Polícia Militar prende casal com fuzil e grande quantidade de cocaína no centro de Ipiaú
Essa é a segunda apreensão de arma desse porte e cocaína nos últimos 20 dias. No último dia 1º de novembro, policiais militares apreenderam um fuzil e quase 19 quilos de cocaína pura. Um suspeito foi preso e outro conseguiu fugir. A quantidade de droga apreendida nesta terça-feira é bem superior a anterior. A ação de hoje foi realizada por policiais da 55ª e CIPE Central. Confira a entrevista com o Major Dalmo.
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Veja os apelidos de Lula, Alckmin e Moraes no plano golpista investigado pela PF
A Operação Contragolpe, que prendeu quatro militares e um policial
federal na manhã desta terça-feira, revelou os codinomes que eram dados
aos alvos no plano golpista, intitulado “Punhal Verde e Amarelo”.O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) eram tratados como "Jeca" e "Joca"
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) eram tratados como “Jeca” e “Joca”. Em algum momento, um “Juca” também foi usado pelos criminosos. O codinome ainda não foi identificado, mas, para os investigadores, ele se refere ao atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, que na época era senador eleito pelo Maranhão e futuro ministro da Justiça. “Juca” era referido pelo grupo como “eminência parda do 01 e das lideranças do futuro gov”.
Já o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes recebeu dos golpistas o codinome “Professora”.
Os investigados também possuíam codinomes para não serem identificados, baseados nos países que participaram na Copa do Mundo daquele ano. Em um grupo criado no aplicativo Signal, eles se referiam uns aos outros como Alemanha, Áustria, Brasil, Argentina, Japão e Gana, para discutir e detalhar os planos do golpe e assassinato dos alvos.
Em alguns casos, eles usavam mais de um codinome para a mesma pessoa. Rafael Martins de Oliveira, um dos ‘kids pretos’, usou o codinome “Diogo Bast” e “Japão”.
O plano previa o assassinato de Lula, Alckmin e Moraes no dia 15 de dezembro de 2022, três dias após a diplomação do petista no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Operação Contragolpe
Na manhã desta terça-feira,19, a Polícia Federal prendeu cinco pessoas na Operação Contragolpe, por planejarem um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e “restringir o livre exercício do Poder Judiciário”
Cinco ordens de prisão foram emitidas, acompanhadas por três autorizações para busca e apreensão, além de 15 medidas restritivas alternativas à prisão. Entre as medidas, estão o veto à comunicação com outros envolvidos, a proibição de deixar o País (com a necessidade de entregar os passaportes em até 24 horas) e o afastamento de funções públicas. As ações são realizadas com o apoio do Exército Brasileiro, abrangendo Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal.
Os detalhes do plano constam da representação da Polícia Federal pela prisão do general reformado do Exército Mário Fernandes; dos ‘kids pretos Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo – militares com especialização em Forças Especiais; e do policial federal Wladimir Matos Soares. Todos foram capturados nesta manhã por ordem do ministro Alexandre de Moraes.
Os “kids pretos” são militares do Exército Brasileiro treinados em Operações Especiais, conhecidos por usar gorros pretos durante missões. Formados em instituições como o Centro de Instrução de Operações Especiais, em Niterói, e o Comando de Operações Especiais, em Goiânia, esses profissionais são especializados em guerra não convencional, contraterrorismo e ações em ambientes de alta complexidade. A atuação do grupo é sigilosa, exigindo aprovação direta do Comando do Exército.
Primeiro inspetor-geral da Guarda Civil Municipal reitera importância do município para segurança pública
“Não é novidade que o Brasil enfrenta desafios crescentes, com o aumento exponencial da violência urbana, a expansão do tráfico de drogas e a complexidade do crime organizado. Nesse contexto, o Governo Federal instituiu através da Lei 13.675/2018, o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e criou a Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS), com a finalidade de preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, por meio de atuação conjunta, coordenada, sistêmica e integrada dos órgãos de segurança pública e defesa social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, em articulação com a sociedade, destacando que a segurança pública é dever do Estado (poder público), não confundir com Unidade Federativa (UF) e responsabilidade de todos, compreendendo a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no âmbito das competências e atribuições legais de cada um”, disse o guarda.
João Neto ainda salientou que, embora a segurança pública no Brasil seja uma responsabilidade compartilhada, os municípios desempenham um papel fundamental na gestão da segurança local. “As Guardas Civis Municipais (GCMs), por serem o único órgão municipal uniformizado e armado, com previsão constitucional de prover a segurança sistêmica da população, têm o papel de atuar de forma mais direta e personalizada nas demandas de segurança pública e defesa social da comunidade. No entanto, para que essa atuação seja eficaz, é imprescindível que haja uma coordenação eficiente entre os diferentes níveis de governo (municipal, estadual e federal), e que os Municípios desenvolvam uma Política Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (PMSPDS) própria e bem estruturada, com a implantação e implementação de um conselho, observatório, fundo e um plano municipal de segurança pública e defesa social, que se integrarão as iniciativas do estado e do governo federal”, completou.
Ele lembra que as Guardas Civis Municipais foram inicialmente criadas com o objetivo de zelar pela segurança dos bens, serviços e instalações públicas do Município. “Em stricto sensu, interpretava-se que a atuação das GCMs estava adstrita tão somente à proteção patrimonial de prédios públicos, praças e jardins. No entanto, nas últimas décadas, seu papel se ampliou significativamente, com muitas delas atuando também em atividades de policiamento preventivo comunitário, combate à criminalidade e até mesmo em operações integradas com outros órgãos de segurança pública, como a Polícia Militar e a Polícia Civil (SOUZA, 2015)”.
