque em julho deste ano o TSE confirmou a cassação dos mandatos do prefeito Jesulino de Souza Porto e da vice Marizene Santos Gusmão, eleitos em 2020.

Lourisvaldo de Souza, conhecido como Chico Batoré (Solidariedade), e Valéria Silveira (Podemos) disputam o pleito hoje no município.

Os eleitores poderão votar entre 8h e 17h.

União sai vitoriosa em julgamento no STF e evita rombo estimado em R$ 472 bilhões

A União saiu vencedora no julgamento do Supremo Tribunal Federal que mais poderia impactar os cofres federais no próximo ano. O plenário virtual do STF concluiu, na madrugada de sábado, 26, que as leis do PIS e da Cofins podem, sim, limitar os fatos geradores de créditos, evitando uma redução drástica na arrecadação dos tributos que poderia levar a uma perda estimada pelo governo em R$ 472,7 bilhões.

O relator, ministro Dias Toffoli, proferiu voto favorável à União e foi seguido pelos demais ministros, com exceção de Luís Roberto Barroso e Edson Fachin. A Unilever argumentava que a Constituição autorizava a essas leis a disciplinarem apenas os setores econômicos que deve ter PIS/Cofins não cumulativo.

As empresas podem obter créditos tributários no regime de apuração de PIS/Cofins não cumulativo. Isto é, cada membro da cadeia produtiva paga os impostos, mas ganha crédito sobre suas aquisições para evitar a cobrança de tributo sobre tributo.

O conceito de insumos é importante porque esse tipo de despesa dá direito a crédito de PIS/Cofins às empresas. Mas ainda há uma discussão sobre o que são considerados insumos.

Em 2018, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já derrubou instruções normativas da Receita Federal que consideravam insumos apenas os materiais diretamente conectados ao produto final. Na ocasião, a Corte decidiu que o conceito de insumos abrange toda despesa essencial e relevante para a atividade econômica da empresa.

Acusado como ‘inimigo de Deus’, rapper pode ser condenado à morte após criticar governo no Irã

Toomaj Salehi, um rapper iraniano detido no final de outubro, após manifestar o seu apoio aos protestos contra o regime, pode ser condenado à morte ao final de um processo que começou neste sábado, 26, informaram seus familiares no Twitter.
                    
Toomaj Salehi, um rapper iraniano detido no final de outubro, após manifestar o seu apoio aos protestos contra o regime, pode ser condenado à morte ao final de um processo que começou neste sábado, 26, informaram seus familiares no Twitter.

O Irã é palco de um movimento de protesto desencadeado em 16 de setembro pela morte da jovem Mahsa Amini, uma curda-iraniana de 22 anos detida pela polícia da moralidade em Teerã.

No dia 2 de novembro, a agência oficial de notícias Irna publicou um vídeo no qual Salehi estava com os olhos vendados e dizia ter “cometido um erro”.

Pouco antes de sua prisão, o rapper concedeu uma entrevista crítica sobre o regime à rede canadense CBC.

“É uma máfia disposta a matar toda a nação (...) para preservar o seu poder, o seu dinheiro e as suas armas”, denunciou na ocasião.

A justiça iraniana já proferiu seis sentenças de morte desde que os protestos começaram em meados de setembro, mas esse número deve aumentar, já que pelo menos 21 pessoas estão sendo julgadas por crimes capitais, segundo a Anistia Internacional.
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Ditadura e oposição da Venezuela firmam acordo sobre fundo de combate a crise

Reunidos no México neste sábado (26) para a retomada de diálogos travados há um ano, regime e oposição da Venezuela assinaram um acordo que cria um fundo de bilhões de dólares congelados em bancos estrangeiros a ser administrado pela ONU.

O objetivo é que, assim, a verba seja gradualmente liberada para combater a crise humanitária que assola a nação sul-americana, levando a, entre outras coisas, um movimento migratório em massa com destino a países da vizinhança, entre eles o Brasil.

O acordo não menciona a soma total de verba que preencherá o fundo, mas é previsto que o valor alcance US$ 3 bilhões ao menos. A medida é o primeiro passo na mesa de negociações, que também pretende avançar na liberação de presos políticos do regime e na definição de regras e data para uma eleição presidencial em 2024.

