Declaração de Hugo Motta sobre 8/1 e atos em março acendem esperança de anistia para bolsonaristas
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Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados/Arquivo |
Acendem as esperanças desse grupo, especialmente na Câmara dos Deputados, a declaração do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB) que disse que a invasão à sede dos Três Poderes daquele dia foi “grave”, mas “não um golpe”.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ) crê que os atos em março podem ajudar a trazer o apoio de parlamentares ligados ao Centrão à anistia e fazer a proposição voltar a tramitar. A expectativa, segundo ele, é de ter atos em todas as capitais do Brasil. “Na próxima semana vou falar com os presidentes estaduais do PL e organizar”, diz.
Nesta sexta-feira, 7, Motta voltou a falar, como disse no ano passado, que há penas muito severas para algumas das pessoas julgadas pelo envolvimento no 8 de Janeiro e acendeu a esperança em bolsonaristas na Câmara ao negar a possibilidade do golpe.
“O que aconteceu não pode ser admitido novamente, foi uma agressão às instituições. Agora, querer dizer que foi um golpe… Golpe tem que ter um líder, uma pessoa estimulando, tem que ter apoio de outras instituições interessadas. E não teve isso”, afirmou Motta.
Líder da oposição na Casa, Zucco (PL-RS) é um dos empolgados com a declaração do presidente da Câmara. “A questão da anistia, já nas declarações a gente vê que há o entendimento de se avançar na Câmara com Hugo Motta”, afirma.
Para petistas, o 8 de Janeiro foi uma tentativa de golpe. Lindbergh Farias (RJ), líder do partido na Câmara, argumenta que o ataque aos Três Poderes naquele dia fazia parte de um último esforço após o plano que envolvia matar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, revelado pela Polícia Federal
“O 8 de Janeiro foi a última tentativa”, diz Lindbergh. “O que eles queriam no 8 de Janeiro foi organizado e planejado. Eles queriam que Lula decretasse uma GLO”.
No ano passado, a anistia chegou a entrar na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, então comandada pela bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC). O texto era visto por especialistas como muito amplo e com brechas que poderiam favorecer Bolsonaro.
A proposta acabou freada após o ex-presidente da Casa Arthur Lira (PP-AL) decretar a criação de uma comissão especial para tratar do tema, levando a tramitação a uma fase ainda anterior. A comissão sequer iniciou os trabalhos.
“O sistema de Justiça parece estar mais preocupado em dar um recado político do que em aplicar penas justas. O presidente da Câmara está certo ao questionar isso”, diz Rodrigo Valadares (União-SE), que foi relator da anistia na CCJ. “Não podemos permitir que brasileiros sejam perseguidos e punidos de forma desproporcional por meras conveniências ideológicas.”
Outros bolsonaristas como Silvia Waiãpi (PL-AP), Rodolfo Nogueira (PL-MS) e Sanderson (União-SE) veem espaço para anistia após as declarações de Motta.
Atos vão pedir de impeachment de Lula a anistia a bolsonaristas
Sobre os atos do dia 16 de março, a data foi escolhida em razão do aniversário de seis anos da abertura do inquérito dos atos antidemocráticos pelo STF (ocorrido precisamente no dia 14/3), dia que também foi lembrado em 2024. No ano passado, a anistia ainda não foi um tema mencionado por Bolsonaro em seu discurso.
O pedido de impeachment de Lula, catalisador da manifestação, se embasa neste momento o bloqueio imposto pelo Tribunal de Contas da União (TCU) ao programa Pé-de-Meia, que estava operando à margem das regras fiscais.
Motta, porém, já negou possibilidade de pautar o impeachment de Lula. “Não está no horizonte trazer instabilidade”, disse.
Levy Teles/Estadão
Comandante do Exército visita Braga Netto em cela no RJ
O comandante aproveitou uma passagem pela capital fluminense para fazer a visita, e encontros com militares atualmente presos fazem parte da rotina do chefe da força.
O UOL apurou que Braga Netto é o único militar detido atualmente na Vila Militar no Rio e que não apresentou nenhuma reclamação a Tomás Paiva. Em todo o país, há atualmente 15 oficiais e 82 praças presos, seja cumprindo uma condenação, seja preso preventivamente.
Braga Netto está há mais de 50 dias preso. Segundo fontes ligadas ao caso, ele vem demonstrando tranquilidade e suportando a situação, mesmo sem concordar com a prisão.
Ele e Tomás Paiva chegaram a trabalhar como ajudantes de ordem no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O general da reserva foi ministro da Defesa e chefiou a Casa Civil durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
A prisão de Braga Netto, detentor da mais alta patente que um militar pode alcançar, a de general de quatro estrelas, membro da alta cúpula é inédita. O militar acumulou experiências com situações de tensão em sua carreira, o que, segundo apurou o UOL, tem contribuído para não demonstrar abatimento.
A investigação sobre tentativa de golpe de Estado mostrou Braga Netto incitando em 2022 a divulgação de mensagens com críticas a militares legalistas, como Tomás Paiva. O episódio causou mal-estar na caserna, que acabou dividida sobre a prisão, ocorrida em 14 de dezembro.