A Constituição Federal de 1988, a Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS) e o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) destacam a importância das Guardas Civis Municipais no fortalecimento da segurança pública e defesa social dos Municípios, prevendo a possibilidade de atuação das GCMs em funções de segurança pública, atuando, preventiva e permanentemente, no território do Município, para a proteção sistêmica da população que utiliza os bens, serviços e instalações municipais. Além disso, a Lei nº 13.022, de 2014, que cria o Estatuto Geral das Guardas Municipais, traz artigos, parágrafos e incisos que ampliam suas atribuições, permitindo exercer as competências de trânsito que lhes forem conferidas, nas vias e logradouros municipais, auxiliar na segurança de grandes eventos e na proteção de autoridades e dignitários, dentre outras competências que podem ser observadas na referida Lei.
“É inegável que as Guardas Civis Municipais têm se mostrado fundamentais na melhoria da segurança nas cidades, especialmente no policiamento de proximidade e nas ações de prevenção primária à violência, em conjunto com os demais órgãos da própria municipalidade. Mas não basta o Município criar e aparelhar sua GCM, é preciso dotá-la de uma gestão institucional, profissional e competente, que adote e implemente abordagens e modelos de policiamento mais eficientes, orientados para os problemas e baseados em evidências, com foco na análise de dados; BIs (Business Intelligence) que compreende a coleta, o processamento e a transformação de dados brutos em informações valiosas e compreensíveis; KPIs (Key Performance Indicator ou Indicador-Chave de Performance), trata-se de um valor mensurável que se relaciona com metas, objetivos e estratégias específicas que ajudam a impulsionar o sucesso do desempenho; e na eficácia do planejamento e das estratégias adotadas”, continuou.
O policiamento baseado em evidências (PBE) foi lembrado pelo inspetor-geral. Ele explicou que o método é uma abordagem estratégica que visa a utilização de dados empíricos e análises científicas para planejar, implementar e avaliar as ações policiais. “Essa metodologia busca garantir que as políticas de segurança pública sejam fundamentadas em informações concretas, em vez de práticas baseadas apenas em intuições ou experiências passadas (KLEIN, 2015). Nesse contexto, as Guardas Civis Municipais desempenham um papel importante na implementação do PBE, pois além de atuarem em conjunto com os demais órgãos municipais em ações de prevenção à violência, estão mais próximas das comunidades e podem gerar dados valiosos sobre padrões de criminalidade e as necessidades locais”, disse.
Estudos realizados por Braga et al. (2018), lembrou João, indicam que o policiamento baseado em evidências tem se mostrado eficiente na redução da criminalidade em diversas cidades ao redor do mundo. Um exemplo disso é o uso de tecnologias como câmeras de monitoramento e sistemas de georreferenciamento, que ajudam as Guardas Civis Municipais a identificar hotspots de crimes e áreas de maior vulnerabilidade. Com base nessas informações, as GCMs podem direcionar suas patrulhas para locais específicos, aumentando a eficiência e a eficácia de suas ações (MARTIN, 2017).
João Neto ainda salientou que as Guardas Civis Municipais ainda carecem de “estrutura e investimentos adequados. Além disso, a falta de reconhecimento institucional, somada ao desconhecimento dos gestores públicos sobre o papel e as responsabilidades das GCMs, limita sua atuação e impede o pleno desenvolvimento dessas forças”
“As Guardas Civis Municipais desempenham um papel essencial na segurança pública e defesa social local, especialmente no contexto urbano, onde a violência e a criminalidade exigem respostas assertivas, rápidas e eficazes. Sua proximidade com a comunidade e o potencial ainda inexplorado por algumas instituições de aplicar estratégias de PBE, são fatores que ampliam sua relevância na construção de uma cidade mais segura”, concluiu.
CNJ aposenta compulsoriamente desembargadora Lígia Maria, investigada na Operação Faroeste
Desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Lígia Maria Ramos Cunha Lima |
Lígia foi denunciada por supostamente integrar organização criminosa e interferir nas investigações da “Operação Faroeste”, que apura esquema de venda de decisões no TJ-BA para regularização fundiária na região oeste do estado. Ela foi presa preventivamente e afastada de suas funções em dezembro de 2020. Em junho de 2021, o relator da matéria no STJ revogou a prisão e manteve medidas cautelares alternativas. No ano seguinte, ele determinou a retirada da tornozeleira eletrônica e, em fevereiro de 2023, a Corte Especial do STJ prorrogou o afastamento por mais um ano.
Entre as outras medidas cautelares, a desembargadora também estava proibida de acessar órgãos públicos estaduais (TJ, Ministério Público, Polícia Civil, Polícia Federal e Secretaria de Segurança Pública), de comunicação com funcionários e de utilização dos serviços desses órgãos. No STF, a defesa alegou excesso de prazo na duração das medidas cautelares, uma vez que, dois anos após a denúncia, ela ainda não foi apreciada.
Plano para matar Lula, Alckmin e Moraes foi discutido na casa de Braga Netto, diz PF
O militar era o vice na chapa derrotada de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais de 2022 e havia sido ministro da Casa Civil e da Defesa do governo.
O encontro ocorreu no dia 12 de novembro de 2022, quando ele não tinha cargo no Executivo. No local, “o planejamento operacional para a atuação dos ‘kids pretos’ foi apresentado e aprovado”, segundo relatório da PF.
Estavam presentes na reunião o tenente-coronel Mauro Cid, o major Rafael de Oliveira e o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima.
Segundo a PF, foi depois após esse encontro que teve início o monitoramento dos passos de Moraes, com objetivo de o prender ou matar.
