Irã ameaça intervir na guerra caso Israel mantenha operação militar de entrada na Faixa de Gaza

Alerta foi enviado por meio da Organização das Nações Unidas enquanto Israel tem apertado o cerco militar na região, uma semana após o ataque orquestrado pelo grupo terrorista que deflagou a guerra na região
O Irã enviou uma mensagem de alerta a Israel por meio da ONU (Organização das Nações Unidas) para se posicionar sobre a operação militar que os israelenses preparam contra o grupo palestino Hamas na Faixa de Gaza. “Teremos de intervir na guerra se a operação das Forças de Defesa de Israel em Gaza continuar”, afirma a mensagem entregue neste sábado, 14, ao conselheiro de Segurança Nacional de Israel, Tzachi Hanegbi. Alerta foi emitido enquanto Israel tem apertado o cerco militar na região, uma semana após o ataque orquestrado pelo grupo terrorista que deflagou a guerra na região. De acordo com o comunicado do Exército israelense, o país prepara uma ampla ofensiva por “terra, mar e ar”, com o intuito de chegar “ao coração de Gaza”. A incursão terrestre teve seu início ainda enquanto os palestinos cumpriam o ultimato dado por Israel, para que 1,1 milhão de pessoas deixassem a porção norte da região em 24 horas – o prazo acabou às 18h (horário de Brasília) desta sexta-feira, 13, e foi estendido até a manhã deste sábado, 14. Ação foi pequena, tendo como objetivo a busca pelos reféns do Hamas, mas significativa para o contexto da guerra que já deixou ao menos 3,5 mil mortos entre israelenses e palestinos.
Fonte: Jovem Pan

PF apreende mais de 6,5 toneladas de maconha em Joinville/SC

A apreensão foi realizada em conjunto com a PRF.
Joinville/SC. A Polícia Federal, em operação conjunta com a Polícia Rodoviária Federal, prendeu em flagrante um homem e apreendeu aproximadamente 6,5 toneladas de maconha na nesta sexta-feira (13/10) na cidade de Joinville/SC.

Após levantamentos de inteligência e troca de informações com a PRF, o motorista de um caminhão foi abordado na BR-101 transportando a grande quantidade de maconha.

O homem e o veículo foram conduzidos à Delegacia da Polícia Federal em Joinville, onde foi lavrado o auto de prisão em flagrante e a droga apreendida.

O crime de tráfico de drogas tem penas de reclusão de 5 a 15 anos e pagamento de multa.
Comunicação Social da Polícia Federal em Santa Catarina/SC

Lula fala ao telefone com presidente da Autoridade Palestina e defende ajuda humanitária a Gaza

Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação/Arquivo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, na tarde deste sábado, 14, na iminência de um ataque por terra protagonizado por Israel à Faixa de Gaza. No telefone, Lula defendeu o envio de ajuda humanitária à região.

Segundo a agência de notícias palestina Wafa, Lula “afirmou a solidariedade dele e do povo brasileiro com os palestinos em sua busca pela restauração de seus legítimos direitos à liberdade e à independência, enfatizando a necessidade de levar ajuda médica e de socorro à Faixa de Gaza, apelando à paz e segurança na região”. O Palácio do Planalto confirma que Lula conversou com Abbas nesta tarde.

Ainda segundo a agência de notícias palestina, Abbas agradeceu Lula pelas “posições de apoio à causa palestina e ao direito do povo palestino de concretizar o seu Estado independente no seu solo nacional” e “destacou a necessidade de abrir corredores seguros para a entrada de materiais essenciais, e também trabalhar na saída de cidadãos estrangeiros, incluindo famílias brasileiras residentes em Gaza”.

Atualmente, o Brasil negocia com Israel, Egito e com a Autoridade Palestina a saída de brasileiros, através da fronteira com o Egito, que desejam embarcar em uma aeronave brasileira de repatriação.

Estadão

Após atrito com Congresso, STF deve se desgastar com governo por FGTS

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Arquivo
Depois de ser alvo de uma ofensiva do Congresso nas últimas semanas, o STF (Supremo Tribunal Federal) se prepara para se desgastar com o Executivo por causa da retomada do julgamento sobre a revisão da correção do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), marcada para o dia 18.

A ADI (ação direta de inconstitucionalidade) apresentada pelo Solidariedade questiona a atual correção do saldo das contas do fundo —TR (Taxa Referencial) mais 3% ao ano. O partido afirma que a fórmula prejudica o patrimônio do trabalhador por não repor perdas inflacionárias.

Presidente do STF, o ministro Luís Roberto Barroso, relator da ação, defende que os recursos dos trabalhadores no fundo tenham pelo menos a remuneração da poupança.

A caderneta é remunerada em 0,5% ao mês mais TR (Taxa Referencial) se a taxa Selic for maior que 8,5% ao ano. Se o juro básico for menor que esse patamar, rende 70% da Selic mais a TR. Para depósitos até 3 de maio de 2012, a remuneração é de 0,5% ao mês mais TR.

Em apresentação de agosto que acompanha memorial da AGU (Advocacia-Geral da União) sobre a ação, a Caixa Econômica Federal argumenta que, caso o FGTS passe a remunerar as contas vinculadas pela poupança, “haverá a inversão da lógica da gestão do Fundo, que passará a privilegiar a rentabilidade ao invés da promoção da aplicação nas áreas prioritárias de desenvolvimento da infraestrutura, do saneamento básico e da moradia de interesse social.”

Segundo estimativas do Ministério das Cidades validadas pela Caixa, se o FGTS deixar de cumprir esse papel, o custo para os cofres públicos seria de aproximadamente R$ 17 bilhões ao ano.

A pasta afirma que o fundo perderia “capacidade de financiar o público de menor renda, maioria dos cotistas, deixando-o sem alternativa de crédito para a aquisição da moradia própria.”

Nos bastidores, Barroso argumenta que, para minimizar o impacto sobre a política habitacional, o governo poderia estudar novas fontes de financiamento ao setor sem precisar prejudicar recursos do trabalhador.
Danielle Brant, Folhapress

Jerônimo lidera reunião da base aliada, que avança para candidatura em Salvador

Foto: Divulgação /Encontro aconteceu neste sábado

Demonstrando forte articulação com a base de apoio, o governador Jerônimo Rodrigues reuniu líderes de partidos, deputados estaduais, federais e vereadores de Salvador neste sábado (14), na capital baiana. O encontro faz parte do processo de afunilamento das discussões em torno do nome que representará o grupo nas eleições municipais do próximo ano.

