Plenárias municipais do PT discutem preparação para eleições, elegem novas direções e apresentam pré-candidaturas

As plenárias municipais do PT, realizadas em mais de 30 cidades neste fim de semana, foram marcadas pela participação de dirigentes estaduais e municipais, lideranças políticas, parlamentares, ex-prefeitos e por militantes para discutir a organização da legenda e estratégias para as eleições 2024, além de eleger novas direções municipais e apresentar pré-candidaturas a prefeito em algumas cidades.

Participaram das atividades o presidente do PT Bahia, Éden Valadares, o deputado estadual Rosemberg Pinto, a secretária de Política para Mulheres do Estado e primeira suplente de deputada federal, Elisângela Araújo, e a presidente estadual da CUT, Maria Madalena Oliveira Firmo, a Leninha, dentre outros.

Neste domingo, 17, as atividades ocorreram em Planalto, Iramaia, Apuarema, Cairu, Cansanção, Coribe, Jitaúna, Nova Viçosa, Riachão do Jacuípe, Senhor do Bonfim, Gongogi, Itororó e São Francisco do Conde. Já no sábado, 16, em Boninal, Eunápolis, Iraquara, Ipiaú, Tucano, Macajuba, Botuporã, Piraí do Norte, Rio do Pires, Itacaré, Itapicuru, Lajedinho, Sobradinho, Ibiassucê, Valente, Abaré, Caetité, Dias D´Avila, Glória e Caturama. Até o dia 29 de outubro, as plenárias serão realizadas em mais de 350 municípios, incluindo o Processo Extraordinário de Eleições Diretas (PEDEX) em 153 cidades.

Na avaliação do presidente estadual do partido, Éden Valadares, as plenárias destes dois dias demonstraram a “vitalidade” da legenda e o “empenho” dos seus dirigentes e filiados em participar ativamente dos debates, para consolidar um projeto partidário comprometido com a justiça social, os valores democráticos e a melhoria da qualidade de vida dos baianos. “Balanço muito positivo. Assim como foram os encontros territoriais, as plenárias municipais mostram o enraizamento e a força do PT em todos os cantos da Bahia. Além de renovar nosso caráter democrático e de massas do nosso partido”.

Além das plenárias, o PT também realizou o PEDEX em algumas cidades. “São Francisco do Conde deu uma importante demonstração de força e unidade do PT, elegendo nova direção municipal e apresentando a pré-candidatura do companheiro Marivaldo do Amaral. Dirigente partidário, secretário de governo em várias pastas, vereador mais votado da história da cidade, Marivaldo reúne todas as condições para liderar a volta do PT para a prefeitura de São Francisco do Conde”, afirmou Éden Valadares. Já em Dias D´Ávila, o encontro referendou a pré-candidatura a prefeita de Rose Requião.

Secretário de Organização do PT Bahia, Osmar Galdino, informou que nas reuniões foram discutidas a importância da organização partidária, a criação dos Comitês de Luta, a construção de chapas fortes de vereadores e vereadoras e também de candidaturas competitivas para prefeitos e prefeitas. “O partido sai dos encontros deste sábado e domingo mais mobilizado, unificado e preparado para vencer as eleições municipais”, afirmou Jojó.

Rui Costa e Jaques Wagner racham e duelam em guerra fria no governo Lula

Aliados há mais de quatro décadas, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), tomaram caminhos distintos e protagonizam uma espécie de guerra fria com disputas de bastidores na Bahia e no núcleo duro do governo Lula (PT).

O racha ficou explícito no início do ano, quando Wagner criticou abertamente a indicação da esposa de Rui para uma vaga no Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia. Enquanto aliados confirmam a briga interna, ambos afirmam em público que seguem afinados e com boas relações.

“Não tem briga nenhuma. Em algumas coisas podemos pensar diferente e isso não é problema. Isso só mostra que é um grupo arejado, que defende as liberdades. Mas não apostem em nenhuma divisão que é uma bobagem”, disse Wagner em agosto em entrevista a jornalistas na Bahia.

As disputas internas no governo, no entanto, explicitam o racha, e a falta de sintonia entre os dois fica clara, por exemplo, em debates sobre escolhas de nomes para cargos importantes.

Na corrida pelo STF (Supremo Tribunal Federal), Rui é um defensor da indicação do presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas, enquanto Wagner prefere o advogado-geral da União, Jorge Messias, que foi seu assessor no Senado.

Na briga pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), a divisão entre os dois chegou a ser apontada como um dos motivos para que nenhum dos baianos conseguissem compor a lista eleita pelo tribunal para ser enviada ao Executivo.

Rui apoiou nos bastidores a indicação de Roberto Frank, e Wagner fez campanha por Maurício Kertzman. Ambos são desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia e nenhum conseguiu os votos suficientes para compor a relação encaminhada ao Palácio do Planalto.

Jaques Wagner e Rui Costa são amigos há mais de 40 anos e despontaram como líderes do antigo Sindicato dos Químicos e Petroleiros, uma das entidades sindicais mais fortes do Polo Industrial de Camaçari.

Em 2007, quando Wagner tomou posse como governador, Costa passou a integrar o núcleo duro do governo, primeiro como secretário de Relações Institucionais, depois como chefe da Casa Civil.

No cargo, se cacifou para a sucessão e foi indicado por Wagner como candidato a governador em 2014. Na escolha, Wagner contrariou Lula, que preferia o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli para a disputa.

Importantes petistas da Bahia afirmam, porém, que o processo de distanciamento se iniciou ainda no primeiro mandato de Rui, inclusive, por iniciativa de Wagner, que preferiu dar liberdade para seu sucessor tomar as decisões no governo.

O afastamento se transformou em atrito na sucessão de 2022. Rui Costa se movimentava para renunciar ao governo e concorrer ao Senado, deixando o governo nas mãos do vice João Leão (PP).

Além disso, trabalhava nos bastidores para lançar sua esposa, Aline Peixoto, para deputada federal, o que só seria possível, segundo a lei, caso o marido não estivesse à frente do Executivo local.

Wagner, por sua vez, sempre defendeu que o PT tivesse um nome na disputa. Chegou a se colocar como candidato, mas acabou desistindo no início de 2022. Nos bastidores, afirmou que só aceitaria disputar o pleito se fosse candidato de consenso, o que não seria possível devido à resistência de Rui.

No entanto, como tem maior influência interna, manteve a tese da candidatura própria e derrotou internamente a articulação do então governador, o que resultou no rompimento do PP de Leão, que almejava um mandato de governador-tampão.

Dias depois, no lançamento da chapa liderada por Jerônimo Rodrigues (PT), Rui Costa chorou ao falar da amizade com Jaques Wagner, falou em gratidão e disse que havia uma tentativa de “plantar intrigas” entre os dois.

Após as eleições que deram vitória a Jerônimo, Rui e Wagner voltaram a medir forças na formação do secretariado do novo governador, trabalhando para emplacar aliados em postos-chave da administração.

Mas os embates escalaram após a indicação de Peixoto para disputar uma vaga no Tribunal de Contas dos Municípios, cargo vitalício com salário de R$ 42 mil.

Wagner criticou a indicação a aliados, mas evitou dar declarações públicas sobre a disputa. O cenário mudou em fevereiro, quando o petista disse em entrevista ao portal “Metro1” que não concordava com a indicação da esposa do aliado.

Semanas depois, Aline Peixoto foi escolhida para o cargo com maioria na Assembleia Legislativa e Wagner não voltou a falar sobre o assunto. Mas, desde então, cada qual corre em sua própria raia.