A Folha procurou Braga Netto, mas não teve retorno até o momento.
Segundo a investigação, as cinco pessoas presas (quatro militares e um policial federal) conversavam em 2022 em um aplicativo de mensagens sobre o plano para o presidente e o vice-eleitos e o ministro do STF.
A operação foi autorizada por Moraes. Os alvos foram o general da reserva Mario Fernandes, os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo e o policial federal Wladimir Matos Soares.
Mario Fernandes foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Bolsonaro. Ele também foi assessor do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), mas deixou o cargo por decisão do STF.
Documento juntado aos autos pela PF descreve a possibilidade de envenenamento para assassinar o petista.
Lula venceu a eleição de 2022 após uma acirrada disputa de segundo turno. Durante seu mandato, o hoje inelegível Bolsonaro acumulou declarações golpistas e atualmente é alvo de investigação da PF sobre o seu papel na trama que tentou impedir a posse do presidente eleito.
Tropa de elite do Exército, ‘kids pretos’ são especializados em guerra irregular
Eles são especializados em guerras irregulares, ações táticas para se infiltrar em território inimigo e transformação de leigos em combatentes. O apelido vem do fato de usarem gorros pretos.
Os “kids pretos” são considerados os militares mais combatentes do Exército, com formação em condições extremas -o que, na avaliação de generais ouvidos pela Folha, resulta num caráter igualmente mais extremado.
A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão e de prisão na manhã desta terça (19) contra suspeitos de integrarem uma organização criminosa que, segundo as investigações, planejou um golpe de Estado em 2022 para impedir a posse do presidente Lula (PT).
Sobre a operação desta terça-feira, a PF afirmou que, entre as ações que seriam desenvolvidas para evitar a posse de Lula, estava o plano “Punhal Verde e Amarelo”, que seria o assassinato do petista e de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB).
Outro alvo, sempre de acordo com as apurações da PF, seria o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que seria preso e morto em seguida.
Ao menos quatro militares, sendo um general da reserva, são alvos das medidas cumpridas em três estados (RJ, GO, AM) e no Distrito Federal. Todas as prisões já foram cumpridas.
São eles o general da reserva Mario Fernandes e os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo. O policial federal Wladimir Matos Soares também está entre os alvos dos mandados —esse também já preso.
Mario Fernandes foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Bolsonaro. Ele também foi assessor do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), mas deixou o cargo por decisão do STF.
O general mora em Brasília, mas aproveitava folga com a família no Rio de Janeiro no momento em que foi preso. Ele foi levado à Polícia Federal do Rio, onde deve ficar preso inicialmente e prestar depoimento.
Os outros militares tinham formação nas forças especiais, os chamados “kids pretos”, e estavam em cargos de comando no Exército até o início das investigações.
Veja quem são os militares suspeitos de participar de plano para matar Lula, Alckmin e Moraes
Os oficiais são todos integrantes das Forças Especiais do Exército, considerada a tropa de elite da Força. Os militares formados nessa área são conhecidos internamente como “kids pretos”, em referência à cor dos símbolos do grupo, como o gorro e o emblema.
Entre os alvos da operação, batizada de Contragolpe, estão o general da reserva Mário Fernandes e os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo.
Além de Lula e Alckmin, outro alvo desse grupo de militares seria o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que seria preso e morto em seguida, de acordo com as investigações.
Segundo os investigadores da PF, o grupo era comandado pelo general da reserva Mário Fernandes, que foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo de Jair Bolsonaro (PL). Ele ainda foi assessor no gabinete do deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ) até março deste ano.
Mário já foi alvo de buscas na operação Tempus Veritatis, deflagrada pela PF em fevereiro, que também investiga suposto plano de golpe de Estado para impedir a posse de Lula (PT). À época, ele ficou em silêncio em seu depoimento e alegou não ter tido acesso aos autos.
O general da reserva teria enviado mensagens ao então comandante do Exército, general Freire Gomes, pedindo adesão ao plano golpista —a solicitação teria sido rechaçada pelo chefe da caserna.
Além disso, Mário foi um dos participantes de reunião ministerial do governo Bolsonaro em julho de 2022. Em sua fala, mencionou explicitamente a possibilidade de ocorrer no Brasil uma nova versão do golpe de 1964, com um governo militar.
“Não existe o verbo precisamos. Vai ter. […] Temos que ter um prazo para isso [mudanças no sistema eleitoral] acontecer por parte do Judiciário, do TSE, e uma previsão de uma próxima reunião para alternativas se isso não acontecer nesse prazo”, afirmou.
Em depoimento, Mauro Cid disse aos investigadores que o general era um dos mais radicais entre os envolvidos nos planos para evitar a posse de Lula.
Também alvo da operação desta terça-feira, o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima comandava a terceira companhia de Forças Especiais em Manaus, mas foi afastado por determinação do STF em fevereiro após também ser alvo da Tempus Veritatis.
Em mensagens encontradas pela PF na operação, ele teria enviado para Cid um um documento em inglês que alegava ter identificado vulnerabilidades nas urnas eletrônicas no primeiro turno das eleições de 2022.
O texto, segundo a decisão de Moraes, insinuava a existência de “dois códigos-fonte” nas urnas eletrônicas —mentira que foi espalhada por grupos bolsonaristas apesar de as Forças Armadas terem participado da lacração das urnas eletrônicas, sem apontar fraudes.
Alvo da operação desta terça, o tenente-coronel Rafael Martins também foi citado na Tempus Veritatis. Mensagens encontradas pela PF na ocasião mostram ele organizando manifestações com Cid e pede orientações sobre os locais certos para os protestos.
