Petrobras despenca e perde R$ 55 bi em valor de mercado após decisão de Lula sobre dividendos
Sede da Petrobras no Rio de Janeiro |
Com isso, a petroleira amargou perda de R$ 55,7 bilhões no pregão desta sexta. No pior momento, as preferenciais recuaram 13,1%, e as ordinárias caíram 14%, representando uma perda de R$ 72,7 bilhões.
No exterior, os ADRs (recibos de ações brasileiras negociadas nos EUA) da Petrobras caíam 11,50% no início da noite.
A companhia anunciou na noite de quinta-feira (7) que encerrou 2023 com lucro líquido de R$ 124,6 bilhões, numa queda de 33,8% em relação aos R$ 188,3 bilhões registrados em 2022. Apesar da diminuição, o número veio em linha com o esperado pelo mercado e seguiu o observado nos resultados de outras petroleiras globais.
O que pesou, no entanto, foi o anúncio de distribuição de dividendos. A estatal frustrou o mercado ao comunicar que o conselho de administração recomendou remuneração de R$ 14,2 bilhões aos acionistas, sem dividendos extraordinários.
No fim da tarde, a agência Reuters noticiou que a decisão do conselho partiu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que o governo use para investimentos o dinheiro que seria destinado à remuneração extra aos acionistas. As ações da Petrobras voltaram a acentuar queda após a notícia.
O diretor financeiro da companhia, Sergio Caetano, afirmou, no entanto, que os dividendos extraordinários retidos não serão redirecionados para investimentos e reforçou que a finalidade da decisão é assegurar recursos para o pagamento de dividendos, juros sobre capital próprio, suas recomendações e recompras de ações.
Analistas do Itaú BBA destacam que investidores já esperavam maior cautela da companhia no pagamento de dividendos, mas a projeção era que a Petrobras pagasse cerca de R$ 22 bilhões em dividendos extraordinários.
“O consenso era que os dividendos extraordinários ficassem entre US$ 3 bilhões e US$ 5 bilhões (R$ 14,9 bilhões e R$ 24,9 bilhões), e a decepção do mercado deve aumentar preocupações entre investidores sobre o futuro da alocação de capital da empresa”, diz o BBA.
Após o anúncio da petroleira, o Bradesco BBI rebaixou sua recomendação sobre a Petrobras para “neutra”. Para o banco, o retorno de dividendos da Petrobras deixou de ser atrativo em relação aos seus pares globais e que o anúncio traz incertezas sobre a política de dividendos da companhia, que, na visão dos analistas, costumava ser bastante clara.
O Santander também rebaixou para “neutra” a recomendação para papéis da petroleira, afirmando que a companhia continua forte, mas que, sem dividendos extraordinários, não há catalisadores para uma possível alta dos papéis.
“Acreditamos que fundamentos sólidos prevalecerão novamente no futuro, especialmente se a Petrobras prosseguir uma estratégia de transição energética lenta. No entanto, mais clareza sobre a estratégia de curto prazo é necessária para uma visão mais otimista sobre a ação”, afirma o banco.
Na mesma linha, o Bank of America também cortou para “neutra” a recomendação para o papel, afirmando que a valorização das ações deve ser conduzida justamente pelos retorno de dinheiro aos acionistas. Com diminuição de dividendos e o aumento da percepção de risco da Petrobras, a recomendação de compra perdeu espaço.
Já analistas do BTG Pactual afirmam que a decisão do conselho de administração de reter uma parcela dos lucros da companhia não pagar dividendos extraordinários devem aumentar a percepção de risco sobre a Petrobras.
“A distribuição de dividendos extraordinários seria um excelente sinal, indicando não apenas que o crescimento da Petrobras em setores mais verdes poderia ser conduzido de acordo com o plano estratégico da empresa, mas também reforçando que seus interesses estão alinhados com os das minorias”, diz o BTG.
O banco mantém, no entanto, a recomendação de compra para as ações da companhia, citando seu potencial de geração de caixa e os preços do petróleo, que estão em alto patamar.
“Apesar de ainda acreditarmos que o pragmatismo pode prevalecer, nossa fé sem dúvida está abalada. As mensagens transmitidas pela equipe de gestão e pelo governo serão cruciais para garantir uma tese sólida de investimento.”
COM PETROBRAS EM FOCO, BOLSA CAI E DÓLAR SOBE
O tombo da Petrobras, que é uma das empresas de maior peso da Bolsa brasileira, arrastou o mercado local. O Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,98%, aos 127.070 pontos, e renovou sua mínima intradiária do ano.
As ações da petroleira registraram a maior queda do dia, mas recuos da Vale e do Banco do Brasil também pesaram.
No câmbio, o dólar avançou 0,98% e fechou cotado a R$ . No exterior, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a outras moedas fortes, ficou praticamente estável.
TSE define critérios para caracterizar fraudes à cota de gênero em nova resolução para eleições 2024
A medida tomada neste ano estabelece uma nova resolução sobre ilícitos eleitorais. Nela, é conceituado que a fraude à cota de gênero é a negligência do partido político ou da federação na apresentação e no pedido de registro de candidaturas femininas, “revelada por fatores como a inviabilidade jurídica patente da candidatura, a inércia em sanar pendência documental, a revelia e a ausência de substituição de candidata indeferida”.
Com isso, será considerado laranja a candidatura feminina com prestação de contas idêntica a uma outra, ou que não promova atos de campanha em benefício próprio. Tais situações configuram fraude mesmo se ocorrerem sem a intenção de fraudar a lei, segundo as regras aprovadas.
Outro parâmetro estabelecido pelo TSE diz que incorre automaticamente em fraude a candidata a vereadora com votação zerada ou pífia, sem importar o motivo alegado para baixa votação.
Como punição, o TSE implica que a fraude à cota de gênero acarreta a cassação do diploma de todas as candidatas eleitas e de todos os candidatos eleitos, a invalidação da lista de candidaturas do partido ou da federação que dela tenha se valido e a anulação dos votos nominais e de legenda, com as consequências previstas no caput do art. 224 do Código Eleitoral.
Atualmente, a Lei das Eleições obriga que partidos e federações destinem a mulheres pelo menos 30% das candidaturas lançadas à Câmara dos Deputados, Câmara Legislativa do Distrito Federal, assembleias legislativas e câmaras de vereadores.
Em um caso recente de julgamento por candidaturas laranjas, o TSE comprovou que partidos de 14 municípios de seis Estados brasileiros cometeram fraude à cota de gênero nas eleições de 2020. Candidaturas femininas fictícias foram encontradas no Maranhão, Espírito Santo, Pará, Goiás, Pernambuco e Minas Gerais. O julgamento que analisou fraudes às cotas foi encerrado na última quinta-feira, 29, em sessão virtual realizada desde o dia 23.
Prévia do PL Mulher reúne 250 lideranças femininas em Salvador
A deputada federal Roberta Roma (PL) e a a presidente nacional do PL Mulher, Michelle Bolsonaro |
A atividade desta sexta reuniu 250 lideranças de 36 municípios baianos e contou com a participação das deputadas federais Roberta Roma, Amália Barros (MT), da secretária nacional do PL Mulher, Joice Carvalho, e da presidente do PL Mulher Salvador, Josi Flora.