Ambos voltaram a discordar sobre a sucessão para a Prefeitura de Salvador. Rui Costa tentou emplacar José Trindade (PSB), que acabou desistindo de concorrer à prefeitura. Wagner, por sua vez, defende que o PT concorra com o deputado estadual Robinson Almeida ou apoie o vice-governador Geraldo Júnior (MDB).

A divisão entre os dois criou um cenário de indefinição que promete se arrastar pelos próximos meses, sob desconfianças e críticas de aliados. A decisão final caberá ao governador Jerônimo Rodrigues, que se equilibra para não melindrar seus dois principais padrinhos políticos.

No cenário político da Bahia, Rui Costa tem maior influência entre partidos aliados do governador e se movimentou para dar musculatura ao Avante, partido que cresceu na esteira do rompimento com o PP. Jaques Wagner, por sua vez, tem maior influência dentro do PT, onde prevalece nas disputas internas.

Entre aliados de Wagner, existe uma visão de que o ministro da Casa Civil quer se manter como protagonista, faz sombra ao governador Jerônimo e não desapega de questões paroquiais da Bahia. Políticos mais próximos a Rui afirmam o contrário e apontam que Wagner quer reafirmar sua liderança.

Os embates já têm como pano de fundo as eleições de 2026, quando ambos planejam concorrer ao Senado. Serão duas vagas em disputa por estado, mas partidos aliados reivindicam ao menos uma das vagas e rejeitam uma chapa 100% petista.

Também pleiteiam uma vaga na chapa o senador Angelo Coronel, que quer concorrer à reeleição, e o ex-deputado federal Ronaldo Carletto, cuja influência política cresceu após assumir a presidência estadual do Avante.

Mesmo com as tensões, aliados descartam um possível rompimento entre Rui e Wagner. Consideram que seria um movimento prejudicial para ambos e criaria instabilidade na base de Jerônimo Rodrigues.

Também lembram que o grupo político adversário foi derrotado em 2006 justamente quando houve uma divisão interna entre aliados do então governador Paulo Souto e do então senador Antônio Carlos Magalhães (1927-2007).

Procurados, nenhum dos dois quis comentar.

Matheus Teixeira/João Pedro Pitombo/Folhapress

Vídeo: Audiência Pública discutiu viabilidade de um banco de sangue em Ipiaú

Foto: Divulgação

Na noite da última sexta-feira, 15 de setembro, uma importante audiência pública foi realizada em Ipiaú para discutir a necessidade e viabilidade da instalação de um banco de sangue na cidade. O evento, promovido pelo Grupo Parceiros do Bem, reuniu dezenas de pessoas no salão da Câmara Municipal.

A audiência pública teve como objetivo principal conscientizar a população sobre a importância de um banco de sangue local, que seria responsável por suprir as demandas transfusionais do município e região. Durante o encontro, foram abordados diversos aspectos relacionados à doação de sangue e os benefícios que a instalação de um banco de sangue traria para a comunidade.

Foto: Divulgação

Várias personalidades da área de saúde de Ipiaú e região estiveram presentes, incluindo médicos, enfermeiros, representantes de hospitais e clínicas. Eles compartilharam suas experiências e conhecimentos, enfatizando a importância de ter um banco de sangue local para atender emergências, cirurgias, tratamentos de doenças crônicas e acidentes.

O Grupo Parceiros do Bem, responsável pela organização do evento, buscou sensibilizar as autoridades e a população em geral para a necessidade de investimentos e parcerias que possibilitem a criação de um banco de sangue em Ipiaú.

A audiência pública foi considerada um momento importante para mobilizar a sociedade em prol dessa causa, despertando o interesse e a participação de todos os envolvidos. Após o evento, espera-se que as discussões e propostas apresentadas possam ser levadas adiante, resultando na efetivação do banco de sangue no município, proporcionando um atendimento mais ágil e salvando vidas. (Giro Ipiaú)


Seleção de Ipiaú vence Jequié por 3 a 1 e garante classificação no Intermunicipal

Foto: Romário Henderson

Neste domingo (17), a seleção de Ipiaú conquistou uma importante vitória em casa, no estádio Pedro Caetano, pelo placar de 3 a 1 contra a equipe de Jequié. Com esse resultado, Ipiaú garantiu sua classificação para a próxima fase do Campeonato Intermunicipal e enfrentará São José da Vitória.

Os gols que garantiram a vitória para a seleção ipiauense foram marcados por Gilvani, Jefinho e Breno, demonstrando a diversidade de talentos e a efetividade do time em campo. Vale ressaltar que essa não foi a primeira vitória de Ipiaú sobre Jequié, já que na primeira partida entre as equipes, a seleção ipiauense havia vencido por 1 a 0, lá em Jequié.

Antes do confronto decisivo, a semana foi marcada por polêmicas envolvendo a Liga Desportiva de Ipiaú e os atletas, o que gerou incertezas sobre a preparação da equipe para o jogo. No entanto, parece que as questões foram resolvidas e a seleção de Ipiaú mostrou-se focada e determinada a continuar sua boa campanha no campeonato.

A vitória e a classificação no Intermunicipal representam um marco importante para o futebol local, celebrando o talento e o esforço dos jogadores que representam a cidade de Ipiaú nessa competição regional. (Romário Henderson/Giro Ipiaú)

Médico e dono de pousada estão entre as 14 vítimas do acidente aéreo no AM; veja lista

O Governo do Amazonas recebeu a lista com os nomes de 12 passageiros que estavam no avião de pequeno porte se acidentou neste sábado (16) no município de Barcelos (a cerca de 400 km de Manaus). A lista completa foi repassada pela Manaus Aerotáxi, empresa responsável pela aeronave.

O acidente, sem registro de sobreviventes, deixou 14 mortos, sendo 12 passageiros e dois tripulantes. O nome completo dos dois tripulantes não foi divulgado: o piloto foi identificado pelo sobrenome Souza e o copiloto como Galvão.

Os passageiros eram, segundo a empresa:Euri Paulo dos Santos
Fabio Campos Assis
Fabio Ribeiro
Gilcresio Salvador Medeiros
Guilherme Boaventura Rabelo
Hamilton Alves Reis
Heudes Freitas
Luiz Carlos Cavalcante Garcia
Marcos de Castro Zica
Renato Souza de Assis
Roland Montenegro Costa
Witter Ferreira de Faria

Gilcresio Salvador Medeiros, 74, era empresário e teve sua morte confirmada pela Pousada Serra da Mesa, em Niquelândia (GO), da qual era dono. Roland Montenegro Costa era médico de Brasília. A confirmação de que ele estava na aeronave foi feita pelo Sindicato dos Médicos do Distrito Federal.

O avião se deslocava de Manaus para o município do interior. Barcelos é um destino que costuma atrair visitantes interessados na pesca esportiva.

Informações iniciais divulgadas pelo governo estadual dão conta de que o grupo que sofreu o acidente estaria em busca desse tipo de lazer na região.

Neste domingo (17), o Governo do Amazonas enviou equipes para auxiliar no transporte dos corpos das vítimas do acidente aéreo. A operação acontece de maneira integrada com a Força Aérea Brasileira.

As equipes contam com um efetivo de dez pessoas do Departamento de Polícia Técnico-Científica, Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas e Polícia Civil do Amazonas e investigadores do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.

Os corpos serão levados para Manaus, onde serão periciados pelo Instituto Médico Legal para a identificação e posterior liberação às famílias.