Os dois falaram ainda sobre destinar R$ 100 mil para cobrir gastos de hotel e alimentação de manifestantes em Brasília.
Os diálogos indicam que Martins orientou Cid a apagar posteriormente as mensagens, “com o objetivo de suprimir as provas dos ilícitos praticados”, segundo a PF.
O tenente-coronel Rodrigo Bezerra e o policial federal Wladimir, por sua vez, são alvos pela primeira vez no inquérito sobre o suposto golpe de Estado planejado por Bolsonaro e aliados no fim de 2022.
Ao falar sobre a operação desta terça-feira, a PF afirmou que, entre as ações que seriam desenvolvidas para evitar a posse de Lula, estava o plano “Punhal Verde e Amarelo”, elaborado por Mário Fernandes e que teria como objetivo o assassinato do petista e de seu vice.
“O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um Gabinete Institucional de Gestão de Crise, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações”, diz a PF.
Caio Crisóstomo e Cézar Feitoza/Folhapress
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Prefeitura de Ipiaú amplia Rede de Atendimento Educacional Especializado com inauguração de novas Salas Multifuncionai
A secretária Erlândia Souza também ressaltou a importância do projeto: “Ampliar o AEE é garantir que nenhuma criança fique para trás. Nosso objetivo é continuar trabalhando para que a rede municipal ofereça cada vez mais recursos para atender às diversas necessidades dos nossos estudantes.”
A gestão municipal segue empenhada em avançar nas ações que tornem a educação de Ipiaú referência em qualidade e acessibilidade.
Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú
PF faz operação contra militares suspeitos de planejar golpe e matar Lula
PF prende policial federal e quatro 'kids pretos' em operação sobre tentativa de golpe em 2022 |
O petista derrotou o então presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma acirrada disputa de 2º turno. Durante seu mandato, Bolsonaro acumulou declarações golpistas e hoje é alvo de investigação da PF sobre o seu papel na trama que tentou impedir a posse de Lula naquele ano.
Segundo a PF, entre as ações que seriam desenvolvidas para isso estava o plano “Punhal Verde e Amarelo”, que seria o assassinato do petista e de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB). Outro alvo seria o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que seria preso e morto em seguida.
Ao menos quatro militares, sendo um general da reserva, são alvos das medidas cumpridas no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal. O Exército acompanha as diligências.
São eles o general da reserva Mario Fernandes e os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo. O policial federal Wladimir Matos Soares também está entre os alvos dos mandados de prisão.
Mario Fernandes foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Jair Bolsonaro. Ele também foi assessor do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), mas deixou o cargo por decisão do STF.
Os outros militares tinham formação nas forças especiais, os chamados “kids pretos”, e estavam em cargos de comando no Exército até o início das investigações. Hélio Ferreira e Rafael Martins já estavam afastados dos cargos, por decisão de Moraes, por terem sido alvos de operações anteriores.
O tenente-coronel Rodrigo Bezerra foi alvo pela primeira vez no inquérito sobre o golpe de Estado planejado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados no fim de 2022. O Exército acompanha as buscas e apreensões e tenta reunir informações para entender o impacto da operação na caserna.
Ao todo, são cinco mandados de prisão preventiva, três de buscas e 15 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, a proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, e a suspensão do exercício de funções públicas.
Segundo a PF, as investigações desenvolvidas no inquérito das milícias digitais apontam que a “organização criminosa se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022.”
Os alvos, diz a PF, são, em sua maioria, militares com formação em Forças Especiais (FE), os chamados “kids pretos” (tropa de elite da Força).
“O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um Gabinete Institucional de Gestão de Crise, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações”, diz a PF.
Os fatos investigados nesta fase da investigação configuram, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado e organização criminosa.
PF prende 7 pessoas por tráfico de drogas
Policiais federais que operam cães farejadores localizaram, em ações distintas, drogas sendo transportadas por 5 passageiros (2 estrangeiros e 3 brasileiros) que embarcariam para a Malásia, França e Portugal. A droga foi localizada fixada aos corpos dos passageiros, dentro de tênis e fundos falsos forjados em malas.
Outras duas prisões foram realizadas por policiais federais, que fiscalizam passageiros e bagagens com o auxílio do aparelho de scanner corporal e raio-x no controle migratório. As suspeitas (uma brasileira e uma estrangeira) levavam a droga em fundos falsos forjados em suas malas.
Já ao fiscalizarem os passageiros e suas bagagens, que desembarcaram de voo proveniente de Portugal, os servidores da Receita Federal detiveram uma brasileira que ocultava, num fundo falso forjado em uma de suas malas, mais de 8 kg de haxixe. A suspeita foi conduzida à delegacia da PF onde foi presa.
Por fim, servidores da Receita Federal, acionados por funcionários que fiscalizam as bagagens com o auxílio do aparelho de raio-x, apresentaram à delegacia da PF uma mala contendo 35 kg de cocaína na forma de tabletes. Foi instaurado inquérito policial para se identificar os responsáveis pela substância ilícita e sua introdução no perímetro aeroportuário.
De janeiro a 18 de novembro de 2024, já foram presas por tráfico de drogas, no Aeroporto Internacional de SP/Guarulhos, 543 pessoas, 48% a mais, se comparado com o mesmo período de 2023 (366 prisões), sendo apreendidas mais de duas toneladas de drogas. Essa quantidade de presos por tráfico de drogas, já supera o total anual de todos os anos anteriores, neste aeroporto.
O aumento, no número de presos, foi impulsionado pelas prisões de 168 pessoas flagradas com a droga, na forma de cápsulas, dentro do aparelho digestivo (de janeiro a 18 de novembro deste ano), sendo que, no decorrer deste mês já foram presas 5 pessoas até a mesma data.