“Queremos fazer uma política feminina e não feminista. Não queremos competir com os homens. Nós amamos os homens, amamos que eles paguem as contas, que abram as portas para nós. Queremos contribuir com os homens. Não queremos destruir a figura masculina”, defendeu Michelle Bolsonaro.
Deputada federal mais votada na Bahia e presidente estadual do PL Mulher, Roberta Roma destacou a importância da realização do encontro “com mulheres fortes e aguerridas. Nossa sempre primeira-dama Michelle Bolsonaro está aqui para estimular a participação feminina na política. Mostrar nossa fibra, nossa coragem e nossas potencialidades”.
Programa Pátria Voluntária
Michelle Bolsonaro fez uma apresentação de dados do Programa Pátria Voluntária, que ela teve a oportunidade de coordenar durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e que possuía um banco de dados com mais de 600 mil voluntários de todo o País.
“A área social pelo Brasil está parada. Quantas instituições estão paradas? Quantos projetos estão parados?”, lamentou.
Ela explicou a importância da participação feminina na construção das políticas públicas: “O homem pode até construir uma política pública, por exemplo, sobre endometriose, que ele só conhece na teoria. A gente sabe o que uma mulher com endometriose sofre”, explicou.
Lei Amália Barros
Presidente do PL do Mato Grosso e vice-presidente do PL Mulher, a deputada federal Amália Barros contou sua trajetória na política até a aprovação da lei que leva o seu nome, graças a sua luta para viabilizar o reconhecimento legal das pessoas com visão monocular na qualidade pessoa com deficiência sensorial do tipo visual.
“O autor da lei é um senador petista, Rogério Carvalho do estado de Sergipe, mas o PT votou contra o projeto porque a lei seria positiva para o governo Bolsonaro. O meu líder na política me ensinou que não importa o autor do projeto, se ele é bom para o Brasil tem que ser aprovado”, afirmou.
Formação Política
Secretária nacional do PL Mulher, Joice Carvalho falou da disponibilidade de cursos de capacitação no site do PL Mulher e explicou os objetivos do partido.
“Tem quase um ano que a gente reformulou o PL Mulher. Semana por semana, a gente dá esse impulso nos Estados para esse projeto alavancar de maneira mais rápida. Nós temos uma causa: encorajar as mulheres a entrar na política, ser o maior movimento feminino partidário do Brasil, mas não por projeto de poder, e sim pela defesa dos nossos valores”.
Coragem para participar
Pré-candidata a vereadora em Salvador, Josi Flora falou da coragem que precisou ter para superar o medo das ameaças e das retaliações.
“É muito difícil ser uma mulher de direita na Bahia. Mas quero agradecer a todas as pessoas que não abriram as portas para mim. Sem saber, elas me fizeram mais forte para conseguir chegar até aqui. E precisamos de mais Michelles, de mais Amálias, de mais Robertas. Precisamos sair da zona de conforto e passar à frente da política”, defendeu.
Aliado de Lula, Jonga vai ao encontro de Bolsonaro
Embora seja do PL, e tenha sido líder do governo Bolsonaro no Congresso Nacional, Jonga é considerado atualmente um parlamentar da base aliada do presidente Lula (PT). Ele tem, inclusive, cargos no governo federal. Como revelou com exclusividade este Política Livre, coube ao parlamentar indicar, em 2023, o chefe da Superintendência de Patrimônio da União (SPU) na Bahia.
Jonga, um membro clássico do Centrão, também costuma votar a favor do governo em pautas da Câmara e não assinou o pedido de impeachment protocolado pela deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) contra Lula por conta das declarações do presidente comparando as mortes na Faixa de Gaza ao Holocausto.
Também estiveram com Bolsonaro na Cantina Montanari outras lideranças do PL baiano, a exemplo da deputada federal Roberta Roma, do deputado estadual Leandro de Jesus e do presidente da sigla no Estado, João Roma. Mais cedo, o ex-presidente participou de um ato político na Igreja Batista do Caminho das Árvores, comandada pelo bispo Átila Brandão. Jonga não foi a este evento, marcado também por filiações de pré-candidatos ao PL.
Ainda na Boca do Rio, só que no Centro de Convenções, a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro comandou hoje uma prévia do evento do PL Mulher que acontece neste sábado (9), a partir das 10h.
Pesquisa Ipec: Avaliação positiva do governo Lula cai para 33%, pior número da série
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados |
Conforme os resultados do levantamento, consideram a administração ótima ou boa 33%, ante 38% na pesquisar anterior, de dezembro passado. Outros 33% avaliam a gestão regular, e 32% veem como ruim ou péssima, uma oscilação positiva de dois pontos em relação aos dados anteriores.
Não sabem ou não souberam responder 3%. A sondagem foi realizada dos dias 1° a 5 de março, ouvindo presencialmente 2.000 eleitores em 130 municípios pelo país. A margem de erro estimada é de dois pontos para mais ou para menos.
O dado também é o pior da série de levantamentos do Ipec, iniciada em março do ano passado. À época, o governo marcou sua maior avaliação positiva, 41%. Depois, houve oscilações até dezembro, marcando estabilidade, e a atual queda.
Já a avaliação negativa é a maior desde o início das pesquisas no mandato, quando 24% viam a gestão como ruim ou péssima.
Segundo o instituto de pesquisas, a queda nos que consideram o governo ótimo ou bom foi puxada, dentre outros, pelos que declararam ter votado no mandatário em 2022 (de 69% para 61%), os que vivem no Nordeste (de 52% para 43%) e os que possuem renda de até um salário mínimo (de 69% para 61%).
Outros grupos em que a avaliação positiva registrou queda foram aqueles que se autodeclaram pretos e pardos (de 43% para 35%), as mulheres (de 40% para 33%), os que moram no Sudeste (de 37% para 30%), e aqueles que têm ensino médio (de 33% para 26%).
O Ipec também perguntou se os entrevistados aprovam ou reprovam a maneira de governar do presidente. Afirmam aprovar a forma de Lula de governar 49% dos ouvidos, enquanto 45% reprovam. No levantamento de dezembro, o placar estava em 51% a 43%.
Aqui também se registra o pior índice da série histórica do Ipec. Em março de 2023, 57% aprovavam a forma de governar de Lula, enquanto 35% reprovavam. Não souberam ou não quiseram responder, 6%.
Ainda, o instituto questionou o grau de confiança dos entrevistados no petista. Afirmam não confiar no chefe do Executivo 51%, enquanto 45% dizem confiar. Não souberam ou não quiseram responder à pergunta 4%. Em dezembro, 48% diziam confiar no presidente, e 50% diziam não confiar.
Bolsonaro critica “20 anos do PT” na Bahia e culpa gestão de esquerda por saída de nordestinos da região
Foto: Divulgação/PL |
“São 20 anos de PT aqui na Bahia, e está bom? Se estivesse não tinha gente saindo para São Paulo. O que queremos é proteger a nossa liberdade, mais do que a nossa vida. Peço que votem em candidatos da direita para que possamos ocupar espaços que a esquerda tomou. Essa eleição é muito importante. Me perdoem os deputados, mas eleição de vereador é mais importante neste momento”, disse Bolsonaro.