AERONAVE NÃO TINHA PISTA SUFICIENTE PARA FREAR, INDICA APURAÇÃO
Em entrevista coletiva na noite de sábado (16), o secretário de Segurança Pública do Amazonas, coronel Vinícius Almeida, afirmou que todos os passageiros seriam turistas brasileiros. Ele disse que ainda não há detalhes conclusivos sobre as causas da ocorrência.

“O momento do acidente era de chuva muito intensa. Teve a informação de que duas aeronaves que estavam antes desse voo optaram por regressar a Manaus em virtude de a segurança no local não permitir o pouso”, afirmou o secretário.

“Não temos detalhes que possam ser conclusivos. Temos alguns relatos. Quero aqui não contaminar a investigação. O que tem de relatos é que a aeronave teria pousado no meio da pista e não teve pista suficiente para frear”, disse em outro momento.

Em nota, a FAB (Força Aérea Brasileira) informou que investigadores do Seripa VII (Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) foram acionados para realizar o atendimento inicial da ocorrência.

Segundo a corporação, o acidente envolveu a aeronave de matrícula PT-SOG. Registros da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) indicam que o avião era da Manaus Aerotáxi, com operação permitida para táxi aéreo.

A empresa lamentou o ocorrido em uma nota divulgada nas redes sociais. No mesmo comunicado, declarou que a segurança é a sua prioridade e que a aeronave e a tripulação atendiam a todas as exigências da aviação civil.

“Contamos com o respeito à privacidade dos envolvidos neste momento difícil e estaremos disponíveis para prestar todas as informações necessárias e atualizações à medida que a investigação avançar”, afirmou a empresa.

João Pedro Pitombo/Folhapress

Deputada do RS é agredida com bala de borracha e spray de pimenta em Porto Alegre

A deputada estadual Laura Sito (PT), presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, foi agredida por guardas municipais com spray de pimenta e balas de borracha em uma manifestação neste sábado, 17, no cruzamento das ruas Senhor dos Passos e dos Andrada, centro histórico da capital gaúcha.

No local há um prédio da Prefeitura de Porto Alegre que é reivindicado por movimentos sociais. O Movimento Nacional de Luta pela Moradia da cidade diz que o imóvel foi cedido para a Prefeitura “com fins culturais” pela Caixa Econômica Federal (CEF). O grupo afirma que “o local foi esvaziado com a promessa de que seria reformado e retornariam. A promessa não foi cumprida e o prédio está na lista de imóveis do município que serão leiloados”.

A Prefeitura de Porto Alegre diz que o prédio foi invadido na madrugada de sábado, quando a notícia do leilão veio a público. O episódio deu início a uma “rodada inicial de negociações com o grupo invasor a fim de recuperar o imóvel”.

A nota divulgada pela administração diz que, diante da repercussão do caso, o prefeito Sebastião Melo (MDB) desistiu de vender o prédio e concordou em destiná-lo para programas sociais de habitação. “Ficou acordado que não haverá ingresso de novos manifestantes, estão asseguradas entregas de alimentação em horários previamente combinados e o prédio permanecerá isolado e monitorado pela Guarda Municipal e Brigada Militar”, diz a Prefeitura.

De acordo com o que Laura Sito divulgou nas suas redes sociais, o conflito do sábado começou porque apoiadores do movimento tentaram ingressar no prédio com alimentos, mas foram barrados por guardas municipais. Nos vídeos publicados pela parlamentar, é possível ver as agressões com spray de pimenta. Ela registrou boletim de ocorrência e divulgou imagens da sua perna atingida por balas de borracha.

A deputada afirma que, quando estava registrando Boletim de Ocorrência, recebeu uma ligação de Melo comunicando a desistência da venda do prédio. Em 2020, o prefeito ganhou as eleições no segundo turno contra a ex-presidenciável Manuela D’Ávila (PCdoB).

A Prefeitura também disse que abrirá um procedimento administrativo para investigar a ação da Guarda Municipal no caso e o comandante do órgão, Marcelo Nascimento, disse que a abordagem deste sábado “foge à normalidade das ações da corporação”.

A cidade de Porto Alegre recentemente foi parar nas manchetes nacionais por causa da criação do feriado do Dia do Patriota, cuja data escolhida foi o 8 de janeiro – quando manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília. Diante da repercussão negativa, os vereadores se uniram e revogaram o feriado.

Isabella Alonso Panho/Estadão

Queda de avião deixa 14 mortos no interior do Amazonas

Um acidente com um avião de pequeno porte deixou 14 mortos na tarde deste sábado (16) no município de Barcelos (a cerca de 400 km de Manaus), no interior do Amazonas.

A relação de vítimas inclui 12 passageiros e dois tripulantes, segundo o governo estadual. Não há registros de sobreviventes.

Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram os destroços do avião próximos a uma estrada de terra batida. Chovia no momento do acidente, que ocorreu durante a tentativa de pouso no aeroporto de Barcelos, conforme o governo estadual.

Duas das 14 vítimas foram identificadas por familiares e amigos.

Uma delas é o empresário Gilcresio Salvador Medeiros, de 74 anos. A notificação de que ele é uma das vítimas foi feita pelo perfil da Pousada Serra da Mesa, em Niquelândia (GO), que pertence a Medeiros – e é umas das maiores pousadas do país no segmento da pesca esportiva.

Já a segunda vítima identificada trata-se do médico brasiliense Roland Montenegro Costa. A confirmação de que ele estava na aeronave foi feita pelo Sindicato dos Médicos do DF.

As outras 12 vítimas ainda não tiveram os nomes confirmados pelas autoridades e familiares.

O avião se deslocava de Manaus para o município do interior. Barcelos é um destino que costuma atrair visitantes interessados na pesca esportiva.

Informações iniciais divulgadas pelo governo estadual dão conta de que o grupo que sofreu o acidente estaria em busca desse tipo de lazer na região.

Em entrevista coletiva, o secretário de Segurança Pública do Amazonas, coronel Vinícius Almeida, afirmou que todos os passageiros seriam turistas brasileiros. Ele disse que ainda não há detalhes conclusivos sobre as causas da ocorrência.

“O momento do acidente era de chuva muito intensa. Teve a informação de que duas aeronaves que estavam antes desse voo optaram por regressar a Manaus em virtude de a segurança no local não permitir o pouso”, afirmou o secretário.

“Não temos detalhes que possam ser conclusivos. Temos alguns relatos. Quero aqui não contaminar a investigação. O que tem de relatos é que a aeronave teria pousado no meio da pista e não teve pista suficiente para frear”, disse em outro momento.

Em nota, a FAB (Força Aérea Brasileira) informou que investigadores do Seripa VII (Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) foram acionados para realizar o atendimento inicial da ocorrência.

Segundo a corporação, o acidente envolveu a aeronave de matrícula PT-SOG. Registros da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) indicam que o avião era da Manaus Aerotáxi, com operação permitida para táxi aéreo.

A empresa lamentou o ocorrido em uma nota divulgada nas redes sociais. No mesmo comunicado, declarou que a segurança é a sua prioridade e que a aeronave e a tripulação atendiam a todas as exigências da aviação civil.

“Contamos com o respeito à privacidade dos envolvidos neste momento difícil e estaremos disponíveis para prestar todas as informações necessárias e atualizações à medida que a investigação avançar”, afirmou a empresa.

Segundo o governo estadual, os corpos das vítimas foram removidos para uma escola, onde ficarão acondicionados durante a noite.