FICCO/MG combate tráfico interestadual de drogas e desarticula organização criminosa
Estima-se que foram movimentados cerca de R$ 150 milhões em transações ilícitas
Uberlândia/MG. A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado - FICCO/MG deflagrou nesta terça-feira, 19/11, a Operação Anthill, com o objetivo de cumprir 31 mandados de prisão preventiva, 48 mandados de busca e apreensão e bloqueio de aproximadamente R$ 150 milhões. As medidas estão sendo executadas nas cidades mineiras de Uberlândia, Ituiutaba e Patrocínio, bem como em municípios dos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro.A operação é resultado de investigação que apura crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro. O grupo investigado atua no tráfico interestadual de entorpecentes, sendo responsável pela aquisição e transporte de grandes quantidades de drogas do Mato Grosso do Sul para o Triângulo Mineiro. Durante as investigações, foram apreendidos cerca de 540 kg de cocaína vinculados ao grupo.A execução da operação segue em andamento, com a participação de aproximadamente 250 policiais.A FICCO/MG é coordenada pela Polícia Federal e composta pelas polícias Civil, Militar e Penal e atua de forma descentralizada no combate ao crime organizado em Minas Gerais.
Outras informações sobre os resultados da operação serão divulgadas em entrevista coletiva que ocorrerá às 10hs, na Delegacia da Polícia Federal em Uberlândia/MG, localizada na Avenida João Naves de Ávila, no 5.800, bairro Pampulha.
PF reprime fraudes internas contra a Caixa Econômica Federal
Mais de 5 mil comandos efetuados em sistema interno, somente entre junho de 2022 e janeiro de 2023, podem ter sido fraudulentos
A operação é resultado de uma investigação que teve início após a análise de relatos encaminhados pela Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção à Fraude da Caixa Econômica Federal (CEFRA).
A investigação apontou a ocorrência de mais de 5 mil comandos que possibilitaram diversas operações aparentemente fraudulentas (pix, saques e pagamentos de boletos), autorizadas manualmente no sistema interno da instituição, sem a presença física dos clientes, utilizando as credenciais de um funcionário lotado em agência de Fortaleza. As fraudes apuradas ocorreram pelo menos entre junho de 2022 e janeiro de 2023, tendo sido utilizados dados de quase 3 mil clientes, resultando em mais de R$ 900 mil de prejuízos.
A apuração abrange a atuação de um funcionário da agência e outras pessoas que podem estar relacionadas a ele, todos suspeitos de estarem envolvidos nas fraudes. Os crimes em investigação incluem associação criminosa, peculato e inserção de dados falsos em sistema de informações, sem prejuízo de outras implicações penais que possam ser verificadas no decorrer da investigação – especialmente no que tange à estruturação de uma possível organização criminosa e fraude bancária eletrônica. As penas máximas somadas para esses crimes podem ultrapassar 25 anos de reclusão.
Além dos dados acima citados, imagens de videomonitoramento permitiram identificar a participação de outros indivíduos e as investigações continuam a fim de esclarecer todos os detalhes do esquema criminoso e a identidade e papel de todos os envolvidos.
A operação Internus é fruto de mais uma ação conjunta entre a Polícia Federal e a Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção à Fraude da Caixa Econômica Federal, que identifica as movimentações suspeitas e comunica às autoridades competentes, fornecendo todas as informações necessárias para o avanço das investigações.
PF erradica 255 mil pés de maconha e evita a produção de 85 toneladas da droga
As ações foram desencadeadas em algumas ilhas dos Rio São Francisco, e no continente, na Região de Orocó/PE, Salgueiro/PE, Cabrobó/PE, Ibimirim/PE, Belém do São Francisco/PE, Betânia/PE, Carnaubeira da Penha/PE, Floresta/PE e Santa Maria da Boa Vista/PE.
Caso os 255 mil pés de maconha fossem colhidos, prensados e colocados no mercado consumidor, seriam produzidas aproximadamente 85 toneladas de maconha.
A atuação permanente da Polícia Federal no combate aos plantios de vegetais entorpecentes na região do Sertão de Pernambuco contribui não apenas para o desabastecimento dos pontos de venda de drogas no estado, mas também, em toda a Região Nordeste do País, evitando também a escalada da violência por meio da prática de outros crimes, tais como: roubos, furtos, homicídios, latrocínios, os quais, em regra, estão intimamente relacionados ao tráfico de drogas.
RESULTADOS 2022:
1 milhão 604 mil pés de maconha foram erradicados
320 toneladas de maconha deixaram de ser produzidas
5 toneladas de maconha pronta para o consumo foram apreendidas
320 plantios destruídos
RESULTADOS 2023:
618 mil pés de maconha foram erradicados
124 toneladas de maconha deixaram de ser produzidas
168 plantios destruídos
RESULTADOS 2024:
1 Milhão e 368 mil pés de maconha foram erradicados
455 toneladas de maconha deixaram de ser produzidas
200 plantios destruídos
4.2 toneladas de maconha pronta para o consumo foram apreendidas
Comunicação Social da Polícia Federal em PernambucoLula adverte para risco de nova guerra se ordem global não mudar
Presidente discursou em plenária sobre reforma das instituições no G20 |
“A resposta para a crise do multilateralismo é mais multilateralismo. Não é preciso esperar uma nova guerra mundial ou um colapso econômico para promover as transformações de que a ordem internacional necessita”, discursou o presidente no encontro, que começou com mais de duas horas de atraso após a demora na realização da foto oficial dos líderes da reunião de cúpula.