Evitando críticas às instituições, bem como citar o nome do presidente Lula (PT), Bolsonaro interrompeu a sua fala em alguns momentos para que o público presente entoasse cânticos contra Lula e o PT.
Bolsonaro esteve ao lado do ex-ministro João Roma, do deputado federal Capitão Alden e dos estaduais Leandro de Jesus e Diego Castro.
Nomes como João Henrique, Soldado Prisco, César Leite, Netinho e a ex-candidata ao Senado Federal Raissa Soares também marcaram presença.
Durante o evento, Bolsonaro recebeu oração dos pastores da IBCA, bispo Átila Brandão e Átila Brandão Júnior. No momento também foram ditas palavras de apoio a Israel.
Pode ir na ONU, no raio que o parta, não tô nem aí, diz Tarcísio sobre denúncias de abuso da PM no litoral de SP
“Sinceramente, nós temos muita tranquilidade com o que está sendo feito. E aí o pessoal pode ir na ONU, pode ir na Liga da Justiça, no raio que o parta, que eu não tô nem aí”, disse o governador.
Tarcísio será denunciado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) pela escalada da violência policial na Baixada Santista. A Conectas Direitos Humanos e a Comissão Arns disseram que apresentariam a queixa nesta sexta-feira durante reunião do colegiado em Genebra, na Suíça.
Além disso, o Gaesp (Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial), do Ministério Público de São Paulo, disse nesta quinta (7) que abriu uma notícia fato para investigar denúncias de que os mortos na operação estão sendo levados como vivos para hospitais.
Os relatos foram feitos por funcionários da Saúde de Santos. O Gaesp afirma que vai colher os prontuários médicos e identificar os socorristas para investigar como o transporte dos corpos ocorreu.
O governador negou ter recebido as denúncias de irregularidades e defendeu o trabalho dos policiais.
“A nossa polícia é extremamente profissional. É uma pena que toda hora as pessoas querem colocar a polícia na posição de criminosa. Não é isso, esses caras estão defendendo a gente, a nossa sociedade. Estão vestindo a farda para ir enfrentar criminoso”, disse Tarcísio.
Até o dia 1º de março, a Operação Verão deixou 39 mortos na Baixada Santista. A operação teve início após a morte do soldado da Rota Samuel Wesley Cosmo, 35, em 2 de fevereiro. Ao menos um outro PM em serviço também morreu durante a operação, na periferia de Santos.
No início de março, a Polícia Militar havia se comprometido a suspender a operação, que já é a segunda ação mais letal da história de São Paulo, atrás apenas do massacre do Carandiru, quando 111 homens foram mortos durante a invasão da Casa de Detenção, em 2 de outubro de 1992.
O número de mortes da Operação verão também já é superior ao de 40 dias de Operação Escudo, realizada na mesma região entre 28 de julho e 5 de setembro, quando 28 pessoas foram mortas. A ação foi deflagrada após o assassinato do também soldado da Rota Patrick Bastos Reis, 30. Assim como Cosmo, Reis estava em serviço ao ser atingido.
Avante chega a 370 municípios baianos sob a expectativa de abrigar Rui ao Senado e Carletto, na sua suplência
Presidente do Avante, Ronaldo Carletto |
É o que pode explicar a rapidez com que o partido cresce na Bahia sob a presidência do ex-deputado federal Ronaldo Carletto. Assumido pelo ex-parlamentar em maio do ano passado, o Avante bateu a marca de presença em 370 municípios na Bahia, um feito para qualquer partido sem maior expressão no Estado.
Para as demais agremiações governistas, que assistem à inflada do Avante entre a inveja e a desconfiança, a meta de seu presidente é se viabilizar como suplente de Rui na expectativa de que, uma vez eleito, o ex-governador volte a assumir um ministério, e ele ganhe o mandato praticamente “de grátis”.
Prefeitura de Itagibá realiza entrega de Kits de trabalho para os Agentes de Combate às Endemias
Bandidos armados sequestram 287 estudantes em escola na Nigéria
O sequestro é mais um na série de crimes que assola a Nigéria, país mais populoso da África. A zona mais letal é o nordeste do país, onde os jihadistas ligados ao Estado Islâmico atacam o exército e as aldeias. O noroeste também está repleto de gangues que rotineiramente sequestram para pedir resgate. Um conflito de décadas entre pastores, em sua maioria muçulmanos, e fazendeiros, em sua maioria cristãos, continua no centro do país, onde na véspera de Natal homens armados mataram pelo menos 160 pessoas. A violência separatista ainda é latente no sudeste do país.
Em sua posse, em maio passado, o presidente Bola Tinubu declarou que a segurança era sua “prioridade máxima”. No entanto, mais de 3.600 pessoas foram sequestradas em 2023, o maior número de todos os tempos, de acordo com o ACLED, um monitor global de conflitos. Os sequestros aumentaram acentuadamente depois que Tinubu assumiu o cargo. E quase 9.000 nigerianos foram mortos em conflitos no ano passado.
As autoridades haviam dito anteriormente que mais de 100 estudantes foram feitos reféns no ataque. Mas Sani Abdullahi, o diretor da escola, disse ao governador de Kaduna, Uba Sani, quando visitou a cidade ontem, que o número total de desaparecidos após a contagem era de 287.
“Vamos garantir que todas as crianças voltem. Estamos trabalhando com as agências de segurança”, disse o governador aos moradores.
Os raptos de estudantes de escolas no norte da Nigéria são comuns e tornaram-se uma fonte de preocupação desde 2014, quando terroristas islâmicos raptaram mais de 200 estudantes na aldeia de Chibok, no Estado de Borno. Nos últimos anos, os raptos concentraram-se nas regiões noroeste e central, onde dezenas de grupos armados têm frequentemente como alvo aldeões e viajantes em busca de enormes resgates.
Há uma década os grupos criminosos, conhecidos como “bandidos”, realizam roubos de gado e executam sequestros para pedir resgates. Mas, com a economia em crise no país por causa da pandemia do coronavírus, o banditismo se tornou uma indústria em crescimento. As vítimas agora não são apenas ricos, poderosos ou famosos, mas também os pobres — e cada vez mais, crianças em idade escolar que são presas em massa.
A volta dos sequestros em massa de estudantes trouxe à memória o rapto de Chibok, em 2014, quando o grupo terrorista islâmico Boko Haram sequestrou 276 estudantes, causando indignação mundial. Mais de 100 meninas continuam desaparecidas e ninguém sabe quantas sobreviveram ao sequestro.
Mas os dois fenômenos são diferentes: os chamados “bandidos” atuam por dinheiro e não por razões ideológicas, apesar dos vínculos de alguns criminosos com os grupos jihadistas. E, por causa da crise econômica no país, o banditismo atrai cada vez mais jovens desempregados em regiões onde mais de 80% dos habitantes vivem na extrema pobreza. Alguns grupos têm centenas de integrantes e outros apenas algumas dezenas.
O governo tende a se esbanjar em sistemas de armas sofisticados que não conseguem resolver a raiz do problema, que é a pobreza, a educação precária e a raiva pelas atrocidades cometidas pelo exército. O último orçamento inclui fundos para seis helicópteros de ataque turcos t-129, além dos 12 dispendiosos helicópteros Bell comprados no ano passado dos Estados Unidos por US$ 1 bilhão, sem mencionar 12 aeronaves de ataque Super Tucano. A compra de drones de ataque se tornou tão popular que o exército tem sua própria frota ao lado da força aérea.