A detenção foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que concordou com a Polícia Federal e a PGR (Procuradoria-Geral da República) e entendeu que o militar teria tentado obstruir a investigação ao buscar informações junto ao pai de Mauro Cid, o general Mauro Lourena Cid, sobre a delação premiada do filho.
Antes de ser preso, ele foi chamado a depor, em fevereiro de 2024, no inquérito sobre tentativa de golpe. Na ocasião, ficou em silêncio. Depois de ser preso, porém, Braga Netto trocou de advogado, e sua defesa pediu que ele fosse ouvido novamente.
O general já foi indiciado, assim como Bolsonaro, por tentativa de golpe, organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O caso está sob análise da PGR, que deve apresentar denúncia ainda neste mês. Os desdobramentos da investigação sobre tentativa de golpe seguem sob sigilo.
Ele foi preso em quarto do chefe de Estado-Maior da 1ª Divisão do Exército, na zona oeste do Rio. O local foi adaptado para funcionar como cela e conta com televisão, ar-condicionado e banheiro privativo. Ele pode receber apenas visitas de familiares e de seus advogados, em determinados dias da semana.
Segundo o Código de Processo Penal, a prisão deve ser reavaliada após 90 dias pelo juiz responsável pelo caso. A lei também prevê que o inquérito seja concluído dez dias após a prisão preventiva e que o Ministério Público apresente denúncia em até 15 dias.
O prazo para encerrar a investigação pode ser prorrogado a pedido das autoridades. Na prática, em casos complexos, o MPF e a PF demoram mais para concluir as investigações e apresentar denúncia, e costumam ouvir o investigado antes de concluir o inquérito.
A investigação revelou o envolvimento de Braga Netto em ataques virtuais a outros generais. Elementos no inquérito da corporação mostraram que o ex-ministro deu orientações para que ataques ao comandante do Exército fossem disseminados por mensagens.
Além disso, a PF aponta que ele teria dado dinheiro em caixas de vinho a militares que estavam organizando um plano para matar o presidente Lula (PT), seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e Moraes.
Segundo o relatório do órgão, Braga Netto teria dado ordens para que o ex-major Ailton Gonçalves Barros disparasse mensagens “com o objetivo de atingir a reputação do general Tomás Paiva, atual comandante do Exército, integrante do Alto-Comando do Exército, que também adotou uma posição legalista”.
Nas mensagens, ele diz que o comandante “nunca valeu nada” e tentou vinculá-lo ao PT. “Parece até que ele é PT desde pequeninho”, escreveu, para acrescentar, ao final: “É verdade. Pode viralizar”.
PF diz que deputados cobravam 25% de propina sobre emendas no Maranhão
A reportagem não conseguiu contato com os parlamentares na noite desta sexta-feira (7).
Ao portal g1, o deputado Pastor Gil disse que aguarda o julgamento do caso pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e que está “confiante de que os esclarecimentos apresentados conduzirão ao reconhecimento da inocência”. Nesta semana, o relator do caso, o ministro Cristiano Zanin, liberou a denúncia contra os três parlamentares para julgamento na Primeira Turma do STF.
Na investigação, a Polícia Federal focou em três emendas parlamentares destinadas ao município, que somam R$ 6,7 milhões. Desse total, ao menos R$ 1,6 milhão foi cobrado pela quadrilha como propina à prefeitura de São José de Ribamar – no Congresso, essa parcela é às vezes chamada de “volta”.
Nas mensagens recolhidas pela PF, há a menção a reuniões entre os parlamentares, cobranças de pagamentos de comissões e marcação de agendas com várias autoridades do então governo de Jair Bolsonaro (PL), no ano de 2022, ao qual se referem a maioria das conversas.
As investigações tiveram início quando o então prefeito, Eudes Sampaio, contou à polícia ter sido procurado pelo agiota Josival Cavalcanti da Silva, o Pacovan. Ao se recusar a pagar as parcelas, Eudes passou a receber ameaças – contra si e contra familiares. O caso foi enviado ao STF em junho de 2021, e atualmente tramita sob a relatoria do ministro Cristiano Zanin.
“Constatou-se, de forma segura, a existência de mensagens existentes no celular do Deputado Josimar – mantidas com os demais congressistas (Pastor Gil, Bosco Costa) e outros investigados (Pacovan) – sobre a forma de desvio das emendas parlamentares e da eventual “cobrança” dos gestores municipais que não aderissem à organização criminosa”, diz um trecho do relatório da PF.
A dinâmica do esquema supostamente operado por Maranhãozinho, Pastor Gil e Bosco Costa foi confirmada com a divulgação do inquérito da PF em reportagem da TV Globo nesta sexta-feira,7.
Segundo as investigações da PF, o deputado Josimar Maranhãozinho agia como líder do grupo. Ele “está à frente da estrutura criminosa, capitaneando não somente a destinação dos recursos públicos federais oriundos de emendas (próprias e de outros parlamentares comparsas) para os municípios, mas também orientando a cobrança (utilizando, inclusive, de estrutura operacional armada), ao exigir dos gestores municipais a devolução de parte dessas verbas”, diz um trecho.