A expectativa é que o translado para Manaus ocorra neste domingo (17). Após os trâmites necessários no IML (Instituto Médico Legal), os corpos devem ser liberados para as famílias.

Nas redes sociais, o governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), disse lamentar profundamente a morte dos 12 passageiros e dos dois tripulantes.

“Nossas equipes estão atuando, desde o primeiro momento, para prestar o apoio necessário. Aos familiares e amigos, minha solidariedade e orações”, declarou.

O Governo do Amazonas não confirmou a identidade das vítimas na entrevista coletiva realizada neste sábado.

Leonardo Vieceli/Luis Eduardo de Sousa/Folhapress

Decisão sobre Odebrecht consolida ofensiva de Lula, STF e PGR contra Lava Jato

A decisão do ministro Dias Toffoli de declarar imprestáveis as provas da Odebrecht contra políticos atingidos pela Lava Jato e de determinar a investigação criminal de procuradores que firmaram o acordo de leniência com a empreiteira consolida a ofensiva de uma ala do Judiciário, da PGR (Procuradoria-Geral da República) e do governo Lula (PT) contra integrantes da operação.

O Executivo petista trata a história da Lava Jato como uma armação para apear o partido do poder. Por um lado, o discurso foca abusos cometidos pela operação mas, por outro, minimiza crimes confessados e verbas bilionárias recuperadas.

Além da decisão de Toffoli, diversas outras medidas foram tomadas para enfraquecer as investigações. A maioria delas se refere a fatos que são de conhecimento público há muito tempo, mas que só agora, no governo Lula, despertaram interesse de serem punidas por autoridades.

A avaliação de integrantes de tribunais superiores é que o clima contra a Lava Jato facilita a reparação de abusos cometidos pela operação. Eles também pontuam que as decisões anti-Lava Jato servem para fazer gestos a Lula, responsável por nomear os cargos vagos nas mais importantes cortes do país.

A operação já sofria um processo de esvaziamento desde a saída de Sergio Moro da magistratura para assumir o Ministério da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL). Isso foi ampliado com a ascensão de Augusto Aras ao posto de procurador-geral da República e com o fim do apoio à operação por parte de Bolsonaro, após ele tomar posse como presidente.

Agora, o movimento ganhou ainda mais força e mira nos agentes que foram responsáveis pelas investigações.

Nem mesmo o foro privilegiado conferido a parlamentares tem sido suficiente para blindar integrantes da operação. O ex-chefe da força-tarefa da Lava Jato no MPF (Ministério Público Federal), Deltan Dallagnol, teve o mandato de deputado federal cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com base na lei que veta procuradores com processos administrativos pendentes de disputar eleição.

Lula, por sua vez, chegou a lembrar publicamente, já como presidente, que durante a prisão costumava afirmar que só iria “ficar bem quando foder com o Moro”.

O governo aproveitou a decisão de Toffoli para reforçar a ofensiva contra lava-jatistas.

No mesmo dia da ordem judicial de Toffoli, a AGU (Advocacia-Geral da União) criou uma força-tarefa para verificar se foram cometidas irregularidades na operação; o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), prometeu pedir à Polícia Federal para investigar o acordo de leniência da Odebrecht; e a CGU (Controladoria-Geral da União) afirmou que já analisava a decisão do magistrado antes mesmo de ser notificada sobre a ordem judicial.

Dino é um dos responsáveis por enfraquecer a operação também dentro da PF, que por anos foi um dos sustentáculos da Lava Jato. Isso ficou claro no início de setembro, durante cerimônia de formatura de novos servidores da corporação.

“Eu quero garantir ao senhor, presidente Lula, que essa Polícia Federal hoje, toda ela, está a serviço de uma única causa, que é a sua causa, a causa do Brasil. Nós abolimos tentações satânicas, de espetacularizações, de abusos, de forças-tarefas ilegais. Tudo isso ficou no passado. Hoje temos uma polícia dedicada a servir a população”, declarou Dino, na ocasião.

Toffoli também mandou em sua decisão o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), o TCU (Tribunal de Contas da União) e a PGR apurarem a atuação da Lava Jato no acordo de leniência com a Odebrecht.

Parte desses órgãos, aliás, já havia iniciado uma ofensiva contra a operação.

A Corregedoria do CNJ, por exemplo, anunciou em maio a realização de uma correição extraordinária na 13ª Vara de Curitiba, onde teve início a Lava Jato, e na 8ª Turma do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), responsável em segunda instância pelas apurações.

Nesta semana, divulgou um relatório em que afirma ter encontrado “uma gestão caótica” e “possível conluio” no controle de valores oriundos entre acordos de delação premiada e leniência firmados com a força-tarefa da operação em Curitiba e homologados pela vara que estava sob responsabilidade de Moro.

Antes disso, o CNJ havia imposto revés a outro importante integrante da Lava Jato. Em fevereiro, o conselho abriu processos disciplinares e afastou do cargo o juiz Marcelo Bretas, responsável pela operação no Rio de Janeiro.

Na ocasião, foram analisadas três reclamações contra Bretas. Uma delas foi do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), que o acusou de tê-lo prejudicado intencionalmente nas eleições para governador em 2018, devido à divulgação de uma delação premiada que atingia o político.

O caso só foi analisado neste ano. Outros dois processos também levaram ao afastamento de Bretas, em julgamento sigiloso em fevereiro.

Trata-se de uma representação da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) com base em denúncias de um advogado contra o juiz afastado, e de outro processo da Corregedoria do CNJ iniciado após fiscalização apontar “deficiências graves” na 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

O STJ (Superior Tribunal de Justiça), que no passado respaldou decisões da Lava Jato, inclusive a condenação de Lula, também passou a impor derrotas à operação nos últimos meses.

O tribunal, por exemplo, mandou Deltan pagar R$ 75 mil de indenização a Lula em razão da entrevista coletiva em que expôs um PowerPoint contra o petista para explicar a denúncia apresentada contra o líder do PT em 2016.

Assim como Deltan, Moro, que foi o principal juiz da operação, tem o seu mandato parlamentar ameaçado. Ele é réu em uma ação de investigação eleitoral sob suspeita de abuso de poder econômico na pré-campanha de 2022. Atualmente busca construir pontes com o Judiciário para manter seu mandato.

No dia seguinte à cassação de Deltan, Moro se reuniu com o presidente do TSE, Alexandre de Moraes.

Moro também esteve em audiências com os ministros do STF Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux.

Em gestos considerados como acenos aos ministros, Moro não assinou o pedido de impeachment de Barroso e criticou a hostilidade a Moraes no aeroporto internacional de Roma. Também quis deixar claro que não era contra a indicação de Cristiano Zanin ao Supremo por Lula —seu adversário nos tempos de Lava Jato—, por questões pessoais.

Matheus Teixeira/Folhapress

Blogueiro bolsonarista diz que polícia paraguaia tentou prendê-lo e pede doações via Pix

A Polícia Nacional do Paraguai realizou uma nova tentativa de prender o influenciador bolsonarista Oswaldo Eustáquio na manhã de sábado (16). Agentes estiveram no apartamento onde ele vive em Assunção, segundo ele próprio disse à reportagem. Nas redes sociais, o blogueiro pede doações em Pix. Segundo ele, o recurso serviria para a alimentação dos filhos, que estão no Brasil.

Eustáquio teve a prisão decretada em 26 de dezembro de 2022 pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Segundo o ministro, Eustáquio descumpriu medidas cautelares impostas a ele depois de sair da prisão, em 2021, e organizou manifestações que pediam um golpe militar no Brasil – o que é inconstitucional.