Mas os drones não são bons para proteger as escolas contra sequestros, e o armamento pesado pode causar desastres. Recentemente, um drone matou pelo menos 85 civis em um festival no estado de Kaduna – não é o primeiro erro desse tipo. O exército prometeu “ajustar” suas operações, mas é necessária uma mudança mais radical. A polícia, bem equipada, mas capaz de usar melhor a inteligência humana, deve liderar a segurança doméstica, e não o exército, que foi implantado em todos os 36 estados da Nigéria.
Outro grande problema é a corrupção nos gastos com segurança. “A defesa é uma parte realmente importante do orçamento, na qual você pode retirar grandes quantidades de dinheiro sem que as pessoas percebam”, diz Matthew Page, da Chatham House, um think-tank em Londres. Grande parte do orçamento, segundo ele, ainda é para recompensar aqueles que pagaram para que Tinubu fosse eleito. Às vezes, o exército não recebe sua alocação orçamentária.
Isso é agravado por um sistema conhecido como “votos de segurança”, por meio do qual partes dos gastos com defesa são consideradas sensíveis demais para exigir supervisão pública. Essa prática, que representa talvez US$ 700 milhões por ano, aumentou drasticamente durante o governo do último presidente e pode aumentar ainda mais durante o governo Tinubu.
O orçamento de defesa quase triplicou desde 2019. Mas, graças à inflação, às compras supérfluas e à corrupção, os nigerianos não parecem estar mais seguros. O general Christopher Musa, chefe da equipe de defesa, parece entender as raízes da insegurança. “O esforço militar por si só é incapaz de restaurar a paz duradoura”, diz ele, acrescentando que o exército ajudou a construir centenas de escolas sob seu comando no nordeste do país.
No entanto, muitos políticos parecem mais dispostos a gastar consigo mesmos, em vez de criar as condições para a paz ou preencher o buraco fiscal do país. Mesmo que o Sr. Tinubu resista à tentação de restabelecer o subsídio da gasolina que ele removeu em grande parte no ano passado, somente o serviço da dívida em 2024 poderá consumir 61% da receita.
Em novembro, a assembleia nacional aprovou novos veículos utilitários esportivos para todos os 460 legisladores, a um custo relatado de mais de US$ 150.000 por carro. Em dois meses, o governo orçou US$ 31 milhões para melhorar as acomodações do presidente e do vice-presidente – em um país com cerca de 220 milhões de habitantes, onde mais de 80 milhões vivem com menos de US$ 2,15 por dia e muitos temem ser sequestrados.
A violência no país provocou desde 2011 as mortes de mais de 8 mil pessoas e o deslocamento de mais 200 mil, segundo um relatório do International Crisis Group (ICG) publicado em maio de 2020.
Os governadores têm sido duramente criticados por não protegerem seus cidadãos — e, quando os reféns são libertados, o governo tira proveito da publicidade. Nesta terça, as autoridades reuniram as estudantes em um auditório e entregaram roupas limpas e hijabs (véu que cobre o cabelo e peito) de cor azul. Depois, na presença de jornalistas e fotógrafos, elas se perfilaram para cantar o hino nacional nigeriano.
Depois de cada libertação, autoridades negam que tenham pagado resgate, mas especialistas em segurança temem que esse pagamento estimule os sequestros em regiões inseguras, minadas pela extrema pobreza. Funcionários corruptos também já foram acusados de roubar parte do dinheiro, de acordo com analistas nigerianos e relatos da imprensa.
“Se o governo não levar isso a sério, não vejo o fim disso — disse ao New York Times Babuor Habib, especialista em educação e segurança de Maiduguri, no estado de Borno. “Os sequestradores encontraram agora uma maneira muito criativa e fácil de conseguir milhões de nairas [a moeda nigeriana]”.
Na semana passada, o presidente Muhammadu Buhari culpou os governos estaduais e locais pelo aumento dos ataques, dizendo que eles precisam melhorar a segurança nas escolas. Segundo ele, a política de “recompensar bandidos com dinheiro e veículos” também pode levar a “consequências desastrosas”.
Após a libertação das estudantes, Buhari expressou “imensa alegria”, e celebrou “o retorno das alunas traumatizadas”. Em comunicado, ele prometeu acabar com o conflito que afeta o Norte do país.
Novo alvo
As escolas que funcionam em regime de internato são comuns no Noroeste
da Nigéria e muitas vezes estão localizados fora das cidades e aldeias,
onde muitas vezes não há segurança. Por isso, outra consequência
preocupante dos sequestros é o aumento da deserção escolar,
especialmente das meninas, nesta região, a menos escolarizada da
Nigéria.
O ataque de ontem ocorreu dias depois de mais de 200 pessoas, a maioria mulheres e crianças, terem sido raptadas por extremistas no nordeste da Nigéria.
Mulheres, crianças e estudantes são frequentemente alvo de raptos em massa na região norte, atingida pelo conflito, e muitas vítimas só são libertadas após pagarem grandes resgates.
Crise
Os observadores dizem que ambos os ataques são um lembrete do
agravamento da crise de segurança na Nigéria, que resultou na morte de
várias centenas de pessoas em 2023, de acordo com uma análise da agência
Associated Press.
Bola Tinubu foi eleito presidente da Nigéria no ano passado após prometer acabar com a violência. “Mas ainda não houve nenhuma melhoria tangível na situação de segurança”, disse Oluwole Ojewale, investigador da África Ocidental e Central do Instituto de Estudos de Segurança, centrado em África.
A Anistia Internacional apelou às autoridades nigerianas para resgatarem os estudantes com segurança e responsabilizarem os responsáveis.
“Não sabemos o que fazer, estamos todos esperando para ver o que Deus pode fazer. Eles são meus únicos filhos que tenho na Terra”, disse Fatima Usman, mãe de dois alunos que estavam entre os sequestrados, à Reuters por telefone.
Outro pai, Hassan Abdullahi, disse que vigilantes locais tentaram repelir os homens armados, mas foram dominados. “Dezessete dos estudantes sequestrados são meus filhos. Me sinto muito triste porque o governo nos negligenciou completamente nesta área”, disse Abdullahi.
Os sequestros por homens armados se tornaram comuns no norte da Nigéria, perturbando a vida cotidiana e impedindo milhares de crianças de frequentar a escola.
O último grande rapto relatado envolvendo crianças em idade escolar em Kaduna ocorreu em julho de 2021, quando homens armados levaram mais de 150 estudantes em uma operação. Os estudantes foram reunidos meses depois com suas famílias, após pagarem resgates. /AP, AFP e NYT.
Bolsonaro é recebido por multidão no aeroporto de Salvador salvador
Bolsonaro é recebido por multidão no aeroporto de Salvador |
Para João Roma, a calorosa manifestação demonstra o apreço e o carinho de baianas e baianos por Bolsonaro. “Engana-se quem pensa que o povo da Bahia está satisfeito com o que está acontecendo no Brasil atualmente”.
Vereadora Andréia Novaes ressalta a força e empoderamento da mulher em Ipiaú
Discursando na Tribuna Livre, Andréia disse que a conquista das mulheres se deu com muita luta e perseverança. Falou da força e empoderamento que tem caracterizado a mulher na atualidade, repudiou o feminicídio e criticou o preconceito.