Um assessor dele, João Batista de Magalhães, atuaria como uma espécie de “corretor” de emendas, se utilizando de “servidores públicos para obter informações sobre andamentos de pagamentos de emendas parlamentares destinadas a Municípios do Estado do Maranhão, remunerando-os como forma de agradecimento”. Ainda segundo a PF, o assessor seria próximo ao empresário Eduardo José Barros, o Eduardo DP ou Eduardo Imperador, sócio da empreiteira Construservice e alvo da PF em novembro de 2023, em outra investigação sobre emendas.
Somos tratados com furiosa obsessão negativa, diz Barroso sobre críticas feitas ao Judiciário
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, disse que o Judiciário é tratado com “furiosa obsessão negativa” quando acontece algum problema, enquanto o que o Poder faz de bom recai em um “silêncio indiferente”.
A declaração foi dada em cerimônia de abertura do Ano Judiciário no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
Com aval do STF e do CNJ, juízes de diferentes esferas do país têm aumentado seus salários com benefícios que não entram no cálculo do teto do funcionalismo público brasileiro.
Só no TJ-SP, onde o ministro fez as declarações, a média salarial dos desembargadores, em 2024, ficou em R$ 75 mil mensais, quase o dobro do teto paulista. Quando a informação foi noticiada pelo jornal Folha de S.Paulo, o tribunal afirmou ser vítima de “ataques coordenados”.
No evento, Barroso comparou as instituições a autoestradas. “As autoestradas são coisas muito boas. Vez por outra, acontece um acidente. Se alguém quiser contar a história de uma autoestrada focando só nos acidentes, não estará fazendo a narrativa correta do que ela é e do que representa. É isso o que tem acontecido conosco”, afirmou.
“O que fazemos de bom recai em um silêncio indiferente. Quando acontece algum acidente, somos tratados com furiosa obsessão negativa. E, ainda assim, continuamos a achar que a democracia e a liberdade de expressão são imprescindíveis para a vida boa, e nós estamos aqui para garantir uma e outra”, afirmou no discurso, dado a um público formado majoritariamente por juízes e desembargadores paulistas.
Na saída do evento, Barroso voltou a dizer ser “uma injustiça” relacionar os salários de membros do Judiciário aos problemas fiscais do país.
“A minha posição pessoal no Conselho Nacional de Justiça [CNJ] é que nada que não esteja em conformidade com a legislação deve ser admitido. Dito isso, a participação do Judiciário no orçamento da União e no PIB, comparada com dez anos atrás, tem decrescido. E, portanto, esse é um registro importante”, disse.
Ipiaú: Vereadores fiscalizam bancos após denúncias e cobram solução para atendimento a idosos
Câmaras de Ipiaú e Recife firmarão primeiro termo de cooperação técnica da história
Por: Giro Ipiaú
‘Conversei com o presidente’, diz Rui Costa sobre desejo de disputar ao Senado
“Meu nome está colocado. Evidente que eu ainda terei que conversar com o presidente no início do ano que vem sobre isso. Mas eu conversei com o presidente, coloquei meu nome à disposição para compor a chapa como senador. Temos muito para trabalhar”, disse Rui em entrevista à Rádio Metrópole, da Bahia.
Política Livre
Dezenove indicados a cargos públicos aguardam sabatina no Senado.
A lista também traz indicações para a Agência Nacional de Mineração (ANM), a Agência Nacional de Cinema (Ancine) e a Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN), entre outras. Do total, 2 mensagens presidenciais — com nomes para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) — estão prontas para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), enquanto outras 17 aguardam despacho aos colegiados.
Competência exclusiva do Senado, a apreciação das indicações obedece a um rito que inclui a sabatina nas comissões temáticas e votação secreta em Plenário. Também passam por essa avaliação, por exemplo, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República e embaixadores. A aprovação ou não dos nomes segue procedimento previsto no Regimento Interno da Casa: primeiro, é lida em Plenário a mensagem contendo informações referentes ao histórico profissional da pessoa indicada, como seus trabalhos já exercidos ou publicações de sua autoria. O texto também informa bons antecedentes e boa reputação.
Em seguida, a indicação segue para a comissão temática responsável, com a escolha de um senador para emitir o relatório, que pode ser favorável ou não. A comissão agenda então a sabatina, que consiste em um debate com perguntas dos senadores aos possíveis escolhidos. Eles avaliam o conhecimento do indicado sobre as atribuições e habilidades que o cargo exige. É estipulado um tempo de 10 minutos tanto para perguntas quanto para suas respectivas respostas, podendo haver réplica e tréplica de 5 minutos cada. Para a posterior aprovação em Plenário, são necessários votos favoráveis de 41 senadores.
Indicações
Na CCJ, estão prontas para sabatina as indicações de Auriney Uchôa de Brito (OFS 3/2024) e Greice Fonseca Stocker (OFS 4/2024) para integrar o Conselho Nacional do Ministério Público. Os nomes deles constaram em uma lista do esforço concentrado que a comissão fez em julho de 2024, mas não chegaram a ser votados. O senador Lucas Barreto (PSD-AP) é o relator da indicação de Brito, enquanto o senador Ciro Nogueira (PP-PI) relata a indicação de Greice Stocker.