À frente da articulação, Jerônimo já afirmou em outros momentos a importância da coesão do grupo e consolida cada vez mais a ideia de que o conjunto de partidos da base saia unido para disputar a prefeitura de Salvador.

Doze deputados, nove vereadores, presidentes e lideranças partidárias marcaram presença no encontro. Além do PT, partido do governador, MDB, Avante, PSB, PSD, PV, PCdoB, Podemos, Rede, PP e Cidadania estiveram representados ou tiveram integrantes na reunião. Depois de Salvador, a articulação mobilizando toda a base deve se repetir nas maiores cidades do estado.

Prefeita convoca torcida a comparecer em massa ao Pedro Caetano para incentivar Seleção de Ipiaú.

Fotos- Janaina Castro /Decom-Prefeitura de Ipiaú).
A torcida de Ipiaú promete comparecer em massa ao Estádio Pedro Caetano , na tarde deste domingo, 15para incentivar a Seleção de Futebol local a obter um bom resultado contra o time de Cachoeira pelo Campeonato Intermunicipal.  

Junto aos inúmeros  torcedores que estarão  empurrando a  equipe ipiauense rumo à vitoria  serão notadas as presenças de  muitos membros da gestão municipal.

 A prefeita Maria das Graças torce pelo sucesso do time e convoca os desportistas a marcarem presença nesse grande espetáculo futebolístico. Ela é puro otimismo pela continuidade da nossa seleção na competição.

Fotos- Janaina Castro /Decom-Prefeitura de Ipiaú).
O secretário  Caio Braga também se mostra otimista  e adianta que o mesmo sentimento reina entre os demais membros da  sua pasta, assim como de toda a turma da Prefeitura. A Secretária de Saúde, Laryssa Dias, nunca deixa de comparecer e torcer.

 “A classificação para a próxima fase do campeonato  é possível e depende  muito de nós, torcedores. Eu acredito! Vamos  vencer  e continuar na campanha rumo ao tetra”, assegurou Caio Braga.

Através da Secretaria de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo, a Prefeitura de Ipiaú vem dando todo o apoio necessário para que a Seleção de Ipiaú triunfe neste Intermunicipal e resgate  a sua condição e um dos melhores elencos do futebol baiano.

Para se manter na competição a  Seleção de Ipiaú precisa derrotar Cachoeira por uma diferença de  três gols, já que no jogo de ida perdeu por 2 X 0. Uma vitoria pelo mesmo placar levará a decisão para a cobrança de pênaltis.

(José Américo Castro/Decom-Prefeitura de Ipiaú).

Ipiaú: inicia-se os primeiros serviços na estrada da Fazenda do Povo para a pavimentação asfáltica

Fotos: Maicon Alves/Decom Prefeitura Ipiaú 
Um projeto de grande magnitude está prestes a transformar a vida dos moradores em Ipiaú, inclusive para os da Fazenda do Povo e região, com a pavimentação asfáltica de 10 quilômetros de estrada. A iniciativa, fruto de uma parceria entre o Governo da Bahia e Prefeitura de Ipiaú, já está em pleno andamento.
Fotos: Maicon Alves/Decom Prefeitura Ipiaú 

A primeira etapa desse empreendimento abrangente é a realização de limpeza e serviços preliminares ao longo do trajeto. Esses passos iniciais são fundamentais para garantir uma pavimentação asfáltica de alta qualidade que irá beneficiar a população de Ipiaú.
Fotos: Maicon Alves/Decom Prefeitura Ipiaú 
A prefeita Maria das Graças ressalta a parceria entre o Governo da Bahia e a Prefeitura de Ipiaú como um exemplo do compromisso contínuo em melhorar a infraestrutura da região. “Os benefícios desse projeto vão além do simples asfaltamento da estrada, pois impactará positivamente a vida dos residentes locais, melhorando o acesso a serviços essenciais e impulsionando o desenvolvimento econômico”, afirma a gestora. 

Michel Querino / Decom Prefeitura Ipiaú 

Israel inicia incursão terrestre em Gaza enquanto palestinos fogem para o norte cumprindo ultimato

Primeira movimentação israelense foi para buscar os reféns capturados pelo Hamas durante o ataque do dia 7 de outubro
Foto: MOHAMMED ABED / AFP
A Faixa de Gaza teve uma sexta-feira movimentada, para além dos bombardeios que se fazem presentes na região desde o dia 7 de outubro, quando grupo Hamas atacou Israel, o que resultou em uma retaliação do governo de Benjamin Netanyahu. Este foi o mais letal da História do país e o mais bem-sucedido da organização. Enquanto os palestinos cumpriam o ultimato dado por Israel, de deixar a região em 24 horas – o prazo acabou às 18h (horário de Brasília) – os israelenses começaram a realizar a incursão terrestre que eles prometiam desde o começo da semana. Ação foi pequena, tendo como objetivo a busca pelos reféns do Hamas, mas significativa para o contexto da guerra, que chegou ao seu sétimo dia nesta sexta-feira, 13. Estima-se que os milicianos tenham sequestrado cerca de 150 pessoas. Essa operação tem sido prepara há tempos e gera alarde na comunidade internacional, já que, caso ocorra, deve provocar um derramamento de sangue ainda maior do que os mais de 3.200 mortos que a guerra já deixou, sendo 1300 do lado de Israel, e 1.900 na Faixa de Gaza, sendo 614 crianças, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, que desde 2007 governa este paupérrimo e conturbado território 362 km².

Em meio a essas movimentações, em um raro ato, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fez um pronunciamento televisionado onde disse que este é apenas o começo de algo muito maior e prometeu extinguir o Hamas. “Nossos inimigos apenas começaram a pagar o preço. Não posso divulgar o que vem em seguida, mas vou dizer-lhes que isto é só o começo”, declarou Netanyahu em discurso à nação. “Estamos lutando pelo nosso lar como leões”, acrescentou, enfatizando que o país conta com a ajuda militar dos Estados Unidos. Netanyahu prometeu destruir o Hamas, mas adiantou que vai levar tempo, porém, garantiu que “terminaremos esta guerra mais fortes”. Enquanto Israel prepara seu ataque, milhares de palestinos fugiam do norte da Faixa de Gaza, depois que o governo israelense deu um prazo para que se retirassem desta região ante a iminência de uma possível invasão do enclave, em mais uma escalada do conflito, que ameaça se tornar, segundo a ONU, uma “catástrofe humanitária”.
De acordo com a ordem israelense, cerca de 1,1 milhão de habitantes do norte de Gaza (quase metade da população do enclave) deveriam deixar “de imediato” suas casas, “para sua própria segurança e proteção”. As bombas israelenses destroem Gaza ininterruptamente desde a incursão lançada a partir deste enclave pelo movimento islamita palestino Hamas. “Vamos lutar como leões pelo nosso lar. Não vamos perdoar e não esqueceremos nunca a barbárie dos nossos inimigos e não deixaremos que ninguém no mundo se esqueça dos horrores infligidos ao povo judeu”, disse o premiê ultraconservador, que antes desta escalada bélica enfrentava um forte movimento opositor da sociedade civil israelense.