“Já fomos impedidas de trabalhar, de votar, de sermos independentes. Julgam-nos pela forma como vestimos e matam-nos por sermos o que queremos ser ou por não aceitar nossas decisões. Que o Dia 8 de Março sirva não apenas para homenagear, mas para também refletir e educar aqueles que ainda nos enxergam como sexo frágil”. Observou a vereadora.
Em seguida Andréia arrematou: “Força é a palavra que define muito bem nós mulheres”. Ela concluiu sua fala citando Provérbios 31 10 que diz das características da mulher virtuosa cujo “valor muito excede ao de rubis”.
OUTRAS VEREADORAS
A história das mulheres no Poder Legislativo ipiauense foi inaugurada na eleição de 15 de novembro de 1972 quando a comerciária Elizabeth Orrico, concorrendo pelo MDB, foi eleita com 221 votos e exerceu o mandato legislativo no período de 1973/77.
Daí em diante dezenas de outras mulheres concorreram a uma vaga, mas somente outras 10 foram eleitas e cumpriram integralmente o mandato que lhes foi outorgado pelo povo.
Desse seleto grupo iniciado por Elizabeth Orrico constam os nomes de Consuelo Gioconda,Vera Andrade, Jacy Barreto, Terezinha Nascimento, Miralva Rios, Zizí da Silva e Nilzélia Maria, Margarete Chaves, Simone Coutinho e Andréia Novaes. De todas elas apenas a vereadora Terezinha Nascimento -PMDB- exerceu o cargo de presidente da Câmara.
( José Américo Castro/Ascom- Câmara Municipal de Ipiaú)
Procuradores da República definem candidatos a vaga no STJ
A ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge |
Os demais foram Maria Cristiana Simões Amorim Ziouva (468 votos), Artur de Brito Gueiros Souza (428), o atual vice-PGR, Hindemburgo Chateaubriand Pereira Diniz Filho (402), Carlos Frederico Santos (354) e Celso de Albuquerque Silva (313). A votação ocorreu nesta quinta (7).
A lista será submetida ao plenário do STJ, que irá escolher três nomes e os enviará ao presidente Lula (PT), responsável por fazer a indicação ao Senado, para sabatina e votação.
Mulheres crescem no eleitorado e são maioria em 2 de cada 3 cidades
As mulheres constituem atualmente 52,6% da população habilitada a votar, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A diferença nunca foi tão grande.
São, no total, 8,1 milhões de potenciais votos a mais que os dos homens, ou quase quatro vezes a diferença de Lula (PT) para Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da disputa presidencial de 2022.
A superioridade numérica cresce ao menos desde 1996, início da série histórica com dados disponíveis, tanto no quadro geral como nos locais.
Neste ano de eleições municipais, as mulheres são a maioria do eleitorado em 3.657 cidades do país (65,7%). Em 1996, isso acontecia em apenas 775 municípios (14% na época).
A predominância do eleitorado feminino é ainda mais visível nas capitais e municípios com ao menos 200 mil eleitores, onde poderá haver segundo turno. Em todas essas localidades, as mulheres são maioria entre as pessoas aptas a votar.
Os cinco maiores índices estão em Maceió (55,5%), Niterói (55,5%), Aracaju (55,4%), João Pessoa (55,4%) e Recife (55,3%).
O eleitorado feminino tem características específicas, e conhecê-las ajuda a angariar votos nesse público.
Pesquisas qualitativas mostram que elas tendem a ser mais orientadas para o detalhe, mais criteriosas na comparação e levam mais tempo para decidir o voto, diz o consultor de comunicação política Igor Paulin.
Ele atuou nas campanhas vitoriosas de João Henrique Caldas (PL) para a Prefeitura de Maceió, cidade com maior eleitorado feminino, e na de Raquel Lyra (PSDB) ao Governo de Pernambuco.
Outro aspecto importante, afirma, é que as mulheres têm muita informação para avaliar o serviço público. Usam maternidades, sabem como o filho está na creche, são as principais usuárias de serviços de saúde para si e para suas crianças.
A constatação desse fato esteve por trás de uma relevante decisão tomada na campanha de Raquel.
Como prefeita de Caruaru (PE), ela havia recebido o apelido de “Racreche”, usado pejorativamente por opositores pelo fato de sua gestão construir muitas unidades de educação infantil. “Percebemos que era um atributo”, diz.
O apelido foi incorporado pela própria campanha, fortemente focada no voto feminino.
Pautas de saúde também tendem a se destacar na comunicação política voltada às mulheres, pois são elas que mais assumem tarefas de cuidado, diz Graziella Testa, cientista política e professora da Escola de Políticas Públicas e Governo da FGV (Fundação Getulio Vargas).
“É um tema que aparece tanto nas eleições proporcionais quanto nas majoritárias e também no cenário internacional. Quando não existe uma boa assistência do Estado, o serviço recai sobre elas”, afirma.
Outro tema relevante para as mulheres é o da liberação do porte e posse de armas, que costuma mobilizar eleitoras, independentemente de outros recortes, como o religioso. “Mesmo mulheres evangélicas são menos propensas a serem favoráveis à liberação”, afirma.
Pesquisas acadêmicas em diferentes países, como Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha, mostraram que mulheres tendem a votar mais à esquerda do que homens.
A diferença foi atribuída a fatores como o aumento de divórcios, que deixou mulheres mais pobres e, portanto, mais propensas a apoiar partidos que priorizem o combate à desigualdade; à maior ligação delas com políticas sociais; e à crescente escolarização.
Também no Brasil, pesquisas de intenção de voto apontaram vantagem mais larga de Lula sobre Bolsonaro entre as mulheres.
A cientista política e professora da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) Mara Telles, por outro lado, diz que a disputa política em torno do que é a família e do que é ser mulher pode influenciar de alguma forma o cenário.
O debate resvala em temas presentes nas últimas duas eleições presidenciais como banheiros unissex e educação sexual nas escolas.
Enquanto a direita aparenta maior grau de consenso nesses debates, a esquerda parece estar dividida, afirma ela, que também é presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores Eleitorais.
LONGEVIDADE E FATORES SOCIAIS AJUDAM A EXPLICAR MAIORIA FEMININA
Um conjunto de fatores, demográficos e sociais, ajudam a explicar a maior presença de mulheres no eleitorado no Brasil.
A maior expectativa de vida é uma delas. Em 2022, a projeção era de 72 anos para os homens e 79 para mulheres.
A diferença se deve tanto a questões genéticas quanto a sociais e comportamentais, como a exposição maior à violência, a menor frequência ao médico e a maior prevalência de consumo abusivo de álcool entre os homens, por exemplo.
Se a longevidade fosse a única explicação para a maior proporção de mulheres no eleitorado, o impacto seria menor: como o voto a partir dos 70 anos é facultativo, uma maior parcela de eleitoras idosas poderia não significar mais votos na urna. Mas não é o caso.
Os dados do TSE mostram que o predomínio feminino é praticamente o mesmo na faixa etária do voto obrigatório (18 a 69 anos), com as mulheres representando 52,2% desse grupo. Elas são a maioria em 3.444 municípios, incluindo todas as cidades grandes do país, considerando esse recorte.