Dizendo que a ordem vigente desde o fim da Segunda Guerra Mundial e o neoliberalismo não deram certo, Lula defendeu a reforma das instituições internacionais que amplie o peso dos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos. A reforma da governança internacional é um dos eixos da presidência do Brasil no G20 (grupo das 19 maiores economias do planeta, mais União Europeia e União Africana).
“A globalização neoliberal fracassou. Em meio a crescentes turbulências, a comunidade internacional parece resignada a navegar sem rumo em disputas hegemônicas. Permanecemos à deriva, arrastados por uma torrente que nos empurra para uma tragédia. Mas o confronto não é uma fatalidade. Negar isso é abrir mão da nossa responsabilidade”, acrescentou Lula.
Para Lula, o G20 tem poder para reformar a ordem internacional na medida em que o grupo reúne tanto países ricos como em desenvolvimento.
“Em torno desta mesa estão os líderes das maiores economias e blocos regionais do planeta. Não há ninguém em melhor posição do que nós para mudar o curso da humanidade. Este ano, a reforma da governança global entrou em definitivo na agenda do G20”, comentou.
Conselho de Segurança
Uma das pautas da revisão da governança global é a reforma do Conselho
de Segurança das Nações Unidas (ONU). Em seu discurso, Lula criticou o
poder de veto dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança:
Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido. Segundo o
presidente brasileiro, esse sistema resulta na omissão do poder
internacional diante de guerras e conflitos.
“A omissão do Conselho de Segurança tem sido ela própria uma ameaça à paz e à segurança internacional. O uso indiscriminado do veto torna o órgão refém dos cinco membros permanentes. Do Iraque à Ucrânia, da Bósnia a Gaza, consolida-se a percepção de que nem todo território merece ter sua integridade respeitada e nem toda vida tem o mesmo valor”, declarou Lula, numa crítica indireta a Estados Unidos, Israel e Rússia.
O presidente acrescentou que sanções unilaterais produzem sofrimento e atingem os mais vulneráveis. Lula mencionou conflitos esquecidos em países pobres e criticou intervenções estrangeiras que não conseguiram resolver guerras. “Intervenções desastrosas subverteram a ordem no Afeganistão e na Líbia. A indiferença relegou o Sudão e o Haiti ao esquecimento. Sanções unilaterais produzem sofrimento e atingem os mais vulneráveis”, comentou.
Lula destacou que a Organização das Nações Unidas (ONU) foi fundada por apenas 51 países, dos 193 atuais. O presidente pediu maior presença de países emergentes e em desenvolvimentos nos debates e afirmou que nenhuma discussão pode ser interditada. “A estabilidade mundial depende de instituições mais representativas. A pluralidade de vozes funciona como vetor de equilíbrio. O futuro será multipolar. Aceitar essa realidade pavimenta o caminho para a paz”, disse.
Cumprimento frio entre Lula e Milei viraliza nas redes
A fotografia dos sisudos Lula e Milei está no centro da montagem e contrasta com as outras imagens nas quais o presidente brasileiro e outros líderes globais sorriem.
Os líderes se reúnem para a cúpula de chefes de Estado do G20, que ocorre nesta segunda (18) e terça (19) no Rio de Janeiro. O encontro de Lula com Milei foi seco —não houve descontração como ocorreu entre o brasileiro e outros políticos, incluindo conservadores, caso da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni.
Além do representante argentino, a montagem feita pela Folha mostra o encontro de Lula com os líderes de Chile, África do Sul, França, Itália, Índia, Reino Unido, Japão e EUA.
Milei e Lula têm mantido relacionamento distante desde o pleito no país vizinho, ocorrido no ano passado e vencido pelo ultraliberal. Já durante a cúpula do G20 a delegação argentina manifestou divergências ao posicionamento brasileiro em relação a temas como gênero, taxação de bilionários e agenda 2030.
Depois de dificultar as negociações diplomáticas na cúpula, a Argentina de Milei recuou de posições que ameaçavam entravar os trabalhos do bloco no Rio.
Primeiro, Buenos Aires mudou de ideia a respeito de sua oposição a trechos do documento final da cúpula que tratavam de igualdade de gênero e taxação dos super-ricos. O texto acordado pelos países do G20 apoia “o comprometimento total com igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas”. No parágrafo sobre taxação, a declaração se compromete a se engajar de forma produtiva para garantir que indivíduos com patrimônio ultra elevado sejam tributados de forma efetiva.
Depois, a delegação argentina também cedeu e aceitou fazer parte da Aliança Global Contra a Fome a Pobreza proposta pelo presidente Lula. O país teria sido o único a ficar de fora da iniciativa.
Para justificar as divergências, a Presidência argentina disse em nota que, “sem bloquear a declaração dos demais líderes”, discordava “da noção de uma maior intervenção estatal é uma forma de lutar contra a fome”.
“Cada vez que se tentou combater a fome e a pobreza com medidas que aumentam a presença do Estado na economia o resultado foi o êxodo tanto da população como do capital, além de milhões de mortes de vidas humanas”, disse o texto, na linguagem típica da atual administração argentina.
A Argentina tem 13% de sua população em situação de insegurança alimentar severa (leia-se, fome), segundo dados de 2022 da ONU. Com a queda do consumo, analistas projetam que esse dado crescerá em 2024. Já a pobreza, mostram dados do instituto de estatística local, atinge 52% da população argentina.