Moraes determinou a inclusão do nome do blogueiro na Difusão Vermelha, lista dos mais procurados da Interpol. Em março deste ano, Eustáquio chegou a ser preso pelas autoridades paraguaias, mas não foi deportado porque há um pedido de asilo feito por ele e pendente de julgamento pelo país vizinho.

“Levaram um serralheiro para entrar (no apartamento), mas eu estava na fisioterapia. Soube apenas quando cheguei”, disse ele por meio de mensagem de texto. Segundo ele, a tentativa de prisão aconteceu em parceria com o Comando Tripartite, um mecanismo de cooperação entre Brasil, Paraguai e Argentina.

Na última quinta-feira (15), três bolsonaristas que estavam no Paraguai foram presos e deportados para o Brasil. Um deles, o blogueiro Wellington Macedo de Souza, foi condenado a seis anos de prisão pela tentativa de explodir uma bomba em um caminhão no Aeroporto de Brasília, na noite da véspera de Natal de 2022.

Os outros dois são a empresária paulista Rieny Munhoz e o radialista capixaba Maxcione de Abreu, também conhecido como Max Pitangui. Ambos são acusados de participar de atos antidemocráticos. Os dois e Wellington Macedo já chegaram ao Brasil e foram encaminhados ao presídio da Papuda, em Brasília.

Segundo Eustáquio, vários militantes bolsonaristas com pedido de asilo no Paraguai foram convocados a comparecer nos escritórios da Conare (a Comissão Nacional de Apátridas e Refugiados) paraguaia na manhã de quinta-feira. Lá chegando, receberam a notícia de que seus pedidos de asilo tinham sido negados e foram presos em seguida.

Para Eustáquio, trata-se de uma violação do direito internacional. “Saíram correndo com a Rieny, não deixaram ela nem parar para fazer um lanche. Em três horas ela estava no Brasil”, disse ele.

André Shalders/Estadão

Curaçá recebe Centro Educacional em tempo integral, com investimento de R$ 23,8 milhões do governo do Estado

Com recursos que ultrapassam R$ 23,8 milhões investidos em obras para as áreas de educação, segurança pública e agricultura familiar, o governador Jerônimo Rodrigues visitou o município de Curaçá, na manhã deste sábado (16), para realizar inaugurações de quatro importantes equipamentos. Ele inaugurou o Centro Territorial de Educação Profissional em Tempo Integral Maria Almeida Araújo, a nova sede da Delegacia Territorial e deu por entregue obras realizadas em duas unidades de beneficiamento, uma de leite de cabra e outra de frutas e mandioca.
A obra do Centro Territorial de Educação Profissional em Tempo Integral Maria de Almeida Araújo é resultado de parceria entre a Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC) e a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), representando um investimento de mais de R$ 21,7 milhões. A nova unidade de ensino da rede estadual conta com 14 salas de aula, biblioteca, três laboratórios para atividades de Biologia/Química, Física/Matemática e Informática, sala de dança, teatro com capacidade para 200 espectadores, e restaurante estudantil, com 200 lugares. O equipamento ainda dispõe de vestiários, quadra poliesportiva coberta, campo de futebol society com pista de atletismo, além de horta escolar.
Jerônimo destacou o potencial de transformação que a escola inaugurada possibilita a crianças e jovens de Curaçá. “Essa entrega de hoje tem uma marca muito forte do que nós estamos vivendo e tratando diariamente. Entregamos uma escola de tempo integral, educação profissional. Um espaço de aprendizagem, mas, ao mesmo tempo, de acolhimento. É ali que os nossos estudantes são recebidos, bem tratados e educados”, salientou o governador.
Hevylly Rannyelly tem 16 anos e é aluna do 1° ano do Centro Territorial de Educação Profissional, em Curaçá, destaca a emoção que a entrega da nova escola trouxe. “Pode ajudar com o desenvolvimento e incentivar mais a evoluir. Hoje, sinto mais animação do que antigamente. De estudar mais, de querer um futuro”. Ainda para a educação de crianças e jovens de Curaçá, o governador também entregou um ônibus escolar, uma iniciativa que melhora a mobilidade dos estudantes e promove a igualdade de oportunidades educacionais, com recursos de R$ 237 mil.

Durante a visita do governador, foi inaugurada ainda a Delegacia Territorial, parte de um amplo projeto de modernização das estruturas físicas da Secretaria de Segurança Pública, em toda a Bahia. Essa iniciativa fortalece a presença policial na região, garantindo maior segurança à população de Curaçá e municípios vizinhos. Esta nova estrutura, resultado de um investimento de R$ 1,3 milhão, engloba a construção do prédio, aquisição de mobiliário e de equipamentos de informática.

“Essa é a 45ª unidade desse programa revolucionário. São mais de 200 unidades entre construção e reforma, um investimento de quase R$ 200 milhões. Nessa unidade, investimos para fazer um local acolhedor, digno para os nossos policiais civis e com atendimento individualizado. Isso traduz o respeito e o reconhecimento do Governo com a Polícia Civil, e nós vamos continuar trabalhando firme para proteger, cuidar e servir a população baiana”, afirmou a Delegada-Geral Heloísa Brito.

A Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), coordenou a obra de reforma e ampliação da Unidade de Beneficiamento de Frutas e Mandioca, juntamente com a requalificação da Unidade de Beneficiamento de Leite de Cabra na comunidade de Poço de Fora. O investimento total para os dois equipamentos foi de R$ 600 mil e colabora para a promoção da produção agrícola sustentável e impulsiona a geração de renda para os agricultores da região.


Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia

Existência da PRF precisa ser repensada, diz Gilmar após morte de menina no RJ; leia repercussão

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF)

O ministro do SFT (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes comentou a morte neste sábado (16) da menina Heloisa dos Santos Silva, de 3 anos, baleada em uma ação da PRF (Polícia Rodoviária Federal), e afirmou que a existência da corporação deve ser repensada.

O magistrado também mencionou a morte de Genivaldo Santos asfixiado em uma viatura da PRF e a atuação da corporação durante o segundo turno das eleições do ano passado, quando montou blitze em locais em que o presidente Lula (PT) tinha feito mais votos no primeiro turno —na época, o chefe da corporação era Silvinei Vasques, indicado do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Gilmar afirmou que, em casos de “violações estruturais”, é necessário pensar em “medidas também estruturais”.

“Ontem, Genivaldo foi asfixiado numa viatura transformada em câmara de gás. Agora, a tragédia do dia recai na menina Heloisa Silva. Para além da responsabilização penal dos agentes envolvidos, há bem mais a ser feito. Um órgão policial que protagoniza episódios bárbaros como esses —e que, nas horas vagas, envolve-se com tentativas de golpes eleitorais —, merece ter a sua existência repensada”, escreveu na rede social X, antigo Twitter.

Heloísa foi baleada na nuca e no ombro durante uma ação da PRF no Arco Metropolitano, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro.

A criança estava na unidade de tratamento intensivo do Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, para onde foi levada depois de ter sido ferida. Quando foi atingida pelos disparos, ela estava com a família indo para casa, em Petrópolis, na região serrana.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou rede social para se manifestar sobre a morte da criança. No texto, disse que a pequena Heloisa foi atingida por tiros de quem deveria cuidar da segurança da população. “Algo que não pode acontecer”.

“A dor de perder uma filha é tão grande que não tem nome para essa perda. Não há o que console. Meus sentimentos e solidariedade aos pais e demais familiares”, escreveu Lula.