Contribui também para esse resultado o fato de os homens estarem mais sujeitos a algumas situações que geram o cancelamento do título ou a suspensão dos direitos políticos.
Nas eleições de 2022, eles constituíram uma fatia de 55% dos eleitores faltosos, ou seja, aqueles ausentes em três pleitos seguidos. Com isso, podem ter o título cancelado caso não paguem multa ou se justifiquem no prazo legal.
Homens são também 95% das 832 mil pessoas privadas de liberdade no sistema prisional. Presos com condenação em trânsito em julgado não podem votar. Os provisórios até poderiam, mas apenas uma parcela diminuta está com a situação eleitoral regularizada.
"Dia muito importante em Brasília" afirma prefeita Maria após Ipiaú ser contemplado pelo Novo PAC Seleções
A prefeitura de Ipiaú cadastrou diversos investimentos e obras. Nessa primeira etapa, o município foi contemplado com a construção de duas unidades básicas de saúde e um ônibus escolar.
Segundo a prefeita Maria, esse retorno é reflexo de todo empenho e trabalho que está sendo realizado por Ipiaú e que irá continuar com o desenvolvimento do município.
O município está cadastrado também para receber a macrodrenagem e outras obras que beneficiarão Ipiaú.
ASCOM
Declaração de Lula sobre Holocausto é antissemita, afirma diplomata dos EUA
“O Departamento de Estado adota a definição [de antissemitismo] da IHRA [aliança internacional para a memória do Holocausto], e a definição da IHRA deixa claro que isso constitui antissemitismo”, disse Lipstadt ao jornal Folha de S.Paulo.
A diplomata foi ouvida nesta quinta em uma audiência no Congresso americano sobre o aumento do antissemitismo na América Latina. Durante a sessão, Lula foi citado nominalmente diversas vezes, assim como o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e o do Chile, Gabriel Boric –todos apontados como maus exemplos na região.
Durante uma entrevista na Etiópia no mês passado, Lula afirmou que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”.
Após a repercussão negativa, Lula ressaltou que não utilizou a palavra “Holocausto” em sua fala. “Holocausto foi interpretação do primeiro-ministro de Israel. Não foi minha”, disse, em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, na Rede TV.
Lula, de fato, não utilizou a palavra “Holocausto” durante a entrevista. No entanto, o termo está diretamente ligado ao extermínio do povo judeu, justamente a ação mais grave cometida por Hitler contra um povo.
“Essa declaração é a pior possível”, disse a embaixadora americana nesta quinta-feira.
A IHRA define antissemitismo como “uma certa percepção dos judeus, que pode ser expressa como ódio em relação aos judeus. As manifestações retóricas e físicas do antissemitismo são direcionadas a indivíduos judeus ou não judeus e/ou a suas propriedades, a instituições comunitárias judaicas e instalações religiosas”.
Entre os exemplos desse tipo de retórica, a organização lista “fazer comparações entre políticas contemporâneas israelenses com as dos nazistas” —exatamente o que Lula fez.
Questionada sobre a diferença entre críticas legítimas a Israel e antissemitismo, Lipstadt afirmou que as duas coisas não são equivalentes e que a linha é cruzada quando, em razão de divergências políticas, todos os judeus são responsabilizados globalmente.
“Nós estamos muito desapontados que alguns países da América Latina, incluindo a Bolívia, suspenderam ou cortaram relações diplomáticas com Israel, e outros chamaram seus embaixadores de volta para consultas. Não acreditamos que reduzir canais diplomáticos funcione para o nosso objetivo compartilhado de combater crises”, disse a diplomata americana.
O Brasil é um dos países que convocaram seus embaixadores em Israel para consultas, o que na praxe diplomática denota insatisfação com a conduta do país anfitrião. Na ocasião, essa foi a resposta de Brasília à crise que se formou com Tel Aviv a partir da declaração de Lula. O presidente brasileiro foi declarado “persona non grata” por Israel, e o embaixador brasileiro Frederico Meyer foi chamado para reprimenda fora do protocolo diplomático, no Memorial do Holocausto.
Errando o nome do presidente brasileiro nesta quinta, a republicana Maria Salazar, codiretora do subcomitê da Câmara sobre Hemisfério Ocidental, onde ocorreu a audiência, foi muito mais dura em seus comentários.
“Gustavo Lula da Silva [sic] disse que Israel está repetindo o Holocausto, que israelenses são os novos nazistas dessa era”, afirmou, incorretamente, em sua fala inicial.
Citando também os presidentes de Chile, Colômbia e Bolívia, ela disse que “é desprezível que chefes de Estado tenham essas opiniões, mas é mais preocupante para nós que esses líderes são os parceiros favoritos do governo Biden na região”, disse a deputada conservadora.
Salazar cobrou de Lipstadt consequências concretas a esses países pelas falas de seus líderes. Em relação ao Brasil, a embaixadora disse que o secretário de Estado, Antony Blinken, cobrou Lula privadamente durante reunião entre os dois e deixou claro que as declarações, para os EUA, são perturbadoras, e que Washington discorda.
Na ocasião, Blinken também aproveitou a reunião com o presidente para dar um depoimento de cunho pessoal: segundo relatos, mencionou a Lula a história de seu padrasto, Samuel Pisar, sobrevivente de campos de concentração nazista.
No mês passado, o colombiano Gustavo Petro anunciou que seu país vai suspender compras de armas de Israel como resposta à morte de dezenas de palestinos enquanto recebiam comida na Faixa de Gaza. Em uma publicação no X, afirmou que o que aconteceu “se chama genocídio e lembra o Holocausto, ainda que não agrade às potências mundiais reconhecê-lo”.
O chileno Gabriel Boric, por sua vez, já expressou em várias ocasiões que considera a resposta de Israel aos ataques do Hamas desproporcional e passível de condenação, além de uma violação do direito internacional.
Rosângela muda título eleitoral para o PR e vira alternativa ao Senado caso Moro seja cassado
A notícia é uma reviravolta no cenário político do Paraná e até mesmo do Brasil.
Eleita deputada federal por São Paulo em 2022, ela faz o caminho de volta e vira uma alternativa concreta de candidatura ao Senado caso o marido, o hoje senador Sergio Moro (União-PR) seja cassado pela Justiça Eleitoral.
A possibilidade de Moro perder o mandato já movimentava políticos do estado que podem ser candidatos ao cargo em novas eleições, como por exemplo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, hoje deputada federal pelo estado paranaense, e o ex-senador Alvaro Dias (Podemos).
Até mesmo o nome da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) é mencionado para a disputa.
A volta de Rosângela Moro ao Paraná, no entanto, embaralha o cenário.
Partidários do casal afirmam que Rosângela Moro transferiu o título para o Paraná por questões logísticas, já que o marido se elegeu pelo estado e mantém domicílio em Curitiba. Dizem também ter certeza de que Moro não será cassado, e que portanto ela não será candidata para substituí-lo.
O julgamento de Moro está marcado para o dia 1º de abril no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). O ex-juiz é alvo de duas ações, do PL de Jair Bolsonaro e da Federação Brasil da Esperança, que reúne PT, PC do B e PV, legendas da base do governo Lula.