Entre as 17 mensagens presidenciais que já foram lidas em Plenário, mas aguardam despacho à respectiva comissão temática, está a de Patricia Barcelos para ocupar o cargo de diretora na Agência Nacional de Cinema, na vaga aberta pelo fim do mandato de Tiago Mafra dos Santos. Para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), três nomes aguardam análise, incluindo o indicado a diretor-presidente do órgão, Leandro Pinheiro Safatle.
Também integram a lista de indicações os nomes de Alessandro Facure Neves de Salles Soares, para o cargo de diretor-presidente da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear; e de Wadih Nemer Damous Filho, para a diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar.
Fonte: Agência Senado
Ação conjunta da PM apreende mais de 40 tabletes de drogas
Durante intensificação de policiamento na região, as guarnições
visualizaram um grupo de suspeitos que, ao perceber a aproximação dos
agentes, efetuou disparos enquanto fugia por uma área de mata. Houve o
revide e um dos indivíduos foi encontrado ferido ao solo e imediatamente
socorrido para uma unidade hospitalar, onde não resistiu.
Durante a varredura, as equipes localizaram um outro membro do grupo adentrando uma edificação nas imediações, momento em que ele foi alcançado, abordado e imediatamente preso.
Em toda a ação, foram encontrados uma pistola calibre 9mm, 331 munições de diversos calibres, dois carregadores, 720 pinos e 2,52kg de cocaína, 40 tabletes e oito embalagens contendo maconha, meio tablete e cinco pedras de crack, um drone e materiais comumente utilizados por grupos criminosos no fracionamento e comercialização de entorpecentes.
Todo o material apreendido foi apresentado à Polícia Civil, onde a ocorrência foi registrada.
Texto: Polícia Militar – DCS
Serviço de Convivência inspira talentos e fortalece laços em Ipiaú
Confira os detalhes na reportagem:
https://youtu.be/siGQeEht4Kw?si=cW4s8NGr3xCbvWTx (integrar no corpo do texto)
Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú
À espera de denúncia, aliados de Bolsonaro traçam cronograma para prisão
Nos bastidores, interlocutores do ex-presidente, com trânsito no meio jurídico, reconhecem que o Supremo Tribunal Federal (STF) pode acelerar o andamento do caso, visando uma eventual condenação até dezembro deste ano. O objetivo seria evitar que o julgamento se arraste até 2026, ano eleitoral.
Indiciado pela Polícia Federal em novembro passado por abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa – crimes que somam até 28 anos de prisão –, Bolsonaro aguarda o parecer da equipe do procurador-geral da República, Paulo Gonet. O grupo analisa as 884 páginas do relatório da investigação para embasar a denúncia.
Aliados do ex-presidente esperam que, após a apresentação da acusação formal pela PGR, o ministro Alexandre de Moraes acelere o trâmite e leve o recebimento da denúncia à Primeira Turma do STF já em março. Conforme antecipado pelo GLOBO, integrantes do colegiado cogitam aumentar a frequência das sessões – atualmente quinzenais, às terças-feiras – para dar mais celeridade à análise do caso
Venezuela chama de 'roubo descarado' apreensão de 2º avião presidencial de Maduro pelos EUA
O governo da Venezuela repudiou nesta sexta-feira (7) a apreensão de uma aeronave presidencial de Maduro pelos Estados Unidos, a segunda desde setembro. A gestão Maduro chamou de "roubo descarado" e afirmou que a medida é ilegal.
A apreensão foi supervisionada pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, na quinta-feira durante visita à República Dominicana. Esta é a segunda aeronave venezuelana apreendida pelos Estados Unidos no país caribenho nos últimos meses. A Venezuela chamou Rubio de "ladrão de aviões" e "mercenário do ódio".
"A República Bolivariana da Venezuela denuncia ao mundo o roubo descarado de uma aeronave pertencente à nação venezuelana, executado por ordem do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. (...) Este ataque contra a Venezuela demonstra que Rubio não passa de um criminoso disfarçado de político, usando seu cargo para saquear e privar nosso país de seus bens. Seu ódio o transforma em um delinquente internacional, capaz de violar qualquer norma para prejudicar nossa Pátria", disse o governo venezuelano.
No comunicado, o governo venezuelano também chamou o governo dominicano de "submisso" e afirmou que o Maduro tomará as "ações necessárias" para denunciar a apreensão e exigir a devolução imediata da aeronave.
O primeiro avião foi apreendido pelos Estados Unidos em setembro de 2024. A aeronave também estava parada na República Dominicana. Na ocasião, o governo norte-americano afirmou que reteve o jato devido à violação de sanções impostas pelos EUA ao regime de Nicolás Maduro. (Leia mais abaixo)
O avião apreendido nesta quinta-feira é um Dassault Falcon 200, utilizado por Maduro, assessores e ministros venezuelanos em viagens internacionais. A aeronave foi usada em visitas de autoridades à Grécia, Turquia, Rússia e Cuba.
O avião estava passando por uma manutenção em um aeroporto de Santo Domingo quando foi apreendido. O governo da Venezuela ainda não se manifestou sobre a medida.
Autoridades dos Estados Unidos afirmaram que a aeronave foi "recuperada" com base em violações de sanções impostas contra a Venezuela, controles de exportação e lavagem de dinheiro.
A apreensão acontece em um contexto de incerteza sobre como a administração de Donald Trump lidará com a Venezuela. Na semana passada, um enviado do governo norte-americano se reuniu com Maduro em Caracas.