Suspeitos de tráfico são presos pela PM em Fazenda Grande do Retiro
Foto(s): Rondesp BTS |
Os agentes faziam rondas na região quando foram informados de que havia homens traficando drogas em uma festa nas proximidades. Quando da chegada das equipes, vários suspeitos tentaram fugir, sendo que dois deles foram alcançados enquanto deixavam o local e um carro por aplicativo. Na abordagem, os agentes encontraram duas granadas, 234 pinos de cocaína, 135 trouxas de maconha, 351 frascos de lança-perfume, 42 munições de calibre 9mm, duas balanças de precisão e 100 embalagens plásticas para separação e venda dos entorpecentes.
Os suspeitos e o material apreendido foram apresentados à Central de Flagrantes para adoção das medidas cabíveis.
Foto(s): Rondesp BTSPM apreende drogas em Feira de Santana
Na manhã desta segunda-feira (18), policiais militares da 65ª CIPM
prenderam um suspeito de tráfico em Feira de Santana. Drogas e munições
foram apreendidas.Foto(s): 65ª CIPM
Os militares faziam rondas na Avenida Tomé de Souza, quando avistaram um homem em atitude suspeita. Ao perceberem a presença dos agentes, o suspeito tentou fugir, mas foi capturado. A ação resultou na apreensão de 1 quilo de cocaína, sete trouxas de maconha, uma pedra de crack, duas balanças de precisão e nove munições calibre 9mm.
O homem e o material foram apresentados à delegacia que atende à região para adoção das medidas cabíveis.
Foto(s): 65ª CIPM
PM prende suspeito de tráfico em Paratinga
Foto(s): CIPT-MO |
Os militares faziam rondas nas proximidades da rodoviária do município quando receberam a denúncia de que um homem em um carro estava praticando tráfico de drogas na região. Após realizarem buscas, os agentes encontraram o suspeito e, na abordagem, localizaram o material ilícito.
O homem e o material (Uma espingarda e drogas foram apreendidas) foram apresentados à delegacia que atende à região para adoção das medidas cabíveis.
Moraes diz que regulação das redes é necessária para volta da normalidade democrática
O ministro Alexandre de Moraes, do STF |
As declarações foram dadas uma semana antes de o Supremo julgar ações que podem derrubar trechos do Marco Civil da Internet —julgamento considerado mais importante do semestre no tribunal.
“É necessário, para nós voltarmos à normalidade democrática, uma regulamentação [das redes sociais] e o fim dessa impunidade. Nunca houve nenhum setor na história da humanidade que afete muitas pessoas e que não tenha sido regulamentado”, disse Moraes em seminário na Assembleia de Mato Grosso.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou nesta segunda-feira (18) que a regulamentação das redes sociais e o fim da impunidade contra crimes de ódio são o caminho para a volta da normalidade democrática no Brasil.
As declarações foram dadas uma semana antes de o Supremo julgar ações que podem derrubar trechos do Marco Civil da Internet —julgamento considerado mais importante do semestre no tribunal.
“É necessário, para nós voltarmos à normalidade democrática, uma regulamentação [das redes sociais] e o fim dessa impunidade. Nunca houve nenhum setor na história da humanidade que afete muitas pessoas e que não tenha sido regulamentado”, disse Moraes em seminário na Assembleia de Mato Grosso.
Campos Neto diz que fim da escala 6×1 vai contra reforma trabalhista
Foto: presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto |
“O desemprego continua surpreendendo [positivamente], e creio que, em parte relevante, dado à reforma trabalhista. O projeto do 6×1 vai contra o que a gente produziu [na reforma trabalhista], que foi muito bom para o emprego no Brasil, e há evidências disso. Não é colocando mais deveres para os empregadores que você vai dar mais direitos aos trabalhadores”, disse Campos Neto durante o evento CEOs e C-Levels, no Insper.
Na quinta-feira (14), o economista afirmou que o fim da escala 6×1 reduziria a produtividade e elevaria o custo da mão de obra.
“O projeto do 6 por 1 é bastante prejudicial para o trabalhador, porque vai aumentar o custo do trabalho e elevar a informalidade”, avaliou Campos Neto, acrescentando que isso teria impactos na produtividade.
Recentemente, o tema virou alvo de uma proposta da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que quer mudar a Constituição para alterar a jornada dos trabalhadores.
POLÍTICA MONETÁRIA E RISCO FISCAL
O presidente do BC também voltou a se manifestar contra mudanças na meta inflacionária, salientando que ela se situa entre 2% a 3% ao ano na maior parte dos países e que uma mudança não traria uma maior liberdade na condução das políticas econômicas.
Campos Neto também pontuou que o trabalho do Banco Central em controlar a inflação é impactado pela alta nos juros futuros, em decorrência de uma maior percepção de risco fiscal, e que esse movimento também eleva a inflação.
“Antes que a gente tenha que escutar que, na verdade, são os ‘malvados da Faria Lima’ tentando fazer uma expectativa de inflação maior, olhamos também o Firmus, que é uma pesquisa que começamos a fazer com o mundo real, com as empresas, com os empresários, e, curiosamente, esses, em geral, são mais pessimistas do que os agentes financeiros”, afirmou Campos Neto.
Para a redução nos juros futuros, o presidente do BC diz ser necessário correções na trajetória da dívida pública brasileira.
“Não acho que a realidade fiscal do Brasil é um desastre iminente. Tem muitos recursos, muita possibilidade de fazer correções de rota”, afirmou o economista.
“Para haver efeito de choque positivo, em termos de credibilidade, [o ajuste fiscal] tem que ser muito mais baseado em cortes de gastos do que em aumento de receitas. O governo está bastante esforçado, vejo bastante vontade do ministro [Fernando] Haddad de fazer”, completou Campos Neto.