Os partidos o acusam de abuso de poder econômico, caixa dois e utilização indevida dos meios de comunicação social na pré-campanha de 2022. Ele nega as acusações.
Governo Lula quer ‘tropa de choque’ para enfrentar PL em comissões e vira ‘refém’ de Lira
Foto: José Cruz/Agência Brasil |
Ciente de que ficará ‘refém’ do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para barrar projetos polêmicos no plenário, o governo já foi avisado por deputados do PT de que terá de fazer mais concessões agora, a sete meses das eleições municipais. Não sem motivo: chegou ao Palácio do Planalto a informação de que Lira quer controlar com mão de ferro a distribuição de todas as emendas de comissão.
Mesmo com o veto de R$ 5,6 bilhões imposto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda há R$ 11 bilhões reservados para esse tipo de emenda. Depois do revés do governo na Câmara, porém, não está descartada a revisão para cima desse valor.
O que mais incomodou o Planalto foi o fato de o PL ter indicado dois bolsonaristas radicais para o comando de comissões importantes. A presidência da CCJ, por onde passam todos os projetos de interesse do Executivo, ficou com a deputada Caroline de Toni (SC), conhecida por votar sempre contra o governo.
A Comissão de Educação, por sua vez, foi para Nikolas Ferreira (MG), árduo defensor do homeschooling. Há projetos naquele colegiado que autorizam os Estados e o Distrito Federal a legislar sobre diretrizes e bases da educação domiciliar para se contrapor a uma suposta “doutrinação de esquerda”.
Em 8 de março do ano passado, Nikolas subiu à tribuna da Câmara vestido com uma peruca loura, sob a justificativa de que precisava ter “local de fala” no Dia da Mulher. No discurso, ironizou mulheres trans.
“Esperamos que ele não transforme a Comissão de Educação num confessionário do Big Brother para fazer vídeos para o Tik Tok”, disse o deputado Pedro Campos (PSB-PE). “Acho que devemos propor agora uma subcomissão educacional de saúde mental”, provocou Alencar Santana (PT-SP).
Comissões serão termômetro de fidelidade a Planalto
O petista observou, porém, que os colegiados da Câmara serão um bom termômetro para medir a fidelidade da base aliada. “Vamos ver de que lado os colegas estão e, no caso da educação, se será o lado da civilidade ou da ignorância”, argumentou Santana.
A prática de recorrer a uma tropa de choque é muito usada em comissões parlamentares de inquérito (CPIs) e consiste na substituição de alguns parlamentares por outros mais aguerridos, ou mais alinhados ao Planalto, em momentos de votações ou depoimentos considerados decisivos.
“Essas comissões, hoje, estão muito esvaziadas. Mas vamos colocar ‘tropa de choque’, sim”, admitiu o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ). Já a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, classificou como “lamentáveis” e “desrespeitosas” as escolhas feitas pelo partido de Bolsonaro. “Isso depõe contra a própria Câmara”, avaliou Gleisi. O Planalto também levou uma rasteira do PL na Comissão de Segurança Pública, agora nas mãos de Alberto Fraga (PL-DF), líder da “bancada da bala”.
O ministro da Educação, Camilo Santana, tentou minimizar a derrota do governo. “A Câmara tem autonomia para escolher quem quiser. O trabalho não é do Ministério (da Educação). É do Brasil, da educação brasileira. Estarei preparado sempre que for convocado”, destacou.
Comissões legislativas têm poder de causar muitos desgastes para o governo, sobretudo com a convocação de ministros. Em 2023, por exemplo, o então titular da Justiça, Flávio Dino – hoje ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) – foi obrigado a ir várias vezes ao Congresso e, nas sessões, entrou em confronto com bolsonaristas.
O Planalto avalia que discípulos de Bolsonaro planejam agora fazer isso com a ministra da Saúde, Nísia Trindade. Mas não é só o PL que está disposto a fustigar Nísia. O Centrão, dirigido por Lira, pressiona o governo porque cobiça a cadeira da ministra. O orçamento da Saúde é o maior da Esplanada: R$ 232,06 bilhões.
O PT não aceitou negociar a presidência da Comissão de Saúde – que também lidera o ranking de emendas parlamentares, com R$ 4,5 bilhões para serem distribuídos entre seus integrantes – e nem a de Fiscalização e Controle, também conhecida por emparedar ministros.
“Nísia está sob fogo cruzado e vamos defendê-la”, afirmou o deputado Zeca Dirceu (PT-PR). Titular da Comissão de Educação, Zeca disse não acreditar que Nikolas terá apoio para fazer tantas “estrepolias” na Comissão de Educação. “Ele vai ser enquadrado de todos os lados”, argumentou.
4ª CIPM apreende100kg de maconha em Oliveira dos Brejinhos
O material ilícito foi apreendido, nesta quinta-feira (4), durante o cumprimento da ‘Operação Força Total
Como parte das ações desenvolvidas ao longo da Operação Força Total, os pms realizaram uma blitz na localidade conhecida como Beira Rio.
Ao abordar um carro, os militares encontraram mochilas contendo 95 tabletes de maconha, totalizando, aproximadamente, 100kg da droga.
Diante do flagrante, o veículo, o condutor e todo o material apreendido foram apresentados na delegacia que atende à região para as medidas cabíveis. Fonte: 4ª CIPM.
Texto: DCS/ Polícia Militar
Polícia Civil cumpriu mandados em residência de suspeito de desviar um milhão de reais de empresa de telefonia.
Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos durante ação conjunta das polícias da BA e CE.
Segundo as investigações, o homem efetuou, só em janeiro deste ano, o disparo de cerca de nove milhões de SMS com conteúdo fraudulento, contendo link’s para acesso (phishing) por meio de linhas, que gerou um prejuízo financeiro de aproximadamente R$ 1 milhão de reais a uma empresa de telefonia.
Um celular foi apreendido e encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) do Ceará, para ser periciado.
Texto: Ascom PC
Homem é preso com dois revólveres e dois simulacros de fuzil pela Cipe Semiári
Essa foi mais uma prisão da 21ª da ‘Operação Força Total’ da PM. |
Uma guarnição da Companhia Independente de Policiamento Especializado (CIPE)/Semiárido realizava rondas quando foi acionada por populares com a informação de uma troca de tiros nas proximidades da rodoviária, e uma fuga de um dos indivíduos para dentro de uma residência na localidade.
Os militares foram imediatamente até o endereço e flagraram o acusado com dois revólveres calibre 32, dois simulacros de fuzil e seis munições calibre 32. O indivíduo foi conduzido juntamente com todo material apreendido para a Delegacia Territorial da cidade de Mairi, onde a ocorrência foi registrada.
Texto: DCS – Polícia Militar
Foragidos por tráfico e roubo são alcançados nas últimas 24h pelo Reconhecimento Facial
Os três homens foram flagrados pelas câmeras da SSP nas cidades de Salvador e Saubara.
Três foragidos da Justiça pelos crimes de tráfico de drogas e roubo foram encontrados nas últimas 24 horas, com auxílio do Sistema de Reconhecimento Facial. As capturas foram realizadas na capital e no interior, na quarta-feira (6).Duas prisões ocorreram nas cidades de Salvador e outra em Saubara, após a Polícia Militar ser acionada pelos Centros Integrados de Comunicações (Cicoms).