O Hamas rechaçou “a ameaça dos líderes israelense e seus apelos para os palestinos deixarem suas casas e fugirem para o sul ou para o Egito”. No entanto, a ordem de evacuação levou milhares de moradores do norte de Gaza a fugir de carro ou a pé rumo ao sul, mas sem esperanças de sair do enclave pelo lado israelense, nem pela única passagem com o Egito, reticente em ter que administrar uma crise de refugiados. Além disso, a população de Gaza está ficando sem água, alimentação e energia elétrica, devido ao “cerco total” imposto por Israel. Ainda assim, muitos moradores do enclave se negam a partir. O exílio é uma questão dolorosa em Gaza, onde mais de 80% de seus habitantes são refugiados ou descendentes de refugiados, que abandonaram seus povoados e cidades ou foram expulsos deles quando o Estado de Israel foi criado, em 1948. O presidente palestino, Mahmud Abbas, comparou o deslocamento maciço de palestinos a uma segunda Nakba (“catástrofe” em árabe), como os palestinos denominam o exílio de 760 mil pessoas durante a guerra de 1948. Seu primeiro-ministro, Mohammed Shtayyeh, acusou Israel de levar adiante um “genocídio”

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu para Israel “evitar uma catástrofe humanitária” e pediu um “acesso humanitário imediato a Gaza, para poder levar combustível, alimentos e água a todos que precisarem”. O presidente americano, Joe Biden, reiterou seu compromisso de dar a Israel “o que precisar para se defender e responder a estes ataques”, mas se distanciou da ira vingativa de Netanyahu. “Não podemos perder de vista o fato de que a esmagadora maioria dos palestinos não teve nada a ver com o Hamas e os ataques atrozes do Hamas e que também está sofrendo como resultado disso”, disse Biden em um discurso na Filadélfia. Anteriormente, seu secretário de Estado, Antony Blinken, havia pedido para Israel adotar “todas as precauções possíveis” para evitar a morte de civis. O ataque sangrento do Hamas contra Israel não justifica a “destruição ilimitada” do enclave palestino, advertiu, por sua vez, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
Nesta sexta, o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) realizou uma reunião para discutir as questões humanitárias em Gaza e os problemas ocasionado pelo conflito entre Israel e Hamas. Mas, o encontro, que foi presidido pelo Brasil, que está na presidência no mês de outubro, não chegou a um acordo. Contudo, o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, em entrevista aos jornalistas ao fim da reunião, disse que o país continuará trabalhando para conseguir chegar a soluções para a região e enfatizou que o objetivo principal é “prevenir mais derramamento de sangue e garantir acesso humanitário urgente para as áreas mais atingidas. Questões humanitárias são urgentes, assim como criação de corredor para retirada de civis” e reforçou a posição brasileira sobre a necessidade de um cessar-fogo, ele também voltou a defender o apoio do país para a criação de dois Estados com fronteira acordadas, e garantiu que o país vai continuar acompanhando a situação da região e mantendo diálogo.
Fonte: Jovem Pan/Noticias

Influenciadora Karol Eller morre aos 36 anos

© Reprodução- Fecebook- Karol Eller
A influenciadora e assessora parlamentar Karol Eller, apoiadora do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), morreu na quinta-feira, 12, em São Paulo, aos 36 anos. A informação foi confirmada por políticos da direita e por uma publicação feita horas depois nas próprias redes sociais da influenciadora.

Karol Eller esteve em Brasília durante o 8 de Janeiro, quando fez transmissão dos atos golpistas pela internet.

Ela negava taxativamente envolvimento ou apoio às ações vandalismo. Era conhecida pela militância em favor de Jair Bolsonaro. Também tinha relação próxima com os filhos do ex-presidente.

A presença nos atos rendeu a ela a perda do cargo que tinha em escritório da agência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) no Rio de Janeiro. Posteriormente, em março de 2023, foi admitida como assessora especial do deputado estadual paulista Paulo Mansur (PL).

Abertamente homossexual, Karol costumava ser citada por políticos à direita para negar acusações de homofobia.

Em julho, ela se filiou ao PL em evento na Alesp que contou com a participação de Bolsonaro.

A influenciadora tinha planos para as eleições municipais de 2024. O partido a tratava como "destacada liderança jovem em defesa da política de direita e do governo Bolsonaro".

No mês passado, a jovem se converteu à fé cristã e divulgou uma nota afirmando ter renunciado à "prática homossexual, aos vícios e aos desejos da carne para viver Cristo". O anúncio foi feito após um retiro religioso.

A morte gerou consternação entre lideranças políticas bolsonaristas. "Recebi com muita tristeza a notícia da morte da Karol Eller, uma pessoa de coração gigantesco, uma grande mulher. Peço respeito pela história da Karol e orações pela alma dela e pelo conforto de todos. Que Deus a receba!", escreveu o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou uma foto em preto e branco com a influenciadora. "Com muito pesar mesmo acabei de receber a notícia do falecimento da Karol Eller. Que Deus em sua infinita bondade conforte familiares e amigos, vai fazer falta por aqui!", disse.

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) foi um dos primeiros a confirmar a morte. "Escrevo isso praticamente sem forças, mas infelizmente Karol Eller veio a óbito. Que o Senhor conforte a vida de seus familiares", afirmou Ferreira.

Ataque em quiosque

Em dezembro de 2019, Karol foi agredida em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. A influencer estava acompanhada da namorada e teria sido vítima de um ataque homofóbico. O agressor a atacou com socos e pontapés, deixando a jovem com o rosto desfigurado.

Como mostrou o Estadão, inicialmente, a Polícia Civil investigava o caso como homofobia, entretanto o rumo da apuração virou quando a delegada do caso, Adriana Belém, concluiu que foi a youtuber que iniciou as agressões após ouvir os envolvidos no caso.