O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), publicou a nota de pesar divulgada pela PRF e lamentou o ocorrido.

“Quanto à apuração de responsabilidade administrativa, reitero que o processo administrativo foi instaurado no mesmo dia da ocorrência. Minha decisão só pode ser emitida ao final do processo, como a lei determina”, disse.

O ministro, que chefia a pasta responsável pela PRF, também mencionou que já está em curso um inquérito da Polícia Federal para apurar o caso e que o resultado da apuração será enviado ao MPF (Ministério Público Federal) e à Justiça.

Dino é o responsável pela nomeação do chefe da corporação, atualmente comandada por Antônio Fernando Oliveira. Inicialmente, ainda no governo de transição no final de 2022, o socialista havia escolhido Edmar Camata para o cargo.

Logo após a indicação, no entanto, vieram à tona comentários públicos de Camata em apoio à Lava Jato e à prisão de Lula.

Dino então recuou e decidiu escolher um nome mais alinhado ao PT. Antes de assumir a chefia da PRF, Oliveira fazia publicações nas redes sociais em apoio a Lula e contra Bolsonaro.

O advogado-geral da União, Jorge Messias, também usou as redes sociais para lamentar a morte de Heloísa. “É preciso apurar com rigor as causas e as responsabilidades dessa tragédia. Determinei à Procuradoria-Geral da União que acompanhe imediatamente o caso para avaliar eventual responsabilização na seara cível”, escreveu.

A primeira-dama, Janja, também aderiu àqueles que pedem justiça pela morte de Heloísa, e criticou a ação das forças de segurança. “Basta de ver nossas crianças morrerem. Quem deveria proteger, mata”, escreveu, nas redes sociais.

Segundo relatos de parentes e testemunhas, uma viatura da PRF passou a seguir o carro em que a menina estava e os agentes abriram fogo após o pai da criança, William Silva, dar sinal de parada.

No carro, além de Heloisa, estavam seus pais, uma irmã de oito anos e uma tia. O caso é investigado pelo Ministério Público Federal, pela Polícia Federal e pela Corregedoria-Geral da PRF.

Segundo a equipe médica que atendia a menina, a menina tinha vários orifícios de entrada por perfuração de arma de fogo. Ao menos dois tiros a atingiram: um deles no ombro e outro na nuca, que se fragmentou. O número exato de disparos só vai ser informado após perícia.

POLÍTICOS DE RJ COBRAM SEGURANÇA; LEIA REPERCUSSÃO

Nas redes sociais, políticos e organizações do Rio de Janeiro expressaram solidariedade aos familiares de Heloisa e também cobraram punição dos envolvidos na morte da criança.

A deputada estadual Renata Souza (Psol-RJ) afirmou que o caso é “inaceitável”, “revoltante” e “dilacerante”. “Mais uma família dilacerada, mais um futuro exterminado. Muita dor!”, escreveu a parlamentar.

“A Lei Ágatha, de minha autoria, que garante a prioridade na investigação em assassinato de crianças e adolescentes, precisa ser cumprida”, disse.

A deputada federal Talíria Petrone (Psol-RJ) questionou ações realizadas na área de segurança do Rio. “Que horror é esse que vivemos no RJ em que crianças são arrancadas desse modo? Que tipo de segurança é essa?”, publicou.

Ao se manifestar sobre a morte de Heloisa, a ONG Rio de Paz disse que “ninguém aguenta mais isso”. “Todo mês é uma criança morta em ação policial. Que lugar é esse onde isso virou rotina e ninguém faz nada?”, questionou.

De acordo com a organização, o estado do Rio registra 102 mortes de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos desde 2007 por armas de fogo —a maioria por bala perdida. Só neste ano já são 11 casos, segundo a Rio de Paz.

A Prefeitura de Duque de Caxias manifestou solidariedade aos familiares e amigos de Heloisa na nota em que confirmou a morte da menina.

“Em nome da Prefeitura de Duque de Caxias e de todos os colaboradores da Secretaria Municipal de Saúde, lamentamos profundamente e nos solidarizamos aos familiares e amigos da pequena Heloísa”, afirmou.

Matheus Teixeira/Folhapress

Lula muda hábitos em viagens, cancela compromissos e até seus passos são contados

Às vésperas de uma cirurgia no quadril, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mudou os hábitos de sua rotina fora do País. Nas últimas viagens ao exterior, Lula reduziu os deslocamentos, esquivou-se de compromissos externos indispensáveis e passou a receber visitantes em seu hotel. O presidente reclamou de dores nas pernas e até os passos dele passaram a ser contados pela equipe de preparação da viagem, composta principalmente por diplomatas locais, equipe avançada e pelo cerimonial do Palácio do Planalto.

Os cuidados passaram a ser tomados porque o presidente ainda não reduziu o ritmo de viagens internacionais, o que deverá fazer somente depois da cirurgia no quadril, marcada para o dia 29 de setembro. Lula vai passar por uma artroplastia. Ele sofre com artrose na cabeça do fêmur, o que gera dores – o desgaste da cartilagem faz com que haja atrito direto entre ossos e inflamação local. Durante a cirurgia, o presidente vai receber uma prótese de silicone. O presidente passou por ao menos duas infiltrações no quadril, um procedimento operatório invasivo para redução de dores, com injeção local de medicação.

Lula viajou a Havana, Cuba, para uma reunião do G-77 com a China, que reúne países em desenvolvimento, além de uma conversa com o ditador cubano Miguel Díaz-Canel, com quem deve tratar da renegociação da dívida da ilha com o Brasil. Em seguida, Lula vai a Nova York, para a Assembleia Geral das Nações Unidas, além de agendas de governo com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O petista adiou uma passagem pelo México, onde teria um prometido encontro formal com o aliado Andrés Manuel López Obrador, AMLO, presidente do país.

Serão as últimas viagens de Lula antes da cirurgia. Logo após, Lula passará por tratamento fisioterápico e deverá evitar viagens ao exterior por cerca de dois meses. Ele não tem nenhuma viagem agendada em outubro e só deverá voltar a sair do País no fim de novembro e início de dezembro, para a Cúpula do Clima (COP-28), nos Emirados Árabes.

Depois, ele irá a Berlim, na Alemanha, para um encontro bilateral com diversos ministros de lado a lado. Ainda não está certo se Lula irá à posse do próximo presidente da Argentina, também em dezembro, por causa do favoritismo do opositor Javier Milei. No início de janeiro, o presidente deve comparecer a um encontro da União Africana – a sede fica em Adis-Abeba, na Etiópia.

Contagem de passos na Índia

A equipe do governo brasileiro adotou cuidados durante a passagem de Lula por Nova Délhi, encerrada na segunda-feira, dia 11, depois de receber simbolicamente a presidência temporária do G-20. Na chegada ao Bharat Mandapam, sede da cúpula de líderes, Lula foi caminhando por um longo tapete vermelho até o primeiro-ministro Narendra Modi, o anfitrião indiano. A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, foi a única a acompanhar o marido durante todo o trajeto. Eles deram cerca de 120 passos.

A preparação dessa chegada ao G-20 e a visita, para um tributo, ao Raj Gath, onde estão as cinzas de Mahatma Gandhi, causaram preocupação na equipe diplomática, justamente por serem momentos em que Lula precisaria caminhar mais e até descer escadas.