Paralelamente, os EUA emitiram uma licença que permite à petroleira americana Chevron importar petróleo e derivados produzidos em território venezuelano. “Isso reflete a política histórica de Washington de aliviar sanções com base em medidas concretar que aliviem o sofrimento do povo venezuelano e apoiam a retomada da democracia”, disse o Departamento do Tesouro em comunicado.

O petróleo é pilar central da retomada das conversas entre o regime de Nicolás Maduro e a oposição venezuelana, que buscam reforçar o papel do país no mercado internacional.

As tentativas de negociação entre as partes foram suspensas pelo regime em outubro do ano passado, em represália pela extradição, de Cabo Verde aos EUA, do empresário colombiano Alex Saab —ex-funcionário da ditadura, considerado um testa de ferro de Maduro.

Folha de S. Paulo

Consórcio do Nordeste pede volta de máscaras e reforço na vacinação contra Covid


O comitê científico do Consórcio do Nordeste, formado pelos governadores da região, pediu em nota divulgada neste sábado (26) a renovação das medidas contra a Covid-19 e reforço nas campanhas de vacinação.

“Apesar de o próprio diretor da OMS [Organização Mundial da Saúde], Tedros Adhanom, e outras lideranças políticas mundiais terem anunciado há alguns meses que o fim da pandemia estava próximo, nas últimas semanas o número de casos da doença tem aumentado em vários países e também no Brasil”, afirma a entidade, que alerta para o surgimento de novas variantes.

O comitê científico recomenda uma série de medidas a governos estaduais e municipais. Entre elas, nova recomendação de uso de máscaras em espaços públicos, imunização e busca ativa de pessoas que não se vacinaram, aplicação da quinta dose, aumento na oferta de testes pelo SUS e garantia de acesso a medicamentos eficazes.

Os cientistas admitem até mesmo a possibilidade de retorno de medidas de isolamento social, como as adotadas no auge da pandemia, caso a situação exija.

“Os governantes devem estar atentos à possibilidade da possível volta do isolamento, com muitas atividades voltando a ser online. Cabe aos governadores do Nordeste encarar a pandemia com um real problema que pode surgir a qualquer momento, devendo ser combatido em parceria entre todos estados”, afirma a nota.

As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.

Folha de S. Paulo

ONG pede a equipe de transição de Lula revogação de normas antiaborto

A Rede Médica pelo Direito de Decidir enviou carta à equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pedindo a revogação de normas do atual governo que dificultam aborto em casos previstos em lei.

“Nos últimos anos, ações conservadoras e reacionárias, que não se limitaram a pequenos grupos ideológicos fundamentalistas, ganharam força dentro do espaço público de poder”, diz a ONG.

Entre os pontos apresentados está a retirada do Brasil do chamado “Consenso de Genebra”, pacto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) com outros governos conservadores.

“O documento subscrito por 31 nações pretende, sob o argumento de proteção da ‘vida’ e da ‘família’, retroceder no reconhecimento e exercício dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, notadamente o direito ao aborto”, afirma a carta.

As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.

Folha de S. Paulo

Alas raiz e bolsonarista do PL se aliam após decisões de Moraes e discutem resposta política


Se até há pouco uma das principais preocupações de Valdemar Costa Neto era manter as diferentes alas do partido unidas, ele conseguiu um respiro nesta semana. As decisões do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, acabaram por unir os parlamentares em críticas ao magistrado e em defesa do chefe do PL e sua empreitada golpista no Judiciário.

Na quarta-feira (23), Moraes determinou o bloqueio dos valores do fundo partidário do PL, do PP e do Republicanos até a quitação da multa de R$ 22,9 milhões imposta à coligação por litigância de má-fé.

Os outros dois partidos recorreram e, na sexta (25), Moraes acatou o pedido e concentrou a multa no PL —o valor representa 46% do fundo partidário já recebido pela sigla em 2022.

Além de impor a multa, o magistrado viu na iniciativa encampada pelo partido a “finalidade de tumultuar o próprio regime democrático brasileiro” e determinou que Valdemar seja alvo de investigações no STF (Supremo Tribunal Federal), no inquérito das milícias digitais, e no TSE.