O economista está no fim do seu mandato à frente do BC, que se encerra em 31 de dezembro. Para o seu sucessor, Gabriel Galípolo, ele aconselha que o indicado por Lula trabalhe com autonomia e de forma técnica.
“Não ligue para as críticas no meio do caminho, e pense nas entregas. No fim das contas, apresentações de PowerPoint e debates passam, e as entregas, como o Pix, ficam”, disse Campos Neto.
OMS convoca reunião para reavaliar emergência em Mpox
Um comitê para avaliar a situação mundial da Mpox foi convocado pela
OMS (Organização Mundial da Saúde) para a próxima sexta (22). A reunião
pretende mensurar a dimensão da doença no mundo.Foto: Reprodução/Anvisa
Em agosto, o órgão definiu a Mpox como uma “emergência de saúde pública de importância internacional”. É o nível mais alto de alerta da organização, que tem como procedimento padrão reavaliá-lo a cada trimestre.
A mobilização da OMS é causada pela identificação de uma mutação do vírus encontrada na República Democrática do Congo, na África, entre 2022 e 2023. Em julho, os países vizinhos também registraram a nova cepa.
Até novembro, 1.059 pessoas contraíram Mpox e outros 49.310 casos foram notificados em países como Quênia, Uganda e Ruanda.
No Reino Unido, as autoridades de segurança sanitária detectaram o primeiro caso da variante do mpox no país em outubro, mas tranquilizaram a situação afirmando que “o risco para população é baixo.”
Segundo o Ministério da Saúde, não há casos registrados da nova cepa da Mpox no Brasil.
Neste mês, o governo federal e Anvisa lançaram uma campanha sobre a doença com painéis instalados em portos e aeroportos.
O que é a Mpox
A Mpox é uma doença viral causada pelo vírus MPXV que provoca lesões na
pele, ínguas, febre, dor de cabeça, calafrios e fraqueza e pode levar à
morte.
A transmissão é feita pelo contato com a pele ou mucosas de pessoas infectadas. A prevenção é feita com distanciamento das lesões, higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel. Também é recomendado evitar compartilhar roupas de cama e objetos como copo, talheres e brinquedos sexuais.
A parceria estratégica Brasil-China deve colocar o desmatamento no centro das atenções
Foto: Augusto Dauster/Ibama |
Recentes incêndios florestais, secas prolongadas e enchentes históricas ressaltam a urgência de proteger as florestas brasileiras. Com mais da metade de suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) relacionadas ao uso da terra e ao desmatamento, o Brasil precisa alcançar essa meta em prol de seu futuro socioambiental e para o bem de todo o planeta. Apesar dos progressos feitos sob a administração Lula, particularmente em 2023, os desafios permanecem enormes.
Essa questão não é de interesse exclusivo do Brasil; é também de grande importância para a China, o maior parceiro comercial do Brasil e principal comprador de suas exportações agrícolas, como soja e carne bovina. Para a China, a estabilidade da produção agrícola brasileira é crucial para garantir sua própria segurança alimentar.
A China já demonstrou um compromisso em apoiar as iniciativas de sustentabilidade do Brasil. Em 2023, surpreendentes 72% dos investimentos chineses no Brasil foram destinados a projetos de energia renovável e sustentabilidade.
À medida que o Brasil trabalha para cumprir seu compromisso para 2030, a China tem a oportunidade de se tornar uma parceira transformadora nas relações bilaterais com o Brasil —aspecto que ganha envergadura após os resultados das eleições presidenciais nos EUA. Aqui apresento três áreas críticas nas quais a China pode desempenhar papel mais ativo.
Primeiro, tanto o Brasil quanto a China já expressaram o compromisso com a “eliminação da extração ilegal de madeira e do desmatamento” em suas declarações oficiais conjuntas sobre o clima, mas discussões concretas ainda não foram realizadas no subcomitê de Meio Ambiente e Clima do Cosban (Comitê de Coordenação e Cooperação de Alto Nível China-Brasil). Discutir o desmatamento neste subcomitê é uma necessidade urgente, dado o papel fundamental que o desmatamento desempenha no perfil de emissões do Brasil.
Em segundo lugar, algumas empresas chinesas já começaram a demonstrar interesse em adquirir produtos livres de desmatamento, uma tendência que, se apoiada por políticas mais amplas do governo chinês, poderia gerar uma mudança significativa em todo o setor. Esse compromisso poderia ser ainda mais fortalecido por políticas governamentais chinesas que incentivem as empresas a priorizar práticas de fornecimento sustentável. Com o imenso poder de compra da China, uma mudança setorial em direção a produtos livres de desmatamento teria efeitos significativos nas cadeias de suprimentos do Brasil, potencialmente acelerando a transição para práticas mais sustentáveis no agronegócio.
Terceiro, transparência e rastreabilidade são essenciais para garantir que produtos agrícolas que entram na China provenientes do Brasil não estejam vinculados à destruição ambiental ou a danos sociais. Os dois países devem trabalhar juntos para estabelecer sistemas robustos de rastreabilidade, aproveitando as iniciativas nacionais já existentes no Brasil. Brasil e China podem garantir que o comércio de produtos agrícolas esteja alinhado com o compromisso comum de sustentabilidade forte.
O Brasil tem de abraçar estratégias de adaptação climática e de transformação de seu agronegócio. Com o apoio da China, esse objetivo pode se tornar realidade, beneficiando ambas as nações e o mundo. Juntos, Brasil e China podem mostrar ao mundo que o desenvolvimento sustentável não é apenas possível, mas também alcançável por meio de alianças estratégicas e compromissos compartilhados com a saúde do nosso planeta.
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