Durante o encontro, os dois discutiram a questão da imigração ilegal e o retorno de venezuelanos que foram detidos sem documentação. Além disso, o enviado levou de volta para os Estados Unidos seis americanos que estavam presos na Venezuela.
PF irrita Kassio e Congresso ao tentar concentrar com Dino investigações sobre emendas
As reações à atuação da PF movimentaram bastidores da política nas últimas duas semanas e chegaram aos corredores do STF, com acusações de lado a lado.
Parlamentares disseram considerar atípico o pedido de delegados para enviar ao gabinete de Dino o inquérito da Operação Overclean, que apura desvios na Bahia.
Diante do avanço de investigações sobre a distribuição de emendas, esses políticos se queixam do que seria um acúmulo de poderes nas mãos de um ministro próximo do governo Lula (PT). Avaliação semelhante foi feita por interlocutores de Kassio, sorteado como relator da investigação no STF.
Do lado da PF, o argumento é que o pedido para que o caso fosse para o gabinete de Dino se baseava em uma interpretação técnica.
A discussão tem relação com as expectativas sobre o ritmo e o rumo das investigações com a chegada do caso ao STF.
Entre delegados, a questão apresentada sob reserva é que as investigações teriam mais futuro com Dino na relatoria. Com Kassio, avalia-se que o caso teria mais chances de esfriar ou até ser enterrado.
Interlocutores de Kassio, por sua vez, dizem que o esforço da PF para centralizar os inquéritos no gabinete de Dino poderia até ser um caminho para blindar petistas e aliados das apurações sobre desvios de emendas na Bahia.
A irritação de parlamentares parte de uma preocupação com a possível concentração de processos em um só gabinete, o de Dino —o que fez com que congressistas comparassem a situação à Lava Jato, que por muito tempo foi controlada por uma só vara da Justiça e teve grande repercussão política.
Há, no Supremo, cerca de 20 inquéritos sobre desvios em emendas parlamentares. Os processos estão divididos entre os gabinetes dos ministros Kassio Nunes Marques, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Luiz Fux e Cristiano Zanin. Todos os casos estão sob sigilo.
A apuração que causa mais apreensão, até aqui, surgiu com a Operação Overclean.
A Polícia Federal diz que os empresários Alex Rezende Parente e José Marcos de Moura, que atua no setor de limpeza urbana, além de Lucas Lobão, que comandou o Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contras as Secas) na Bahia durante o governo Jair Bolsonaro (PL), seriam líderes de um suposto esquema criminoso.
Segundo a PF, a empresa Allpha Pavimentações e Serviços de Construções fechou contratos irregulares com o Dnocs da Bahia nos últimos anos.
Os recursos públicos provenientes de emendas parlamentares e convênios eram desviados, conforme as investigações, para empresas e indivíduos ligados a prefeituras.
Nas investigações, a Polícia Federal chegou a apreender mais de R$ 1,5 milhão em um jatinho particular que saía de Salvador. Segundo a PF, o dinheiro era propina para servidores de Brasília.
José Marcos de Moura é conhecido como “rei do lixo”. Ele é um político e empresário influente na Bahia, integrante da cúpula do União Brasil e contratado por diversas gestões do governo baiano para a prestação de serviços de limpeza urbana.
O histórico dos vínculos do “rei do lixo” com políticos da esquerda à direita é um dos elementos mencionados por parlamentares e interlocutores de Kassio para levantar a hipótese de que a Polícia Federal poderia ter interesse em blindar aliados do governo Lula.
A PF foi procurada e informou que não se manifesta sobre investigações em andamento.
Delegados da PF fizeram dois movimentos, nas últimas semanas, para levar investigações sobre emendas para o gabinete de Dino.
O primeiro ocorreu na Operação Overclean, cujo processo foi enviado ao Supremo por citação ao deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil-BA).
A investigação ainda identificou o nome da chefe de gabinete do novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), em trocas de mensagens dos suspeitos. Ela não é investigada no caso.
A relatoria foi sorteada para o ministro Kassio. A Polícia Federal, porém, apresentou um pedido ao STF para entregar o caso diretamente ao gabinete de Dino, sob o argumento de que o ministro já era responsável por ações ligadas a emendas parlamentares.
“A decisão do ministro Flávio Dino fornece um marco legal e investigativo que fortalece a apuração da Overclean, enquanto os elementos produzidos na operação da Bahia ajudam a ilustrar como as irregularidades são operacionalizadas”, disse a PF.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu que não havia relação substancial entre a investigação sobre desvio de recursos e os processos no Supremo que questionam a transparência das emendas —estes, sob a relatoria de Dino.
Barroso concordou com a PGR e deixou a investigação sob responsabilidade de Kassio.
Em outro caso, integrantes da Polícia Federal foram diretamente ao gabinete de Dino para protocolar uma investigação sobre suspeitas envolvendo emendas do senador Irajá Abreu (PSD-TO).
A praxe é a PF enviar a investigação para o setor responsável no Supremo pela abertura de processos. Nesse caso, o gabinete de Dino se recusou a receber a investigação e orientou os delegados a seguirem os caminhos formais.