A ala raiz do partido, com políticos do centrão e que davam as cartas antes da chegada dos bolsonaristas, ainda que visse com ressalvas a iniciativa e seu anúncio público, achou a decisão do presidente da corte desproporcional e, principalmente, provocadora: 22 é o número de urna do PL.

Assim, parlamentares se uniram às críticas de bolsonaristas a Moraes. Reservadamente, se queixam de que as atitudes do magistrado são pouco pacificadoras e acabam fortalecendo os mais radicais dentro da sigla.

A expectativa desses aliados de Valdemar era a de que o presidente do TSE simplesmente arquivasse o caso, por falta de evidências, e ficasse por isso. O dirigente teria feito sua parte, junto aos bolsonaristas, e a poeira abaixaria.

Integrantes da ala mais moderada classificam a decisão do ministro de multar a legenda como um “atentado” à vida partidária, em uma referência aos salários, contratos e demais obrigações que o partido tem de honrar.

Por outro lado, poupam Valdemar de críticas por levar adiante os questionamentos golpistas de Bolsonaro. A avaliação é de que Moraes ultrapassou um limite e haverá reação política.

O partido convocou as bancadas para se reunir em Brasília na terça (29) para discutir qual resposta seria mais apropriada para o caso. Aliados do dirigente temem que se instaure uma nova crise entre Poderes, agora entre Legislativo e Judiciário.

A leitura é de que, a partir deste momento, o ideal seria Valdemar submergir e os parlamentares atuarem em eventuais iniciativas que têm Moraes como alvo. Principalmente porque veem maior paridade de armas entre os parlamentares e ele.

Ainda que saibam que dificilmente vá prosperar, até mesmo porque o ano está perto do fim, citam a CPI de Abuso de Autoridade, como exemplo, e até pedido de impeachment.

Entretanto, interlocutores do dirigente dizem que ele ainda está muito chateado com as decisões do presidente do TSE e temem que se torne imprevisível.

Valdemar foi alertado por aliados que poderia ser investigado e até preso caso continuasse a questionar o resultado eleitoral. Mas o dirigente deixou claro a eles que não teme nem esse pior cenário. O presidente do PL não seria réu primário, porque já foi condenado e preso no escândalo do mensalão.

Mais recentemente, Valdemar filiou Jair Bolsonaro, reconquistou os holofotes e ganhou a credibilidade de apoiadores do presidente –que, até há pouco, eram pejorativos com o centrão.

Na mesma eleição em que o mandatário foi derrotado, o PL elegeu as maiores bancadas no Congresso: 99 deputados e 14 senadores. Isso só foi possível porque parlamentares apoiadores de Bolsonaro o seguiram e se filiaram à sigla –movimento que, à época, gerou ciúme de partidos da base aliada.

A nova configuração impôs ao líder do centrão um ajuste de rota, ao menos, por ora. Como os aliados do chefe do Executivo não reconhecem o resultado das urnas no segundo turno, e o PL filiou os mais radicais deles, cresceu a pressão para que o dirigente entoasse o discurso de questionamento ao sistema eleitoral.

E assim foi feito com a ação que, mesmo sem apresentar provas de fraude, pediu ao TSE a invalidação de votos depositados em urnas por “mau funcionamento”.

De acordo com o partido, mais de 279,3 mil urnas eletrônicas utilizadas no segundo turno do pleito “apresentaram problemas crônicos de desconformidade irreparável no seu funcionamento”. Para as atuais eleições, a Justiça Eleitoral disponibilizou cerca de 577 mil equipamentos.

As urnas questionadas também foram utilizadas no primeiro turno, quando o PL elegeu as maiores bancadas das duas Casas legislativas.

Marianna Holanda e Renato Machado / Folha de São Paulo

Presidente de Taiwan deixa liderança de partido após fracasso em eleições locais

O fraco desempenho da ala governista nas eleições locais de Taiwan neste sábado (26) levou a presidente do país, Tsai Ing-wen, a renunciar à liderança do Partido Democrático Progressista.

Ainda que as eleições estejam voltadas essencialmente para assuntos domésticos, como a pandemia de coronavírus, a líder descrevia o pleito como uma forma de a população demonstrar —ou não— apoio ao governo, que tem como principal desafio externo a China.