Já no hotel Taj Palace, onde a comitiva brasileira instalou-se por recomendação dos indianos, os diplomatas escolheram um quarto que o presidente pudesse acessar sem ter de subir as escadas do hall de entrada. Lula só fez isso uma vez, a pedido de populares que queriam tirar fotos. Nos demais momentos, ele desceu do carro na entrada do hotel e logo dirigiu-se a um elevador mais reservado, que o deixava já no andar de sua suíte, a poucos metros da porta.

Lula concentrou reuniões no próprio hotel, a exemplo do que ocorreu em viagens recentes à Europa e à África. Nessas visitas ao exterior, ele parecia andar com certa dificuldade. Por padrão, o presidente sempre viaja acompanhado de médicos da Presidência da República, e uma ambulância faz parte do comboio para deslocamentos em terra.

Assim como fizera durante a Cúpula do Brics, em Johannesburgo, onde faltou ao banquete de chefes de Estado e de governo com apresentação cultural da organização sul-africana, Lula pulou em Nova Délhi o jantar de gala oferecido por Modi e pela presidente Droupadi Murmu aos líderes globais.

Ao fim de uma entrevista coletiva, Lula chegou a dizer que gostaria de ter levado a primeira-dama para conhecer o icônico Taj Mahal, em Agra, mas que desta vez não conseguiu. Janja foi sozinha com sua equipe ao templo hinduísta Swaminarayan Akshardham.

Cerimônia adaptada em Angola

Durante a viagem à África, Lula passou por momentos de desconforto e queixou-se de dores, confidenciaram auxiliares do presidente. Em Angola, por exemplo, até as cerimônias foram adaptadas para minimizar o desgaste do petista. Os primeiros compromissos de Lula foram no Palácio Presidencial, em Luanda, onde discursou três vezes. Lula passou parte das três cerimônias iniciais sentado, também depois de se deslocar perante a tropa das Forças Armadas e de visitar o mausoléu do ex-presidente António Agostinho Neto.

Segundo a Presidência de Angola, o cerimonial típico do país foi adaptado para as necessidades de Lula. Ele e o presidente João Lourenço assistiram sentados à cerimônia de assinatura de atos entre ministros. Se o protocolo padrão fosse mantido, os presidentes permaneceriam de pé e fariam um breve pronunciamento. Em seguida, responderiam, cada um, a duas perguntas da imprensa brasileira e duas da imprensa angolana. A fase dos questionamentos de jornalistas, porém, acabou cortada da programação, a pedido do governo brasileiro, segundo os angolanos, para reduzir o tempo que Lula permaneceria de pé.

Naquele dia, Lula faria mais dois discursos de pé – um na Assembleia Nacional e outro no encerramento de um fórum empresarial, no qual ignorou os cuidados e falou por 43 minutos. Antes, ele permaneceu no hotel e até pulou uma reunião que teria com empresários, que conversaram com o ministro Fernando Haddad (Fazenda) sobre o retorno da linha de crédito que financiava empresas brasileiras com atuação em Angola.

Felipe Frazão/Estadão

Em Cuba, Lula diz que embargo dos EUA é ‘ilegal’ e cobra ricos por financiamento do clima

O presidente Lula (PT) disse, neste sábado (17), em Havana, que o embargo econômico americano contra Cuba é “ilegal” e condenou a inclusão da ilha caribenha na lista dos Estados Unidos de nações patrocinadoras do terrorismo.

“Cuba tem sido defensora de uma governança global mais justa. E até hoje é vítima de um embargo econômico ilegal. O Brasil é contra qualquer medida coercitiva de caráter unilateral. Rechaçamos a inclusão de Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo”, afirmou Lula.

A declaração foi feita durante discurso na cúpula do G77 + China, em Havana. Trata-se de uma coalizão de países em desenvolvimento. O chefe do Executivo, que foi o primeiro líder a discursar no encontro, passará cerca de 24 horas na capital cubana. Ele parte para Nova York no final deste sábado.

O G77 é considerado pela diplomacia brasileira um espaço para coordenar posições sobre a reforma no sistema internacional de governança política e econômica.

O governo Lula afirma que as sanções são uma forma de sufocamento do regime cubano. Em fevereiro, antes de uma reunião com o presidente dos EUA, Joe Biden, Lula disse que o bloqueio não faz sentido e prometeu abordar o tema com o americano.

No mesmo discurso, Lula ressaltou outra bandeira da diplomacia brasileira: a de que as discussões sobre enfrentamento às mudanças climáticas, inclusive temas de financiamento, precisam levar em conta o princípio de que existem responsabilidades diferentes entre países ricos e em desenvolvimento.

“Vamos promover a industrialização sustentável, investindo em energias renováveis, na socio-bio-economia e na agricultura de baixo carbono”, declarou.

“Faremos isso sem esquecer que não temos a mesma dívida histórica dos países ricos pelo aquecimento global. O princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas permanece válido. É por isso que o financiamento climático tem de ser assegurado a todos os países em desenvolvimento, segundo suas necessidades e prioridades”.

Ainda neste sábado, o mandatário terá ainda uma reunião bilateral com o diretor-geral da FAO (Organização da ONU para Alimentação e Agricultura) e com o líder do regime cubano, Miguel Díaz-Canel. Após o segundo encontro, viaja para os Estados Unidos, onde participará da Assembleia-Geral da ONU.

Lula está acompanhado da primeira-dama, Janja, e dos ministros Nísia Trindade (Saúde), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação). Celso Amorim, assessor especial da Presidência, também integra a comitiva.

A ministra Nísia assinou na cúpula, com seu homólogo cubano, José Ángel Portal Miranda, um protocolo de cooperação com foco no fortalecimento do complexo industrial da saúde no Brasil. A intenção é a produção de medicamentos e vacinas para doenças crônicas para atender o PNI (Programa Nacional de Imunização) e as necessidades de Cuba.

Marianna Holanda/Folhapress

PT realiza plenária com militância em Ipiaú

O Partido dos Trabalhadores em Ipiaú promove Plenária da Militância neste sábado (16), a partir da 16h na Camara de Vereadores de Ipiaú.

Uma plenária de organização partidária é uma reunião realizada por um partido político para discutir questões internas, tomar decisões estratégicas e organizar suas atividades. Geralmente, essas plenárias envolvem membros do partido, líderes e representantes de diferentes níveis, e podem abordar temas como plataforma política, estratégias eleitorais, filiação de novos membros e outros assuntos relacionados à gestão partidária. Elas desempenham um papel fundamental na estruturação e no funcionamento dos partidos políticos.

A plenária do PT de Ipiaú tem como tema Organização Partidária e o Cenário das Eleições Municipais de 2024.

Fábio Rodella

Chamado de presidente e poeta, Temer é anunciado em congresso do MBL

 

O ex-presidente Michel Temer (MDB) será um dos participantes do 8º Congresso Nacional do MBL (Movimento Brasil Livre), que acontecerá no dia 4 de novembro, em São Paulo.

No cartaz de divulgação, o emedebista é anunciado como “Presidente da República, Presidente da Câmara dos Deputados, Secretário de Segurança Pública de São Paulo e poeta”. Em 2013, o então vice-presidente estreou na poesia com o livro “Anônima Intimidade”.

A programação do evento conta com palestras como “A imprensa na mira: o jornalismo na nova era do PT”, “Ceticismo e visão trágica de mundo” e “O que pensa a direita brasileira?”, além de um campeonato de debates com a participação dos deputados estadual Guto Zacarias (União Brasil-SP) e federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP).

Os ingressos disponibilizados até o momento custam R$ 250 (padrão) e R$ 800 (área vip e open bar).