Por sorteio, na terça-feira (4), Kassio também foi escolhido relator do caso de Irajá. A assessoria do senador afirmou, em nota, que todas as indicações de emendas feitas pelo parlamentar foram corretas. “Ele apoia qualquer tipo de investigação que tenha como objetivo esclarecer os fatos”, concluiu.
Educação de Ipiaú inicia ano letivo com alegria e planejamento para fortalecimento em 2025
Michel Querino / Decom Prefeitura de Ipiaú
Fotos: Decom
Quatro PMS e um guarda municipal são alvos de operação do MPBA e SSP
Os PMs e o guarda são investigados pelo homicídio de Fernando Francisco dos Santos, ocorrido em maio de 2023 no município de Conceição do Jacuípe. As investigações indicam que Fernando, suspeito de envolvimento em crimes na região, teria sido rendido e executado sumariamente pelos investigados, ao contrário da versão apresentada pelos agentes de segurança de suposto confronto armado.
As investigações estão sendo realizadas pelo MPBA, por meio do Geosp, e as diligências realizadas contribuirão para a conclusão das apurações e eventual responsabilização criminal dos envolvidos.
Lucro do Bradesco sobe para R$ 19,55 bilhões em 2024
No quarto trimestre, apenas, o resultado teve um salto de 87,7% ante o mesmo período de 2023, para R$ 5,4 bilhões. O número veio levemente acima da projeção de analistas consultados pela Bloomberg, de R$ 5,3 bilhões.
O ROAE (retorno recorrente gerencial sobre o patrimônio líquido médio anualizado), indicador de rentabilidade do banco, O ROAE subiu de 11,3% para 11,7% do terceiro trimestre ara o quarto. Em relação ao fim de 2023, o ganho foi de 1,7 ponto percentual.
O Bradesco tenta recuperar a sua forma pré-pandemia, quanto o ROAE era superior a 20%, com um novo presidente desde novembro de 2023. Além de mudanças estruturais internas, com troca de diretoria, a instituição está remodelando seus produtos, com maior foco nos mais rentáveis e menos arriscados.
A margem financeira evidencia a estratégia. Ela somou R$ 63,726 bilhões em 2024, uma queda anual de 2,3%. No entanto, a margem financeira líquida subiu 32,7% no mesmo período, para R$ 34 bilhões.
“Aproveitamos oportunidades para crescer significativamente em linhas de alta margem líquida, mesmo que tivessem spreads menores. Além de lucro mais alto, essas oportunidades nos permitiram fechar o ano com o maior percentual de linhas com colateral na nossa carteira de crédito desde pelo menos 2018”, afirmou Marcelo Noronha, CEO do Bradesco, em comunicado.
A carteira de crédito total do banco teve um ganho de 11,9%, para R$ 981,7 bilhões, puxado pelo crédito pessoal e rural na pessoa física e pelo financiamento imobiliário na pessoa jurídica.
O índice de inadimplência, considerando atrasos superiores a 90 dias, caiu 0,2 ponto percentual no trimestre e 1,1 ponto percentual em um ano, indo a 4%.
Já a PDD (provisão para créditos de liquidação duvidosa) caiu 25% no ano, para R$ 29,688 bilhões.
Para 2025, o banco disse que já reduziu o apetite ao risco na concessão de crédito, dada a piora no cenário macroeconômico.
“Nossa opção é por garantir a sustentabilidade da nossa jornada, evoluindo com segurança e mantendo o custo de crédito sob controle”, afirmou Noronha.
Já o braço de seguros do Bradesco teve um lucro líquido anual de R$ 9,1 bilhões, o maior da série histórica, com ROAE de 22,4%. As receitas de prêmios, contribuições de previdência e receitas de capitalização atingiram R$ 121,1 bilhões, representando 13,6% de crescimento perante 2023.
Aeronave cai em avenida da zona oeste de São Paulo
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Um avião de médio porte caiu na avenida Marquês de São Vicente, na zona oeste de São Paulo, na manhã desta sexta-feira (7). A aeronave atingiu um ônibus que estava na via. Ambos pegaram fogo, e os bombeiros atuam no local.
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Matéria em atualização
Eduardo acusa sem provas ONGs e Usaid de interferir na eleição de 2022 e defende CPI
Na última terça-feira (4), o deputado federal afirmou em suas redes sociais que a Usaid, sob a administração Biden, financiou “ONGs, veículos de mídia e movimentos políticos com o objetivo de moldar narrativas e interferir na democracia brasileira”.
A publicação aconteceu depois que Michael Benz, ex-funcionário do Departamento de Estado dos Estados Unidos, declarou em entrevista que “se a Usaid não existisse, Bolsonaro ainda seria presidente do Brasil”.
Eduardo Bolsonaro (PL-SP) diz que a agência destinou US$ 680 mil à Cáritas Brasileira e repassou recursos por meio de intermediários, como o Centro Internacional de Jornalistas (ICFJ). Entre os beneficiários estariam Sleeping Giants Brasil, Alma Preta e Agência Lupa. Ele também acusou o Instituto Vero, de Felipe Neto, de receber US$ 30 mil da Embaixada dos Estados Unidos.