Antes de confirmada a morte, o perfil de Karol Eller no Instagram publicou mensagens com afirmações como "perdi a guerra" e "lutei pela pátria".

Obras na BA-612 entre Candiba e Guanambi são inauguradas, beneficiando quase 100 mil baianos

Fotos: Feijão Almeida/GOVBA
Ainda na região de Guanambi, nesta sexta-feira (13), o governador Jerônimo Rodrigues cumpriu agenda de compromissos na cidade de Candiba, onde inaugurou o trecho de 16 quilômetros da BA-612, entre Candiba e o distrito de Mutãs (Guanambi), que passou por obras de recuperação no valor de R$ 19.322.981,39, beneficiando 98 mil habitantes dos dois municípios, ajudando a escoar agricultura, minério e pecuária. As obras foram executadas pela Secretaria da Infraestrutura (Seinfra), autorizada a celebrar convênio com a prefeitura para realizar a pavimentação entre o centro da cidade e a BA-612.
Fotos: Feijão Almeida/GOVBA
“Eu autorizei aqui a prefeitura a fazer um convênio com a Conder (Companhia de Desenvolvimento Urbano da Bahia) para a gente repassar o dinheiro e licitar essa obra. Eles pediram que pudéssemos fazer a pavimentação do acesso da cidade e eu pedi ao prefeito para fazer isso através da prefeitura, e teve consenso”, explicou o governador sobre o trecho autorizado, que possui cerca de um quilômetro e investimento previsto em torno de R$ 1 milhão.
Fotos: Feijão Almeida/GOVBA
Superintendente de infraestrutura de transportes da Seinfra, Saulo Pontes destacou que a recuperação da rodovia facilita o escoamento da produção agrícola, principalmente, do milho, mas também forma um anel, uma rota, para essa atividade. “Com a inauguração de hoje em Pindaí e com essa em Candiba, o governo chega a 146 ações de melhorias e ampliação da infraestrutura rodoviária do Estado”, acrescentou.

O governador aproveitou a passagem pela cidade para visitar as obras de construção da escola estadual de tempo integral, que tem previsão de conclusão para 2024. Já no Parque de Exposições José Vaqueiro, o governador deu por entregue as obras do Sistema de Abastecimento de Água no Povoado de Dourados, que beneficia 170 habitantes, com um investimento de R$ 505.214,55, além da requalificação de uma cozinha comunitária no loteamento Jardim Paraíso e de uma unidade de beneficiamento de mandioca, na Comunidade Lagoa do Morro.

O secretário de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso, destacou a importância de investir na agricultura familiar. “Eu visitei as duas unidades. Fizemos um investimento de R$ 1,4 milhão. A gente se sente orgulhoso de poder contribuir com a agricultura familiar do município de Candiba. Teremos novidade na quantidade de títulos que serão entregues ano que vem. Isso nos anima muito, porque a gente sabe a felicidade que é para o homem do campo receber o título definitivo de sua área”, afirmou o titular da SDR.

Houve ainda a entrega de seis títulos de terra do Projeto Bahia Mais Forte Terra Legal, executado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). O agricultor Osvaldino Pereira comemorou a oficialização da posse. “Estou muito feliz, porque agora tenho a segurança de que a terra é minha e ninguém vai tirar. Agora, vou ter alguma coisa para deixar para os meus netos”, ressaltou.
Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia

Fufuca é único ministro de Lula a chamar Hamas expressamente de terrorista nas redes sociais

Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil /O ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA)

O ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA) foi o único integrante do primeiro escalão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a classificar o Hamas diretamente como terrorista nas redes sociais. O próprio presidente e alguns outros ministros usaram expressões como “ataques terroristas” e “atos terroristas”, mas sem associá-las expressamente à organização responsável pelos ataques com assassinatos e sequestros de civis, incluindo crianças, em Israel nos últimos dias.

O Brasil tem adotado uma linguagem cautelosa para se referir ao conflito com o argumento de que tenta atuar como mediador entre os dois lados e também repatriar cidadãos brasileiros que estão tanto em Israel como na Faixa de Gaza, administrada pelo Hamas. O governo e o PT relutam em classificar o Hamas como terrorista e falham em alinhar o discurso sobre o tema, o que segundo especialistas se deve à influência ideológica do assessor de assuntos internacionais Celso Amorim e da própria legenda.

“Expresso minha total solidariedade ao povo israelense, que enfrenta ataques brutais prospectado [sic] pelo grupo terrorista Hamas. Vamos orar pelas vítimas, e orar para que Deus conforte o coração de todos os familiares e amigos por suas perdas”, escreveu o ministro na rede social X (antigo Twitter) no último sábado, 7, horas após o início do ataque.

A declaração de Fufuca é diversa da posição adotada pelo Itamaraty. O Brasil só considera terroristas entidades e pessoas que estão incluídas na lista do Conselho de Segurança da ONU, o que não é o caso do Hamas, responsável pelos ataques em território israelense. “A prática brasileira, consistente com a Carta da ONU, habilita o país a contribuir, juntamente com outros países ou individualmente, para a resolução pacífica dos conflitos e na proteção de cidadãos brasileiros em zonas de conflito”, disse o Itamaraty em nota divulgada na quinta-feira, 12.

Em publicação nas redes sociais na noite do mesmo dia, Lula disse ter reafirmado “a condenação brasileira aos ataques terroristas” em conversa com o presidente de Israel, Isaac Herzog. Ao mesmo tempo, pediu que não falte água, luz e remédios em hospitais. “Transmiti meu apelo por um corredor humanitário para que as pessoas que queiram sair da Faixa de Gaza pelo Egito tenham segurança”, escreveu o presidente, sem citar o Hamas em nenhum momento. Na mesma linha, Simone Tebet (MDB) falou em “ataques terroristas” e Alexandre Padilha (PT) declarou que o Brasil repudia o terrorismo “em todas as suas formas”.

Quem destoou do discurso oficial, assim como Fufuca, foi a ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos (PCdoB). No seu caso, porém, ela reproduziu nas redes sociais uma carta de seu partido, que considera que o Hamas contra-atacou Israel. O documento lamenta as mortes de vítimas israelenses e palestinas, mas atribui maior responsabilidade pelo conflito ao Estado israelense devido à ocupação de território palestino por meio de “assentamentos ilegais”.