Com essas capturas, sobe para 168 foragidos presos em 2024, com auxílio da tecnologia. Desde a implantação da ferramenta, 1.424 criminosos foram retirados das ruas.
Texto: Poliana Lima
Bahia vai receber 716 obras e equipamentos do Novo PAC Seleções, contemplando mais de 350 municípios do estado
O governador Jerônimo Rodrigues acompanhou o anúncio |
Com as propostas selecionadas, a Bahia receberá investimentos do Governo Federal para realizar obras que irão melhorar o acesso a serviços de saúde, educação, esporte e cultura. Os benefícios alcançarão mais de 12,7 milhões de baianos, 90% da população do estado. “Um dia muito importante para o nosso estado. É mais saúde, mais educação, mais desenvolvimento, mais empregos e geração de renda para a nova Bahia, que segue também nos rumos do novo Brasil, que está sendo construído pelo Governo Federal”, afirmou o governador.
A Bahia teve participação ativa no Novo PAC Seleções, inscrevendo propostas em todas as modalidades. No total, 335 municípios foram contemplados. Estima-se que as obras e empreendimentos do Novo PAC Seleções beneficiem uma população de 12,7 milhões de baianos nas áreas de saúde, educação, cultura e esporte.
Das obras baianas contempladas, 400 serão do eixo da educação. Serão construídas escolas em tempo integral, creches e instituições de educação infantil. A área da saúde tem o segundo maior volume, com 255 equipamentos que incluem policlínicas, unidades básicas de saúde, maternidades, centros de parto natural e novas ambulâncias do SAMU. Os setores de Cultura e Esporte completam a lista com 61 diferentes investimentos, incluindo centros de arte e espaços esportivos comunitários.
As 16 modalidades são executadas pelos Ministérios da Saúde, Educação, Cultura e Esporte e somam, para todo o país, R$ 23 bilhões em investimentos. No total, foram selecionados 6.778 obras e empreendimentos nos 26 estados e no Distrito Federal, alcançando 59% dos municípios brasileiros. As seleções priorizaram a cobertura de vazios assistenciais, além dos critérios de cada modalidade, conforme divulgado no lançamento do programa.
Para o presidente Lula, a iniciativa é uma forma de “atender as demandas dos municípios e estados mais necessitados”. Ele também destacou que novas ações semelhantes, para promover o crescimento do país, serão aplicadas durante o governo. “O Brasil vive um momento de ouro. Estou muito otimista com o futuro desse país e com o que vai acontecer nos próximos anos”, disse.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, destacou que além de levar obras importantes para os municípios, distribuídas de forma democrática, o Novo PAC Seleções terá forte impacto no desenvolvimento social também com a geração de empregos. “Dialogamos com todos os 27 governadores, independente de questões partidárias. E o que estamos cumprindo é um reflexo da convicção do presidente Lula em gerar emprego nesse país”, completou o ex-governador baiano.
Novo PAC Seleções
O Novo PAC Seleções foi lançado no dia 27 de setembro de 2023 quando foram anunciados investimentos de R$ 65,4 bilhões para seleções de obras e empreendimentos com participação dos estados e municípios. O valor total destinado ao Novo PAC Seleções é de R$ 136 bilhões e a segunda etapa do programa deve ser lançada em 2025. O recurso está contemplado no investimento total do Novo PAC que é de R$ 1,7 trilhão.
No total, o programa compreende cinco eixos e 27 modalidades, executadas pelos Ministérios das Cidades, Saúde, Educação, Cultura, Justiça e Esporte, sob coordenação da Casa Civil da Presidência da República. Com o Novo PAC Seleções, o Governo Federal ampliou o formato para as cidades e estados apresentarem as principais necessidades e prioridades para a população.
Os projetos selecionados se somam às obras já anunciadas pelo Governo Federal, em agosto de 2023, quando foi lançado o Novo PAC. O programa está consolidado como uma forte parceria entre Governo Federal e setor privado, estados, municípios e movimentos sociais, para gerar emprego e renda, reduzir desigualdades sociais e regionais em um esforço comum e comprometido com a transição ecológica, neoindustrialização, crescimento com inclusão social e sustentabilidade ambiental.
Lula não entra em Portugal e ‘vai para uma cadeia’ se insistir, diz líder da ultradireita
O deputado André Ventura, cuja candidatura tem apoio público do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ameaçou ainda prender Lula em caso de insistência na visita.
“Se o Chega vencer as eleições legislativas, a 25 de abril de 2024 [50 anos da Revolução dos Cravos] o senhor presidente do Brasil, Lula da Silva, não vai entrar em Portugal”, afirmou, recebendo aplausos dos presentes em um comício nesta quarta (6).
“Eu garanto-vos que, se eu for primeiro-ministro, o senhor Lula da Silva ficará no aeroporto. E, se insistir, vai para uma cadeia”, declarou Ventura, que ainda provocou o petista ao dizer que “isso não será uma grande novidade para ele”. Lula ficou preso por 580 dias na sede da Superintendência da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba, até 8 de novembro de 2019.
“Neste país ainda mandamos nós e neste país ainda escolhemos nós quem vem e quem não vem. Corruptos já temos cá muitos, não precisamos que venham mais de fora”, afirmou.
O líder da ultradireita também disse querer limitar a entrada do primeiro-ministro da Espanha, o socialista Pedro Sánchez, que está em visita no Brasil e se encontrou com Lula. “[Sánchez] Só entrará quando necessário, porque também não queremos que entre muitas vezes.”
Em 2023, durante uma visita oficial de Lula a Portugal, o Chega organizou um protesto em frente ao Parlamento luso contra a presença dele no local, precisamente durante uma sessão comemorativa do 25 de abril.
No momento do discurso de Lula aos deputados portugueses, Ventura e os outros parlamentares de sua bancada começaram a bater nas mesas e a fazer barulho para atrapalhar a fala do presidente brasileiro.
Ainda que não haja informações sobre uma eventual visita de Lula a Portugal para os 50 anos do fim da ditadura, a diplomacia lusa habitualmente convida os chefes de Estado e de governo dos países lusófonos para as principais celebrações do país.
Apesar do tom de convicção do discurso, as pesquisas de intenção de voto indicam que André Ventura tem poucas chances de se tornar primeiro-ministro nas eleições de domingo (10).
A maior parte das sondagens mostra um cenário de empate técnico entre o Partido Socialista, atualmente no poder, e a Aliança Democrática (AD), coalização formada pelas legendas da direita tradicional lusa, liderados pelo PSD (Partido Social Democrata). O Chega aparece em terceiro lugar, girando em torno de 12% das preferências.
O Chega, contudo, deve sair fortalecido do pleito, convocado de forma antecipada após a queda do premiê António Costa, que pediu demissão em meio a uma investigação de corrupção que atingiu o núcleo do governo socialista. A sigla populista deve ampliar o número de deputados no Parlamento, consolidando ainda mais a posição de terceira força política na Casa.
Se for confirmado nas urnas, o crescimento da bancada do Chega também pode complicar a formação do próximo governo. O líder do PSD (direita tradicional), Luís Montenegro, afirmou que, se for eleito, não pretende incluir o Chega nas negociações para o Executivo. Uma votação expressiva nas urnas, porém, tem potencial de dificultar essa decisão.
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