A acusação se originou de uma distorção de fatos sobre o projeto Jogo Limpo, programa do ICFJ que apoia jornalistas brasileiros no desenvolvimento de projetos de combate à desinformação.
Em 2023, a iniciativa selecionou nove projetos, incluindo três citados pelo deputado, para receber até US$ 13.750, com financiamento do YouTube Brasil, segundo o ICFJ.
Entre aqueles apoiados estava uma campanha da Alma Preta, em parceria com o Sleeping Giants Brasil, que coletou denúncias de fake news direcionadas a pessoas negras.
Outro projeto contemplado foi um mapeamento da Agência Lupa de publicações falsas sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
O ICFJ já colaborou com a Usaid em projetos como a criação de um guia de orientações para jornalistas na fronteira dos EUA com o México, conforme informado no site da organização. No entanto, o programa a que Eduardo Bolsonaro faz alusão não tem ligação direta com a agência.
Procurada pela reportagem, a agência de jornalismo Alma Preta diz que “as acusações [do deputado] são falsas, e a Alma Preta não tem nenhuma relação com a agência norte-americana citada”.
O Sleeping Giants Brasil também classifica como falsa a alegação do deputado. “Nunca recebemos recursos da Usaid ou de qualquer outro órgão do governo norte-americano, seja direta ou indiretamente”, diz.
A Agência Lupa afirmou que “nunca recebeu recursos diretamente da Usaid e não tem qualquer relação com a organização”. E acrescenta que, em 2023, contou com apoio financeiro do ICFJ, assim como de outras instituições nacionais e internacionais. O valor repassado pelo ICFJ representou 2,9% de sua receita naquele ano.
“Todo o nosso trabalho é baseado em metodologia de checagem, verificação e investigação sobre desinformação, certificada anualmente pela International Fact-checking Network, e segue os mais altos padrões de transparência, apartidarismo e correção”, disse a agência.
Em publicação na rede social X nesta quarta-feira (5), o youtuber Felipe Neto negou que o Instituto Vero, braço de seu instituto, tenha recebido recursos do governo americano.
“O Instituto Felipe Neto é uma organização sem lucro, que não gera dinheiro algum para mim, muito pelo contrário. Eu já coloquei milhões e milhões de reais para fundar e garantir a existência do instituto que atua principalmente na área de saúde mental de crianças e adolescentes de escolas públicas”, disse ele.
De acordo com o influenciador, o único projeto da entidade que recebeu apoio da Embaixada dos Estados Unidos foi uma iniciativa de educação midiática em parceria com a Fundação Amazônia Sustentável. O financiamento, no valor de US$ 24.965, teria sido obtido por meio de edital público.
Já a Cáritas Brasileira, organismo social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, afirma receber apoio de “organizações, organismos e agências de cooperação internacional” e “doações espontâneas”, de modo que “todo o valor recebido é aplicado nas ações da organização”.
“Os recursos passam por processos de prestação de contas, relatorias fiscais e auditoria. A Cáritas Brasileira é uma organização séria, com 68 anos de atuação no país”, destacou a entidade.
A Usaid, que teve seu site retirado do ar e restabelecido na terça-feira (4) com uma mensagem de despedida, já esteve na mira da família Bolsonaro antes.
Em 2024, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) apresentou projeto de lei, que não foi aprovado, propondo considerar a agência “persona non grata” na cidade do Rio de Janeiro, junto a organizações como Greenpeace Brasil, WWF (sigla em inglês para Fundo Mundial para a Natureza) e Instituto Socioambiental.
Os deputados Eduardo Bolsonaro e Gustavo Gayer (PL-GO) estão coletando assinaturas para a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a suposta interferência da Usaid nas eleições brasileiras de 2022.
Até o momento, segundo publicação de Gayer em suas redes sociais nesta quarta-feira (5), foram coletadas 70 assinaturas. Para instalar uma CPI na Câmara dos Deputados, é preciso ter pelo menos 171 assinaturas (um terço do total de membros da casa).
O requerimento de instalação da CPI menciona que as motivações para criá-la são “a possível utilização dos recursos [da Usaid] para interferir em processos eleitorais, estabelecer censura, regular as redes sociais, promover debates políticos direcionados e atuar na construção de narrativas midiáticas que favoreçam agendas políticas”.
Entre os deputados que assinam estão Nikolas Ferreira (PL-MG), Carlos Jordy (PL-RJ), Mario Frias (PL-SP), Pastor Marco Feliciano (PL-SP), Marcel van Hattem (Novo-RS), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), Kim Kataguiri (União-SP), Bia Kicis (PL-DF), Osmar Terra (MDB-RS), Ricardo Salles (Novo-SP) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
Presidente aposta em viagens pelo Brasil contra queda de popularidade e para fortalecer alianças
O presidente Lula (PT) durante a reabertura da emergência do Hospital Federal de Bonsucesso, na zona norte da
A nova fase de viagens, retomadas após se recuperar da intervenção cirúrgica na cabeça, terá a região Nordeste como um dos focos. Anteriormente considerando como berço do PT, a região foi onde a queda na aprovação do seu governo esteve mais acentuada.
Auxiliares palacianos, no entanto, minimizam essa escolha. Afirmam que é natural o Nordeste estar mais presente no roteiro, por ser a região com o maior número de estados. E que essa situação já havia ocorrido nos dois primeiros anos do mandato.