“Esta guerra já está em curso há muitos anos e há três décadas os palestinos fizeram concessões importantes, nos chamados Acordos de Oslo, nunca cumpridos por Israel, que garantiam negociações pacíficas como caminho para o estabelecimento de um Estado Palestino independente, com fronteiras internacionalmente reconhecidas”, diz trecho da carta do PCdoB republicada pela ministra.

Ministros destacam operação de repatriação

A estratégia das lideranças do governo nas redes sociais, nos últimos dias, passa por destacar o esquema de repatriação de brasileiros em áreas de conflito e atribuir o rótulo de “estadista” ao presidente Lula. Dois ministros do governo, Camilo Santana (PT) e Paulo Teixeira (PT), publicaram a mesma mensagem no Instagram nesta sexta-feira, 13, contendo dados da operação.

“Decolou há pouco, de Tel Aviv, em Israel, o quarto voo da Operação Voltando em Paz. Embarcaram no avião 207 repatriados brasileiros e quatro pets. Ao todo, a operação coordenada pelo governo federal já repatriou mais de 700 cidadãos e cidadãs”, escreveram.

“Esses devem ser os dois grandes objetivos do Brasil: promover a paz e trazer de volta com segurança as famílias de brasileiros e brasileiras que estão lá. Nós não devemos nos distanciar desse foco”, resumiu Paulo Pimenta (PT), da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em um vídeo publicado em seu perfil do Instagram também nesta sexta.

Pedro Augusto Figueiredo/Samuel Lima/Natália Santos/Estadão

Em reunião do Conselho de Segurança, Vieira chama ataques de ‘terrorismo’

Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, referiu-se duas vezes aos “ataques terroristas” realizados em Israel no último sábado (7), durante a reunião fechada do Conselho de Segurança da ONU, em Nova York (EUA).

Uma delas foi quando mencionou os três brasileiros mortos pelos massacres do Hamas. O Brasil exerce a presidência rotativa do órgão.

O chanceler, no entanto, não usou o termo para chamar a organização palestina de “terrorista”. O Itamaraty diz que se abstém do uso da expressão com relação ao Hamas pelo fato de a entidade não ser considerada terrorista pela ONU.

A reunião terminou sem uma resolução do Conselho de Segurança. O Brasil defendeu que fossem aprovados corredores humanitários na faixa de Gaza. Haverá novas reuniões na semana que vem.

Fábio Zanini/Folhapress

Brasileiros devem sair de Gaza amanhã pela fronteira com o Egito

Foto: Arquivo pessoal

Os brasileiros que estão sitiados na Faixa de Gaza podem deixar o território conflagrado no sábado (14). A expectativa foi confirmada à coluna por fontes do Ministério das Relações Exteriores.

Tudo indica que a travessia até a fronteira do Egito, país com o qual o Brasil vem negociando a operação, será feita com a ajuda de um comboio internacional, o que daria aos futuros repatriados mais segurança.

Neste momento, um grupo de cerca de 30 brasileiros está acolhido em uma escola católica em Gaza. O espaço, arranjado pela diplomacia brasileira, era considerado seguro até o Exército israelense dar um ultimato para que todos os palestinos se desloquem do norte para o sul da região.

O prazo para a evacuação, duramente criticado pela ONU (Organização das Nações Unidas), se esgota nas próximas horas.

Bombardeios e tiroteios já são ouvidos pelo grupo que se refugia na escola —os confrontos armados se estendem pelas ruas e quadras do entorno da instituição católica, segundo relatos.

De acordo com integrantes do Itamaraty que prestam assistência aos brasileiros, o governo israelense está ciente de que a escola abriga cidadãos que deverão ser repatriados pelo Brasil.

Embora esteja no meio do fogo cruzado, a avaliação é de que a escola segue sendo a opção mais segura enquanto os brasileiros aguardam socorro.

Mais cedo nesta sexta-feira (13), como mostrou a coluna, um ônibus foi designado para retirá-los do local e levá-los até a cidade de Khan Younes, mas um bombardeio na via principal da cidade de Gaza fez com o que plano fosse adiado.

A expectativa, agora, é que os brasileiros saiam da Faixa de Gaza até a noite de sábado, encerrando o que tem sido chamado por membros da diplomacia de “pesadelo”.

Na quinta-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou ao telefone com o presidente de Israel, Isaac Herzog. O petista afirmou que agradeceu ao apoio na retirada de brasileiros que estavam no país, que declarou guerra ao Hamas após a facção terrorista lançar ataque em território israelense no sábado (7).

“Reafirmei a condenação brasileira aos ataques terroristas e nossa solidariedade com os familiares das vítimas. Solicitei ao Presidente todas as iniciativas possíveis para que não falte água, luz e remédios em hospitais”, escreveu, nas redes sociais.

O clima entre aqueles que tentam sair da faixa conflagrada é de pavor, como registrado em vídeo pela brasileira Shahed al-Banna, de 18 anos de idade.

“A gente achava que a escola era um lugar seguro para nós, mas agora não é um lugar seguro. Eles vão entrar no país e vão acabar com todo mundo. Os prédios, as árvores, crianças, pessoas, bichos, tudo vai ser morto”, afirmou ela, em relato compartilhado com a coluna.

Ao menos 22 brasileiros aguardam uma oportunidade para deixarem Gaza. Deles, dez são crianças, sete são mulheres e cinco são homens. Nem todos, contudo, estão abrigados na escola: 12 brasileiros estão na cidade de Khan Younes, ao sul da Faixa de Gaza.

Mônica Bergamo/Folhapress

Petróleo dispara e supera os US$ 90 com escalada da guerra

Foto: Geraldo Falcão/Petrobras

O preço do petróleo dispara nesta sexta-feira (13), em meio à guerra entre Israel e Hamas. Às 17h03, o barril de Brent (referência internacional) subia 5,66%, a US$ 90,87, maior valor desde o último dia 3.

Segundo o ministro do Petróleo iraniano, Javad Owji, os preços devem chegar a US$ 100 por conta do conflito devido à atual situação do Oriente Médio, disse nesta sexta.

O temor de investidores é que o Irã se envolva no conflito com a incursão terrestre do exército israelense na faixa de Gaza.

Outro fator para a disparada da commodity é a nova sanção imposta, na quinta (12), pelos Estados Unidos. O país proibiu negócios em solo americano as empresas proprietárias de navios-tanque que transportam petróleo russo com preço acima do limite do G7 de US$ 60 por barril, para fechar brechas no mecanismo criado para punir Moscou pela invasão da Ucrânia.