Fábio Zanini/Folhapress

Lula deve usar andador após cirurgia; ministros temem comando de Janja sobre agenda

O presidente Lula deve despachar do Palácio da Alvorada por cerca de um mês depois da cirurgia que fará no quadril, no próximo dia 29. A previsão deve mudar a rotina do presidente –e já causa tensão entre ministros e auxiliares.

A agenda, neste período, deve ficar submetida também à primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, já que, embora seja um palácio, o Alvorada é a residência do casal.

Há o temor de que a agenda de Lula, já lotada, fique ainda mais restrita, em especial para ministros e auxiliares que não gozam da total simpatia da primeira-dama.

A previsão é de que Lula já comece a despachar no começo da semana seguinte à cirurgia. Por cerca de 15 dias, ele terá que se locomover com a ajuda de um andador.

A empresa Itaipu Binacional disponibilizou à Presidência um carrinho de golfe para que o presidente possa se locomover em deslocamentos maiores no Alvorada.

Mônica Bergamo/Folhapress

Fuzil é encontrado em Itabuna por equipes do 15º Batalhão de Polícia Militar

A arma foi localizada enterrada em área de mata, durante incursões nos bairros Daniel Gomes e São Pedro.
Um Fuzil calibre 7.62 foi localizado, no final da manhã desta sexta-feira (15), durante a Operação Força Total, nos bairros Daniel Gomes e São Pedro, em Itabuna. O flagrante foi realizado por policiais do 15º Batalhão de Polícia Militar (BPM/ Itabuna).

Este foi o terceiro fuzil apreendido na Bahia, nesta sexta. No ano, 47 fuzis já foram retirados das ruas das cidades baianas.

Segundo o coronel Robson Farias, comandante do 15º BPM, as equipes estavam empregadas na Operação Força Total, que reforçou o policiamento em todo o estado. Segundo ele, o armamento foi enterrado para tentar dificultar a atividade policial. “É uma arma de grande poder de fogo”, explicou o oficial.

Também foram apreendidos um revólver calibre 38, estojos, munições para o fuzil, porções de Cocaína, pedras de crack e maconha.

Texto: Marcia Santana

Quadrilha é capturada com 437 quilos de cocaína durante ação integrada

A droga estava escondida em carga de frutas para exportação. A ação envolveu equipes da Cipe Caatinga, da Polícia Federal e da Polícia Militar de Pernambuco/2º BIESP.

Foto: Divulgação SSP

Uma operação conjunta para coibir o tráfico de drogas no oeste do estado resultou na apreensão de 437 quilos de cocaína e na prisão de sete criminosos na cidade de Juazeiro, na noite de quinta-feira (14). A ação envolveu equipes da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Caatinga, da Polícia Federal e da Polícia Militar de Pernambuco/2º BIESP.Foto: Divulgação SSP

Após levantamento de informações, os policiais das três forças conseguiram localizar um galpão e flagrar o momento em que 7 homens estavam escondendo 437 kg de cocaína em uma carga de frutas, que seria exportada para outros países. O veículo e a droga foram apresentados na Polícia Federal em Juazeiro.

Texto: DCS PM

Bahia avança na elaboração do Plano Estratégico Ferroviário

Foto: Divulgação/Seplan

Após a primeira etapa, que focou no mapeamento e nas oportunidades de requalificação da infraestrutura ferroviária, a partir da demanda por transporte de carga projetada para os próximos 30 anos e analisada por uma matriz origem-destino, o Governo da Bahia avança na elaboração do seu Plano Estratégico Ferroviário, através da parceria estabelecida pela Seplan (Secretaria Estadual do Planejamento) e a SEI (Superintendência de Estudos Econômicos) com a Fundação Dom Cabral. O objetivo principal do contrato assinado, nesta sexta-feira (15), durante a realização de mais uma edição do projeto Pensar a Bahia, no auditório da Seplan, é aprofundar os estudos, visando a formação de plataformas de integração logística multimodal, além de avaliar a competitividade e a capacidade dos complexos portuários de Ilhéus e da Região Metropolitana de Salvador.

De acordo com o diretor-geral da SEI, José Acácio, há um entendimento comum no governo do Estado de que a Bahia precisa ocupar seu lugar natural de destaque na logística nacional. “Considerando que a etapa anterior identifica a demanda existente e a necessária e urgente atenção à questão logística no estado da Bahia, a nova etapa que iniciamos hoje com a Fundação Dom Cabral vai avançar nos estudos de viabilidade financeira e no detalhamento das soluções, com os nós logísticos nas principais cidades da Bahia, as possibilidades de investimentos em centros logísticos e as condições e potencialidades dos portos da Bahia”.

Durante a apresentação do estágio atual do Plano Ferroviário da Bahia, elaborado por iniciativa da CBPM (Companhia Baiana de Pesquisa Mineral), e os desdobramentos previstos pela Fundação Dom Cabral, que contou com a participação do coordenador do núcleo especializado em Logística, Supply Chain e Infraestrutura, Paulo Resende, e a equipe técnica formada por Bernardo Figueiredo e Ramon Victor, foram debatidas as contribuições da logística de transporte como fator de desenvolvimento regional, as ações necessárias para evitar o isolamento e agregar valor às cargas que passam pela Bahia.

“Logística integrada significa ferrovia, rodovia e porto. Esse é o tripé a ser trabalhado. A nossa proposta na nova etapa do Plano Ferroviário é que nós tenhamos uma análise da competividade portuária e dos acessos com uma ênfase nas ferrovias. Nós temos o sonho da Bahia ser o estado logístico do Brasil e tem tudo para ser. A localização é a primeira questão. Então nós vamos fazer um estudo de aproximação, que terá, possivelmente, a ferrovia através das chamadas shortlines, que é o reaproveitamento de trechos pequenos de até 200 km, sem depender de concessões. A dependência das concessões é para grandes trechos e redes ferroviárias. O estado pode ter pelo marco regulatório atual, autorização para uma shortline, inclusive para as empresas que querem ter vagão, locomotiva e ter o direito de passagem na ferrovia. Então é possível ter um gestor que alugue a ferrovia ou até que tenha carga própria. Uma empresa pode decidir ter uma frota de caminhão e pranchas ferroviárias para que você tenha uma integração multimodal”, ressalta o coordenador da FDC, Paulo Resende.

O secretário do Planejamento, Cláudio Peixoto, destacou que o tema da logística de transporte é prioritário e vem sendo acompanhado de perto pelo governador Jerônimo Rodrigues, que tem trabalhado para fortalecer a parceria com o governo federal. “A gente entende que essa segunda etapa do projeto é de grande importância para o desenvolvimento do Estado, geração de renda e oportunidade de investimento. Esse tema entrou na ordem do dia e está na agenda do governador. Eu estive em Brasília recentemente com o ministro Rui Costa e Marcus Cavalcanti, Secretário Especial do Programa de Parcerias de Investimentos da Casa Civil da Presidência da República, e posso assegurar que também estão tratando do assunto com muito afinco”.

A edição do Pensar a Bahia direcionada para a questão da logística de transporte contou, ainda, com as presenças do secretário estadual da Ciência e Tecnologia, André Joazeiro, do coordenador executivo do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social, Jonas Paulo, do superintendente de Planejamento Estratégico da Seplan, Ranieri Barreto, e do assessor especial, Antônio Valença, do diretor de estudos da SEI, Edgar Porto, do ex-senador, Waldeck Ornelas, além de diversos gestores, técnicos, especialistas e representantes de entidades empresariais, entre elas, a FIEB (Federação das Indústrias do Estado da Bahia).

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