O primeiro destino do presidente em 2025 foi a cidade do Rio de Janeiro, comandada pelo aliado Eduardo Paes (PSD). Lula participou da reabertura da emergência do Hospital Federal de Bonsucesso, na zona norte da capital fluminense.
Nesta sexta-feira (7), o presidente vai a Paramirim (BA) para cerimônia no âmbito do programa Água para Todos. Serão feitos anúncios relacionados à segurança hídrica na Bahia, estado também governado por um aliado, o correligionário petista Jerônimo Rodrigues.
Lula havia interrompido as suas viagens pelo país após ter batido a cabeça em uma queda no banheiro da residência oficial do Palácio da Alvorada. O presidente precisou passar por uma intervenção no cérebro, em dezembro. No início deste ano, o mandatário foi liberado para voos.
O início das viagens acontece no momento em que a aprovação do governo se tornou motivo de alerta no Palácio do Planalto. A avaliação negativa do governo atingiu 37%, segundo pesquisa Quaest, e pela primeira vez ultrapassou a aprovação (31%).
A intensificação das viagens também acontece após a chegada do novo ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência), o publicitário Sidônio Palmeira.
O novo ministro defende a ideia de que Lula representa um “produto” forte e precisa ser colocado em evidência, inclusive em entrevistas e na publicidade do governo. O próprio Lula também defendeu em reunião ministerial, no dia 20 de janeiro, “mais rua e menos palácio”.
Por isso, a comunicação do governo planeja eventos em que haja mais contato do presidente com a população. O objetivo também é usar as imagens em recortes nas redes sociais ou mesmo fazer repercutirem essas cenas na mídia tradicional.
Além disso, Lula tem pedido mais rua para seus apoiadores e aliados, para ir para o enfrentamento das ideias com o bolsonarismo. O objetivo seria comparar os dois anos de governo com a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em jantar com a bancada do PT da Câmara, na sexta-feira (31), o mandatário falou que “acabou o paz e amor” com os bolsonaristas.
A preocupação com o Nordeste tem relação com a queda na aprovação do governo na região. A popularidade da gestão caiu de 48% para 37%, ainda segundo a Quaest.
Além da Bahia, o presidente deve ir no fim do mês ao Ceará, para anúncios na área dos transportes. O Planalto, no entanto, ressalta que o presidente deve ter viajado para todas as regiões do país até o fim de fevereiro.
Auxiliares do presidente afirmam que o roteiro de viagens também está sendo programado com base na possibilidade de entregas de obras, inaugurações ou anúncios expressivos dos ministérios. Para isso as pastas estão sendo consultadas, para apresentar um panorama para a Casa Civil.
O presidente vem repetindo que 2025 será o “ano da colheita”. A perspectiva é que as entregas sejam na área de infraestrutura, em particular ligadas ao Novo PAC ou programas específicos, como o Minha Casa Minha Vida.
As viagens também devem ser usadas pelo presidente para estreitar alianças. Lula deve ir na próxima semana ao Amapá, estado do novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil).
A confirmação da viagem foi dada pelo líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), que disse que o presidente vai inaugurar o Instituto Federal do Amapá Tartarugalzinho e visita ao parque aeroportuário.
Uma viagem à Paraíba, estado do presidente da Câmara Hugo Motta (Republicanos), também está no radar, segundo interlocutores, mas ainda não consta no cronograma. Auxiliares apontam que é preciso realizar um planejamento, com o levantamento de possíveis entregas no estado.
O presidente também deve ir na próxima semana a Belém, para anúncio de obras relacionada com o fato de que a cidade vai sediar a COP30 no segundo semestre. O estado é governador pelo aliado Helder Barbalho (MDB). O mandatário também deve ir ao Rio Grande do Sul.
Auxiliares de Lula têm afirmado que o cronograma de viagens será impactado com a tendência de melhor organização da área de comunicação, que vem intensificando a contratação de novas pesquisas, trackings e monitoramento das redes. Em particular as pesquisas de tracking estavam praticamente paradas no ano passado, antes das trocas na Secom.
Governo ‘subestimou riscos da inflação’, diz Angelo Coronel em artigo enviado a empresários
O texto, intitulado “Técnica e política na corda bamba da sustentabilidade fiscal”, criticou a disputa de poder sobre quem deve definir o gasto público. “O Congresso não é um adversário — é um parceiro que ouve prefeitos, governadores e a sociedade. Se o orçamento fosse só uma planilha, não precisaríamos de democracia. O Brasil não suporta mais orçamentos feitos em gabinetes fechados”, continuou o senador.
Em outro trecho do artigo, Angelo Coronel argumentou que o Poder Legislativo não pode ser apenas um “revisor político”, acrescentando que o Parlamento tem 500 consultores especializados que analisam com lupa o Orçamento. “O Executivo, ao alegar supremacia técnica, esquece que seu próprio projeto é amplamente contestado por órgãos federais, que imploram ajustes a este relator”.
A votação do orçamento é a prioridade número um do Planalto, segundo lideranças governistas. Mas, neste clima ainda azedo que envolve o acordo sobre o pagamento de emendas parlamentares, não há previsão, até o momento, para votação do projeto.
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