A Rússia é o segundo maior produtor de petróleo do mundo e um grande exportador, e o escrutínio mais rigoroso dos EUA sobre suas remessas pode reduzir o fornecimento.

Também na quinta, a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) manteve sua previsão de crescimento da demanda global de petróleo, citando sinais de uma economia mundial resiliente até o momento este ano e a expectativa de novos ganhos de demanda na China, o maior importador de petróleo do mundo.

A valorização do óleo impulsionou as ações de petroleiras brasileiras na Bolsa de Valores. A Petrobras subiu 3,30%, a R$ 36,28. A PetroRio teve alta de 5,04%, a R$ 50,00.

O Ibovespa, porém, não consegue acompanhar o movimento. O índice recuou 1,10%, a 115.754 pontos, na volta de feriado. Na semana, acumulou leve alta de 0,5%.

Já o dólar subiu 0,74%, a R$ 5,0880. Na semana, a moeda acumulou perda de 0,83%.

Investidores também estão repercutindo a inflação americana mais forte do que o esperado e uma inflação chinesa mais fraca do que o previsto.

Ontem, os índices de ações brasileiras negociadas em Wall Street tiveram fortes quedas. O índice EWZ, que reúne 47 papéis de companhias listadas na B3, caiu 2,05%. O Brazil Titans 20, que conta com 20 ações brasileiras, perdeu 1,85%.

Na quinta, o governo dos EUA divulgou que a inflação subiu 3,7% em setembro, na comparação anual, mesmo patamar de agosto e 0,1 ponto percentual acima do previsto. O maior ponto de atenção, segundo especialistas, são os avanços surpreendentes nos custos de aluguel e de gasolina. Os dados levaram o mercado a precificar juros mais altos por mais tempo.

Contribuindo para o clima cauteloso nesta sexta, dados abaixo do esperado da inflação chinesa divulgados na madrugada reforçaram temores sobre enfraquecimento da demanda no país.

Os preços ao consumidor da China vacilaram e os preços de fábrica encolheram um pouco mais do que o esperado em setembro, com ambos os indicadores mostrando pressões deflacionárias persistentes na segunda maior economia do mundo.

Em Nova York, o índice S&P 500 fechou em queda de 0,50% e o Nasdaq, de 1,23%. O Dow Jones teve leve alta de 0,12%.

Folhapress

Prefeitura de Ipiaú abre inscrições para torneios de futebol

Por meio da Diretoria de Esportes, da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo, a Prefeitura municipal de Ipiaú abriu as inscrições para as equipes que queiram participar dos torneios de futebol nas modalidades masculina e feminina. 

A  primeira modalidade será exclusiva para times das igrejas evangélicas da cidade, enquanto na  modalidade feminina não haverá distinção religiosa. As inscrições acontecem por meio do contato de Iran, Coordenador de Esportes, ou com Elivan, responsável pela Areninha da Vila Irmã Dulce, por meio dos contatos 73 99842-7440 ou 73 99140-5210.

José Américo Castro / Decom Prefeitura Ipiaú

Vai acontecer um massacre, diz brasileiro que está com a família na Faixa de Gaza

Ataque de Israel na Faixa de Gaza

O palestino com cidadania brasileira Hasan Rabee, 30, não dorme há uma semana. Ele está encurralado na Faixa de Gaza, território controlado pelo grupo terrorista Hamas, e teme um massacre em caso de invasão das forças israelenses por terra.

“Muitos inocentes serão mortos no norte de Gaza. Tenho certeza de que vai acontecer um massacre”, afirma à Folha Rabee, que está na região de Khan Yunis, mais ao sul do enclave.

Não é a primeira vez que o palestino vive momentos de terror na região. Rabee teve de fugir de Gaza em 2014, quando as forças israelenses lançaram a operação Margem Protetora para destruir foguetes e túneis usados pelos terroristas. Em 50 dias de confronto, 2.270 palestinos e 82 israelenses morreram.

Rabee então veio para o Brasil, onde recebeu o status de refugiado e arrumou emprego na cidade de São Paulo como vendedor de acessórios para celulares. Há 15 dias, ele voltou pela primeira vez em nove anos a Gaza para visitar parentes. Acabou surpreendido pelo confronto e agora teme pela vida da esposa e das filhas de 3 e 6 anos, que são brasileiras e o acompanharam na viagem.

Desde que os conflitos começaram, a família tem se deslocado por casas de parentes e amigos, sempre tentando fugir dos bombardeios diários. Agora eles estão na casa de uma das irmãs de Rabee, com cerca de outras 50 pessoas. “Estamos todos apavorados. Muitos dos que estão aqui são recém-chegados do norte de Gaza, de onde Israel ordenou que saíssem.”

Desde que Tel Aviv anunciou o cerco total a Gaza, na última segunda-feira (9), o território está às escuras e faltam água potável e alimentos. “Até o leite está acabando”, diz.

O sofrimento é ainda mais intenso à noite, quando as explosões aumentam. Ele afirma que, se conseguir voltar ao Brasil, vai procurar ajuda psicológica para as crianças. “À noite, elas ficam no meu colo e tampo os ouvidos delas para não escutarem o barulho das bombas”, afirma

Ele tenta acalmar as crianças dizendo que são rojões usados em festas de aniversário. “A pequena ainda fica quietinha, mas a maior, quando ouve o barulho, já diz: ‘papai, olha o avião, vai lançar bomba’.”

Rassan apela ao governo brasileiro para que convença as autoridades do Egito a abrirem a fronteira ao sul, por onde poderia deixar Gaza com a família.

O Itamaraty estima a presença de 25 brasileiros em Gaza. Na noite desta quinta (12), o Exército de Israel informou as Nações Unidas que todos os palestinos vivendo na porção norte da Faixa de Gaza devem ir ao sul do território nas próximas 24 horas, sugerindo uma provável invasão da região. Cerca de 1,1 milhão de pessoas moram na área indicada.

Durante toda a entrevista de Rabee por telefone foi possível ouvir barulho de aviões que sobrevoam Gaza. Ele diz que as aeronaves que passam pelo território durante o dia são usadas principalmente para monitoramento e comunicação de possíveis alvos. “E à noite as bombas caem. Vira um inferno.”

Renan Marra, Folhapress

Governo Lula orienta população no Amazonas a ficar em casa para evitar fumaça de incêndios

O governo do presidente Lula (PT) recomenda que a população no Amazonas fique em casa para evitar a fumaça dos incêndios que ocorrem na região.