A presidente afirmou que renuncia à liderança porque reconhece a responsabilidade pelo fraco desempenho da legenda nas eleições. O principal partido de oposição, Kuomintang (KMT), mais favorável a relações com Pequim, deve sair vitorioso em 13 das 21 disputas para prefeito e chefes de condados taiwaneses.

A vitória mais simbólica seu deu na capital, Taipé, onde Wayne Chiang, do KMT, venceu Chen Shih-chung, candidato governista. “Sei que os resultados decepcionam muitos, mas não podemos perder a esperança; já perdemos outras eleições, mas nunca fomos de fato derrotados”, disse ele.

A eleição ocorre cerca de um mês após o 20º do Congresso do Partido Comunista da China, que consagrou o terceiro mandato de Xi Jinping na liderança da potência asiática. Tsai com frequência destacou o fator ao longo da campanha —Pequim considera Taiwan, na prática independente, uma província rebelde que deveria ser reanexada.

O KMT acusou a presidente e seu partido de confrontarem excessivamente a China e concentrou sua campanha eleitoral em críticas à política de combate à Covid na ilha.

O pleito local é visto como uma importante mensagem sobre as eleições presidenciais e parlamentares de 2024. Em 2020, Tsai foi reeleita com a promessa de combater os avanços chineses e defender as liberdades de Taiwan. Ela não poderá, porém, disputar o próximo pleito, devido a limites de mandato.

Folha de S. Paulo

Movimento civil em Taiwan prepara população para guerra com China

Na entrada de uma igreja católica em Taipé, uma bandeira da Ucrânia, hoje referência máxima do que pode acontecer com Taiwan. Na parte subterrânea do local, dezenas escutam um professor falar sobre o funcionamento de uma mira telescópica. Sábado de manhã é dia de aprender a se defender da China.

Na Kuma Academy, cofundada em junho de 2021 por Cheng-Hui Ho, acadêmico de fala calma e rosto de poucas expressões, civis se preparam para um ataque militar, possibilidade com a qual taiwaneses lidam há anos, já que Pequim vê a ilha como uma província rebelde e promete retomá-la até com o uso de força.

Apesar de o símbolo do programa trazer um ursinho com colete à prova de balas segurando um fuzil, algo com um tom um tanto passivo-agressivo, os participantes do programa não aprendem a manejar armas. Lá, recebem cursos práticos sobre assistência médica em casos de emergência, informações de como encontrar abrigo em Taiwan e quais as provisões necessárias para encarar situações desse tipo.

Em um outro módulo, tomam notas sobre a chamada guerra cognitiva. “Somos um dos países mais atacados por meio da manipulação de informações. Aqui, ensinamos como a população pode reconhecer fake news, realizar checagens e tirar dúvidas”, afirma Ho, que estudou na Europa e atuou num think tank em estudos estratégicos sobre a relação entre Taiwan, China e EUA antes de criar o programa.

O destaque para esse aspecto do curso se deve à aposta do pesquisador de que a maior ameaça, na verdade, não é um ataque direto, mas uma guerra de informações, em que a retórica militar serve apenas como forma de coerção. Assim, a principal estratégia seria persuadir os taiwaneses a se render, enfraquecendo o desejo da população e de empresas a resistir. “Você pode ganhar sem derramar sangue.”

Os atuais oito cursos mensais do programa, com duração de um dia, devem ser ampliados para 30 até o final do ano que vem, graças a uma doação de US$ 19,2 milhões (R$ 103 milhões) de Robert Tsao, fundador da United Microelectronics Corp, responsável por 7% do mercado global de semicondutores.

O valor generoso dá credibilidade à afirmação de que a Kuma não recebe fundos públicos, numa relação um tanto curiosa com o governo. Segundo Ho, enquanto o Parlamento e o Ministério do Interior enxergam o programa com bons olhos e até cogitam colaborações, a mesma situação não se dá com a pasta de Defesa, resistente a encarar programas do tipo como responsabilidade da sociedade civil.

Na aula que a reportagem da Folha acompanhou, o público tinha tanto homens como mulheres. Naquele dia, a maioria dos cerca de 20 alunos era formada por jovens, na faixa dos 20 a 30 anos, mas o cofundador do programa diz que, em geral, as idades dos participantes são bem variadas, com o mais velho com 70 anos, e o mais novo, impressionantes 13. Como os cursos não são oferecidos apenas em Taipé, percorrendo outras regiões, a Kuma tem a possibilidade de atingir diferentes perfis da população.