A orientação foi dada nesta sexta (13) durante coletiva de imprensa no Ibama sobre as queimadas que levaram 55 municípios a decretarem estado de emergência.

Em outra frente, o Ministério do Meio Ambiente vai reforçar o combate às queimadas com mais 149 brigadistas, chegando a 289 nos próximos dias.

“Nós estamos reforçando a partida e agora, entre hoje e segunda-feira, com mais quase 150 brigadistas. São brigadistas que estão sendo retirados de outras regiões do país para reforçar as ações no estado do Amazonas”, afirmou o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.

Também estiveram presentes os ministros Marina Silva (Meio Ambiente) e Waldez Góes (Integração Nacional), o presidente do ICMBio, Mauro Pires, e representantes da Defesa Civil e da Casa Civil.

O Ministério da Saúde alertou para os danos à saúde causados pela seca e pelas queimadas, como o aparecimento ou agravamento de doenças respiratórias, parasitoses, doenças infecciosas, dentre outras.

Para isso, além de ficar em casa, a pasta recomenda fechar portas e janelas, utilizar máscara ao ar livre, aumentar ingestão de água e evitar a realização de atividades físicas. A ministra Nísia Trindade (Saúde) vai para Manaus na segunda-feira (16).

“Temos que tentar evitar exposição a fumaça, poluição do ar, quem puder, ficar em casa, evitar estar próximo dos locais de queimada, evitar atividades físicas”, disse Márcio Garcia, diretor do Departamento de Emergência na Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente.

“Isso é o que pode ser feito nesse momento. Como a ministra [Marina Silva] falou, temos que atingir a causa raiz, parar de queimar, evitar desmatamento”, completou.

De acordo com o ministro Waldez Góes, o governo deve publicar uma medida provisória para atender os municípios que decretaram situação de emergência, uma vez que eles elaborarem planos e o Executivo federal contabilizar quanto será necessário.

A Amazônia sofre uma das piores estiagens de sua história, com rios secando, botos morrendo e barcos encalhando. Comunidades, sem a locomoção fluvial, acabaram ficando ainda mais isoladas.

Mas, de acordo com a ministra do Meio Ambiente, a causa principal das queimadas é a ação humana. “O principal vetor das queimadas é o desmatamento. Não existe fogo natural da Amazônia”, afirmou.

Segundo o presidente do Ibama, há sinais de uma gravidade ainda maior nos incêndios neste ano, que são os relatos de que estão atingindo a floresta em pé, não apenas área desmatadas, devido à estiagem.

“A seca está tão intensa que a gente já está começando a ter incêndio na floresta em pé. A pessoa que coloca fogo na sua área e não consegue ter controle e acaba escapando para a floresta”, disse.

Dentre as regiões com maior foco de queimadas está o entorno da BR-319 —cujos planos de estudo entraram no Novo PAC (Programa de Aceleração e Crescimento), apesar dos apelos de ambientalistas. A ideia do governo federal é que os planos para asfaltar a rodovia só saiam do papel se houver sustentabilidade ambiental.

Os ambientalistas, por sua vez, alegam que a rodovia corta a Amazônia e trará enormes riscos ambientais à região e incentivará o desmatamento.

Questionada se o aumento dos focos de incêndio próximos à BR-319 não representam uma consequência da entrada dos estudos de viabilidade da rodovia no Novo PAC, Marina Silva nega.

“A atitude do presidente Lula de dizer que a 319 ia para estudos é um atenuante [dos incêndios]. Foi uma atitude corajosa”, defendeu.

“Tudo que foi estimulado nos quatro anos passados agora está tendo efeito na região. Se não tivéssemos feito redução de desmatamento de 64% no estado, a situação estaria inteiramente fora do controle”, afirmou.

Marianna Holanda, Folhapress

Tribunal Eleitoral do Paraná intima Moro para depor em ação que pode cassar seu mandato

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) marcou para dia 16 de novembro o depoimento do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) no processo que pode levar à cassação do seu mandato. Ele será ouvido por videoconferência.

O advogado Luis Felipe Cunha e o empresário Ricardo Augusto Guerra, suplentes do senador, e o deputado cassado Deltan Dallagnol também serão ouvidos.

Moro enfrenta duas ações na Justiça Eleitoral, que o acusam de abuso de poder econômico, abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação na campanha ao Senado.

“Muito embora não se olvide que a confissão não é válida como meio de prova nas ações eleitorais, por tratarem de direitos indisponíveis, bem como que não há depoimento pessoal dos investigados em sede de Aije, não há impedimento aos investigados de prestarem depoimento pessoal quando a isso se dispuserem”, escreveu o desembargador Dartagnan Serpa Sá.

Um dos processos é movido pelo diretório estadual do PL, com aval do presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto. O PL é o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem Moro se aliou na campanha de 2022 contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Eles estavam rompidos desde que o ex-juiz deixou o cargo de ministro da Justiça acusando Bolsonaro de tentar interferir na Polícia Federal para blindar aliados de investigações. A segunda ação é movida pela Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV).

O senador também está na mira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Como mostrou o Estadão, ao mandar investigar o ex-juiz, o ministro Luis Felipe Salomão, corregedor nacional do CNJ, começa a pavimentar o caminho para uma possível cassação do mandato, com base no mesmo precedente que deixou Deltan Dallagnol inelegível.

O Conselho Nacional de Justiça vai investigar se Sergio Moro usou a magistratura com fins político-partidários e se cometeu irregularidades na gestão das multas dos acordos de delação e leniência homologados na Operação Lava Jato.

Rayssa Motta/Estadão Conteúdo

Bebê abandonado na Boca do Rio é resgatado pela PM

O recém-nascido foi levado para a UPA do Marback, para atendimento médico

Policiais militares da 39ª CIPM resgataram um recém-nascido no início da manhã desta sexta-feira (13) na Boca do Rio.

Os militares foram acionados pelo Cicom após a informação de que um bebê abandonado teria sido encontrado por moradores da Rua Canambi, na localidade conhecida como Baixa Fria. Ao chegarem, os policiais confirmaram o fato, sendo informados que o recém-nascido havia sido encontrado por uma moradora enrolado em uma toalha.

Os militares então encaminharam a criança para a UPA do Marback, onde ela recebeu atendimento médico, e, em seguida, para a Derca, onde a ocorrência foi registrada.

“A atividade policial proporciona segurança à população não apenas através da presença das guarnições, que evitam crimes, mas no amparo e na assistência dados às pessoas mais fragilizadas em momentos delicados como esse.”, revela o major Márcio Alcântara, comandante da 39ª CIPM.

Texto: Ascom | DCS

Exército enfrenta situação inédita e risco de desgaste ao avaliar promoção de Cid

A turma da Aman (Academia Militar das Agulhas Negras) de 2000 é a próxima a entrar no ciclo de promoções a coronel, em 2024, e o tenente-coronel Mauro Cid estaria, pelo histórico nas Forças Armadas, entre os primeiros lugares na corrida pela terceira estrela de fundo dourado.

As suspeitas que pesam contra o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), porém, trarão uma circunstância vista como inédita pelo Exército, que já provoca discussões na tentativa de evitar novos desgastes envolvendo militares.

De um lado, interlocutores do comandante da Força, general Tomás Paiva, avaliam que ele deve buscar alguma forma de segurar a promoção de Cid, que firmou acordo de delação premiada com a Polícia Federal em meio a uma série de investigações no período em que foi braço-direito de Bolsonaro —como nos casos das joias, de golpismo e de fraude à carteira de vacinação.

De outro, generais ouvidos pela Folha dizem que Cid não poderia ficar sub judice e ter a promoção congelada porque não é réu.

As promoções estão previstas para abril, agosto e dezembro de 2024. Colegas de Cid ouvidos pela reportagem veem possibilidade de o ex-ajudante de ordens conseguir progredir na carreira na primeira oportunidade, já que é considerado o cabeça da turma.

Coroado com o 1º lugar do mestrado da ESAO (Escola Superior de Aperfeiçoamento de Oficiais), prêmio que fica exposto em medalha na farda de Cid, o tenente-coronel deve enfrentar resistência enquanto estiver sendo alvo da PF, mesmo com o acordo de delação premiada.

Qualquer decisão sobre o assunto, porém, só será tomada às vésperas do fim do processo de promoção, na expectativa de que a Polícia Federal já tenha concluído a investigação e o Ministério Público, oferecido denúncia sobre os casos que envolvem Cid.

A lei que define os critérios e processos para a promoção de oficiais das Forças Armadas é de 1972, período de endurecimento da ditadura militar, sancionada pelo general Emílio Garrastazu Médici.

O decreto que regulamenta as promoções é de 2001, período em que o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) tomava medidas duras de restrição orçamentárias e de benefícios dos militares.

Pelas normas do Exército, as promoções são analisadas pela Comissão de Promoções de Oficiais. O grupo é composto por 18 generais e presidido pelo chefe do Estado-Maior do Exército.

O colegiado analisa ao menos nove critérios básicos, como o rendimento escolar, o desempenho nos cargos ocupados e a capacidade de chefia e liderança.

Os militares que se tornam réus em processos criminais ficam sub judice e têm a carreira congelada à espera do julgamento.

No caso de Cid, que é delator mas nem sequer foi indiciado, a Comissão de Promoções de Oficiais pode alegar outros motivos para definir que o militar não está habilitado a concorrer à progressão da carreira.

Uma das decisões possíveis é excluir Cid da disputa ao posto de coronel sob o argumento de ser “incapaz de atender” aos requisitos estabelecidos como “conceito profissional e conceito moral”. A decisão final cabe ao comandante da Força.

Neste caso, o militar seria submetido a um Conselho de Justificação que julgará se ele é digno de pertencer à Força —com a possibilidade de expulsão do Exército.

A cúpula militar, no entanto, espera uma eventual condenação de Mauro Cid para instalar o Conselho de Justificação ou ver o militar ser expulso da corporação pelo STM (Superior Tribunal Militar).

A resolução do impasse é estudada por generais próximos ao comandante do Exército. Por outro lado, três colegas de Cid afirmaram à Folha que um possível veto à promoção do tenente-coronel seria uma decisão política que aumentaria a resistência dos militares à atuação da cúpula da Força.

“O Centro de Comunicação Social do Exército informa que, para fins de promoção, o Tenente-Coronel Mauro César Barbosa Cid se encontra nas condições previstas no Art. 35, da Lei 5.821, de 10 de novembro de 1972. A Comissão de Promoções ainda não iniciou a análise para o processo de promoção da referida Turma de formação”, disse o Exército, em nota, destacando o artigo que define quando um militar está proibido de disputar a promoção.

A reportagem não conseguiu contato com Mauro Cid.

Como a Folha mostrou em janeiro, em perfil sobre Cid, o tenente-coronel recebeu do próprio general Tomás Paiva, em 2018, o aviso de que havia sido selecionado para chefia da ajudância de ordens do recém-eleito presidente Jair Bolsonaro.

À época, Tomás era chefe de gabinete do comandante Villas Bôas, que havia escolhido Cid para o cargo pelo fato de seu pai, o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, ser amigo próximo de Bolsonaro desde quando ambos eram cadetes na turma de 1977 na Aman.

Quatro anos e dois meses depois, Tomás ligou novamente para Cid, já como o chefe do Exército, para avisar que o militar não assumiria mais o 1º BAC (Batalhão de Ações de Comandos), em Goiânia (GO), por decisão do presidente Lula (PT) e do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.

O batalhão goiano é o principal das Forças Especiais, a tropa de elite do Exército, e assumir o disputado cargo de chefia do 1º BAC é sinal de que o caminho para o generalato está traçado.

Cid, porém, passou a responder a uma série de ações na Justiça pelo trabalho ao lado de Bolsonaro.

É investigado por participar da organização de uma live em que o ex-presidente fez ataques contra o sistema eleitoral; por suspeitas envolvendo a gestão de recursos da família presidencial; pela venda de joias de Estado, recebidas por Bolsonaro, após o fim do mandato de presidente; e pela falsificação de cartões de vacinação, para ingresso nos Estados Unidos.

Mauro Cid ficou preso por mais de quatro meses até ser solto, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), após o militar ter fechado um acordo de delação premiada com a Polícia Federal.

Ele precisa cumprir uma série de medidas restritivas, como evitar contato com outros investigados, usar tornozeleira eletrônica e comparecer semanalmente à Vara de Execuções Penais do Distrito Federal.

Com a delação, os investigadores pretendem avançar nas apurações sobre a venda das joias e os planos golpistas discutidos entre Bolsonaro, militares e aliados.

Cézar Feitoza, Folhapress

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