O gatilho para a criação da academia foi a participação de Ho em um podcast, durante o qual foi discutida a falta de preparação de Taiwan na perspectiva de um conflito. Destino dos perdedores da Guerra Civil chinesa, vencida pelos comunistas em 1949, a ilha não encara um cenário assim há mais de 70 anos.

O símbolo com o animal aparentemente simpático que dá cara ao programa se deve ao significado de “kuma”, palavra em japonês para um tipo de urso indígena preto taiwanês, “com a barriga em forma de ‘V'”. “Ou seja, esperamos que seja uma boa metáfora para um ‘V’ de vitória”, afirma Ho.

Daigo Oliva / Folha de São Paulo

Bolsonaro fica em silêncio diante de militares no primeiro evento público após derrota

Quase um mês após a derrota na eleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) participou neste sábado (26) do seu primeiro evento público, uma cerimônia militar, mas permaneceu em silêncio.

O chefe do Executivo deixou o isolamento do Palácio da Alvorada e foi à formatura de aspirantes a oficial-general na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras) em Resende (RJ). Além de não discursar no encerramento do evento, como tradicionalmente fez durante seu mandato, Bolsonaro também interagiu pouco com os demais convidados.

A cerimônia foi transmitida pela TV Brasil. Em determinado momento, as imagens mostram o vice-presidente e senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos-RS) conversando com o mandatário, mas ele parece apático.

Estiveram ao lado do presidente na Aman os ministros generais Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral), Augusto Heleno (GSI) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), além do próprio comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes.

Em anos anteriores, Bolsonaro fez uso da palavra. Mas agora os discursos ficaram por conta do comandante da Aman, João Felipe Dias Alves, e de Freire Gomes.

Apesar de Bolsonaro ser a estrela do dia para a plateia, que gritava “mito”, o presidente foi mencionado para além de um cumprimento, apenas no discurso do comandante do Exército, de forma breve.

“Estou seguro que a sua dignidade, seu culto à família, seu amor pelo Brasil, e inabalável fé em Deus serão referência na pavimentação dos caminhos que os jovens à sua frente trilharão a partir de hoje”, disse o general.

Os termos utilizados pelo comandante são iguais ou referências às palavras repetidas por Bolsonaro nos últimos anos e que fizeram parte do seu mote de campanha: Deus, pátria, família e liberdade.

O presidente foi aplaudido por alguns dos familiares e convidados dos aspirantes a oficiais ao entrar no pavilhão da Aman. Alguns também tiraram foto dele no palco, local em que ficou por toda a cerimônia.

Bolsonaro frequenta eventos na Aman desde que era deputado federal. Em 2014, foi num desses eventos que sinalizou pela primeira vez a intenção de disputar a Presidência, em conversa com cadetes filmada e divulgada em suas redes sociais.

No último dia 30, Bolsonaro perdeu no segundo turno para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se tornando o primeiro chefe do Executivo, desde a redemocratização, a não conquistar sua reeleição.

Desde então, ele tem se isolado no Palácio da Alvorada. Compareceu apenas quatro vezes no Palácio do Planalto, sendo que duas foram nesta semana.

O chefe do Executivo também teve uma infecção bacteriana nas pernas, erisipela. O que, segundo aliados, impedia o presidente de deixar sua residência. Ele tem recebido

Em 16 de novembro, Mourão afirmou que o presidente não esteve presente no evento de entrega das cartas credenciais de embaixadores estrangeiros que irão atuar no Brasil, porque está “se curando” de um problema na perna.

“Questão de saúde. Está com ferida na perna, uma erisipela, não pode vestir calça, como ele vai vir para cá de bermuda?”, disse.

Bolsonaro tem recebido ministros e aliados mais próximos no Alvorada —seu ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa, Braga Netto, tem sido presença constante no palácio.

Além dele, os comandantes das Forças Armadas também foram repetidas vezes ao encontro do presidente, nas últimas semanas, normalmente, fora da agenda.

Na quinta-feira (24), eles compareceram ao Alvorada, um dia depois de o chefe do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, rejeitar a ação do partido do mandatário que contestava o resultado da eleição.

O encontro ocorre no momento em que bolsonaristas cobram das Forças Armadas uma intervenção para impedir a posse do presidente eleito, Lula.

Apoiadores do chefe do Executivo têm realizado atos antidemocráticos em frente a quartéis e em rodovias. Tem ocorrido também uma escalada de violência, nos bloqueios de rodovias, que inclui ações lideradas por homens encapuzados e armados, uso de bombas caseiras, saques e depredação.

Bolsonaro foi criticado durante todo o seu mandato por politizar as Forças Armadas e tentar envolvê-las em crises institucionais. Trocou três vezes o cargo de ministro da Defesa e os comandantes das três Forças.

No último ano, envolveu militares na sua tentativa de questionar o sistema eleitoral. Uma nota conjunta das três Forças, divulgada no último dia 11, estava repleta de recados indiretos ao Judiciário.

“São condenáveis tanto eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos, quanto eventuais excessos cometidos em manifestações que possam restringir os direitos individuais e coletivos ou colocar em risco a segurança pública; bem como quaisquer ações, de indivíduos ou de entidades, públicas ou privadas, que alimentem a desarmonia na sociedade”, diz o texto assinado pelo almirante Almir Garnier Santos (Marinha), pelo general Marco Antônio Freire Gomes (Exército) e pelo tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior (Aeronáutica).

Italo Nogueira e Marianna Holanda / Folha de São Paulo

Nota Premiada Bahia distribui R$ 1 milhão para participantes de 24 cidades baianas

Saiu, nesta quinta-feira (24), o resultado do sorteio de novembro da Nota Premiada Bahia, que contemplou 91 moradores de 24 municípios do estado. O prêmio de R$ 100 mil foi para uma participante da capital, que mora no bairro de Ondina. Dos 90 prêmios de R$ 10 mil, 53 foram para Salvador e 37 para o interior. A lista completa dos ganhadores pode ser consultada no site www.notapremiadabahia.ba.gov.br, no Instagram @notapremiadabahia e nas redes sociais da Secretaria da Fazenda da Bahia: Instagram @sefazbahia, Facebook @sefaz.govba e Twitter @sefazbahia.

Entre os municípios do interior da Bahia que tiveram ganhadores, destaque para Feira de Santana, com cinco pessoas sorteadas, e Vitória da Conquista, com quatro. Na sequência estão Itabuna (3), Lauro de Freitas (2), Camaçari (2), Cruz das Almas (2), Ipiaú (2) e Simões Filho (2). A lista é completada por quinze municípios com um sorteado cada: Dias D´Ávila, Luís Eduardo Magalhães, Itajuípe, Guanambi, Conceição do Coité, Valente, Itagibá, Nazaré, Livramento de Nossa Senhora, Ibirataia, Mata de São João, Amélia Rodrigues, Teixeira de Freitas, Mucuri e Bonito.

A cada mês, são sorteados 90 prêmios de R$ 10 mil e um de R$ 100 mil. Além disso, já aconteceram quatro sorteios especiais de R$ 1 milhão desde o início da Nota Premiada Bahia, em 2018. De acordo com a Sefaz-Ba, atualmente são 678 mil participantes inscritos. As premiações já contemplaram 3.227 pessoas desde fevereiro de 2018, das quais 2.004 da capital, 1.222 do interior e uma de fora do estado.

Como participar

Para participar da Nota Premiada Bahia, basta se cadastrar uma única vez, preenchendo o formulário disponível no site www.notapremiadabahia.ba.gov.br e, após essa etapa, pedir para inserir o CPF na nota fiscal a cada compra realizada em estabelecimentos comerciais. O participante, no ato do cadastro, escolhe até duas instituições filantrópicas que integram o programa Sua Nota é um Show de Solidariedade, uma da área social e outra da área de saúde, para doar as suas notas eletrônicas.

A cada quatro meses, as notas compartilhadas transformam-se em repasses de R$ 3 milhões, distribuídos entre as entidades ativas no Sua Nota é um Show de Solidariedade, que, hoje, somam 538. A campanha já destinou R$ 59,4 milhões para estas entidades.

Fonte: Ascom Sefaz-Ba

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